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5 de abril de 2013

Veneração do altar e do Evangeliário

Segundo o costume tradicional, a veneração do altar e do Evangeliário é significada pelo ósculo. Todavia, nos países em que este sinal de veneração destoa das tradições e mentalidade dos povos, podem as Conferências Episcopais substituí-lo por outro sinal, com o consentimento da Sé Apostólica.

Genuflexão e inclinação

 A genuflexão, que se faz dobrando o joelho direito até ao solo, significa adoração; é por isso reservada ao Santíssimo Sacramento e à santa Cruz desde a solene adoração na Acção litúrgica da Sexta-Feira da Paixão do Senhor, até ao início da Vigília pascal.

Na Missa, o sacerdote celebrante faz três genuflexões: após a ostensão da hóstia, após a ostensão do cálice e antes da Comunhão. As peculiaridades a observar na Missa concelebrada indicam-se nos lugares respectivos (cf. nn. 210-251).

Mas, se o sacrário com o Santíssimo Sacramento estiver no presbitério, o sacerdote, o diácono e os outros ministros genuflectem, quando chegam ao altar, ou quando se afastam dele, não, porém, durante a própria celebração da Missa.

Aliás, todos os que passam diante do Santíssimo Sacramento genuflectem, a não ser quando se vai em procissão.

Os ministros que levam a cruz processional ou os círios, em vez de genuflectirem fazem uma inclinação de cabeça.

A inclinação significa a reverência e a honra que se presta às próprias pessoas ou aos seus símbolos. As inclinações são de duas espécies: inclinação de cabeça e inclinação do corpo.

a) A inclinação de cabeça faz-se ao nomear as três Pessoas divinas conjuntamente, ao nome de Jesus, da Virgem Santa Maria e do Santo em cuja honra é celebrada a Missa.

b) A inclinação do corpo, ou inclinação profunda, faz-se: ao altar; às orações Purificai o meu coração (Munda cor meum) e De coração humilhado (In spíritu humilitátis); no Símbolo às palavras E encarnou pelo Espírito Santo (Et incarnátus est); no Cânone Romano às palavras Humildemente Vos suplicamos (Supplices te rogamus). Também o diácono faz inclinação profunda ao pedir a bênção, antes da proclamação do Evangelho. Além disso, o sacerdote faz uma pequena inclinação enquanto diz as palavras do Senhor, na consagração.

Incensação

O queimar incenso ou a incensação exprime reverência e oração, como vem significado na Sagrada Escritura (cf. Salmo 140, 2; Ap 8,3).

Pode usar-se o incenso em qualquer forma de celebração da Missa:

a) durante a procissão de entrada;

b) no princípio da Missa, para incensar a cruz e o altar;

c) na procissão e proclamação do Evangelho;

d) depois de colocados o pão e o cálice sobre o altar, para incensar as oblatas, a cruz, o altar, o sacerdote e o povo;

e) à ostensão da hóstia e do cálice, depois da consagração.

O sacerdote, ao pôr o incenso no turíbulo, benze-o com um sinal da cruz, sem dizer nada.

Antes e depois da incensação, faz-se uma inclinação profunda para a pessoa ou coisa incensada, excepto ao altar e às oblatas para o sacrifício da Missa.

Incensam-se com três ductos do turíbulo: o Santíssimo Sacramento, as relíquias da santa Cruz e as imagens do Senhor expostas à veneração pública, as oblatas para o sacrifício da Missa, a cruz do altar, o Evangeliário, o círio pascal, o sacerdote e o povo.

Com dois ductos incensam-se as relíquias e imagens dos Santos expostas à veneração pública, e só no início da celebração, quando se incensa o altar.

A incensação do altar faz-se com simples ictus do seguinte modo:

a) se o altar está separado da parede, o sacerdote incensa-o em toda a volta;

b) se o altar não está separado da parede, o sacerdote incensa-o primeiro do lado direito e depois do lado esquerdo.

Se a cruz está sobre o altar ou junto dele, é incensada antes da incensação do altar; aliás, é incensada quando o sacerdote passa diante dela.

O sacerdote incensa as oblatas com três ductos do turíbulo, antes de incensar a cruz e o altar, ou fazendo, com o turíbulo, o sinal da cruz sobre as oblatas.

Purificações

Se algum fragmento da hóstia ficar aderente aos dedos, sobretudo depois da fracção ou depois da Comunhão dos fiéis, o sacerdote limpa os dedos sobre a patena ou, se parecer necessário, lava-os. Recolhe também os que eventualmente tenham ficado fora da patena.

Os vasos sagrados são purificados pelo sacerdote ou pelo diácono ou pelo acólito instituído, depois da Comunhão ou depois da Missa, quanto possível na credência. O cálice é purificado com água ou com vinho e água, que depois é consumida por quem o purificar. A patena limpa-se normalmente com o sanguinho.

Deve atender-se a que o Sangue de Cristo que eventualmente fique depois da distribuição da Comunhão, seja todo imediatamente consumido no altar.

Se cair no chão alguma hóstia ou partícula, recolhe-se reverentemente. Se acaso se derramar o Sangue do Senhor, lava-se com água o sítio em que tenha caído e deita-se depois essa água no sumidoiro colocado na sacristia.


Fonte: Missal Romano

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