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3 de julho de 2015

Autoridades do Paquistão negam visto às religiosas católicas que educam milhares de crianças e jovens


“Não sabemos por qual motivo nos negaram a renovação do visto. Nosso trabalho é sempre o mesmo, trabalhamos na educação, em benefício dos jovens do Paquistão de todas as religiões. Para nós foi como um raio. Mas não podemos permanecer em um país que nos considera ilegais”.

Assim assinala a religiosa filipina Delia Coyoca Rubio, presidenta da Convent School de Islamabad, em declarações à Agência Fides sobre sua situação no Paquistão, país majoritariamente muçulmano, onde foram registrados diversos casos de perseguição contra os cristãos, como por exemplo o jovem de 14 anos acusado de blasfêmia e queimado vivo ou o caso dos esposos – a mulher estava grávida – jogados num forno para morrerem queimados em novembro do ano passado.

A irmã Delia, junto com as irmãs Miraflor Aclán Bahan e Irmã Elizabeth Umali Sequenza, as três filipinas da congregação das Religiosas da Virgem Maria, fundada pela Irmã Ignacia do Espírito Santo, receberam uma resposta negativa do Ministério do Interior, após apresentarem a solicitação habitual para a renovação do visto para morar e trabalhar no Paquistão. As razões da negativa parece ser a “mudança de trabalho” com respeito ao qual foi concedido o visto.

A irmã Delia comentou a respeito desta situação: “Nossa instituição educativa está aberta desde 1992. Estou aqui desde 2006 e nosso trabalho foi sempre o mesmo: a organização da escola e o ensino. Temos 2.300 jovens em um campus e em 1.000 alunos no outro instituto, crianças e jovens de várias religiões e classes sociais. O nosso serviço é a educação, pelo bem comum do Paquistão”.

As irmãs solicitaram no mês de abril deste ano a renovação do visto para dois anos. Esperavam a resposta em junho. O Ministério do Interior investigou o caso e enviou a alguns inspetores, mas há alguns dias receberam a carta na qual as autoridades rejeitaram o pedido.

Sobre esta negativa, o Bispo de Islamabad-Rawalpindi, Dom Rufin Anthony, expressou seu apoio às religiosas e escreveu ao Ministério do Interior fazendo uma reclamação devido a esta situação.

O assunto será tratado pelo Tribunal Superior de Islamabad, segundo a Fides. Caso as religiosas tenham que abandonar o Paquistão, a Instituição Convent School de Islamabad, que contrata a maioria de seus professores locais, terá que ser reorganizada completamente.



Congregação para Doutrina da Fé, diz que as aparições de Medjugorje são falsas


Durante a reunião plenária da Congregação para a Doutrina da Fé, o Cardeal Gerhard Ludwig Müller, Prefeito da Congregação, divulgou o parecer da Santa Sé em relação às aparições de Medjugorje (Bósnia-Herzegovina) e aos respectivos videntes. A conclusão apresentada é que nunca aconteceu nenhum evento sobrenatural em Medjugorje. Este parecer foi apresentado pela "Comissão Ruini", constituída pelo Papa Bento XVI para investigar os ditos fenómenos e as mensagens da Virgem Maria que são tornadas publicas regularmente pelos videntes desde 1981.

A Congregação para a Doutrina da Fé aprovou uma série de restrições e recomendações em relação a Medjugorje, tais como:

- Os fiéis católicos estão proibidos de participar nos "extases" dos videntes.
- Os videntes estão proibidos de divulgar os textos que dizem ter recebido da Virgem Maria.
- A paróquia de Medjugorje não será um Santuário Mariano, como desejavam os videntes.
- Os bispos não podem acolher nas suas dioceses os videntes para darem o seu testemunho.
- Os bispos devem recomendar aos seus fiéis que quando se deslocarem a Medjugorje como peregrinos se façam acompanhar por um sacerdote católico.
- Os peregrinos que se desloquem a Medjugorje não devem reconhecer como verdadeiras as aparições e devem evitar qualquer contacto com os videntes, concentrando-se apenas na oração e Sacramentos.

Estas duras medidas tomadas pela Santa Sé foram justificadas pela inconsistência teológica das mensagens de Medjugorje e com os grandes rendimentos que os próprios videntes garantiram durante todos estes anos. Os videntes são proprietários de vários hotéis, bastante lucrativos graças ao grande número de peregrinos que se deslocam até Medjugorje.

Este "dossier" já se encontra na posse do Papa Francisco, que se deverá pronunciar nos próximos dias. Sabe-se que o Papa é bastante céptico em relação a Medjugorje e já fez duras críticas publicamente aos próprios videntes.

O Cardeal Müller afirmou ainda que Medjugorje deverá continuar a ser considerado um local de fé e oração porque Deus consegue recolher até onde não semeia.

Fonte: Gianluca Barile, Vaticanista

Adenda: 

- A última palavra sobre este assunto, tal como todos os que se referem à Igreja Universal, cabe ao Santo Padre.

- A Congregação para a Doutrina da Fé (CDF) não pôs em causa os bons frutos de Medujgorge nem o ambiente de oração e amor aos Sacramentos que lá se vive.

- As suspeitas da CDF recaem exclusivamente na falta de credibilidade que a comissão apontou aos videntes de Medjugorje, e é a esses que os fiéis católicos devem evitar seguir.

- Já há 2 anos atrás a CDF tinha emitido uma nota aos bispos americanos, na qual avisava que: "Não é permitido, tanto a clérigos como a leigos, participar em encontros, conferências ou celebrações públicas nos quais a credibilidade de tais 'aparições' (Medjugorje) seja dada como garantida."




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