Washington – O ano de 2013 bateu todos os recordes no que diz respeito a deslocamentos forçados de minorias, vítimas de violências e perseguições, o que representa um perigo para a liberdade religiosa. É o que revela o relatório anual do Departamento de Estado divulgado nesta segunda-feira, 28, em Washington.
“Em quase todos os cantos do globo, milhares de cristãos, muçulmanos e fiéis de outras religiões foram obrigados a abandonar as próprias casas devido à fé que professam”, afirma o documento, observando que “não obstante alguns exemplos positivos de solidariedade e de colaboração inter-religiosa, ainda existe um longo caminho a ser percorrido neste campo”.
Ao referir-se à repressão por parte de Governos, o recorde negativo continua a ser da Coréia do Norte, cujo regime proíbe qualquer atividade religiosa. Arábia Saudita, Irã e Sudão estão no rol dos países que impõe pesadas limitações às comunidades não afinadas com a religião do Estado, enquanto China, Cuba e Repúblicas do Cáucaso exercem um rígido controle sobre as atividades religiosas.
Na Eritréia, os membros de grupos religiosos não reconhecidos pelo regime arriscam sofrer pesadas sanções. De fato, em 2013, 1.200 pessoas foram presas por motivos religiosos. Também em Myanmar, não obstante a abertura democrática do governo, as violências contra a minoria muçulmana provocaram centenas de mortos e obrigaram 12 mil pessoas a fugir da cidade de Meikttila.
Na Nigéria, cresce vertiginosamente a intolerância e a violência por parte de movimentos extremistas, em particular, o Boko Haram. Também dramática a situação em várias áreas de conflito como a República Centro Africana, onde os confrontos entre os milicianos do Seleka e do anti-Balaka provocaram mais de 700 mortos entre cristãos e muçulmanos somente no mês de dezembro. Na Síria e em todo o Oriente Médio a presença cristã está diminuindo sempre mais.
No Sri Lanka, as minorias religiosas sofrem contínuas violências por parte de nacionalistas budistas, enquanto em Bangladesh aumentam os ataques dos fundamentalistas muçulmanos contra lugares de culto, em particular hinduístas. Já na Índia, prosseguiram em 2013 os conflitos sectários entre muçulmanos e hinduístas.
A Rússia usa a lei contra o extremismo para restringir a liberdade religiosa das minorias, enquanto em diversos países da União Européia, entre os quais o Reino Unido, a França, a Alemanha e a Itália, preocupa o crescimento do anti-semitismo e racismo, como indicam os vários fóruns na web e os episódios de violência verbal nos estádios de futebol.
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