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29 de agosto de 2009

*POR QUE A IGREJA É UNA?

Você sabia que a Unidade da Igreja também se manifesta na celebração da Santa Missa? O curioso é que a maioria dos católicos não sabem que a Missa da qual participam hoje, por exemplo, é a mesma Missa que é celebrada na Europa, nos Estados Unidos, no Alasca, na África…
Existe um livrinho chamado “Diretório Litúrgico” que informa quais as leituras a serem feitas todos os dias do ano. Este livrinho está presente em todas as igreja, capelas, santuários, pequenos ou grandes, do mundo todo. Assim, a Missa só terá com um “tema” diferente do restante do globo terrestre, se, por exemplo, a igreja do seu bairro estiver celebrando a Missa do Padroeiro da sua Cidade, Estado, País ou Continente ou por algum outro motivo litúrgico.
É muito bom sabermos que todas as leituras, o salmo e as orações que o padre reza são as mesmas em todo o mundo. Assim, a oração coleta, o Evangelho, a primeira leitura, o salmo, a segunda leitura, etc, que você ouve no domingo, por exemplo, vão ser também ouvidas por um católico que esteja do outro lado do globo terrestre. Esta é a beleza da nossa Igreja, que faz com que sejamos “um só rebanho em torno de um só Pastor”!
Não se esqueça de que a Santa Missa é a Celebração de um Sacrifício único, ou seja, a celebração do Sacrifício do Calvário (na Celebração Eucarística repetimos o único Sacrifício de Jesus; é como se estivéssemos lá no Calvário aos Seus Pés - e realmente estávamos, pois sempre existimos no pensamento de Deus desde toda a eternidade).
Selecionamos, abaixo, um artigo muito leve e interessante para ajudar você a compreender melhor a nossa fé:
“A IGREJA É UNA, SANTA, CATÓLICA E APOSTÓLICA
A Igreja é una: tem um só Senhor, confessa uma só fé, nasce de um só Batismo, forma um só Corpo, vivificado por um só Espírito, em vista de uma única esperança, no fim da qual serão superadas todas as divisões.
A Igreja é santa: o Deus Santíssimo é seu autor; Cristo seu Esposo, se entregou por ela para santificá-la; o Espírito de santidade a vivifica. Embora congregue pecadores, ela é “imaculada (feita) de maculados” (”ex maculatis immaculata”). Nos santos brilha a santidade da Igreja; em Maria esta já a toda santa.
A Igreja é católica: anuncia a totalidade da fé; traz em si e administra a plenitude dos meios de salvação; é enviada a todos os povos; dirige-se a todos os homens; abarca todos os tempos; “ela é, por sua natureza, missionária”.
A Igreja é apostólica: está construída sobre fundamentos duradouros: “Os doze Apóstolos do Cordeiro” (Ap 21,14); ela é indestrutível; é infalivelmente mantida na verdade: Cristo a governa através de Pedro e dos demais apóstolos, presentes nos seus sucessores, o Papa e o colégio dos Bispos.
“A única Igreja de Cristo, que no Símbolo confessamos unia, santa, católica e apostólica,… Subsiste na Igreja católica, governada pelo sucessor de Pedro e pelos bispos em comunhão com ele, embora fora da sua estrutura visível se encontrem numerosos elementos de santificação e de verdade”.
A IGREJA NO DESÍGNIO DE DEUS
A palavra “Igreja” significa “convocação”. Designa a assembléia daqueles que a Palavra de Deus convoca para formarem o Povo de Deus e que alimentados pelo Corpo de Cristo, se tornam Corpo de Cristo.
A Igreja é ao mesmo tempo caminho e finalidade do desígnio de Deus: prefigurada na criação, preparada na Antiga Aliança, fundada pelas palavras e atos de Jesus Cristo, realizada pela sua Cruz redentora e Ressurreição, ela é manifestada como mistério de salvação pela efusão do Espírito Santo. Será consumada na glória do céu como assembléia de todos os resgatados da terra.
A Igreja é ao mesmo tempo visível e espiritual, sociedade hierárquica e Corpo Místico de Cristo. Ela é una, formada de um elemento humano e um elemento divino. Somente a fé pode acolher este mistério.
A Igreja é no mundo presente o sacramento da salvação, o sinal e o instrumento da Comunhão de Deus e dos homens.
A IGREJA - POVO DE DEUS, CORPO DE CRISTO, TEMPLO DO ESPÍRITO SANTO
“Cristo Jesus entregou-se a si mesmo por nós a fim de remir-nos de toda iniqüidade e para purificar um povo que lhe pertence” (Tt 2,14).
“Vós sois uma raça eleita, um sacerdócio régio, uma nação santa, o Povo de sua particular propriedade” (1Pd 2,9).
Ingressa-se no Povo de Deus pela fé e pelo Batismo. “Todos os homens são chamados a fazer parte do Povo de Deus”, a fim de que, em Cristo, “os homens constituam uma só família e um só Povo de Deus”.
A Igreja é o Corpo de Cristo. Pelo Espírito e pela ação deste nos sacramentos, sobretudo a Eucaristia, Cristo morto e ressuscitado constitui a comunidade dos crentes como seu Corpo.
Na unidade deste Corpo, existe diversidade de membros e de funções. Todos os membros estão ligados uns aos outros, particularmente aos que sofrem, são pobres e perseguidos.
A Igreja é este Corpo do qual Cristo é a Cabeça: ela vive dele, nele e por ele; ele vive com ela e nela.
A Igreja é a Esposa de Cristo: ele amou-a e entregou-se por ela. Purificou-a com seu sangue. Fez dela Mãe fecunda de todos os filhos de Deus.
A Igreja é o Templo do Espírito Santo. O Espírito é como a alma do Corpo Místico, princípio de sua vida, da unidade na diversidade e da riqueza dos seus dons e carismas.
“Desta maneira aparece a Igreja toda como ‘o povo reunido na unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo’

* SIGNIFICADO DOS NÚMEROS NA BÍBLIA

NÚMEROS NA BÍBLICA

Conhecendo os números da Bíblia
Devemos observar que na Bíblia os números nem sempre têm um significado exato, como nós entendemos hoje, mas sim um significado simbólico, veja alguns exemplos:

3 = significa repetição, um número próprio de Deus (três vezes santo);
4 = significa totalidade;
6 = é um número imperfeito, o número do inimigo é 666 (Ap. 13,18: três vezes seis);
7 = é um número perfeito, é a soma de 3 + 4; é muito usado na Bíblia;
10 = pode ser positivo e negativo, temos 10 pragas, porém temos os 10 mandamentos;
12 = é um número de escolha; é 3 x 4: Doze tribos; Doze Apóstolos…
40 = é o tempo necessário de penitência para a preparação de algo muito importante, (dilúvio durou 40 dias, no deserto o povo ficou 40 dias, Jesus passa 40 dias no deserto, quando alguém fazia algo errado levava 40 chicotadas (cf. 2Cor 11,24);

1a Citação - Gn 29,15 (Livro do Gênesis, capítulo 29, versículo 15)

- Aqui nós fechamos o quadro dos Patriarcas e Matriarcas da nossa fé;
- Nossos Patriarcas são: Abraão, Isaac e Jacó;
- Nossas Matriarcas são: Sara, Rebeca, Lia e Raquel;
- Jacó irá ter com Lia e Raquel e suas duas servas 12 filhos (que darão os nomes às Doze tribos na Terra Prometida);

- Lembrando que 12 é um número de escolha.

2a Citação - Ex 1 (Livro do Êxodo, capítulo 1)
- Iniciamos o estudo do segundo livro da Bíblia e aqui continua a ação de Deus com escolha e chamados para a missão;
- Segundo alguns biblistas, já o Gênesis seria uma seqüência de ações de Deus onde Ele sempre faz a opção pelo mais fraco, em detrimento do mais forte ou do mais velho que a principio teria o direito: Abel mais novo em vez de Caim, que é o primogênito; Isaac e não Ismael, que nasceu antes e também era filho de Abraão; Jacó no lugar de Esaú, que era o primogênito; José e Benjamin prediletos a Ruben, o mais velho dos irmãos; Raquel em vez de Lia, que era a primeira mulher de Jacó; os últimos filhos de Jacó (José e Benjamin) são mais queridos que os mais velhos; etc. Este tipo de ação de Deus resultará na mais espetacular opção feita por Deus: vai escolher o mais pequenino dos povos da terra para fazer dele o seu povo (cf. Ex 3,7-10; Dt 7,7-8) e com este povo fazer a sua história.

- Êxodo significa saída;
- Este livro começa com uma entrada e não uma saída. Relata o nome dos descendentes dos Patriarcas que entraram no Egito;
- Foi neste período que foram construídas as pirâmides do Egito através do trabalho forçado/duro também do povo hebreu, com isso os egípcios tornaram amarga a vida do povo hebreu com uma dura escravidão e duros trabalhos;

- No texto de Ex 1,15-22, o rei do Egito ordenou que fossem mortos todos os meninos que nascessem do povo hebreu e se fosse menina, deixasse viver. Porém as parteiras temeram a Deus e não cumpriram esta ordem dizendo cuma pequena mentira. Mesmo assim, o rei ordenou que jogasse no rio Nilo todo menino que nascesse.

3a Citação - Ex 2 (Livro do Êxodo, capítulo 2)

- Moisés significa “aquele que foi salvo das águas”;
- Aqui, novamente aparecem várias vezes a palavra “criança” e “menino”;
- Moisés teve apenas uma mulher: Séfora;
- No Livro do Êxodo, o sogro de Moisés tem dois nomes: Ragüel (2,18) ou Jetro (3,1; 18,1), ele era um sacerdote de Madiã;
- A idéia de sacerdócio no Antigo Testamento é bem diferente do Novo Testamento;
- Um novo rei assume como Faraó, e o povo hebreu gemeu pelo peso da escravidão e Deus lembrou da Aliança que havia feito com Abraão, Isaac e Jacó e também viu as condições do povo de Israel e levou em consideração.

4a Citação - Ex 3 (Livro do Êxodo, capítulo 3)

- Moisés vai para a montanha de Deus;
- Moisés consegue ver num fenômeno da natureza a presença de Deus;
- Deus diz a Moisés que a terra onde ele esta é santa, diz também que Deus é o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó;
- Moisés cobriu o rosto, pois temia a Deus;

- O texto de Ex 3,7-10, é um dos mais importantes da Bíblia! Primeiramente Deus “viu” a situação do povo; segundo, Deus “ouviu”; e terceiro Deus “conhece” e por isso “desce” para libertar;
- Esta região produzia boas frutas, e onde tem frutas, normalmente tem muita abelha e conseqüentemente havia muito mel. Também haviam muitas pastagens e criação de cabritas, por isso “corria” leite;
- A quantidade de povos que havia nesta terra eram 6 (Ex 3,8), isto é, não eram um povo perfeito, pois não faziam um bom uso da terra;
- Sinônimos: Hebreu (vem do povo Hapirú), e significa aquele que faz trabalhos forçados. Israelita (vem de filhos de Israel) e Judeu é um termo usado mais tarde depois do Exílio (para ser Judeu teria que provar que era descendente de Abraão e teria que ser circuncidado).

Citações Extras - Deuteronômio 7,6-9
- A escolha que Deus faz não é porque este é o melhor ou maior povo da terra. Mas é uma escolha de amor, em vista do projeto de Deus e para manter a Promessa. Porque Ele é um Deus fiel!

Citações Extras - Deuteronômio 32,8-11
- É Deus quem distribui os povos pela terra. Este povo Deus o encontrou num deserto e com o tratou com amor e carinho, como a mãe trata seu filho. Este povo é “a menina dos olhos de Deus

Devemos prestar muita atenção ao valor dos números na Bíblia, sobretudo no texto hebraico, pois estamos diante de uma mentalidade diferente da nossa. Os números, na maioria das vezes, não querem transmitir uma quantidade exacta, um dado preciso, mas sim expressar uma realidade, um valor teológico, um dado simbólico.
Vejamos o significado dos principais números e alguns exemplos interessantes, assim como algumas passagens bíblicas onde o número aparece:

1 (um): Deus é Um (Dt 6,4; Zc 14,9)
2 (dois): É o par perfeito. Dos animais puros, Noé levará para a arca sempre pares (Gn 7,2). É o dobro e pode significar "de sobra", como em Is 40,2; 61,7; Ap 18,6.
3 (três): Número da unidade e da Trindade. É usado para reforçar ou dar ênfase a uma expressão. Assim, quando se quer dizer que Deus é Santo, repete-se três vezes: «Deus é Santo, Santo, Santo» (Is 6,3; Ap 4,8). Deus abençoa três vezes (Nm 6,24-26). Três são os mensageiros que anunciam o nascimento de Isaac (Gn 18,1ss). É o número da plenitude (Ap 21,13) e da santidade (Ap 4,8).
4 (quatro): Número da totalidade: os quatro cantos da terra; quatro evangelhos; quatro Seres vivos (Ap 4,6; 7,1; 20,8). Os quatro elementos do universo: terra, fogo, água e ar. Quadrangular (Ap 21,16). Representa sinal de plenitude.
5 (cinco): Cinco dedos da mão. O primeiro bloco da Bíblia (a Lei) tem 5 livros, o Pentateuco. No Apocalipse pode ser negativo.
6 (seis): Número imperfeito, não chegou à perfeição, que é o número 7. No Apocalipse (13,18) é repetido três vezes, por isso o número da besta é 666. Imperfeição total!
7 (sete): É a soma de 4 + 3. Por isso é o número perfeito, indica o máximo da perfeição (Nm 23,4; Mt 15,36); grande quantidade (Is 30,26; Pr 24,16; Mt 18,21); totalidade (Ap 1,4); indica séries completas como no Apocalipse: 7 Cartas (Ap 2-3); 7 Selos (Ap 6,1-17); 7 cabeças (Ap 12,3). O Cordeiro imolado recebe 7 dons (Ap 5,12). O sábado é o sétimo dia; Deus fez a Criação em 7 dias; a festa de Pentecostes acontece 7 vezes 7 dias depois da Páscoa. Cada sétimo ano é sabático (descanso para a terra e libertação dos oprimidos – Lv 25) e depois de 7 vezes 7 anos vem o Jubileu. Não se deve perdoar 7 vezes, mas 70 vezes 7 (Mt 18,22). É importante ver que no Apocalipse aparece a metade de 7, isto é 3,5 (Ap 11,9). Às vezes diz-se: um tempo, dois tempos, meio tempo (Ap 12,14; Dn 7,25), isto é três anos e meio. Também pode ser 42 meses (Ap 11,2), é igual a 1.260 dias (Ap 12,6), isto é, sempre a metade de 7. É a duração limitada das perseguições. É o tempo controlado por Deus.
8 (oito): É sete mais um, é como que o transbordar da plenitude. As bem-aventuranças em Mateus são sete mais uma (Mt 5).
10 (dez): Indica grande quantidade (Gn 31,7) ou é simplesmente um número redondo (Mt 25,1).
Indica também listas completas.
Pelos dez dedos das mãos é fácil lembrar a lista. Indica um tempo limitado; curta duração (Dn 1,12.14; Ap 2,10).
Pode indicar também imperfeição: a besta só tem 10 chifres (Ap 12,3).
12 (doze): É o resultado de 4 vezes 3, isto é um número bem completo. É o número da escolha: 12 tribos no AT; 12 Apóstolos no NT; 12 legiões de anjos (Mt 26,53).
Os anciãos são 24, isto é: 2 X 12 (Ap 4,4). Os que serão salvos (Ap 7,4) serão 144.000, isto é 12 X 12 X

1000! Número de totalidade (Ap 21,12-14).
40 (quarenta): Número que indica um tempo necessário de preparação para algo novo que vai chegar: 40 dias e quarenta noites do dilúvio (Gn 7,4.12); 40 dias e 40 noites passa Moisés no Monte (Ex 24,18; 34,26; Dt 9,9-11; 10,10); 40 anos foi o tempo da peregrinação pelo deserto (Nm 14,33; 32,13; Dt 8,2; 29,4, etc.); Jesus jejuou 40 dias antes de começar o seu ministério (Mt 4,2; Mc 1,12; Lc 4,2); a Ascensão de Jesus acontece 40 dias depois da Ressurreição (Act 1,3). Quando alguém errava, era corrigido com 40 chicotadas (Dt 25,3) e Paulo também recebeu cinco vezes as 40 chicotadas menos uma (2Cor 11,24).
70 (setenta): Jogo de números 10 X 7. Moisés comunica o espírito profético aos 70 anciãos (Nm 11,16-17.24-25). O exílio na Babilónia é interpretado como a duração de 70 anos (Jr 25,11; 29,10; 27,7; 2Cr 36,21; Dn 9). A tradução da Bíblia hebraica para o grego foi feita por 70 escribas e por isso recebeu o nome de LXX ou Septuaginta.

1000 (mil): Uma quantidade tão grande que não se pode contar. Prazo de tempo completo e comprido. Reino de mil anos (Ap 20,2). Ver as combinações: 7 X 1000 (Ap 11,13; 12 X 1000 (Ap 7,5-8); 144 X 1000 (Ap 7,4). É interessante também notar como os hebreus faziam combinações de números. Por exemplo: Abraão fez a Aliança com Deus quando tinha 99 anos (Gn 17,24), assim a Aliança completou o número 100. É o sábado que dá valor aos demais dias da semana, assim transforma os 6 dias (imperfeitos) em 7 dias (perfeito). O único dia da semana que tem um nome. Outro exemplo: seis povos habitavam a Terra Prometida (Ex 3,8). Mas são imperfeitos. Israel será o sétimo povo, aquele que tornará a terra perfeita (7).

Ver também o jogo num rico feito na elaboração de alguns provérbios (Pr 6,16-19; 30,15-33).
Interessante é saber que os israelitas escreviam os seus números com letras alfabéticas (não tinham vogais). Assim podia-se escrever um nome com um valor numérico genial. Por exemplo, Mateus divide a genealogia de Jesus em três grupos de 14 gerações. Ora, o número 14 é o resultado das somas das letras do nome de David (d + w + d): 4 + 6 + 4 = 14. Então Jesus é três vezes David, é o David por excelência.
Em Ap 13,18, o famoso número da "besta do Apocalipse" é 666, que provém da soma das consoantes hebraicas (n + w + r + n + r + s + q) de KAISAR NERON: Imperador Nero, o grande perseguidor dos cristãos (100 + 60 + 200 + 50 + 200 + 6 + 50 = 666). Ou «César Deus», no grego.
Hoje poderíamos fazer o mesmo com o nome do Bush (que tanto mal faz ao mundo!).
Ora, o nome completo dele é: George (6 letras) + Walker (6 letras) + Bush Jr (6 letras), ou seja: 666! O número da Besta do Apocalipse!

No capítulo 17 do Evangelho de João, a palavra «mundo» aparece 18 vezes, isto é: 6 + 6 + 6. Ora, para João não é a terra ou o mundo - como nós entendemos hoje - que era mau. «Mundo» significava: o sistema, ou seja, aqueles que não aceitavam Jesus (podiam ser os judeus do Templo ou também os romanos).

No capítulo 9 do Evangelho de João, o verbo «abrir» aparece 7 vezes, justamente no relato em que Jesus abre os olhos ao cego; um sinal importante no quarto Evangelho.
Muitas vezes, no AT, fala-se de personagens que viveram idades incrivelmente avançadas (Matusalém viveu 969 anos: Gn 5,27; Noé viveu 950 anos: Gn 9,29). Neste caso os números têm um valor simbólico.
Querem indicar que estas foram pessoas importantes, fiéis a Deus, e que a época em que elas viveram foi de muito valor. Quanto maior o número de anos, mais importante essa pessoa foi diante de Deus.

Outro exemplo: na expressão «filhos de Israel» temos também um exemplo de como os escritores bíblicos gostavam de fazer os jogos de palavras baseadas no valor numérico das letras do alfabeto hebraico.
Em laer’f.yI ynEB. (filhos de Israel), a soma dos valores das consoantes é:
                                           2 + 50 + 10 + 10 + 300 + 1 + 30 = 603.
Isto é a cifra da multidão do primeiro total do povo no recenseamento antes de partir em direcção ao Sinai: 603.550 (Nm 1,46; 2,32).
É o mesmo número dos homens que deixaram o Egipto (Ex 12,37).

*O QUE É QUARESMA?


A palavra Quaresma vem do Latim quadragésima e é utilizada para designar o período de quarenta dias que antecedem a festa ápice do cristianismo: a Ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no famoso Domingo de Páscoa. Esta prática data desde o século IV.

Na Quaresma, que começa na quarta-feira de cinzas e termina na quarta-feira da Semana Santa, os católicos realizam a preparação para a Páscoa. O período é reservado para a reflexão, a conversão espiritual. Ou seja, o católico deve se aproximar de Deus visando o crescimento espiritual. Os fiéis são convidados a fazerem uma comparação entre suas vidas e a mensagem cristã expressa nos Evangelhos. Esta comparação significa um recomeço, um renascimento para as questões espirituais e de crescimento pessoal. O cristão deve intensificar a prática dos princípios essenciais de sua fé com o objetivo de ser uma pessoa melhor e proporcionar o bem para os demais.

Essencialmente, o período é um retiro espiritual voltado à reflexão, onde os cristãos se recolhem em oração e penitência para preparar o espírito para a acolhida do Cristo Vivo, Ressuscitado no Domingo de Páscoa. Assim, retomando questões espirituais, simbolicamente o cristão está renascendo, como Cristo. Todas as religiões têm períodos voltados à reflexão, eles fazem parte da disciplina religiosa. Cada doutrina religiosa tem seu calendário específico para seguir.

A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa luto e penitência.Cerca de duzentos anos após o nascimento de Cristo, os cristãos começaram a preparar a festa da Páscoa com três dias de oração, meditação e jejum. Por volta do ano 350 d. C., a Igreja aumentou o tempo de preparação para quarenta dias. Assim surgiu a Quaresma.

Qual o significado destes 40 dias?

Na Bíblia, o número quatro simboliza o universo material. Os zeros que o seguem significam o tempo de nossa vida na terra, suas provações e dificuldades. Portanto, a duração da Quaresma está baseada no símbolo deste número na Bíblia. Nela, é relatada as passagens dos quarenta dias do dilúvio, dos quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos quarenta dias de Moisés e de Elias na montanha, dos quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400 anos que durou a estada dos judeus no Egito, entre outras. Esses períodos vêm sempre antes de fatos importantes e se relacionam com a necessidade de ir criando um clima adequado e dirigindo o coração para algo que vai acontecer.

O que os cristãos devem fazer no tempo de Quaresma?

A Igreja católica propõe, por meio do Evangelho proclamado na quarta-feira de cinzas, três grandes linhas de ação: a oração, a penitência e a caridade. Não somente durante a Quaresma, mas em todos os dias de sua vida, o cristão deve buscar o Reino de Deus, ou seja, lutar para que exista justiça, a paz e o amor em toda a humanidade. Os cristãos devem então recolher-se para a reflexão para se aproximar de Deus. Esta busca inclui a oração, a penitência e a caridade, esta última como uma conseqüência da penitência.)

*COMO SE CALCULA A PÁSCOA? QUANDO VAI CAIR?

A Páscoa sempre acontece na primeira lua cheia após a primavera na Europa (outono aqui no Brasil). A primavera na Europa tem um enorme significado de vida, pois durante o inverno toda a natureza fica morta, ressurgindo com o início de uma nova estação. Podemos fazer uma analogia da primavera com a Ressurreição de Jesus, que vence a morte.

Bem, como estávamos falando, quando descobre-se qual o dia da primeira lua cheia da primavera, então passam-se a contar 40 dias (quaresma) para trás, sem incluir os domingos. Então chega-se à data que será a Quarta-Feira de Cinzas e o início da quaresma. Por isso, a Páscoa é uma data móvel, assim como a Sexta-Feira Santa, a Quinta-Feira Santa, o Carvanal etc.



* SÁBADO SANTO



No Sábado Santo, Com a chegada da noite, entramos no coração das celebrações da Semana Santa! É a hora da Grande Vigília, a Vigília Pascal, que Sto. Agostinho (+ 430 d.C.) chamava a Mãe de todas as Vigílias!
Para os primeiros Cristãos, a Páscoa não era apenas uma Festa entre tantas outras, mas era a Festa Das Festas! É assim que é até hoje! A maior Festa da Igreja Católica não é a Festa do Padroeiro (a), mesmo de Nossa Senhora! Não é a Festa do Natal, que é o começo de nossa Salvação! Não é a Festa de Pentecostes, que é complemento da Páscoa! A maior Festa da Igreja Católica é a Festa da Páscoa! Somos uma Igreja Pascal!
A Liturgia da Vigília Pascal, riquíssima, divide-se em quatro partes:
1) Bênção do Fogo e do Círio Pascal, que simbolizam o Cristo Ressuscitado;2) Liturgia da Palavra, com cinco leituras, que resumem a História da Salvação;3)Liturgia Batismal: na Igreja Primitiva, o Batismo dos Catecúmenos Adultos se dava na Vigília Pascal, depois de longa preparação;4) Liturgia Eucarística: segue-se, então a Missa com procissão das Ofertas.
Eis uma pergunta que sempre fazem: Por que a Festa da Páscoa é móvel: não cai sempre no mesmo dia de um mês? A Resposta: É porque os Cristãos herdaram dos Judeus a data da Páscoa, que é no Domingo depois da primeira Lua Cheia da Primavera (na Europa e no Ocidente). Para nós, no Hemisfério Sul, a Páscoa é no Domingo depois da primeira Lua Cheia do Outono.
Com a Páscoa variam as Festas da: Ascensão do Senhor, Pentecostes Corpus Christi e Sagrado Coração de Jesus.

* CÍRIO PASCAL-o que é?


O Tempo da Páscoa ou Tempo Pascal vai do domingo da Páscoa até a Solenidade de Pentecostes (Festa do Espírito Santo). Durante este período, o círio pascal (aquela vela grande que é acesa durante a Vigília Pascal, no Sábado de Aleluia) fica junto ao altar e sempre é aceso novamente durante as Santas Missas e Batizados. Ele representa Jesus Ressuscitado, que é a Luz do Mundo!
-MELHOR EXPLICANDO:
"EIS A LUZ DE CRISTO! DEMOS GRAÇAS A DEUS!
Você já prestou a atenção naquela vela grande bem decorada sobre um belo e enfeitado pedestal? Você já percebeu como aquela vela traz uma série de sinais, números e letras? A GRANDE VELA é o CÍRIO PASCAL: simboliza, recorda, faz a memória da pessoa de Jesus Cristo ressuscitado.
*O CÍRIO PASCAL
É preparado, abençoado, aceso e conduzido para a Igreja na noite da Santa Vigília Pascal.
A grande celebração da Vigília Pascal se inicia normalmente com a bênção do "FOGO NOVO",
fora do recinto da Igreja. Este FOGO NOVO, FOGO DA PÁSCOA, FOGO QUE QUEIMA, *ILUMINA e AQUECE, recebe uma bênção especial, antes de ser aceso o CÍRIO PASCAL.
É com uma chama do FOGO NOVO BENTO que o CÍRIO é aceso. Terminada a preparação do *CÍRIO PASCAL, inicia-se a procissão para introduzi-lo solenemente no interior da Igreja. Apagam-se todas as luzes para deixar o ambiente completamente escuro e eis o significado:
A Igreja toda às escuras simboliza o mundo em trevas, o mundo sem Deus, sem Jesus, sem o Evangelho. Nesta escuridão do mundo brilhou e brilha uma única luz verdadeira, a luz de Jesus ressuscitado, simbolizada pela Luz do CÍRIO PASCAL.
*O CÍRIO, é aceso e elevado e apresentado aos fiéis reunidos através do cantor: "Eis a Luz de Cristo!" Os fiéis voltam-se para o CÍRIO, ajoelham-se e cantam: "Demos Graças a Deus!" O sacerdote prossegue até o centro da Igreja, faz novo anúncio e os fiéis respondem com o mesmo canto, em frente ao altar. O sacerdote coloca o CÍRIO num pedestal e incensa para significar a adoração que os fiéis prestam ao Ressuscitado. Logo a seguir, o sacerdote canta o "Exultet" (de alegria). Agora você pode participar de forma mais profunda da bênção do FOGO NOVO. Agora vamos ver o significado dos sinais, números e letras que decoram o CÍRIO PASCAL:
*A CRUZ: A cruz encravada no CÍRIO, em geral de cor vermelha, lembra a Cruz de Jesus Cristo. Jesus e Cruz mantêm um vínculo indestrutível. Ao traçar a Cruz sobre o CÍRIO o celebrante diz: (no vertical) "Cristo, ontem e hoje, (no horizontal) princípio em fim".
*AS LETRAS: As duas letras colocadas ao alto e embaixo da Cruz, o Alfa e o Ômega, são a primeira e a última letra do alfabeto grego. Ao cravar as duas letras o celebrante diz: "ALFA E *ÔMEGA", quer dizer, "PRINCÍPIO E FIM".
*O NÚMERO: O número 2008, que varia conforme o ano corrente, é a afirmação que Jesus é o mesmo, ontem, hoje e para sempre: O nº (2) A Ele e o tempo, o nº (0) é a eternidade, o nº (0) A glória e o poder e o nº (8) pelos séculos. Amém.
*AS BOLINHAS (grãos de incenso): As cinco bolinhas que são afixadas à cruz, uma ao alto, outra ao centro, outra embaixo e as outras duas nos dois braços da cruz, simbolizam as cinco chagas de Jesus Cristo. O celebrante diz: (ao alto da cruz) "por suas Santas Chagas", (ao centro) "suas Gloriosas Chagas", (embaixo) "o Cristo Senhor", (à esquerda) "nos proteja", (à direita) "e nos guarde. Amém".

* O TAU FRANCISCANO E SEU SIGNIFICADO


O Tau é a última letra do alfabeto hebraico;a décima nona letra do alfabeto grego;sinal bíblico usado pelo profeta Ezequiel:
“Chamou o Senhor Deus o homem vestido de linho branco, que trazia à cintura os instrumentos de escriba e lhe disse: percorre a cidade, o centro de Jerusalém, e marca com um “T” na fronte os que gemem e suspiram devido a tantas abominações que na cidade se cometem.” (Ez 9,3-4)
Todo aquele que tinha sido assinalado com o “T” foi poupado do extermínio.
O Papa Inocêncio III (1160-1216) explica o sentido do Tau: “Tem a forma de Cruz; quem o traz consigo, vive sua fé.”
São Francisco teve grande veneração por esta letra, pois lhe lembrava o grande amor de Cristo por nós.
Portanto, o Tau é:
A lembrança da Redenção, da Cruz, do Amor;Sinal de penitência e conversão interior;Sinal de dor pelos pecados do mundo;Recordação de nosso batismo; nossa marca de Filhos de Deus;Sinal de salvação .
São Francisco selava o que escrevia com o Tau, para significar a densidade do Amor de Deus, concretizado na Cruz de Cristo, sinal de Salvação.
Para aqueles que gostam de se aprofundar, será interessante ler este artigo abaixo, retirado de :
-TAU - SÍMBOLOS E SIGNIFICADOS:
Há certos sinais que revelam uma escolha de vida. O TAU, um dos mais famosos símbolos franciscanos, hoje está presente no peito das pessoas num cordão, num broche, enfeitando paredes numa escultura expressiva de madeira, num pôster ou pintura. Que escolha de vida revela o TAU? Ele é um símbolo antigo, misterioso e vital que recorda tempo e eternidade. A grande busca do humano querendo tocar sempre o divino e este vindo expressar-se na condição humana. Horizontalidade e verticalidade. As duas linhas: Céu e Terra! Temos o símbolo do TAU riscado nas cavernas do humano primitivo. Nos objetos do Faraó Achenaton no antigo Egito e na arte da civilização Maia. Francisco de Assis o atualizou e imortalizou. Não criou o TAU, mas o herdou como um símbolo seu de busca do Divino e Salvação Universal.
-TAU, SINAL BÍBLICO
Existe somente um texto bíblico que menciona explicitamente o TAU, última letra do alfabeto hebraico, Ezequiel 9, 1-7: “Passa pela cidade, por Jerusalém, e marca com um TAU a fronte dos homens que gemem e choram por todas as práticas abomináveis que se cometem”. O TAU é a mais antiga grafia em forma de cruz. Na Bíblia é usado como ato de assinalar. Marcar com um sinal é muito familiar na Bíblia. Assinalar significa lacrar, fechar dentro de um segredo, uma ação. É confirmar um testemunho e comprometer aquele que possui o segredo. O TAU é selo de Deus; significa estar sob o domínio do Senhor, é a garantia de ser reconhecido por Ele e ter a sua proteção. É segurança e redenção, voltar-se para o Divino, sopro criador animando nossa vida como aspiração e inspiração.
-O TAU NA IDADE MÉDIA
Vimos o significado salvífico que a letra hebraica do TAU recebe na Bíblia. Mas o TAU tem também um significado extrabíblico, bastante divulgado na Idade Média: perfeição, meta, finalidade última, santo propósito, vitória, ponto de equilíbrio entre forças contrárias. A sua linha vertical significa o superior, o espiritual, o absoluto, o celeste. A sua linha horizontal lembra a expansão da terra, o material, a carne. O TAU lembra a imagem do sustentáculo da serpente bíblica: clavada numa estaca como sinal da vitória sobre a morte. Uma vitória mística, isto é, nascer para uma vida superior perfeita e acabada. É cruz vitoriosa, perfeição, salvação, exorcismo. Um poder sobre as forças hostis, um talismã de fé, um amuleto de esperança usado por gente devota sensível.
-O TAU DO PENITENTE
Francisco de Assis viveu em um ambiente no qual o TAU estava carregado de uma grande riqueza simbólica e tradicional. Assumiu para si a marca do TAU como sinal de sua conversão e da dura batalha que travou para vencer-se. Não era tão fácil para o jovem renunciar seus sonhos de cavalaria para chegar ao despojamento do Crucificado que o fascinou. Escolhe ser um cavaleiro penitente: eliminar os excessos, os vícios e viver a transparência simples das virtudes. Na sua luta interior chegou a uma vitória interior. Um homem que viveu a solidão e o desafio da comunhão fraterna; que viveu o silêncio e a canção universal das criaturas; que experimentou incompreensão e sucesso, que vestiu o hábito da penitência, que atraiu vidas, encontrou um modo de marcar as paredes de Santa Maria Madalena em Fontecolombo, de assinar cartas com este sinal. De lembrar a todos que o Senhor nos possui e nos salva sob o signo do TAU.
-O TAU FRANCISCANO
O TAU franciscano atravessa oito séculos sendo usado e apreciado. É a materialização de uma intuição. Francisco de Assis é um humano que se move bem no universo dos símbolos. O que é o TAU franciscano? É Verdade, Palavra, Luz, Poder e Força da mente direcionada para um grande bem. Significa lutar e discernir o verdadeiro e o falso. É curar e vivificar. É eliminar o erro, a mentira e todo o elemento discordante que nega a paz. É unidade e reconciliação. Francisco de Assis está penetrado e iluminado, apaixonado e informado pela Palavra de Deus, a Palavra da Verdade. É um batalhador incansável da Paz, o Profeta da Harmonia e Simplicidade. É a encarnação do discernimento: pobre no material, vencedor no espiritual. Marcou-se com este sinal da luz, vida e sabedoria.
-O TAU COMO IDEAL
No mês de novembro de 1215, o Papa Inocêncio III presidia um Concílio na Igreja Constantiniana de Roma. Lá estavam presentes 1.200 prelados, 412 bipos, 800 abades e priores. Entre os participantes estavam São Domingos e São Francisco. Na sessão inaugural do Concílio, no dia 11 de novembro, o Papa falou com energia, apresentou um projeto de reforma para uma Igreja ferida pela heresia, pelo clero imerso no luxo e no poder temporal. Então, o Papa Inocêncio III recordou e lançou novamente o signo do TAU de Ezequiel 9, 1-7. Queria honrar novamente a cristandade com um projeto eclesial de motivação e superação. Era preciso uma reforma de costumes. Uma vida vivida numa dimensão missionária mais vigorosa sob o dinamismo de uma contínua conversão pessoal. São Francisco saiu do Concílio disposto a aceitar a convocação papal e andou marcando os irmãos com o TAU, vibrante de cuidado, ternura e misericórdia aprendida de seu Senhor.
-O TAU NAS FONTES FRANCISCANAS
Os biógrafos franciscanos nos dão testemunhos da importância que São Francisco dava ao TAU: “O Santo venerava com grande afeto este sinal”, “O sinal do TAU era preferido sobre qualquer outro sinal”, “O recomendava, freqüentemente, em suas palavras e o traçava com as próprias mãos no rodapé das breves cartas que escrevia, como se todo o seu cuidado fosse gravar o sinal do TAU, segundo o dito profético, sobre as fontes dos homens que gemem e lutam, convertidamente a Jesus, “O traçava no início de todas as suas ações”, “Com ele selava as cartas e marcava as paredes das pequenas celas” (cf. LM 4,9; 2,9; 3Cel 3). Assim Francisco vestia-se da túnica e do TAU na total investidura de um ideal que abriu muitos caminhos.
-TAU, SINAL DA CRUZ VITORIOSA
Cruz não é morte nem finitude, mas é força transformante; é radicalidade de um Amor capaz de tudo, até de morrer pelo que se ama. O TAU, conhecido como a Cruz Franciscana, lembra para nós esta deslumbrante plenitude da Beleza divina: amor e paz. O Deus da Cruz é um Deus vivo, que se entrega seguro e serenamente à mais bela oferenda de Amor. Para São Francisco, o TAU lembra a missão do Senhor: reconciliadora e configuradora, sinal de salvação e de imortalidade; o TAU é uma fonte da mística franciscana da cruz: quem mais ama, mais sofre, porque muito ama, mais salva. Um poeta dos primeiros tempos do franciscanismo conta no “Sacrum Comercium”, a entrega do sinal do TAU à Dama Pobreza pelo Senhor Ressuscitado, que o chama de “selo do reino dos céus”. À Dama Pobreza clamam os menores: “Eia, pois, Senhora, tem compaixão de nós e marca-nos com o sinal da tua graça!” (SC 21,22).
-O TAU E A BÊNÇÃO
Francisco se apropriou da bênção deuteronômica, transcreveu-a com o próprio punho e deu a Frei Leão: “Que o Senhor te abençoe e te guarde. Que o Senhor mostre a tua face e se compadeça de ti. Que o Senhor volva o teu rosto para ti e te dê a paz. Irmão Leão; o Senhor te abençoe!” Sob o texto da bênção, o próprio Frei Leão fez a seguinte anotação: “São Francisco escreveu esta bênção para mim, Irmão Leão, com seu próprio punho e letra, e do mesmo modo fez a letra TAU como base”. Assim, Francisco, num profundo momento de comunicação divina, com delicadeza paternal e maternal, abençoa seu filho, irmão, amigo e confidente. Abençoar é marcar com a presença, é transmitir energias que vêm da profundidade da vida. O Senhor te abençoe!
-O TAU E A CURA DOS ENFERMOS
No relato de alguns milagres, conta-se que Francisco fazia o sinal da cruz sobre a parte enferma dos doentes. Após ter recebido os estigmas no Monte Alverne, Francisco traz em seu corpo as marcas do Senhor Crucificado e Ressuscitado. Marcado pelo Senhor, imprime a marca do Senhor que salva em tudo o que faz. Conta-nos um trecho das Fontes Franciscanas que um enfermo padecia de fortes dores; invoca Francisco e o santo lhe aparece e diz que veio para responder ao seu chamado, que traz o remédio para curá-lo. Em seguida, toca-lhe no lugar da dor com um pequeno bastão arrematado com o sinal do TAU, que traz consigo. O enfermo ficou curado e permaneceu em sua pele, no lugar da dor, o sinal do TAU (cf. 3Cel159). O Senhor identifica-se com o sofrimento de seu povo. Toma a paixão do humano e do mundo sobre si. Afasta a dor e deixa o sinal de Amor.
-A COR DO TAU
O TAU, freqüentemente, é reproduzido em madeira, mas quando, pintado, sempre vem com a cor vermelha. O Mestre Nicolau Verdun, num quadro do século XII, representa o Anjo Exterminador que passa enquanto um israelita marca sobre a porta de sua casa um TAU com o Sangue do Cordeiro Pascal que se derrama num cálice. O Vermelho representa o sangue do Cordeiro que se imola para salvar. Sangue do Salvador, cálice da vida! Em Fontecolombo, Francisco deixou o TAU grafado em vermelho. O TAU pintado na casula de Frei Leão no mural de Greccio também é vermelho. O pergaminho escrito para Frei Leão no Monte Alverne, marca em vermelho o Tau que assina a bênção. O Vermelho é símbolo da vida que transcende, porque se imola pelos outros. Caminho de configuração com Jesus Crucificado para nascer na manhã da Ressurreição.
-O TAU NA LINGUAGEM
O TAU é a última letra do alfabeto judaico e a décima nona letra do alfabeto grego. Não está aí por acaso; um código de linguagem reflete a vivência das palavras. O mundo judaico e, conseqüentemente, a linguagem bíblica mostram a busca do transcendente. É preciso colocar o Deus da Vida como centro da história. É a nossa verticalidade, isto é, o nosso voltar-se para o Alto. O mundo grego nos ensinou a pensar e perguntar pelo sentido da vida, do humano e das coisas. Descobrir o significado de tudo é pisar melhor o chão, saber enraizar-se. É a nossa horizontalidade. A Teologia e a Filosofia são servas da fé e do pensamento. Quem sabe onde está parte para vôos mais altos. É como o galho de pessegueiro, cortado em forma de tau é usado para buscar veios d’água. Ele vibra quando a fonte aparece cheia de energia. Coloquemos o tau na fonte de nossas palavras!
-O TAU, O CORDÃO E OS TRÊS NÓS
Em geral, o Tau pendurado no pescoço por um cordão com três nós. Esse cordão significa o elo que une a forma de nossa vida. O fio condutor do Evangelho. A síntese da Boa Nova são os três conselhos evangélicos=obediência, pobreza, pureza de coração. Obediência significa acolhida para escutar o valor maior. Quem abre os sentidos para perceber o maior e o melhor não tem medo de obedecer e mostra lealdade a um grande projeto. Pobreza não é categoria econômica de quem não tem, mas é valor de quem sabe colocar tudo em comum. Ser pobre, no sentido bíblico-franciscano, é a coragem da partilha. Ser puro de coração é ser transparente, casto, verdadeiro. É revelar o melhor de si. Os três nós significam que o obediente é fiel a seus princípios; o pobre vive na gratuidade da convivência; o casto cuida da beleza do seu coração e de seus afetos. Tudo isto está no Tau da existência!
-USAR O TAU É LEMBRAR O SENHOR
Muita gente usa o Tau. Não é um amuleto, mas um sacramental que nos recorda um caminho de salvação que vai sendo feito ao seguir, progressivamente, o Evangelho. Usar o TAU é colocar a vida no dinamismo da conversão: Cada dia devo me abandonar na Graça do Senhor, ser um reconciliado com toda a criatura, saudar a todos com a Paz e o Bem. Usar o TAU é configurar-se com aquele que um dia ilumina as trevas do nosso coração para levar-nos à caridade perfeita. Usar o TAU é transformar a vida pela Simplicidade, pela Luz e pelo Amor. É exigência de missão e serviço aos outros, porque o próprio Senhor se fez servo até a morte e morte de Cruz.”

VIDA RELIGIOSA - imitação e seguimento de CRISTO

-O tesouro do religioso é justamente este: viver em união com Deus

A vida religiosa tem sua identidade e missão expressa como forma de existência firmada no seguimento radical de Cristo. Porém, fica evidente na história da Igreja e na Sagrada Escritura que o seguimento não é privilégio de ninguém; este é para todos que se abrem ao mistério da graça que efetua o chamado na liberdade. Contudo, ao longo da história constata-se também que o Espírito Santo suscitou na Igreja uma forma concreta de seguimento, na radicalidade existencial, através da vivência dos conselhos evangélicos: pobreza, castidade e obediência, por meio dos quais a experiência de discipulado pessoal torna-se algo fundamental.

“... Os religiosos devem transmitir o Evangelho com suas vidas, comprometendo-se a unir duas realidades: o cuidado pela vida interior e o esforço da missão apostólica” (Papa Bento XVI).
A afirmação do Santo Padre expressa algo de essencial na vida religiosa: a correspondência profunda e total da vocação à vida consagrada na Igreja. Ser inteiramente de Jesus para ser inteiro da missão e para a missão.

A primeira e fundamental tarefa da vida consagrada é tornar visíveis as maravilhas de Deus, algo possível apenas a partir de uma íntima, profunda e contínua comunhão com Aquele que chama, elege e consagra: o Cristo casto, pobre e obediente. O tesouro do religioso é justamente este: viver em união com Deus na totalidade de vida, estar reunido numa comunidade de amor e gratuidade, na qual se estabelece a cada dia o primado do Absoluto (Deus).

No mistério da vida religiosa nós encontramos essa pedagogia extraordinária do Todo-poderoso, que não escolhe os capacitados, mas capacita os pequeninos chamados por Ele. Tal constatação nos centraliza na eleição misericordiosa de Deus, que revela o primado da Sua iniciativa e a necessidade do ser humano de acolher o mistério divino na obediência.
Maria Santíssima é para todos nós modelo desse acolhimento, mestra de seguimento incondicional e de serviço assíduo a Deus. A Virgem Maria não só disse: “Faça-se em mim segundo a sua Palavra”, como também viveu esse mistério na sublime, perfeita e total pertença a Deus, assumindo, assim, todas as consequências do seu “sim” ao Senhor.

A verdadeira profecia e a vida profética da vida consagrada nascem de Deus, da amizade com Ele e da escuta atenta da Sua Palavra, nas diversas circunstâncias da nossa existência. O testemunho profético exige e requer uma busca constante e apaixonada da vontade de Deus; a comunhão eclesial generosa é imprescindível para que o exercício do amor na verdade possa acontecer de forma efetiva e eficaz. Pois, ninguém vive uma consagração no isolamento, ou seja, fora do mistério do ser Igreja de Cristo.
Ter esse compromisso decidido de vida espiritual, de espiritualidade sólida e profunda, constitui exigência prioritária para que o sentido da vida consagrada não se esvazie. Tendo em vista que tal exigência encontra-se inscrita na própria essência da vida consagrada. Negligenciar essa realidade significa tornar-se um consagrado morto, que semeia morte onde quer que se encontre, ou seja, significa deixar de ser aquele que torna visíveis as maravilhas de Deus.

O religioso, na vivência autêntica da sua consagração, torna-se manifestação visível do Amor de Deus. Por isso, a raiz de cada ação e o critério de cada opção do religioso devem ter por objetivo expressar esse amor, num gesto eficaz de gratuidade evangélica. O Evangelho de Mateus, capítulo 21, versículos 18-22, nos fornece este exemplo que o próprio Jesus utilizou para formar Seus discípulos: a pobre viúva que fazia sua oferta no cofre do templo. Nessa ocasião, o Senhor observou que as pessoas ofereciam grandes quantias e num dado momento aproximou-se essa viúva, que entregou apenas duas moedas. Vendo esse gesto Cristo chamou os discípulos e afirmou que aquela mulher havia ofertado mais do que todos os demais.

Qual a intenção de Jesus ao fazer essa afirmação? O que o Senhor deseja apresentar é que a doação maior e melhor é justamente aquela que se faz com qualidade e gratuidade, e não aquela feita com quantidade.
A viúva entregou tudo, não viveu uma relação com Deus parcial, foi sincera e transparente na sua opção de vida, pois, não firmou sua vida no fazer quantitativo, mas no ser qualitativo.
Que o Senhor ensine nossos sacerdotes também a fazerem suas opções por DEUS com essa mesma dimensão, respondendo com sabedoria ao chamado universal à santidade.

* BISPO - Origem e Função


O conhecimento exato do termo


Vem-se notando na imprensa o hábito lamentável de designar com o título de “bispo” o pastor ou o líder de qualquer agrupamento religioso.
Reflitamos: se alguém colocar na porta de seu escritório ou de sua residência uma placa indicativa com seu nome e – sem o ser – acrescentar “médico”, “advogado”, “professor” ou outra profissão, você pode ser processado por falsidade profissional. Igualmente com o termo “bispo”. Daí a necessidade de se ter noção exata do que seja o uso correto do termo.
No início da pregação evangélica, os apóstolos de Cristo escolheram colaboradores que, após a sua morte, lhes sucedessem no governo das comunidades nascentes e na pregação da mensagem cristã. Inicialmente eram chamados de “sucessores dos apóstolos”, como nos informa Clemente Romano, no ano 96 da Era Cristã, na bela e conhecida “Carta à Igreja de Corinto”.
A missão desses sucessores era responsabilizar-se pelas comunidades que se formaram ao redor dos apóstolos, supervisionando a sua vida evangélica. Daí o verbo “episkopein” (supervisionar) do qual vem o substantivo “epískopos”: o que zela como guarda e protetor, por supervisionar o rebanho. Em latim “epíscopus” e, em português “bispo”, isto é: o que tem a nobre missão, – como autêntico sucessor dos apóstolos –, de se responsabilizar pela comunidade dos fiéis.
Hoje, quem escolhe e nomeia o bispo é o sucessor de São Pedro, o Papa. O eleito recebe a plenitude do sacramento da Ordem pela “keirotonia”, isto é: imposição das mãos de três outros bispos e pela unção e oração consecratória. Há, pois, uma corrente genealógica ascendente, que chega até um dos Doze Apóstolos, do qual o bispo atual é verdadeiro sucessor.
Não fica, por essa razão, difícil entender que essa função de suceder a um dos Doze Apóstolos, função de superintender o rebanho de Cristo – “episkopein” – não pode ser usurpada. O despreparo teológico (ou ousadia) chega até a usar o termo no feminino!
A autoridade do bispo, sucessor dos apóstolos, vem da palavra de Jesus aos Doze: “Todo poder me foi dado no céu e na terra. Ide pois: batizai e ensinai que observem o que lhes ensinei” (Mateus 28,19ss).
Triste saber que o termo que designa o poder espiritual de zelar pela Igreja, transmitido por Jesus Cristo aos Doze Apóstolos e, posteriormente aos sucessores, seja usurpado e vulgarizado, como vem acontecendo de algum tempo para cá. Esta explicação teológica da palavra “bispo” e sua função nos mostram que seu uso atual, para designar qualquer líder religioso, não é apropriado e correto

24 de agosto de 2009

FRASES QUE PREJUDICAM A CATEQUESE

Resolvi separar algumas outras frases, que no meu entendimento, atrapalham um bom planejamento da catequese impedindo que diversos grupos de catequistas pelo menos tentem fazer coisas diferentes, saindo da mesmice e do marasmo.

São elas:

• Que ridículo!
• Não temos tempo.
• Em time que está ganhando não se mexe.
• Está bom assim. Por que mudar se está funcionando bem?
• Ninguém vai participar. É melhor nem fazer.
• Nunca fizemos isso antes. Não vai funcionar.
• Não estamos preparados para isso.
• Isso é problema deles, não nosso.
• Vamos pôr os pés no chão.
• O Padre não concordaria com isso.
• Não é prático.
• Custa muito caro. Não está no orçamento.
• Já tentamos assim.
• Alguém já tentou antes?
• Será que o conselho pastoral aprovaria?
• Não é nossa responsabilidade.
• Os pais não querem nada com nada. Não adianta convidá-los.
O medo não pode ser o maior sentimento entre nós, lideranças pastorais, catequistas e coordenadores. Quem sabe você arrisca a enfrentá-lo?
Quem sabe você tenta fazer coisas diferentes?
Quem sabe você partilha com os demais os seus sonhos, projetos e desejos para a catequese?
Se eu disser
“Eu posso, eu quero, eu vou conseguir” e acreditar nisso, o universo conspira a seu favor.
Mas por favor, não desista antes de pelo menos tentar.
“Eu posso, eu quero, eu vou conseguir.
”E você conseguirá. Ou então: “ TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE ”

* O MILAGRE EUCARISTICO DE LANCIANO

"O milagre eucarístico de Lanciano segundo o cientista que comprovou sua autenticidade"

O doutor Edoardo Linoli afirma que sustentou em suas mãos um verdadeiro tecido cardíaco quando analisou anos atrás as relíquias do milagre eucarístico de Lanciano (Itália), o mais antigo dos conhecidos.

O fenômeno se remonta ao século VIII. 
Em Lanciano, na igreja dedicada a São Legonciano , um monge basiliano que celebrava a missa em rito latino, após a consagração, começou a duvidar da presença real de Cristo sob as sagradas espécies.
Nesse momento, o sacerdote viu como a sagrada hóstia se transformava em carne humana e o vinho em sangue, que posteriormente se coagulou. Na catedral estão custodiadas estas relíquias.

Professor de Anatomia e Histologia Patológica, de Química e Microscopia Clínica, e ex-chefe do Laboratório de Anatomia Patológica no Hospital de Arezzo, o doutor Linoli foi o único que analisou as relíquias do milagre de Lanciano. Seus resultados suscitaram um grande interesse no mundo científico.

Em novembro de 1970, por iniciativa do arcebispo de Lanciano, Dom Pacífico Perantoni, e do ministro provincial dos Conventuais de Abruzzo, contando com a autorização de Roma, os Franciscanos de Lanciano decidiram submeter a exame científico as relíquias.

Encomendou-se a tarefa ao professor Linoli, ajudado pelo professor Ruggero Bertelli (da Universidade de Siena). 
Com a maior atenção, o professor Linoli extraiu partes das relíquias e submeteu a análise os restos de «carne e sangue milagrosos». Em 4 de março de 1971 apresentou os resultados.
Evidenciam que a carne e o sangue eram com segurança de natureza humana. A carne era inequivocamente tecido cardíaco, e o sangue era verdadeiro e pertencia ao grupo AB.

Consultado por ZeniT , o professor Linoli explicou que, «pelo que diz respeito à carne, encontrei-me na mão com o endocárdio. Portanto não há dúvida alguma de que se trata de tecido cardíaco.

Quanto ao sangue, o cientista sublinhou que «o grupo sanguíneo é o mesmo do homem do Santo Sudário de Turim, e é particular porque tem as características de um homem que nasceu e viveu nas zonas do Oriente Médio.

O grupo sanguíneo AB dos habitantes do lugar de fato tem uma porcentagem que vai de 0,5 a 1%, enquanto que na Palestina e nas regiões do Oriente Médio é de 14-15%, apontou.
A análise do professor Linoli revelou também que não havia na relíquia substâncias conservantes e que o sangue não podia ter sido extraído de um cadáver, porque se haveria alterado rapidamente.

O informe do professor Linoli foi publicado em «Quaderni Sclavo di diagnostica clinica e di laboratório» (1971, fasc 3, Grafiche Meini, Siena).
Em 1973, o conselho superior da Organização Mundial da Saúde (OMS) nomeou uma comissão científica para verificar as conclusões do médico italiano. Os trabalhos se prolongaram 15 meses com um total de quinhentos exames. 

As conclusões de todas as investigações confirmaram o que havia sido declarado e publicado na Itália.
O extrato dos trabalhos científicos da comissão médica da OMS foi publicado em dezembro de 1976 em Nova York e em Genebra, confirmando a impossibilidade da ciência de dar uma explicação a este fenômeno.

O professor Linoli participa esta quinta-feira no Congresso sobre os milagres eucarísticos organizado pelo Master em Ciência e Fé do Ateneu Pontifício Regina Apostolorum (Roma), em colaboração com o Instituto São Clemente I Papa e Mártir, com ocasião do Ano Eucarístico que a Igreja universal celebra até outubro.

Os Milagres Eucarísticos são fenômenos extraordinários de diferegue, a preservação milagrosa das Hóstias consagradas, ou algumas hóstias que vertem sangue.
Na Itália, há vários lugares onde ocorreram estes milagres eucarísticos declarou, mas também os encontramos na França, Alemanha, Holanda, Espanha» e alguns «na América do Norte.

O " ORGULHO " E " VAIDADE " NA CATEQUESE

A catequese, e por conseqüência o catequista,nunca chegam ao auge. 
Ninguém é dono da catequese ou escravo dela.

As metas da catequese não são objetivas e não constam em planilhas de Excel e muito menos em projetos mirabolantes.

Não trabalhamos com peças ou máquinas que não respondem a estímulos humanos. Somos instrumentos, apenas instrumentos.
 O nosso “chefe” é unicamente Deus.
Para Ele, nunca estamos completos e precisamos sempre de humildade em qualquer situação da vida. Não é diferente na nossa missão.

Quando um grupo de catequistas age como quem chegou ao auge e não precisa aprender mais nada, na verdade, está chegando ao fim.
Quando um catequista age de forma assoberbada, está errando feio.
Quando não pratica o seu espírito comunitário, está fora de foco.
Quando não troca experiências com outros catequistas, se torna um ser individual e isso é ineficaz.

A catequese meramente individual não produz efeitos. Quando um catequista não mostra interesse em participar de reuniões e encontros de formação, ele não está vivendo no espírito coletivo que Jesus Cristo sempre pregou.

A catequese não é uma competição onde precisamos mostrar que somos melhores do que outros catequistas ou outras comunidades.
 Claro que existem maneiras diferentes de trabalhar por uma mesma causa, técnicas e dinâmicas que são usadas por uns que não são utilizadas por outros.
 Por isso a importância da partilha.
Mas o centro de tudo e a motivação principal deve ser sempre o projeto de Jesus.
Os possíveis erros e acertos desta ou daquela sistemática de trabalho, devem ser divididos com os que integram nosso grupo.

No projeto de Jesus não pode existir vaidade, centralismos exagerado, individualismo, fofoca, pré-julgamentos, soberba e competição. Infelizmente, em muitos grupos de catequistas, existem todos estes sentimentos dominantes e eles afetam diretamente o ânimo da catequese.
Como pode andar um grupo de catequistas que não se reúne periodicamente?
Como pode crescer uma catequese que não se interessa pela formação?

Como pode espalhar uma mensagem diferente um catequista que só faz fofoca e que não consegue resolver possíveis divergências com o chamado “olho – no - olho”?
Infelizmente, alguns adultos portam-se ainda como crianças mimadas e de forma imatura. Não conseguem imitar Jesus.
Falam dele, mas não agem como ele agia.
Encontram dificuldades no trato com as pessoas.
Não sabem viver em comunidade. E se a tudo isso ainda se agrega a falta de humildade, torna-se quase impossível de se administrar.

A catequese precisa ser motivo de satisfação, alegria, encontro, partilha e oração. 
Se algum catequista acha que já chegou ao auge e não tem mais nada para aprender, é melhor que pare tudo e que procure outra coisa para fazer, de preferência, bem longe da catequese.

* O QUE SIGNIFICA EUCARISTIA

Quer dizer que , é um duplo milagre: é o milagre da transformação do pão e do vinho em Jesus Cristo; e o milagre adicional pelo qual Deus mantém as aparências do pão e do vinho ainda que a substância adjacente tenha desaparecido. 

Jesus Cristo por inteiro está presente na Sagrada Eucaristia, em cada uma das hóstias e em cada partícula consagrada e em cada gota de vinho consagrado. 
Se a hóstia se divide, Ele está presente em cada uma das partes.

E o corpo e sangue de Jesus permanecerão enquanto permanecerem as espécies do pão e do vinho.
Os quatro escritores sagrados - Mateus, Marcos, Lucas e Paulo - que nos narram a Última Ceia, dizem-nos que Jesus tomou o pão e "deu graças". 
E assim, da palavra eucharistia , que significa :" AÇÃO DE GRAÇAS ", resultou o nome do nosso sacramento: Sagrada Eucaristia. 

O termo “ EUCARISTIA ”, que vem do grego, significa, de FACTO, ACÇÃO de graças (cf. CIC, 1328). É uma dimensão que aparece, em letras claras, no diálogo que introduz a Oração eucarística: ao convite do sacerdote “ Demos graças ao Senhor, nosso Deus ”, os fiéis respondem: “ É nosso dever, é nossa salvação ”. 

O início da Oração eucarística é sempre marcado por uma fórmula que dá o sentido da reunião de oração: “ Senhor, Pai santo, é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação dar-Vos graças, sempre e em toda parte... ”.

Porque a Eucaristia é o maior dos sacramentos?

Porque nele, não temos apenas um instrumento que nos comunica as graças divinas, como nos outros sacramentos, é nos dado o próprio Doador da graça, Jesus Cristo Nosso Senhor, real e verdadeiramente presente.

Porque a Eucaristia é ao mesmo tempo, Sacrifício e Sacramento?

Como sacrifício, a Eucaristia é a Missa, a ação divina em que Jesus, por meio do sacerdote humano, transforma o pão e o vinho no seu próprio corpo e sangue e continua no tempo o oferecimento que fez a Deus no Calvário, o oferecimento de Si próprio em favor dos homens. 

Ela é o memorial da Páscoa de Cristo, a atualização e oferecimento sacramental do seu único sacrifício, na Liturgia da Igreja que é o seu Corpo.
Como sacramento, ela adquire seu ser na Consagração da Missa; nesse momento, Jesus torna-se presente sob as aparências do pão e do vinho. Enquanto estas aparências permanecerem, Jesus continua a estar presente e o sacramento da Sagrada Eucaristia continua a existir nelas. 

O ato pelo qual se recebe a Sagrada Eucaristia chama-se Sagrada Comunhão. Pode-se dizer que a Missa é a "confecção"da Sagrada Eucaristia e que a comunhão é a sua recepção. Entre uma e outra, o sacramento continua a existir (como no sacrário), quer o recebamos, quer não.

Como se deu a Instituição da Eucaristia?Jesus institui a Eucaristia, ao pronunciar as palavras:”Isto é o Meu Corpo..isto é Meu Sangue...” O que até esse momento, não era senão pão ázimo e vinho da videira, passa a ser – pelas palavras e pela vontade de Jesus Cristo, 

Deus e Homem verdadeiro – o próprio Corpo e o próprio Sangue do Salvador. 
As suas palavras, cheias de realismo, não admitem interpretações de caráter simbólico nem explicações que obscureçam a misteriosa verdade da presença real de Cristo na Eucaristia: 

- só há lugar diante delas para a resposta humilde da fé “que sempre manteve e até ao fim dos séculos conservará a Igreja Católica”(De Assim o exprime Paulo VI na "Encíclia Mysterium fidei, n.5:
”A perpétua instrução dada pela Igreja aos catecúmenos e o sentido do povo cristão, a doutrina definida pelo Concílio de Trento e as próprias palavras de Cristo ao instituir a Santíssima Eucaristia, exigem de nós a profissão de que a Eucaristia é a carne do Nosso Salvador Jesus Cristo, que padeceu pelos nossos pecados e a quem o Pai, pela sua bondade ressuscitou. 

Este sacramento, que não só tem virtude de santificar mas que contém o próprio Autor da Santidade, foi instituído por Jesus para que fosse alimento espiritual da alma, que fortalece na sua luta por alcançar a salvação, Além disso, como ensina a Igreja, por ele são-nos perdoados os pecados veniais e são-nos dadas forças para não cair nos pecados mortais, une-nos com Deus de tal maneira que é um penhor da glória que alcançaremos (Bíblia de Navarra – Santos Evangelhos, pag 408)

“A Igreja recebeu a Eucaristia de Cristo seu Senhor, não como um dom, embora precioso, entre muitos outros, mas como o dom por excelência, porque dom d'Ele mesmo, da sua Pessoa na humanidade sagrada, e também da sua obra de salvação. 

Esta não fica circunscrita no passado, pois « tudo o que Cristo é, tudo o que fez e sofreu por todos os homens, participa da eternidade divina, e assim transcende todos os tempos e em todos se torna presente ».

10 Quando a Igreja celebra a Eucaristia, memorial da morte e ressurreição do seu Senhor, este acontecimento central de salvação torna-se realmente presente e « realiza-se também a obra da nossa redenção ».
11 Este sacrifício é tão decisivo para a salvação do gênero humano que Jesus Cristo realizou-o e só voltou ao Pai depois de nos ter deixado o meio para dele participarmos como se tivéssemos estado presentes. Assim cada fiel pode tomar parte nela, alimentando-se dos seus frutos inexauríveis. Esta é a fé que as gerações cristãs viveram ao longo dos séculos, e que o magistério da Igreja tem continuamente reafirmado com jubilosa gratidão por dom tão inestimável.
12 É esta verdade que desejo recordar mais uma vez, colocando-me convosco, meus queridos irmãos e irmãs, em adoração diante deste Mistério: mistério grande, mistério de misericórdia. 
Que mais poderia Jesus ter feito por nós? 

Verdadeiramente, na Eucaristia demonstra-nos um amor levado até ao « extremo » (cf. Jo 13, 1), um amor sem medida.”(Ecclesia de Eucharistia - Ioannes Paulus PP. II)

O que vem a ser Transubstanciacão?

"O Concílio de Trento resume a fé católica declarando: "Porque Cristo, nosso Redentor, disse que o que Ele oferecia sob a espécie do pão era verdadeiramente o seu Corpo, sempre na Igreja se teve esta convicção que o sagrado Concílio de novo declara: 
- pela consagração do pão e do vinho opera-se a conversão de toda a substância do pão na substância do Corpo de Cristo nosso Senhor, e de toda substância do vinho na substância do Seu sangue; a esta mudança, a Igreja católica chama-lhe, com justeza e exatidão, transubstanciação"(DS 1642)(CIC n.1376)

Evidentemente é um milagre, um milagre contínuo, realizado centenas de milhares de vezes por dia pelo poder infinito de Deus. A bem Santo Ambrósio afirma acerca desta conversão:

" Estejamos bem persuadidos de que isto não é o que a natureza formou, mas o que a bênção consagrou, e que a força da bênção supera a da natureza, pois pela bênção a própria natureza mudada. 
Por acaso a palavra de Cristo, que conseguiu fazer do nada o que não existia, não poderia mudar as coisas existentes naquilo que ainda não eram? 
Pois não é menos dar às coisas a sua natureza primeira do que mudar a natureza delas".Que significam as palavras de Jesus: "Fazei isto em memória de mim?"

O mandamento de Jesus de repetir seus gestos e suas palavras "até que Ele volte" não pede somente que se recorde de Jesus e do que Ele fez. 
Visa a celebração litúrgica, pelos apóstolos e seus sucessores, do memorial de Cristo, da sua vida, da sua Morte, da sua Ressurreção e da sua intercessão junto ao Pai. 

Desde o início, a Igreja foi fiel ao mandato do Senhor. Da Igreja de Jesrusalém se diz: 
- Eles mostravam-se assíduos ao ensinamento dos Apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações.(...) Dia após dia, unânimes, mostravam-se assíduos no templo e partiam o pão pelas casas, tomando o alimento com alegria e simplicidade de coração (At,2,42.46).
Era sobretudo "primeiro dia da semana, isto é, no domingo, o dia da Ressurreição de Jesus, que os cristãos se reuniam, para partir o pão"(At 20,7). 
Desde aqueles tempos até os nossos dias a celebração da Eucaristia perpetuou-se, de sorte que hoje a encontramos em toda parte na Igreja, com a mesma estrutura fundamental. 
Ela continua sendo o centro da vida da Igreja. 

Assim, de celebração em celebração, anunciando o Mistério Pascal de Jesus " até que Ele venha"(I Cor 11,26), o povo de Deus em peregrinação "avança pela porta estreita da cruz" em direção ao banquete celeste, quando todos os eleitos se sentarão à mesa do Reino.

Sobre o Culto da Eucaristia Na liturgia da missa, exprimimos nossa fé na presença real de Cristo sob as espécies do pão e do vinho, entre outras coisas, dobrando os joelhos, ou inclinando-nos profundamente em sinal de adoração do Senhor. 

"A Igreja Católica professou e professa este culto de adoração que é devido ao sacramento da Eucaristia não somente durante a Missa, mas também fora da celebração dela, conservando com o máximo cuidado as hóstias consagradas, expondo-as aos fiéis para que o venerem com solenidade, levando-as em procissão" (Trento DS 1641).


É altamente conveniente que Cristo tenha querido ficar presente ã sua Igreja desta maneira singular. 
Visto que estava para deixar os seus na sua forma visível, Cristo quis dar-nos a sua presença sacramental; já que ia oferecer-se na cruz para nos salvar, queria que tivéssemos o memorial do amor com o qual nos amou "até o fim"(Jo 13,1), até o dom da sua vida. 

Com efeito, na sua presença eucarística Ele permanece misteriosamente no meio de nós como aquele que nos amou e que se entregou por nós, e o faz sob os sinais que exprimem e comunicam este amor.
"A Igreja e o mundo precisam muito do culto eucarístico. Jesus nos espera neste sacramento do amor. 
Não regateemos o tempo para ir encontra-lo na adoração, na contemplação cheia de fé e aberta a reparar as faltas graves e os delitos do mundo.
Que a nossa adoração nunca cesse" (João PauloII, carta "Dominicae cenae").

"A presença do verdadeiro Corpo de Cristo e do verdadeiro Sangue de Cristo neste sacramento 'não se pode descobrir só pelos sentidos, diz S.Tomás, mas sim só com fé, baseada na autoridade de Deus'. Por isso, comentando o texto de S. Lucas 22,19 ("Isto é o meu Corpo que será entregue por vós"), 

S. Cirilo declara: "Não ponhas em dúvida se é ou não verdade, aceita com fé as palavras do Senhor, porque Ele, que é a verdade não mente"

Adoro te devote, latens Deitas, Quae sub his figuris vere latitasTíbi se cor meum tótum subjicitQuia te contemplans tótum deficit.Vísus, tactus, gustus in te fallitur,Sed audítu solo tuto crediturCredo quídquid díxit Dei FíliusNil hoc verbo veritátis vérius..In cruce latebat sola Deitas,At hic latet simul et humanitasAmbo tamen credens atque confitens,Peto quod petivit latro paenitens.
Adoro Te Devote, de Sto. Tomás de Aquino.

Eu vos adoro devotamente, ó Divindade escondida,Que verdadeiramente oculta-se sob estas aparências,A Vós, meu coração submete-se todo por inteiro,Porque, vos contemplando, tudo desfalece.
A vista, o tato, o gosto falham com relação a VósMas, somente em vos ouvir em tudo creio.
Creio em tudo aquilo que disse o Filho de Deus,Nada mais verdadeiro que esta Palavra de Verdade.

Na cruz, estava oculta somente a vossa Divindade,Mas aqui, oculta-se também a vossa Humanidade.
Eu, contudo, crendo e professando ambas,Peço aquilo que pediu o ladrão arrependido.


O que é necessário para fazer uma Comunhão bem feita?

São três as exigências básicas para se receber dignamente a Sagrada Eucaristia:

 • Estar em estado de graça santificante: Não ter na alma pecado grave (mortal)
• Saber a quem se vai receber, na Comunhão: é Jesus nosso alimento
• Guardar o jejum prescrito pela Igreja: Uma hora antes da Comunhão

Como receber a Sagrada Comunhão?

Para receber a Sagrada Comunhão, com todo o respeito que Jesus merece, devemos cuidar de alguns aspectos fundamentais:

• Apresentar-se decentemente vestido, com modéstia, dignidade, elegância e limpeza. Nunca ir comungar de bermudas, calções, blusas decotadas e sem mangas, chinelos etc.. É, antes de tudo, uma questão de respeito e amor para com Jesus.
• Na fila da Comunhão, manter a devida compostura e respeito. Ao chegar na frente do sacerdote que lhe dará a Sagrada Comunhão, fazer uma inclinação do corpo, como sinal de respeito ao Senhor.
• O sacerdote dirá: "O Corpo de Cristo". Responda, em voz alta e clara: "AMÉM".
 É seu assentimento, sua manifestação de fé na presença real do Senhor na Eucaristia.
• Você poderá comungar de duas maneiras: ou recebendo o Corpo do Senhor diretamente na boca ou poderá estender a mão esquerda aberta, espalmada para cima, com a mão direita embaixo.

O sacerdote colocará a Sagrada Comunhão nesta mão e aí, NA FRENTE DO SACERDOTE, você levará a Sagrada Comunhão à própria boca, com a mão direita.

Quais os resultados da Comunhão?

1) crescimento espiritual;
2) perdão dos pecados veniais (já que não se pode receber a Sagrada comunhão em pecado mortal);
3) fortifica a caridade;
4) preserva a alma da morte espiritual;
5) preserva-nos dos pecados mortais futuros;
6) o poder da tentação se debilita;
7) anima-nos a trabalhar (fazer coisas por Cristo e com Cristo).Porém,

"O total de graças que cada indivíduo recebe numa comunhão depende da capacidade que esse indivíduo tenha. Nenhuma alma humana tem capacidade infinita para a graça, ou está em condições de absorver toda a graça que uma comunhão põe à sua disposição."

Frequência

1) Pode-se comungar até mais de uma vez por dia - participando da celebração eucarística completa.
2) Temos obrigação de comungar uma vez por ano pela Páscoa.
3) Devemos comungar com a freqüência que nos é possível - o ideal seria diariamente.

*POR QUE SEXO SÓ NO CASAMENTO?

O ato sexual é a celebração do amor conjugalDeus criou todas as coisas e “viu que tudo era bom” (Gen 1,25). Portanto, tudo o que Ele fez é belo, também o sexo, desde que no lugar certo. O sexo é belo e puro quando vivido no seu devido lugar; nós viemos ao mundo por ele. Se ele fosse sujo, a criança recém-nascida não seria tão bela e inocente.
O mal, muitas vezes, consiste no uso mau das coisas boas. Por exemplo, uma faca é uma coisa boa; sem ela, a cozinheira não faz o seu trabalho. Mas, se um criminoso usar esse utensílio para tirar a vida de alguém, nem por isso esse objeto se torna algo mau. Não. O mal não é a faca, mas o uso errado que se fez dela.


Da mesma forma, o sexo é algo criado por Deus e maravilhoso, mas pode ser mal usado e gerar o sofrimento. Deus fez do casal humano “a nascente da vida”. Nada se compara à missão de ser pai e mãe. Como Deus deu ao casal humano a missão de gerar os filhos: “crescei e multiplicai” (Gen 1,28), providenciou o sexo como instrumento de procriação. E mais, para fortalecer a união e o amor do casal, fez do sexo também o meio mais profundo da “manifestação” do amor conjugal. O ato sexual é a “celebração do amor conjugal”, como que a “liturgia do casal”.


E é no ápice desta “celebração do amor” que o filho é concebido. Isto é, ele não é somente a carne e o sangue do casal, mas, principalmente, o fruto do seu amor. É por isso que a vida sexual de um casal, que não se ama de verdade, nunca é harmoniosa.


Quem tem uma relação sexual com uma prostituta está preocupado apenas com o prazer, e não tem qualquer compromisso com ela. Acabada a relação, paga-se e vai-se embora. Não importa se amanhã esta mulher está grávida, doente, ou passando fome, não lhe interessa, ele pagou pelo “serviço”. Veja, isso é sexo sem amor, sem compromisso de vida, sem uma “aliança”, sem responsabilidade. É o desvirtuamento do sexo, a prostituição. Quantos hoje vivem uma “aventura amorosa” com uma pessoa, e depois a esquecem, a abandonam...


No plano de Deus o sexo é diferente, é manifestação do amor conjugal; cujo fruto será o filho do casal. Na fusão dos corpos se celebra profundamente o amor de um pelo outro: a compreensão recíproca, a paciência exercida, o perdão dado, o diálogo mantido, as lágrimas derramadas... é a festa do amor conjugal. Por isso, o ato sexual é o ato “fundante” da vida do filho. O ser humano não pode ser gerado na parede fria de um tubo de ensaio de um laboratório, mas no ato amoroso dos seus pais.


Assim, no plano de Deus a vida sexual só tem lugar no casamento. São Paulo há dois mil anos já ensinava aos coríntios:


“A mulher não pode dispor do seu corpo: ele pertence ao seu marido. E também o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa” (1 Cor 7,4). O apóstolo não diz que o corpo da namorada pertence ao namorado, e nem que o corpo da noiva pertence ao noivo.


A união sexual só tem sentido no casamento, porque só neste existe um “comprometimento” de vida conjugal, vida a dois, no qual cada um assumiu um compromisso de fidelidade com o outro, para sempre, diante da comunidade e diante de Deus. Cada um é “responsável pelo outro” até a morte, em todas as circunstâncias fáceis e difíceis da vida. Sem este “compromisso de vida, até que a morte os separe”, o ato sexual não tem sentido, torna-se vazio e perigoso. E por conseqüência disso, estamos vendo meninas de 13, 14 anos, grávidas, sem o menor preparo e maturidade para serem mães.


Muitas crianças têm vindo ao mundo fora de um verdadeiro lar, sem a presença do pai, porque foram geradas no namoro, sem compromisso, que terminou até mesmo antes do nascimento da criança, deixando-a “órfã de pai vivo”.


As conseqüências do sexo vivido fora do casamento são terríveis: famílias destruídas, mães e pais solteiros; filhos abandonados, ou em orfanatos. Muitos desses se tornam “meninos de rua”, cada vez mais numerosos, muitas vezes, buscando nas drogas e no crime a compensação de suas dores.


Quantos abortos são cometidos porque se busca apenas egoisticamente o prazer do sexo antes do casamento, e depois se elimina o fruto: a criança! As doenças venéreas são outro flagelo do sexo antes ou fora do casamento. Ainda hoje convivemos com os horrores da sífilis, blenorragia, cancro, sem falar do flagelo moderno da AIDS. No casamento, ninguém pega AIDS, sífilis ou outra enfermidade, se ambos são fiéis um ao outro. Por isso, o verdadeiro remédio contra a AIDS é a vivência sexual apenas no casamento; e não, como se propõe, irresponsavelmente, o uso de “camisinhas”, ao invés de se eliminar o vício pela raiz.
Outra razão importante para se viver a castidade antes do casamento, é que com isso o jovem se educa, se domina, treina o seu corpo e a sua mente para uma vida futura de fidelidade a seu esposo ou esposa. Aquele que se acostumou à pratica sexual no namoro, antes do casamento, dificilmente se conformará em viver o sexo com a mesma pessoa para sempre. E aí vem o adultério e a destruição do lar. Este é o preço do sexo antes do casamento. Por outro lado, um jovem que aprende a se manter casto até o casamento, prepara a sua vontade e exercita seu autodomínio para ser fiel ao seu cônjuge durante o matrimônio, e assim, construir uma família forte e saudável.


A nossa sociedade, perversa e irresponsável, incita o jovem a viver o sexo de maneira precoce e sem compromissos, e depois fica apavorada com as milhares de meninas grávidas. Isso é fruto do sexo antes do casamento, do chamado “amor livre”, e do comércio vergonhoso que se faz do sexo através da televisão, dos filmes eróticos, das revistas pornográficas e, agora, através do telefone e da internet.
No campo do sexo, Cristo foi exigente e não deixou margens a dúvidas: “Todo aquele que olhar para uma mulher com desejo de cobiça, já adulterou com ela em seu coração” (Mt 5,27).


O ato sexual significa que cada um pertence ao outro, livremente, para sempre. Será que é possível isso no namoro? Pois o ato sexual, – para não ser desvirtuado –, deve sempre estar aberto à geração da vida, sem que isso seja impedido por meios artificiais.


Ora, se o ato sexual gera a vida de um novo ser humano, este precisa ser acolhido em um lar pelos seus pais. É um direito da criança, que vem a este mundo, ter um lar, ter seus pais a seu lado, etc. Nem no namoro nem no noivado há um compromisso definitivo firmado diante de Deus e dos homens entre o casal; além do mais, nessas épocas ainda não há a segurança de uma família sólida e estável para o filho. Por essa razão, só depois que os corações e as suas vidas estiverem unidas e compromissadas por uma “aliança definitiva”, é que cada um pode se entregar fisicamente ao outro. O ato sexual é o selo do amor de um casal que se comprometeu com o outro para sempre.


Da mesma forma, se você apanhar e comer uma maçã ainda verde, ela vai fazer mal a você, e se estragará. Se você viver a vida sexual antes do casamento, você só terá problemas e não alegrias. Quantos rapazes engravidaram a namorada, e tiveram de mudar totalmente o rumo de suas vidas! Às vezes são obrigados a deixar os estudos para trabalhar; vão morar na casa dos pais... sem poderem constituir uma família como convém. Tudo começa errado.


Para tudo existe a hora certa, na qual as coisas acontecem com equilíbrio e com as bênçãos de Deus. Eu sei que esta proposta não é fácil, mas eu quero dizer que é muito bela. Eu sei que o mundo lhe diz exatamente o contrário, pois ele não quer “entrar pela porta estreita” (Mt 7,14), mas esta é que conduz à vida.


Peço que você faça esta experiência: veja quais são as famílias bem constituídas, felizes e sólidas; veja quais são os casamentos que estão estáveis, e verifique sob que bases eles foram construídos.

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