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30 de setembro de 2013

Igreja no Brasil discute Marco Regulatório para organizações

Nos dias 30 de setembro e 01 de outubro, no Centro Cultural de Brasília, representantes de diversas religiões do Brasil se reúnem para dar continuidade a discussão do Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (OSCs), no 2º Seminário Relação Estado e Sociedade do Coletivo Inter-Religioso.

A finalidade do Coletivo é atuar de forma organizada, e com identidade própria, na relação cooperativa entre religiões e Estado, promovendo o diálogo permanente entre as organizações religiosas e o Governo, bem como com outros grupos já constituídos e que atuam na melhoria do ambiente regulatório por um Estado de Direitos.

O Marco Regulatório é um conjunto de normas, leis e diretrizes que regulam o funcionamento dos setores nos quais agentes privados prestam serviços de utilidade pública, como a Assistência Social promovida pelas Organizações Religiosas.

O 2º Seminário Relação Estado e Sociedade do Coletivo Inter-Religioso conta a presença do Ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, entre outros.

O primeiro seminário, realizado em novembro de 2012 também em Brasília, resultou em 14 propostas que visam favorecer o diálogo entre a sociedade e o Estado. Ao final do evento, uma carta foi entregue ao ministro Gilberto Carvalho.

Mais dois sacerdotes assassinados na Colômbia

Os sacerdotes colombianos Pe. Héctor Fabio Cabrera e Pe. Bernardo Echeverri, da Paróquia de San Sebastián, município de Roldanillo, Departamento de Valle del Cauca, Arquidiocese de Cali, foram assassinados em sua residência. Segundo fontes locais da Agência Fides, o crime teria ocorrido por volta da meia noite ou na madrugada de 28 de setembro, quando alguns moradores da área viram dois homens abandonando a paróquia em uma motocicleta.

A polícia encontrou os cadáveres do pároco e de seu colaborador em seus quartos, com ferimentos à faca. O Arcebispo de Cali, Dom Dario Monsalve Jesus, manifestou preocupação e pediu às autoridades uma investigação completa para esclarecer o duplo homicídio.

"Estamos absolutamente chocados, porque este não é apenas um crime que viola todas as considerações humanas e toda a lei divina, mas é um grave sacrilégio e um golpe na alma do cristão e do povo católico", declarou Dom Monsalve ao jornal El Colombiano.

As investigações revelam que após a conclusão da última missa na Igreja de San Sebasteán, os atacantes esconderam-se no templo e em seguida, dirigiram-se para a casa paroquial para roubar as ofertas.

O funeral foi realizado nesta segunda-feira, às 10 horas, na Paróquia de San Sebastian de Roldanillo, com as cerimônias fúnebres sendo presididas pelo Bispo de Cartago, Dom José Alejandro Arbelaez Brown.

Padre Luis Bernardo Echeverri Chavarriaga nasceu em Medellín em 5/9/1944. Foi ordenado sacerdote pelo primeiro Bispo de Cartago, Dom José Gabriel Calderon em 1º de março de 1969. Entre 1981 e 1983 estudou Direito Canônico na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma.

O Padre Hector Fabio Morales Cabrera nasceu em Zarzal, em 9/11/1986. Estudou no Seminário Diocesano Nossa Senhora da Anunciação, de Cartago. Foi ordenado sacerdote em 19 de março de 2012, pelo Bispo Joseph Alexander Brown, atual Bispo de Cartago. Ele havia sido escolhido para realizar estudos na Espanha. (JE)

Para ajudar o Papa no governo da Igreja

O Papa Francisco assinou um quirógrafo com o qual é instituído um Conselho de cardeais para ajudar o Santo Padre no governo da Igreja universal e para estudar um projecto de revisão da constituição apostólica

Pastor bonus sobre a Cúria romana. Do organismo fazem parte os oito cardeais que o Pontífice escolheu como conselheiros a 13 de Abril passado. Eles representam as Américas, a Ásia, a Europa, a África e a Austrália. Trata-se de arcebispos que regeram ou ainda regem grandes dioceses.

Amanhã, terça-feira 1 de Outubro, o novo Conselho reunir-se-á oficialmente pela primeira vez na biblioteca particular do apartamento pontifício para examinar cerca de oitenta documentos recolhidos pelo secretário D. Marcello Semeraro, Bispo de  Albano, o qual já providenciou a enviar uma síntese a todos os membros do mesmo Conselho. Os trabalhos prolongar-se-ão até quinta-feira, 3 de Outubro.

As reuniões terão lugar de manhã e de tarde. O Papa estará sempre presente, com excepção do tempo que dedicará à audiência geral de quarta-feira e a outra audiência prevista para o final da manhã de quinta-feira. A seguir o texto do quirógrafo

Refletindo Evangelho São Lucas 9,46-50

 
Aquele que entre todos vós for o menor, esse é o maior.

Naquele tempo: 
Houve entre os discípulos uma discussão, para saber qual deles seria o maior. 
Jesus sabia o que estavam pensando. 
Pegou então uma criança, colocou-a junto de si 
e disse-lhes: 'Quem receber esta criança em meu nome, 
estará recebendo a mim. 
E quem me receber, estará recebendo aquele que me enviou. 
Pois aquele que entre todos vós for o menor, 
esse é o maior.' 
João disse a Jesus: 
'Mestre, vimos um homem que expulsa demônios em teu nome. 
Mas nós o proibimos, porque não anda conosco.' 
Jesus disse-lhe: 
'Não o proibais, pois quem não está contra vós, está a vosso favor.' Palavra da Salvação. 

Reflexão

A lógica que nos é proposta por Jesus nos desafia a entender as relações de autoridade e de poder de uma forma totalmente diferente da proposta pelo mundo: autoridade significa conduzir as outras pessoas para uma vida melhor e poder significa serviço e humildade. Com isso, o Evangelho nos mostra que devemos nos afastar da opressão, da dominação e do autoritarismo do poder pelo poder. O Evangelho de hoje também nos mostra que o fato de sermos a Igreja de Jesus Cristo não nos dá o direito de nos apossarmos da sua pessoa e da sua ação, uma vez que ele chama diferentes pessoas através de modos diferentes para que, de diferentes modos, continue agindo no meio dos homens

Presidência da CNBB recebida pelo Papa. Na pauta do encontro, formação e Amazônia

A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, foi recebida na manhã de sábado, 28, pelo Papa Francisco, no Vaticano.

Antes da audiência, o Cardeal Raymundo Damasceno Assis, Arcebispo de Aparecida, (Presidente); Dom José Belisário da Silva, Arcebispo de São Luís do Maranhão, (Vice-Presidente); e Dom Leonardo Ulrich Steiner, auxiliar de Brasília (Secretário-geral), concelebraram a missa da manhã presidida pelo Papa na Casa Santa Marta.

Após o encontro com o Papa, Dom Raymundo conversou com a RV e revelou os temas abordados. Segundo o cardeal, Francisco insistiu na formação do clero, dando muito destaque à questão da Amazônia. Para ouvir o Presidente da CNBB, clique acima.

No discurso feito aos bispos do Brasil, no dia 27 de julho, Francisco disse que considera a Amazônia relevante não somente para o caminho atual e futuro da Igreja no Brasil, mas para toda a estrutura social:

“A Igreja está na Amazônia não como aqueles que têm as malas na mão para partir depois de terem explorado tudo o que puderem”, disse Francisco, acrescentando que “desde o início a Igreja está presente na Amazônia com missionários, congregações religiosas e lá continua ainda presente e determinante no futuro daquela área”.

A Comissão Episcopal para a Amazônia, presidida pelo Cardeal Cláudio Hummes, atendendo à solicitação do Papa, promove de 28 a 31 de agosto, em Manaus, o I Encontro da Igreja Católica na Amazônia Legal.
(CM)

Papa Francisco: "Não podemos nos resignar diante da dor. O diálogo pode vencer a guerra"

O Papa Francisco recebeu na manhã desta segunda-feira, no Vaticano, os participantes do Encontro Internacional pela Paz, promovido pela Comunidade de Santo Egídio, sobre o tema: “A Coragem da Esperança”.

O Encontro Internacional pela Paz foi aberto este domingo, em Roma, com a participação de 400 representantes das grandes religiões e expoentes da vida política e cultural provenientes de 60 países. O evento, que é anual, é uma herança do encontro convocado por João Paulo II em Assis, em 1986.

Em seu discurso, o Pontífice recordou mais uma vez que o mundo necessita de paz. “Não podemos nos resignar diante da dor de povos inteiros, reféns da guerra, da miséria e da exploração. Não podemos assistir indiferentes ao drama de crianças, famílias e idosos atingidos pela violência. Não podemos deixar que o terrorismo aprisione o coração de poucos violentos para semear dor e morte a muitas pessoas.”

Não existe qualquer justificação religiosa para a violência, disse ainda o Papa, ressaltando que um líder religioso é sempre homem de paz, já que o mandamento da paz está inscrito no profundo das tradições religiosas que representam.

Para Francisco, encontros como os promovidos pela Comunidade de Santo Egídio indicam a estrada a seguir: a coragem do diálogo. “No mundo, nas sociedades, existe pouca paz porque falta o diálogo. A paz requer um diálogo tenaz, paciente, forte, inteligente, para o qual nada está perdido. O diálogo pode vencer a guerra.”

Nesse contexto, prosseguiu, os líderes religiosos são chamados a serem “artesões da paz, unindo e não dividindo, extinguindo o ódio, abrindo as vias do diálogo e não erguendo novos muros! No encontro podemos instaurar a cultura do diálogo e a cultura do encontro”.

A seguir, Francisco recordou a origem transcendente do diálogo. A herança do primeiro encontro de Assis, disse, mostra como o diálogo esteja intimamente relacionado com a oração de cada um. “Diálogo e oração crescem ou decaem juntos. A relação do homem com Deus é a escola e o alimento do diálogo com os homens.” E concluiu:

“Continuemos a rezar pela paz no mundo, na Síria, no Oriente Médio, em tantos países do mundo. Esta coragem da paz doe a coragem da esperança ao mundo, a todos os que sofrem pela guerra e aos jovens que olham preocupados para seu futuro.”

João XXIII e João Paulo II serão santos em 27 de abril de 2014

Nesta segunda-feira, 30, Papa Francisco anunciou a data da canonização dos Papas João Paulo II e João XXIII: 27 de abril de 2014, II Domingo de Páscoa, da Divina Misericordia.

A decisão foi tomada durante o consistório ordinário público convocado especialmente para aprovar as causas de canonização dos dois pontífices. 

A celebração teve início às 10h (horário de Roma), e contou com a presença dos cardeais presentes em Roma. Dentre eles, dois brasileiros: Dom João Braz de Aviz, Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, e Dom Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida.

A decisão de unir no mesmo dia a canonização dos seus dois predecessores foi explicada pelo Papa Francisco, em julho passado, como uma mensagem para a Igreja, porque os "dois são bons, são dois bons".

Karol Jozef Wojtyla foi eleito Papa no dia 16 de outubro de 1978. Nasceu em Wadowice (Polônia), em 18 de maio de 1920, e morreu no Vaticano, em 2 de abril de 2005.

Em quase 27 anos de pontificado, João Paulo II escreveu 14 Encíclicas, 15 Exortações Apostólicas, 11 Constituições Apostólicas e 45 Cartas Apostólicas.

Em seu pontificado, fortaleceu a fé da Igreja promulgando o Catecismo da Igreja Católica. Promoveu um intenso itinerário de vida espiritual com o Ano da Redenção, o Ano Mariano, o Ano da Eucaristia e o Jubileu do Ano 2000 e criou as Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), aproximando a Igreja dos jovens. 

O primeiro milagre do Papa João Paulo II foi o da irmã francesa Marie Simon-Pierre, que ficou curada da doença de Parkinson. Com ele, teve início o processo de canonização de João Paulo II. O pontífice polonês foi proclamado beato pelo Papa emérito Bento XVI em 1º de maio de 2011, na Praça de São Pedro.

A Igreja Católica celebra a memória litúrgica de João Paulo II no dia 22 de outubro, data que assinala o dia de início de pontificado do Papa em 1978.

Angelo Giuseppe Roncalli, o Papa João XXIII, nasceu em 1881 na localidade de Sotto il Monte, Bergamo, onde foi pároco e professor no seminário, secretário do bispo e capelão do exército durante a I Guerra Mundial.

João XXIII iniciou a sua carreira diplomática como visitador apostólico na Bulgária, de 1925 a 1935; foi depois delegado apostólico na Grécia e Turquia, de 1935 a 1944, e Núncio Apostólico na França, de 1944 a 1953.

Em 1953, Angelo Roncalli foi nomeado Patriarca de Veneza e no dia 28 de outubro de 1958 foi eleito Papa, sucedendo a Pio XII. Aos 77 anos, em 1962, João XXIII, resolveu “arejar” a Igreja e inaugurou o Concílio Vaticano II. Morreu um ano depois. 

“O Papa bom” foi declarado beato por João Paulo II no dia 3 de setembro de 2000. Seu processo de canonização tem uma particularidade considerada rara na história da Igreja: ficou isento do reconhecimento de um segundo milagre - condição necessária para que um beato seja elevado a santo. 

29 de setembro de 2013

Patriarcas católicos do Oriente em novembro no Vaticano

Em novembro, os Patriarcas católicos do Oriente estarão em Roma para um encontro com o Papa Francisco. “Da reunião participarão também representantes das Igrejas ortodoxas”, antecipou o cardeal libanês Bechara Boutros Rai, patriarca maronita.

Sexta-feira, 27, o Conselho dos Patriarcas católicos do Oriente reuniu-se em Bkerké para uma reflexão conjunta acerca das convulsões que estão colocando em risco as comunidades cristãs de tradição apostólica radicadas no Oriente Médio.

De acordo com a Igreja maronita, a reunião com Francisco deve ocorrer depois da Plenária da Congregação para as Igrejas Orientais, por volta do dia 22.

A cúpula será a ocasião para refletirem juntos sobre o futuro dos cristãos no Oriente Médio e tentar delinear critérios de discernimento pastoral comuns em relação aos conflitos que estão destruindo a região, a começar pela guerra síria.

Na pauta estarão também algumas questões pastorais e canônicas, como a eleição dos bispos nas Igrejas católicas orientais

Papa Francisco: "Catequista guarda a memória de Deus e a desperta nos outros, sem pensar no prestígio"


Às 10:30hs, horário de Roma, o Papa Francisco entrou em procissão na Praça São Pedro para presidir, do adro da Basílica vaticana, a missa do Dia dos Catequistas, convocado no âmbito do Ano da Fé. A Praça São Pedro estava completamente lotada. Com o Pontífice, vestido com paramentos verdes, concelebraram a liturgia 600 sacerdotes.

Francisco começou a homilia com uma citação do Profeta Amós: “Ai dos que vivem comodamente em Sião e dos que vivem tranquilos, deitados em leitos de marfim, comem, bebem, cantam, divertem-se e não se preocupam com os problemas dos outros”.

“Estas duras palavras nos advertem para um perigo que todos corremos: o risco da comodidade, da mundanidade na vida e no coração, de ter como centro o nosso bem-estar”, lembrou o Papa.

Francisco repassou a experiência do rico do Evangelho, que vestia roupas de luxo e cada dia se banqueteava lautamente; o importante para ele era isto. E o pobre que jazia à sua porta e não tinha com que matar a fome não era com ele, não lhe dizia respeito.

“Se as coisas, o dinheiro, a mundanidade se tornam o centro da vida, apoderam-se de nós, dominam-nos e perdemos a nossa identidade de homens”.

Ele explicou que “isto acontece quando perdemos a memória de Deus. Se falta a memória de Deus, tudo se nivela pelo ‘eu’, pelo meu bem-estar. A vida, o mundo, os outros perdem consistência, não contam para nada, tudo se reduz a uma única dimensão: o ter. Se perdemos a memória de Deus, também nós mesmos perdemos consistência, também nós nos esvaziamos, perdemos o nosso rosto, como o rico do Evangelho! Quem corre atrás do nada, torna-se ele próprio nulidade – diz outro grande profeta, Jeremias. Somos feitos à imagem e semelhança de Deus, não das coisas, nem dos ídolos”.

Continuando, respondeu à questão: “Quem é o catequista?”.

“É aquele que guarda e alimenta a memória de Deus; guarda-a em si mesmo e sabe despertá-la nos outros. Como a Virgem Maria, não pensa nas honras, no prestígio, nas riquezas, não se fecha em si mesmo. O catequista é precisamente um cristão que põe a memória ao serviço do anúncio; não para se exibir, nem para falar de si, mas para falar de Deus, do seu amor, da sua fidelidade”.

Em seguida, Francisco mencionou a segunda leitura, em que São Paulo dá algumas indicações a Timóteo que podem caracterizar também o caminho do catequista: procurar a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão:

"O catequista é pessoa da memória de Deus quando tem uma relação constante, vital com Ele e com o próximo; se é pessoa de fé, que confia verdadeiramente em Deus e põe Nele a sua segurança; se é pessoa de caridade, de amor, que vê a todos como irmãos; se é pessoa de paciência e perseverança, que sabe enfrentar as dificuldades, as provas e os insucessos com serenidade e esperança no Senhor; se é pessoa gentil, capaz de compreensão e de misericórdia”, concluiu o Pontífice.

Antes de encerrar a celebração, Francisco cumprimentou todos e agradeceu a participação dos catequistas provenientes de todas as partes do mundo.

Dentre várias saudações, um pensamento especial foi dirigido a Sua Beatitude Youhanna X, Patriarca greco-ortodoxo de Antioqua e de todo o Oriente. Durante a celebração, o Papa trocou um abraço com o Patriarca, no momento do ‘gesto de paz’. Youhanna é irmão de um dos bispos ortodoxos sequestrados na Síria há cinco meses.

“Sua presença é um convite para rezarmos mais uma vez pela paz na Síria e no Oriente Médio”, disse às quase cem mil pessoas presentes na Praça.
Com elas, o Papa rezou a oração do Angelus e concedeu a todos a sua benção apostólica. 

Reflexão Evangelho São Lucas 16.19-31

Tu recebeste teus bens durante a vida e Lázaro os males; agora ele encontra aqui consolo e tu és atormentado.

Naquele tempo, Jesus disse aos fariseus:
'Havia um homem rico, que se vestia com roupas finas e elegantes
e fazia festas esplêndidas todos os dias.
Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, estava no chão à porta do rico.
Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico.
E, além disso, vinham os cachorros lamber suas feridas.
Quando o pobre morreu, os anjos levaram-no para junto de Abraão.
Morreu também o rico e foi enterrado. Na região dos mortos, no meio dos tormentos,
o rico levantou os olhos e viu de longe a Abraão, com Lázaro ao seu lado.
Então gritou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim!
Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua,
porque sofro muito nestas chamas'. Mas Abraão respondeu: 'Filho, lembra-te
que tu recebeste teus bens durante a vida e Lázaro, por sua vez, os males.
Agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado.
E, além disso, há um grande abismo entre nós:
por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós,
e nem os daí poderiam atravessar até nós'.
O rico insistiu: 'Pai, eu te suplico, manda Lázaro à casa do meu pai,
porque eu tenho cinco irmãos.
Manda preveni-los, para que não venham também eles
para este lugar de tormento'.
Mas Abraão respondeu: 
'Eles têm Moisés e os Profetas, que os escutem!'
O rico insistiu: 'Não, Pai Abraão, mas se um dos mortos for até eles,
certamente vão se converter'.
Mas Abraão lhe disse:
`Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas,
eles não acreditarão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos'.'
Palavra da Salvação.

Reflexão

A reflexão sobre a primeira leitura da liturgia deste domingo nos coloca no interior de uma sociedade onde um grupo, formado pelo nobres da Samaria (governantes, palacianos, chefes políticos e latifundiários) desfrutava das conquistas militares do rei Jeroboão. Nesse ambiente surgiu a fala discordante do Profeta Amós que dizia estarem enganados os poderosos ao esperarem o Dia de Javé como um dia de glória. O Dia de Javé será um dia de castigo, culminando com a destruição da própria Samaria e com o exílio de seus moradores. Ele foi claríssimo ao dizer: “ o bando dos gozadores será desfeito”.

Eis os motivos: enriquecimento à custa do pobre e “não se preocupar com a ruína do povo”.
Será que também não existem pobres que desejariam usufruir dessas benesses e sonham em ser como um desses ricos? Pessoas vendem seu corpo, sua inteligência para poderem conviver nesse mundo de privilegiados. Deixam-se corromper para isso.

O Evangelho nos apresenta a reflexão de Jesus, que usa a parábola do rico e de Lázaro para nos dar o seu recado. O rico, que nem nome possui, é descrito como alguém que se veste com luxo, usando roupas importadas, se banqueteando diariamente e morando em uma mansão. Do lado de fora, um sem-teto, Lázaro. Ele via entrar os comensais em traje de festa. Sentia vontade de comer, queria matar a fome, a sede, mas nada lhe era dado. Ao contrário, ainda era incomodado pelos cães que lambiam suas feridas. Era o excluído!

Contudo, Deus
 que optou preferencialmente pelos pobres - ao permitir a morte dos dois, acolhe Lázaro em sua casa, enquanto o rico continua em seu fechamento, agora absolutizado pela morte. Neste momento, o nome Lázaro revela seu significado, Deus ajuda, e de fato Deus o ajudou. Enquanto o rico, sem nome, fica agora totalmente ignoto, morto, sepultado e desconhecido!

Dentro da parábola vemos também o resultado, a consequência da atitude surda, absolutamente insensível do rico. O abismo que ele criou, excluindo o pobre de toda e qualquer participação nos bens que ele julgava possuir, volta agora contra ele mesmo. É tão grande que é impossível haver comunicação entre eles. Pior, a inversão foi drástica. Aquele que sempre esteve saciado, suplica por uma gota d’água e pede que Lázaro faça isso.

Existe nesse trecho do Evangelho algo que muitas vezes passa despercebido e que não deveria, porque é importante. Quando Abraão fala com o rico, apesar de se dirigir a uma pessoa, ele usa o plural – “..nem os daí poderiam atravessar até nós.” O rico não está só. Outros o antecederam na ocupação de acumular bens gananciosamente.

Mas o rico faz um segundo pedido a Abraão, que salve os irmãos dele, para que não tenham a mesma sorte. Para isso ele pede a ida de Lázaro à casa deles, para que, vendo um morto, se convertam. Abraão diz ser inútil isso. Para salvá-los, já existe Moisés e os profetas. Veladamente aí está que nem a ressurreição de Jesus irá salvá-los, caso não se abram ao pobre. De fato, quantas pessoas batizadas vivem uma existência surda e insensível em relação aos excluídos! A partilha gera vida, o acúmulo, morte!

A única força capaz de mudar o coração do rico, de ser fechado em si mesmo, é a Palavra de Deus. Ela tem o poder de abrir os corações!

Neste domingo celebramos o Dia da Bíblia. Que ela seja utilizada por nós de tal modo que permita ao nosso coração permanecer sempre aberto aos irmãos, praticando a partilha.


28 de setembro de 2013

Disponível material para a CF 2014

Os subsídios da Campanha da Fraternidade 2014 já estão disponíveis nas Edições CNBB. São diversos materiais como o manual, texto base, via sacra, celebrações ecumênicas, folhetos quaresmais, CD e DVD, banner, cartaz, entre outros. Com o objetivo de trabalhar os conteúdos da campanha nas escolas, foram produzidos também subsídios de formação voltados aos jovens do ensino fundamental e médio, além de encontros catequéticos para crianças e adolescentes.

O cartaz da CF 2014, que se encontra disponível para download, traz o tema “Fraternidade e Tráfico Humano” e lema “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5, 1).

Entenda o significado do cartaz:

1- O cartaz da Campanha da Fraternidade quer refletir a crueldade do tráfico humano. As mãos acorrentadas e estendidas simbolizam a situação de dominação e exploração dos irmãos e irmãs traficados e o seu sentimento de impotência perante os traficantes. A mão que sustenta as correntes representa a força coercitiva do tráfico, que explora vítimas que estão distantes de sua terra, de sua família e de sua gente.

2- Essa situação rompe com o projeto de vida na liberdade e na paz e viola a dignidade e os direitos do ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus. A sombra na parte superior do cartaz expressa as violações do tráfico humano, que ferem a fraternidade e a solidariedade, que empobrecem e desumanizam a sociedade.

3- As correntes rompidas e envoltas em luz revigoram a vida sofrida das pessoas dominadas por esse crime e apontam para a esperança de libertação do tráfico humano. Essa esperança se nutre da entrega total de Jesus Cristo na cruz para vencer as situações de morte e conceder a liberdade a todos. “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5, 1), especialmente os que sofrem com injustiças, como as presentes nas modalidades do tráfico humano, representadas pelas mãos na parte inferior.

4- A maioria das pessoas traficadas é pobre ou está em situação de grande vulnerabilidade. As redes criminosas do tráfico valem-se dessa condição, que facilita o aliciamento com enganosas promessas de vida mais digna. Uma vez nas mãos dos traficantes, mulheres, homens e crianças, adolescentes e jovens são explorados em atividades contra a própria vontade e por meios violentos. (Fonte: CF 2014).

Papa Francisco: "Peçamos a graça de não fugir da Cruz"

“O Filho do homem está para ser entregue em mãos aos homens”: estas palavras de Jesus paralisam os discípulos, que imaginavam um caminho triunfante. As palavras ficaram tão misteriosas para eles que não conseguiam compreendê-las plenamente e tinham medo de perguntar alguma coisa sobre isso. Para eles, “era melhor não falar”, era melhor não entender do que “entender a verdade” que Jesus dizia.

Papa Francisco reconstruiu assim, na homilia da missa celebrada na manhã de sábado, 28, na Casa Santa Marta, uma das páginas mais dramáticas do Evangelho, a que narra o medo que tomou conta dos discípulos quando Jesus lhes anunciou sua própria Paixão.

“Tinham medo da Cruz, medo da Cruz”, repetiu Francisco, recordando que o próprio Pedro, ao ouvir o anúncio de Jesus depois da confissão de fé de Felipe na região de Cesareia, disse “Não! Na Cruz não!”. O Papa explicou que Pedro também teve medo da Cruz, “mas não eram só eles... O próprio Jesus tinha medo da Cruz!”.

Tamanho era o medo que na noite de quinta-feira, Jesus suou sangue; quase disse “afasta de mim este cálice, seja feita a tua vontade”. Esta disponibilidade para que a vontade de Deus se realizasse “era a diferença”, explicou Francisco.

Aos cristãos de hoje, assim como dois mil anos atrás aos discípulos de Jesus, a Cruz “atemoriza”, nos assusta também nas obras de evangelização.

O Papa recordou que não há redenção sem a efusão de sangue, não há obra apostólica fecunda sem a Cruz:

“Talvez nós pensamos, cada um de nós pensará: E a mim o que acontecerá? Como será a minha Cruz? Não sabemos. Não sabemos, mas haverá! Devemos pedir a graça de não escapar à Cruz quando ela vier: com medo, sim, isso é verdade! Mas a sequela de Jesus termina aí. Vêm-me à mente as últimas palavras que Jesus disse a Pedro, naquela coroação pontifícia no Tiberíades: Me amas? Mas as últimas palavras eram aquelas: Vão levar-te onde tu não queres ir! À promessa da Cruz.”
(CM)

Papa pede aos gendarmes que mantenham intrigas fora do Vaticano

Na manhã de sábado, 28, o Papa Francisco presidiu uma missa ao ar livre, na gruta de Lurdes, nos Jardins do Vaticano. A ocasião foi a festividade dos três arcanjos: Rafael, Gabriel e Miguel, que a Igreja celebra em 29 de setembro. São Miguel é o Padroeiro da Gendarmaria Vaticana, o corpo de guardas do Estado.

Em sua homilia, Francisco exortou os policiais a pedirem a proteção do Santo para que nos defenda dos inimigos, das ameaças do diabo e de tudo aquilo que ele semeia.

“Porque o diabo ama as trevas, foge da luz. As ameaças são aqueles que vivem nas trevas e aproveitam o escuro para enganar, para intimidar. A guerra hoje, aqui em nosso Estado, é a guerra das trevas contra a luz, da noite contra o dia. Esta é a verdade da luta cotidiana, de todo dia: a luta da Igreja, da mãe-Igreja”.

Neste enfoque, o Papa agradeceu os guardas que defendem as portas e janelas do Vaticano, mas pediu que façam ainda mais, que protejam das ameaças do diabo, como o fez São Miguel, seu Padroeiro.

Francisco esclareceu que “o diabo não tem medo de monsenhores, cardeais e nem do Papa”; ele entra “em todos os lugares, vem de todas as partes”, espalhando uma tentação:

“O diabo gosta muito de atentar contra a unidade, de ameaçar a unidade daqueles que vivem e trabalham no Vaticano. O diabo tenta criar a guerra interna, uma espécie de guerra civil e espiritual que se faz com a língua. E usa como armas as intrigas. Por isso, peço a vocês que nos defendam dos mexericos: esta é uma língua que não pode ser falada no Vaticano, que deve ser proibida porque é a língua usada pelo diabo para dividir, para criar inimizades entre os irmãos e ele vença”.

Terminando a homilia, o Papa pediu a São Miguel que nos ajude a nunca falar mal do próximo e a não dar ouvidos às fofocas. “Falar bem sim, mas semear divisões, não”, completou, pedindo a São Miguel que ajude a afastar as intrigas do Vaticano.
(CM)

Católico-Apostólico-romano ou "Caótico-Apostático-Romântico"?

Pelo que tenho visto,muitos católicos que andam perdidos por aí, adotam um cristianismo original.

Em vez de: católico-apostólico-romano, passam a ser: caótico-apostático-romântico... E bote isso tanto no masculino como no feminino! 

Comecemos pelo "católico-caótico".

A palavra "católico" é um adjetivo da língua grega que significa "universal".
Quer indicar que o cristianismo deve ser universal, abranger todos os povos de toda a terra e de todos os tempos.

Já o cristão "caótico" faz uma misturança de tudo e faz uma religião das suas conveniências, catando aqui e ali meias verdades e... bota tudo no "liquidificador" do seu egoísmo, aperta o botão da sua ignorância, e... dá aquela mistura caótica de católico-umbandista-cientificista-espiritualista-isotérico-protestante e... diabo-a-quatro. E depois se mete a discutir religião sem entender bulhufas!

A fé desse cristão fica na periferia.

O "caótico" cria uma religião liberalóide, à imagem e semelhança de suas idéias e gostos.
Assim é fácil, não?... Outro tipo muito interessante é o cristão que se diz católico-apostólico, mas em vez de "apostólico", ele é "apostático". Meus caros, fica muito fácil verificar qual é a verdadeira Igreja Apostólica: a que vem desde os tempos dos apóstolos, do tempo de Cristo, portanto.

A Igreja verdadeiramente Apostólica é aquela que se reúne em volta do sucessor de São Pedro, na pessoa do Santo Padre, o Papa. Pois bem.

O nosso católico "apostático", em vez de ficar com essa Igreja, ele vai "apostando", como o "caótico", num sincretismo religioso, numa mistura de religiões ou fantasias religiosas, superstições que não podem caber num "mesmo saco", numa mesma vida... São os que mais dizem a conhecida frase dos que não querem se comprometer com nada: "Deus é o mesmo, o que muda é a religião, né?

No fundo é tudo a mesma coisa!" Vai nessa pra você ver onde isso parará! Assim, de manhã o "apostático" aposta na missa.
Ao meio dia, aposta no horóscopo.
À tarde, aposta no protestantismo. E à noite, em que "aposta" o nosso "apostático"?
No terreiro de macumba, saracoteando no terreiro e quejando... Nem cristão, nem católico, nem apostólico, mas: "apostático"...

 E o terceiro tipo?

"Ái Jésúis!" É o chamado cristão-católico "romântico". Dizemos "romântico" em oposição a romano; isto é, sem a adesão incondicional à Igreja de Jesus Cristo, desde o início situada em Roma, onde fica o túmulo do primeiro papa (Pedro). 
"Romântico" é o católico superficial que age ao sabor do "gósto não-gósto".

É o católico que só participa de Missa quando está em apuros, não perde a procissão do Cristo-morto, vai à Igreja em ocasiões esporádicas: batismo, casamento, primeira comunhão, missa de sétimo dia... (Isso quando vai!). 
Fora isso, vive como se Deus não existisse ou dizem sempre: "reza pra mim na missa" ou "eu rezo em casa mesmo" ou ainda "eu me confesso direto com Deus"... e assim vai: num romantismo danado! O que disse até aqui, pode parecer engraçado... mas é muito triste! Isso tudo sem falar dos que se denominam: "católicos não praticantes"! Isto existe? Hum... vejamos.

Católico não-praticante é um termo para designar aqueles que, apesar de batizados na Igreja e declarando-se católicos, não praticam a religião em sua plenitude.

Hoje, infelizmente, não é raro encontrar "católicos" que afirmam ser adeptos da religião e freqüentam cerimônias como o "Casamento" casamentos e o "Batismo" batizados, mas que não tomam parte regularmente de ritos como a Celebração da Santa Missa aos domingos e raramente recebem algum dos o "Sacramento" sacramentos.

Esses "católicos" muitas vezes desconhecem partes importantes da própria religião e quase sempre discordam dos ensinamentos morais da Igreja quando estes não estão adaptados a tendências do mundo contemporâneo como o relativismo cultural e a liberalidade sexual. Triste, não? 

Na verdade, não há católicos "não praticantes", porquanto uma organização vive dos seus membros e do respeito pelas regras que garantem a sua existência. (...)
Quem, com consciência, perfilha o catolicismo, terá de se submeter às suas diretrizes.
Caso contrário, um católico "não-praticante" assemelha-se a um cidadão "não praticante".
Isto existe?
Daqui para frente é com você! 
Você é verdadeiramente católico-apostólico-romano ou "caótico-apostático-romântico"?

27 de setembro de 2013

Refletindo Evangelho São Lucas 9,18-22

Tu és o Cristo de Deus.O Filho do Homem deve sofrer muito.

Aconteceu que, Jesus estava rezando num lugar retirado, e os discípulos estavam com ele. 
Então Jesus perguntou-lhes: 
'Quem diz o povo que eu sou?' 
Eles responderam: 'Uns dizem que és João Batista; 
outros, que és Elias; mas outros acham que és algum dos antigos profetas que ressuscitou.' 
Mas Jesus perguntou: 'E vós, quem dizeis que eu sou?' 
Pedro respondeu: 'O Cristo de Deus.' Mas Jesus proibiu-lhes severamente 
que contassem isso a alguém. E acrescentou: 'O Filho do Homem deve sofrer muito, 
ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia.' Palavra da Salvação. 

Reflexão

Jesus não é simplesmente um personagem histórico ou um mero objeto da razão humana, é uma pessoa viva, e uma pessoa só pode ser verdadeiramente conhecida através do encontro e do relacionamento. Só conhece verdadeiramente Jesus quem realiza na sua própria vida a experiência do Ressuscitado presente e atuante na sua história pessoal e comunitária, quem descobre que Cristo não é o sobrenome de Jesus, mas quem ele é verdadeiramente: o Messias, o Ungido de Deus, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade, o Deus Encarnado, o Redentor de toda a humanidade. Mas é preciso que a descoberta de tudo isso seja de forma existencial, de modo que essas verdades não sejam um conjunto de palavras teóricas e vazias, mas manifestam o que Jesus significa nas nossas vidas.

Qual é o caminho da catequese no Brasil?

O Congresso Internacional “O Catequista, testemunha da fé”, iniciado quinta-feira, 26, tem nesta sexta-feira uma de suas principais atividades, o encontro dos catequistas com o Papa Francisco, na Sala Paulo VI.

Neste Ano da Fé, convocado pelo Papa Emérito Bento XVI, o evento é ainda mais significativo porque “a peregrinação dos catequistas chama justamente a atenção para o fato que a catequese é a educação na fé”. Segundo o presidente da Comissão Episcopal Bíblico-Catequética da CNBB, Dom Jacinto Bergman, “a fé precisa ser educada e a catequese tem essa tarefa".

No Brasil, existem cerca de 800 mil catequistas, coordenados pela Comissão Nacional de Animação Bíblica Catequética, que anima o caminho alicerçada no Documento de Aparecida. Em entrevista, Dom Paulo Mendes Peixoto, bispo de Uberaba, membro da Comissão, oferece à RV uma visão da Catequese no Brasil.

Com sua simplicidade e seu modo de ser e estar no meio do povo, Papa Francisco tem dado testemunho de conversão, de mudança do coração. Para Dom Paulo, esta nova realidade trará muitos benefícios para a caminhada de nossa Igreja no mundo. Ouça Dom Paulo clicando acima.
(CM)

Papa: "Cristãos não evitam a Cruz, mas enfrentam humilhações com alegria e paciência"

Os cristãos dão uma boa prova de si quando “sabem enfrentar humilhações com alegria e paciência”. Papa Francisco ressaltou este aspecto da vida de fé na missa celebrada na manhã desta sexta, 27, na Casa Santa Marta. O Papa alertou novamente para a “tentação do bem-estar espiritual”, que pode nos impedir “de amar plenamente Jesus Cristo”.
Francisco desenvolveu seu pensamento a partir do Evangelho de Lucas, no trecho em que Jesus pergunta aos discípulos o que as pessoas falam Dele e o que eles próprios pensam, até a resposta de Pedro: “O Cristo de Deus”. “Esta pergunta é dirigida também a nós”, disse o Pontífice.

“Foi o Espírito Santo que tocou o coração de Pedro para dizer quem é Jesus. Se é o Cristo, o Filho de Deus vivo, é um mistério... Quem o pode explicar? Se cada um de nós, na oração, disser ao Senhor: “Tu és Cristo, o Filho do Deus vivo”, Ele responderá “É verdade”.

"Jesus pede a Pedro que não revele sua resposta a ninguém e anuncia sua Paixão, morte e Ressurreição", disse o Papa, recordando a reação do chefe dos Apóstolos, descrita no Evangelho de São Mateus, que declara: “Isso não acontecerá jamais”. “Pedro – comentou ainda o Papa – se assusta, se escandaliza, como tantos cristãos que dizem: “Isto nunca vai acontecer!”. Este é o modo para “seguir Jesus, para conhecê-lo apenas até um certo ponto”:

“E esta é a tentação do bem-estar espiritual. Temos tudo: temos a Igreja, temos Jesus Cristo, os Sacramentos, a Virgem Maria, tudo, um bom trabalho para o Reino de Deus; somos bons, todos. Porque pelo menos temos que pensar isso, porque se pensar ao contrário é pecado! Mas não é o suficiente; com o bem-estar espiritual até um certo ponto. Como o jovem que era rico: ele queria ir com Jesus, mas até um certo ponto. Falta essa última unção do cristão, para ser um cristão realmente: a unção da cruz, a unção da humilhação. Ele se humilhou até à morte, morte de tudo. Esta é a pedra de comparação, a verificação da nossa realidade cristã: Eu sou um cristão de cultura do bem-estar? Eu sou um cristão que acompanha o Senhor até a cruz?

O sinal é a capacidade de suportar as humilhações”.
O escândalo da Cruz, no entanto, continua a bloquear muitos cristãos. Todos - constata Papa Francisco - querem ressurgir, mas “nem todos” pretendem fazê-lo pelo caminho da Cruz. E, ainda mais, se queixam das injustiças ou afrontas sofridas, comportando-se ao contrário do que Jesus fez e pede para imitar:

“A verificação se um cristão é um cristão realmente é a sua capacidade de suportar com alegria e paciência as humilhações, já que isso é algo que não gostamos... Há muitos cristãos que, olhando para o Senhor, pedem humilhações para se assemelhar a Ele. Esta é a escolha: o cristão do bem-estar - que vai para o Céu, certo de salvar-se! – ou o cristão próximo a Jesus, pela estrada de Jesus”.

26 de setembro de 2013

COMO REZAR O ROSÁRIO DE SÃO MIGUEL ARCANJO.

O rosário é constituído de nove contas, com três cada e quatro no final.

Método para rezar:

Junto á medalha, reza-se:

Deus vinde em nosso auxilio 
Senhor socorrei-nos e salvai-nos.
Glória ao PAI ...

Primeira Saudação
Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste dos SERAFINS, para que o Senhor Jesus nos torne dignos de sermos abrasados de uma perfeita caridade. Amém. 
Glória ao Pai... Pai Nosso... Três Ave-Marias... ao primeiro coro de Anjos

Segunda Saudação
Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste dos QUEROBINS, para que o Senhor Jesus nos conceda a graça de fugirmos do pecado e procurarmos a perfeição cristã. Amém.
Glória ao Pai... Pai Nosso... Três Ave-Marias... ao segundo coro de Anjos

Terceira Saudação
Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste dos TRONOS, para que Deus derrame em nossos corações o espírito de verdadeira e sincera humildade. Amém.
Glória ao Pai... Pai Nosso... Três Ave-Marias... ao terceiro coro de Anjos

Quarta Saudação
Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste das DOMINAÇÕES, para que o Senhor nos conceda a graça de dominar nossos sentidos, e de nos corrigir das nossas más paixões.
Amém.
Glória ao Pai... Pai Nosso... Três Ave-Marias... ao quarto coro de Anjos

Quinta Saudação
Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste das POTESTADES, para que o Senhor Jesus se digne de proteger nossas almas contra as ciladas e as tentações de Satanás e dos demônios. Amém.
Glória ao Pai... Pai Nosso... Três Ave-Marias... ao quinto coro de Anjos

Sexta Saudação
Pela intercessão de São Miguel e do coro admirável das VIRTUDES, para que o Senhor não nos deixe cair em tentação, mas que nos livre de todo o mal. Amém.
Glória ao Pai... Pai Nosso... Três Ave-Marias... ao sexto coro de Anjos

Sétima Saudação
Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste dos PRINCIPADOS, para que o Senhor encha nossas almas do espírito de uma verdadeira e sincera obediência. Amém.
Glória ao Pai... Pai Nosso... Três Ave-Marias... ao sétimo coro de Anjos

Oitava Saudação
Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste dos ARCANJOS, para que o Senhor nos conceda o dom da perseverança na fé e nas boas obras, a fim de que possamos chegar a possuir a glória do Paraíso. Amém.
Glória ao Pai... Pai Nosso... Três Ave-Marias... ao oitavo coro de Anjos

Nona Saudação
Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste de todos os ANJOS, para que sejamos guardados por eles nesta vida mortal, para sermos conduzidos por eles à glória eterna do Céu. Amém.
Glória ao Pai... Pai Nosso... Três Ave-Marias... ao nono coro de Anjos

Ao final, reza-se:
Um Pai Nosso em honra de São Miguel Arcanjo.
Um Pai Nosso em honra de São Gabriel.
Um Pai Nosso em honra de São Rafael.
Um Pai Nosso em honra de nosso Anjo da Guarda.
Um Pai Nosso em honra ao Anjo da Guarda das pessoas que nós ofendemos.


Antífona:
Gloriosíssimo São Miguel, chefe e príncipe dos exércitos celestes, fiel guardião das almas, vencedor dos espíritos rebeldes, amado da casa de Deus, nosso admirável guia depois de Cristo; vós, cuja excelência e virtudes são eminentíssimas, dignai-vos livrar-nos de todos os males, nós todos que recorremos a vós com confiança, e fazei pela vossa incomparável proteção, que adiantemos cada dia mais na fidelidade em servir a Deus. Amém.

V. Rogai por nós, ó bem-aventurado São Miguel, príncipe da Igreja de Cristo.
R. Para que sejamos dignos de suas promessas.


Oração:
Deus, todo poderoso e eterno, que por um prodígio de bondade e misericórdia para a salvação dos homens, escolhestes para príncipe de Vossa Igreja o gloriosíssimo Arcanjo São Miguel, tornai-nos dignos, nós vo-lo pedimos, de sermos preservados de todos os nossos inimigos, a fim de que na hora da nossa morte nenhum deles nos possa inquietar, mas que nos seja dado de sermos introduzidos por ele, São Miguel, na presença da Vossa Poderosa e Augusta Majestade, pelos merecimentos de Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amém


Oração a São Miguel.

“São Miguel Arcanjo, protegei-nos no combate, sede nosso auxilio contra a malícia e ciladas do demônio. Exerça Deus sobre ele império, como instantemente vos pedimos, e Vós, Príncipe da milícia celeste, pelo divino poder, precipitai no Inferno a Satanás e os outros espíritos malignos que vagueiam pelo mundo para perder as almas. Amém”.
CORAÇÃO SACRATÍSSIMO DE JESUS, TENDE PIEDADE DE NÓS (rezar 3 vezes)

Refletindo Evangelho São Lucas 9,7-9

Eu mandei degolar João. Quem é esse homem, sobre quem ouço falar essas coisas?

O tetrarca Herodes ouviu falar de tudo o que estava acontecendo,
e ficou perplexo, porque alguns diziam que João Batista tinha ressuscitado dos mortos.
Outros diziam que Elias tinha aparecido; outros ainda, que um dos antigos profetas tinha ressuscitado. Então Herodes disse: 'Eu mandei degolar João. Quem é esse homem, sobre quem ouço falar essas coisas?' E procurava ver Jesus. Palavra da Salvação.

Reflexão

Vemos o surgimento de diferentes formas de misticismo e as diferentes religiões estão se multiplicando por todos os lados. Para nos defender, afirmamos que existem falsos profetas que ficam enganando o povo para ganhar dinheiro e fazer da religião meio de vida. À luz do Evangelho de hoje, podemos analisar este fato.
As pessoas falam muitas coisas a respeito de Jesus, embora muitas vezes porque desconhecendo verdade, e esse desconhecimento se dá porque não evangelizamos como devemos e também porque conhecemos a nossa fé de modo superficial, mas não admitimos a nossa ignorância e manifestamos nossa opinião como verdade de fé, basta ver o acúmulo de bobagens que cristãos de meia tigela veiculam na Internet, em sites que afirmam ser católicos , mas que na verdade são caóticos e escondem Jesus. 

Oração pela paz no Médio Oriente

A vergonha diante de Deus, a oração para implorar a misericórdia divina e a plena confiança no Senhor: foram estes os pontos centrais da reflexão do Papa Francisco na manhã de 25 de Setembro, durante a missa concelebrada em Santa Marta com os cardeais Leonardo Sandri, prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, e Béchara Boutros Raï, patriarca de Antioquia dos Maronitas, juntamente com um grupo de prelados maronitas do Líbano, Síria e Terra Santa e de vários outros países.

Ao comentar as leituras da liturgia (Es 9,5-9; Lc 9, 1-6), o Santo Padre disse que o trecho tirado do livro de Esdras o levou a pensar nos bispos maronitas e, como de costume, resumiu o seu pensamento em volta de três conceitos. A atitude de vergonha e confusão diante de Deus, a ponto de não conseguir dirigir o olhar para Ele; vergonha e confusão de todos nós pelos pecados que nos levaram à escravidão, porque servimos ídolos que não são Deus.

A oração é o segundo conceito. Seguindo o exemplo de Esdras, que de joelhos levanta as mãos para Deus implorando a misericórdia, assim devemos agir também nós por causa dos nossos numerosos pecados. Uma prece que, disse o Papa, é preciso elevar também pela paz no Líbano, na Síria e em todo o Médio Oriente. A oração é sempre o caminho que devemos percorrer para enfrentar os momentos difíceis, como as provas mais dramáticas e as trevas que às vezes nos fazem viver situações imprevisíveis. Para encontrar o caminho de saída de tudo isto, disse o Pontífice, é preciso rezar incessantemente.

Por fim, a confiança absoluta em Deus, que nunca nos abandona. Este foi o terceiro conceito proposto pelo Papa. Estejamos certos, disse, de que o Senhor está ao nosso lado e, portanto, devemos perseverar no nosso caminho graças à esperança que infunde fortaleza. A palavra dos pastores deve ser tranquilizadora para os fiéis: o Senhor nunca nos abandonará!

Após a comunhão, o cardeal Béchara Raï dirigiu ao Papa um agradecimento e uma saudação cordial em nome dos prelados participantes, de todos os maronitas e do Líbano inteiro, confirmando a sua fidelidade a Pedro e ao seu sucessor, «que nos apoia no nosso caminho muitas vezes espinhoso». Em particular, agradeceu ao Papa o forte impulso que ele deu na busca da paz: «A sua prece e a sua exortação à paz na Síria e no Médio Oriente semearam esperança e alívio».

"Na primeira classe, não se conhece Jesus", afirma Papa na Casa Santa Marta

Para conhecer Jesus, é preciso se envolver com Ele. Foi o que destacou o Papa Francisco na Missa desta manhã na Casa Santa Marta.
O Papa desenvolveu sua homilia a partir da pergunta que Herodes faz a si mesmo sobre Jesus. “Quem é Ele, de onde vem?” Lendo o Evangelho, disse, vemos que algumas pessoas começaram a sentir medo de Cristo, porque poderia levá-los a um conflito político com os romanos:

Não se pode conhecer Jesus sem ter problemas. E eu ousaria dizer: Se quiser ter problemas, siga a estrada para conhecer Jesus. E terá não um, mas muitos problemas! Não se pode conhecer Jesus na primeira classe! Podemos conhecê-Lo no caminhar cotidiano de todos os dias. Não se pode conhecer Jesus na tranquilidade nem na biblioteca…

Certamente, acrescentou o Pontífice, “se pode conhecer Jesus no Catecismo”, porque “nos ensina muitas coisas sobre sua vida e por isso devemos estudá-lo e aprendê-lo”. Todavia, observou, quantos leram o Catecismo da Igreja Católica desde que foi publicado 20 anos atrás?
Sim, se deve conhecer Jesus no Catecismo. Mas não é suficiente conhecê-lo com a mente: este é um passo. Mas é necessário conhecer Jesus no diálogo com Ele, falando com Ele, na oração, de joelhos. Se não rezamos, se não falamos com Jesus, não O conhecemos. Há uma terceira via para conhecer Jesus: é a sequela. Ir com Ele, caminhar com Ele.

É preciso “ir, percorrer suas estradas, caminhando”. É necessário, afirmou o Santo Padre, “conhecer Jesus com a linguagem da ação”. Somente com essas três linguagens – da mente, do coração e da ação – conheceremos Jesus e nos envolveremos com Ele”:

Não se pode conhecer Jesus sem envolver-se com Ele, sem apostar a vida por Ele. Leia o que a Igreja diz Dele, fale com Jesus e percorra a sua estrada com Ele. Este é o caminho! Cada um deve fazer a sua escolha!

Terroristas muçulmanos no Quênia perguntavam para os reféns se eram cristãos e os matavam, relata sobrevivente

Uma dos reféns sobreviventes ao cerco, por terroristas islâmicos, a um dos principais Shoppings em Nairóbi (Quênia), assinalou que os terroristas perguntavam aos reféns "se eram cristãos ou muçulmanos e os matavam".

Em 21 de setembro, ao redor de 10 homens armados cercaram o centro comercial Westgate. O grupo extremista islâmico Al Shabaab assumiu a autoria do ataque, como represália pelo desdobramento militar do Quênia na Somália.

A refém que a seguir narra os fatos, é natural de Canarias (Espanha), mora há 22 anos no Quênia e por motivos de segurança pediu ser identificada somente pelo seu nome, Silvia.

Ela declarou por telefone para o jornal espanhol El Día que, no momento do ataque, estava com a sua filha em uma loja de roupas que fica no primeiro andar do shopping. "Ouvimos um ruído, como se alguma estrutura tivesse caído. Em seguida soube que na verdade eram duas pequenas explosões. Depois já começou o tiroteio".

Imediatamente se esconderam nos provadores, ficando aí por mais de quatro horas e meia. Esta rápida decisão as salvou da matança. Silvia recordou também que na loja havia "uma pessoa do Banco Mundial, um trabalhador da embaixada italiana e uma jornalista" e que "graças a eles soubemos que havia reféns e mortos... Meu celular estava sem sinal, mas eles tinham conexão com o mundo exterior".

Escondidas, sentiram que os terroristas passavam "pela frente com roupa de assalto, mas não consegui ver de onde eu estava".

Foi ao redor de 16h30, relatou Silvia, que as forças de segurança do Quênia intervieram tomando controle da zona baixa do recinto. Os resgatistas "foram loja por loja evacuando as pessoas. Vieram e nos tiraram" e expressou que "só sei que no segundo andar mataram um montão de gente".

Silvia, a sua filha e um grupo de reféns resgatados, foram atendidos nas imediações de "um templo índio, onde nos deram de comer e de beber. Perguntavam-nos todo o tempo a respeito de como estávamos".

Ao falar sobre a segurança do país, disse que em Nairóbi "normalmente" se vive um ambiente "de calma", indicou que "estamos muito perto da Somália e há alerta de vez em quando. Isto foi um atentado terrorista e me congela o sangue de pensá-lo" e recordou que em 1998 houve um atentado da Al Qaeda contra a embaixada dos Estados Unidos.

Com o fim de liberar a mais reféns e neutralizar o grupo extremista, ‘El Día’ informou que na noite de ontem começou outra intervenção das forças quenianas e que a Cruz Vermelha do país confirmou que no porão do centro comercial o número de mortos aumenta para 68.

A Igreja é uma só para todos e não pode ser "privatizada", diz o Papa

Na Audiência Geral de ontem, diante da multidão reunida na Praça de São Pedro, o Papa Francisco assinalou que "a Igreja é uma só para todos" e pediu que os fiéis não sejam daqueles que "privatizam a Igreja para o próprio grupo".

O Santo Padre disse que "a Igreja é uma só para todos. Não há uma Igreja para os europeus, uma para os africanos, uma para os americanos, uma para os asiáticos, uma para os que vivem na Oceania, não, é a mesma em qualquer lugar. É como em uma família: se pode estar distante, espalhado pelo mundo, mas as ligações profundas que unem todos os membros da família permanecem firmes qualquer que seja a distância".

O Papa recordou "a experiência da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro: naquela vasta multidão de jovens na praia de Copacabana, ouvia-se falar tantas línguas, viam-se traços da face muito diversificada deles, encontravam-se culturas diferentes".

"E, no entanto, havia uma profunda unidade, se formava a única Igreja, estava-se unido e se sentia isso".

"Perguntemo-nos todos: eu, como católico, sinto esta unidade? Eu como católico vivo esta unidade da Igreja? Ou não me interessa, porque estou fechado no meu pequeno grupo ou em mim mesmo? Sou daqueles que ‘privatizam’ a Igreja pelo próprio grupo, a própria nação, os próprios amigos?".

Francisco exortou a questionar-se se "quando ouço que tantos cristãos no mundo sofrem, sou indiferente ou é como se sofresse um da minha família?... Rezamos uns pelos outros?... É importante olhar para fora do próprio recinto, sentir-se Igreja, única família de Deus!".

O Santo Padre advertiu que "uma das coisas que mais causam desunião na Igreja é a fofoca".

"Um cristão não pode ser fofoqueiro. Um cristão antes de fofocar deve morder a língua!".

Por isso, disse o Papa, deve-se "fomentar sempre a comunhão em todos os âmbitos da vida para crescer na unidade que Deus nos dá, e também para favorecer o caminho ecumênico".

"E, como esta unidade não é fruto de consensos humanos, mas é obra do verdadeiro artífice, o Espírito Santo, temos que pedi-la com perseverança na oração".

O Papa Francisco recebe 2 mil cartas por dia

O serviço postal do Vaticano recebe em média 2 mil cartas por dia dirigidas ao Papa Francisco, chegadas de todas as partes do mundo, para encorajá-lo e pedir-lhe ajuda.

O volume das cartas, indica o organismo da Santa Sé, aumentou consideravelmente desde a nomeação de Francisco.

Em declarações recolhidas pela agência EFE, Ciro Benedittini, subdiretor do escritório de imprensa do Vaticano, indicou que a maioria das pessoas que escrevem ao Santo Padre "passam dificuldades e pedem não só ajuda material para superar as dificuldades da crise econômica, mas também e, sobretudo, um apoio moral para seguir adiante".

Além disso, assinalou, o Papa recebe cartas de felicitação e bons desejos, particularmente com ocasião de festividades religiosas.

Benedittini disse que quase todos os que escrevem cartas ao Papa "colocam o seu número de telefone com a esperança de que ele possa telefonar".

Faz poucos dias, o Santo Padre comentou sobre o tempo que dedica para responder a quem recorre a ele, assinalando que "telefono para muitas pessoas e escrevo para outras. Ainda bem que não sabem de todas as ligações que eu faço!".

Como as ligações telefônicas do Papa Francisco se tornaram frequentes, um jornal italiano preparou um protocolo informal divertido para estar preparado, em caso de receber um telefonema.

O Papa vai criar cardeal a uma mulher? O jornal espanhol El País inventou uma história sem fontes, denuncia um blogueiro

Em uma publicação no seu site Contando Estrelas, o blogueiro católico Elentir advertiu que o jornal espanhol El País "já pode ler os seus pensamentos e convertê-los em notícia: fez isso com o Papa", em referência à notícia publicada pelo jornal espanhol de que o Santo Padre estaria pensando em criar cardeal a uma mulher.

Na sua edição de 22 de setembro El País, assegurando que "não se trata de uma brincadeira", publicou que está "passando pela cabeça" do Papa Francisco criar cardeal a uma mulher.

Elentir assinala que ao procurar dentro do texto da notícia a fonte de El País, não encontrou "nem rastro".

"Nem o clássico ‘fontes de…’, nem nenhuma outra das fórmulas parecidas que a imprensa usa para penetrar qualquer tipo de intrigas".

"Toda a notícia, se é que podemos chamar isto de notícia, parece uma mera manifestação dos desejos do seu redator, e não de fatos noticiáveis. O mais surpreendente é que uma ‘notícia’ redigida deste jeito foi reproduzida por outros meios… citando como fonte o jornal El País: o jornal peruano La República, o jornal mexicano El Universal, Peru 21 e Teletica de Costa Rica". Também no Brasil a notícia foi divulgada por diversos meios de comunicação.

O blogueiro critica também que, na sua notícia sobre o Papa, o jornal espanhol desobedeceu às normas escritas em seu próprio livro de estilo sobre as fontes.

Com efeito, o livro de estilo de El País assegura que "as informações das quais dispõe um jornalista só podem ser obtidas por duas vias: a sua presença no lugar dos fatos ou a narração por uma terceira pessoa. O leitor tem direito a conhecer qual das duas possibilidades se corresponde com a notícia que está lendo".

Para conseguir isso, diz o manual para os jornalistas de El País, "citar-se-á sempre uma fonte quando o jornalista não tenha estado presente na ação que transmite. Se a informação proceder de uma só pessoa, falar-se-á de ‘fonte’ em singular".

Elentir assinalou que "tenho certeza de que há exemplares deste livro a disposição na redação, e como nem imagino a possibilidade de que El País seja capaz de inventar uma notícia, tenho que deduzir que esse jornal pode ler os pensamentos alheios".

"E é que já vi esse jornal publicar uma foto falsa de Chávez, publicar como verdadeira uma entrevista falsa do Papa; propagar boatos alheios; chamar de ‘anticientíficos’ aqueles que consideram que um feto humano é um ser humano, para depois afirmar que as meninas abortadas são mulheres e que os fetos de tartarugas são tartarugas".

"Mas inventar uma notícia colocando a mente do Papa como fonte? Pode ser que El País tenha perdido o sentido do ridículo em muitos sentidos, mas atribuir-se a faculdade de ler pensamentos já seria o fim da picada".

Elentir assinalou que certamente "na redação de El País poderão nos dar uma explicação mais convincente, como por exemplo, que se reuniram com o Papa e Francisco resolveu confessar ao jornal anticatólico o que não disse para mais ninguém".

"Em todo caso, pergunto-me se os capacetes de papel alumínio que faziam os protagonistas do filme ‘Sinais’ (2002) de M. Night Shyamalan servirão para fugir das possíveis faculdades adivinhatórias do jornal de (a editorial) PRISA".

"Talvez tenhamos que recomendar ao Papa Francisco que se faça um para que os redatores de El País não achem que têm acesso aos seus pensamentos", concluiu.

25 de setembro de 2013

Refletindo Evangelho São Lucas 9,1-6

Enviou-os a proclamar o Reino de Deus e a curar os enfermos.

Naquele tempo: 

Jesus convocou os Doze, 
deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios 
e para curar doenças, 
enviou-os a proclamar o Reino de Deus 
e a curar os enfermos. 
E disse-lhes: 'Não leveis nada para o caminho: 
nem cajado, nem sacola, nem pão, 
nem dinheiro, nem mesmo duas túnicas. 
Em qualquer casa onde entrardes, ficai aí; 
e daí é que partireis de novo. 
Todos aqueles que não vos acolherem, 
ao sairdes daquela cidade, 
sacudi a poeira dos vossos pés, como protesto contra eles.' 
Os discípulos partiram e percorriam os povoados, 
anunciando a Boa Nova e fazendo curas em todos os lugares. 

Palavra da Salvação. 

O Evangelho de hoje é uma espécie de "Manual do Evangelizador". Ele nos mostra que o evangelizador não age em nome próprio, pois ele não evangeliza por que quer, mas porque é enviado por Deus. 
Os poderes que tem para evangelizar não são próprios, são recebidos para serem usados em uma finalidade própria. Os bens materiais não podem ser um empecilho para o trabalho, nem podem ofuscar a força do anúncio e do testemunho. 
A inserção e a participação na vida das pessoas e das famílias é fundamental. Mas o mais importante são os dois objetivos que caracterizam o profetismo: a luta contra toda espécie de mal, que se manifesta na ordem da cura, e a proclamação da presença do Reino de Deus na vida de todas as pessoas.

Bispos condenam brutal atentado contra cristãos no Paquistão

O Arcebispo de Karachi, Dom Joseph Coutts, presidente da Conferência Episcopal do Paquistão (PCBC), em nome da Igreja no país, condenou o atentado suicida cometido no dia 22 de setembro contra uma igreja cristã, causando mais de 80 mortos e ao redor de 150 feridos.

Dois extremistas muçulmanos, de forma suicida, detonaram bombas ao final da liturgia dominical na histórica Igreja de Todos os Santos.

Em um comunicado enviado à agência vaticana Fides, Dom Coutts assegurou que "em nome da Conferência Episcopal do Paquistão (PCBC) e dos cristãos do Paquistão, condenamos este ato da maneira mais firme".

"A agressão contra homens, mulheres e crianças inocentes, enquanto rezavam na igreja, é um vergonhoso ato de covardia", disse o Prelado.

O Arcebispo de Karachi expressou suas condolências às famílias dos cristãos falecidos e feridos, e anunciou que todas as instituições educativas cristãs no país permanecerão fechadas de 23 a 25 de setembro, como sinal de luto e protesto.

Nestes dias, nas Igrejas de todo o país também serão elevadas orações especiais pelas vítimas do atentado.

Dom Coutts exortou também os cristãos a permanecerem em paz e evitar qualquer ato de violência.

O Presidente da PCBC pediu ao governo que aja imediatamente para prender os responsáveis pelo atentado, e se realize uma adequada proteção dos lugares de culto de todas as minorias religiosas no Paquistão.

O Prelado pediu ainda que o governo leve em consideração a crescente intolerância religiosa e sectária no país, e trabalhe em todos os níveis para evitar que crimes como o deste domingo se repitam.

O Papa Francisco condenou no domingo o atentado no Paquistão, durante a sua visita à localidade italiana de Cagliari, e assegurou que se tratou de "uma escolha errada, uma escolha de ódio, de guerra".

"Este caminho não funciona. Não serve. O caminho da paz é o que conduz a um mundo melhor, mas se não o fizerem vocês, ninguém mais o fará", assegurou.

Lançado DVD da visita do Papa Francisco ao Brasil

Lançado pelo Departamento de Audiovisuais (DAVI) da Canção Nova, o DVD duplo "#tamujunto com o Papa" traz momentos importantes da visita do Sumo Pontífice ao Brasil, realizada entre os dias 22 e 28 de julho, durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio 2013.

“A TV Canção Nova transmitiu na íntegra a primeira viagem internacional do Papa e, diante do rico conteúdo partilhado por ele em seus gestos e palavras de fé, coragem, amor e esperança, decidimos produzir esse álbum”, explica o Superintendente do DAVI, Rafael Cobianchi.

São aproximadamente duas horas e trinta minutos de imagens e discursos do Papa Francisco. Entre os registros estão: a missa no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida; a Via-Sacra em Copacabana; a Missa de envio pela 28ª JMJ; a oração do Angelus Domini e o encontro com os jovens voluntários.

O DVD pode ser adquirido pelo site loja.cancaonova.com, pelo telefone (12) 3186-2600 ou nas lojas Canção Nova espalhadas pelo Brasil. Além de uma recordação para os admiradores de Francisco, é uma oportunidade para quem não acompanhou sua passagem pelo país saber como foi essa semana histórica para a Igreja no Brasil e no mundo.

Foi criado há 30 anos com o objetivo de viabilizar fitas cassetes e fitas de vídeo VHS das palestras feitas pelo fundador da Comunidade Canção Nova, Monsenhor Jonas Abib, atualmente o DAVI desenvolve diversas atividades diretamente ligadas à criação, execução, venda e distribuição de produtos de evangelização (CDs, DVDs, LPOs – Livros Para Ouvir, livros, e-books, acessórios e vestuário feminino, masculino e infantojuvenil).

Líder católico nos EUA: Não se assustem com o que diz o Papa Francisco

O presidente da Liga Católica de Direitos Civis e Religiosos dos Estados Unidos, William Donohue, pediu aos católicos que não se assustem "com o que diz o Papa Francisco", depois da sua recente entrevista com a revista jesuíta Civiltà Cattolica, pois o Santo Padre "não está a ponto de dar a volta na Igreja Católica e coloca-la no caminho contrário. Dizer isto é uma loucura".

O texto da entrevista foi manipulado por diversos meios de comunicação tentando apresentar o Santo Padre como oposto à luta pró-vida e pró-família, concretamente nos temas do aborto e da homossexualidade, gerando confusão tanto em católicos como em não católicos.

Em uma coluna de opinião publicada pela CNN, Donohue assinalou que "nunca na minha vida vi um Papa que tenha tido tanto êxito e de uma forma tão rápida em fazer que tanto os católicos como os não católicos se ‘hiperventilem’ como o Papa Francisco está fazendo... Todos precisam tranquilizar-se".

O líder católico norte-americano indicou que o Santo Padre "é maravilhosamente franco; isto é o que o faz verdadeiramente profundo. Também é provocador no melhor sentido da palavra. Busca desafiar-nos e tirar-nos da nossa zona de conforto".

Para Donohue, fazendo referência às manipulações que as declarações do Santo Padre sofreram nas mãos da imprensa secular, "não há nada novo no fato de que se distorça, fora de contexto, o que uma pessoa famosa disse; isto é exatamente o que ocorre atualmente com o Papa Francisco".

"A alerta de últimas notícias do New York Times disse: ‘O Papa culpa diretamente à Igreja por sua obsessão com a comunidade gay e o aborto’", recordou, indicando que "na alerta da Times se lê que o Papa discute como a ‘Igreja Católica Romana se 'obcecou' cada vez mais na sua pregação sobre o aborto, o matrimônio homossexual e a contracepção" e que também recebeu críticas por fazê-lo.

"Também o cita dizendo que a Igreja Católica deveria ser ‘um lar para todos’ e não uma ‘pequena capela’ que se ‘enfoca na doutrina, ortodoxia e uma limitada agenda de ensinamentos morais’".

O presidente da Liga Católica de Direitos Civis e Religiosos assinalou que "quanto às declarações do Papa sobre o aborto e o matrimônio homossexual, o que disse é: ‘Não podemos insistir unicamente nos assuntos relacionados com o aborto, matrimônio homossexual e o uso de métodos anticoncepcionais. Isto não é possível’. Também disse, ‘quando falamos destes assuntos, temos que falar deles dentro de um contexto’. O que o Papa disse tem muito sentido comum".

"Por exemplo, quando me tornei presidente da Liga Católica há 20 anos, visitei as fraternidades na nação e descobri que muitas eram entidades com apenas um tema", recordou Donohue, assinalando que "algumas se enfocavam exclusivamente no aborto; outras estavam obcecadas com a homossexualidade: e outras pediam que nos concentrássemos unicamente na ética médica".

"Eu compartilhava muitas das suas preocupações, mas também lhes disse que estamos em uma organização contra a difamação e que não deveríamos nos preocupar com outras coisas, não importava quão nobres sejam".

Para o líder católico, "o Papa tem razão em relação aos católicos de apenas um tema que devem sair de suas preocupações imediatas".

"Não disse que deveríamos evitar abordar o aborto ou a homossexualidade; simplesmente disse que não podemos nos deixar absorver por estes temas. Ou por qualquer outro".

Donohue, além disso, qualificou como "inexato" um artigo de Laurie Goodstein no New York Times, no que a jornalista assegurou que os Bispos dos Estados Unidos sentirão o efeito dos comentários do Papa, pois dão a entender que "a prioridade mais alta de sua política pública é combater o aborto, o matrimônio homossexual e a anticoncepção".

O presidente da Liga Católica de Direitos Civis e Religiosos destacou que "não foram os bispos os que fizeram que estes temas sejam prioritários, foi a administração de Obama".

"Seria mais exato dizer que o Papa criticaria os bispos se estes não resistissem à usurpação do Estado no direito à liberdade de religião dos católicos", assegurou.

Donohue disse que "sem sombra de dúvidas, o Papa Francisco rechaça o aborto e o matrimônio homossexual. Em outras partes disse: ‘O problema moral do aborto tem uma natureza pré-religiosa porque o código genético da pessoa já se encontra presente no momento da concepção. Já existe o ser humano’".

De maneira similar, assinalou Donohue, o Papa "fala sobre a sua oposição ao matrimônio homossexual que ‘não se baseia na religião, mas se baseia na antropologia’".

"O Papa Francisco quer que nos oponhamos ao aborto. Também quer que nos aproximemos daquelas mulheres que estão considerando fazer-se um, e que ajudemos aquelas que já o fizeram para que façam as pazes com Deus (é por isso que a Igreja Católica tem o Projeto Raquel)".

O líder católico ressaltou que o Santo Padre "quer que nos oponhamos ao matrimônio do mesmo sexo. Também quer que não rechacemos as lésbicas e os homossexuais porque o sejam. Este é um são ensinamento católico".

"Parabéns ao Papa Francisco", concluiu.

Igreja excomunga sacerdote que promovia a ordenação de mulheres e o "matrimônio" homossexual - Austrália

O Papa Francisco expulsou do estado clerical e excomungou Greg Reynolds, porque nunca deixou de celebrar publicamente a Eucaristia difundindo doutrinas contrárias aos ensinamentos da Igreja, como o sacerdócio feminino e o mal chamado "matrimônio" homossexual, apesar de ter sido suspenso no seu ministério pela Arquidiocese de Melbourne (Austrália).

Conforme informou o meio australiano The Age, o documento de excomunhão foi enviado a Reynolds em 31 de maio deste ano, depois da Congregação para a Doutrina da Fé intervir no seu caso e com a autorização do Santo Padre.

O ex-sacerdote foi afastado do seu cargo de pároco em 2011 e fundou no ano passado a organização "Católicos Inclusivos", devido a sua "crescente convicção de que a Igreja Católica institucional estava equivocada no seu ensinamento sobre a ordenação de mulheres e a homossexualidade".

No site da sua nova organização, Reynolds anuncia que realiza todos os domingos uma "Eucaristia Inclusiva".

Apesar disto, o ex-sacerdote assegurou à imprensa australiana que ele esperava ser expulso do estado clerical, mas não excomungado, e assegurou ainda que esta sanção não afetará o trabalho na sua nova organização.

"No passado a excomunhão era um tema muito sério, mas hoje a hierarquia tem perdido a confiança e o respeito", disse.

Já em agosto de 2012 o Arcebispo de Melbourne (Austrália), Dom Denis Hart, advertiu a Reynolds sobre a sua situação "irregular", pois continuava celebrando publicamente a Eucaristia mesmo estando suspenso do ministério ativo.

Dom Hart também advertiu a Reynolds nessa ocasião sobre a sua escolha de "atuar ‘de forma independente’ e prover ‘formas alternativas de Eucaristia’, nenhuma das quais estavam de acordo com um desejo de atuar em comunhão com a Igreja".

O Papa confirma os cardeais Rylko e Turkson nos seus cargos

O escritório de imprensa da Santa Sé anunciou hoje que o papa Francisco realizou duas novas confirmações na Cúria Romana.

No Conselho Pontifício para os Leigos confirmou o presidente, o Cardeal Stanislaw Rylko e o secretário Dom Josef Clemens, até a conclusão dos respectivos quinquênios em curso. Também confirmou até o dia 31 de dezembro de 2013 os membros e consultores do mesmo Conselho Pontifício.

Por outro lado, no Conselho Pontifício da Justiça e da Paz confirmou o presidente, Cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson, e o secretário, Dom Mario Toso, e os membros e consultores até a conclusão dos respectivos quinquênios em curso.

Nunca acobertei casos de pedofilia, diz Bento XVI em uma longa carta escrita a um ateu militante

O matemático italiano e ateu militante, Piergiorgio Odifreddi, recebeu no último dia 3 de setembro uma carta muito especial. Um envelope selado, com 11 páginas com data de 30 de agosto e assinada por Bento XVI.

No texto, o Bispo Emérito de Roma responde ao livro de Odifreddi "Caro papa, ti scrivo" (Querido Papa, escrevo-te, Mondadori, 2011). Um livro que, como o autor recorda, desde a capa se define como uma "luciferina introdução ao ateísmo".

No artigo no qual Odifreddi comenta as suas impressões ao receber esta carta afirma: "Não foi uma coincidência ter dirigido a minha carta aberta a Ratzinger. Depois de ter lido o seu "Introdução ao Cristianismo", entendi que a fé e a doutrina de Bento XVI, a diferença de outros, eram o suficientemente coerentes e sólidas para poder confrontar perfeitamente e sustentar ataques frontais".

Agressividade e descuido na argumentação

No fragmento da carta que foi publicado no jornal La Repubblica, pode-se ler como Bento XVI reconhece que desfrutou e aproveitou a leitura de algumas partes da carta, mas outras partes se surpreendeu por "uma certa agressividade e descuido na argumentação".

No início da carta, o Bispo Emérito de Roma assinala que "você me dá a entender que a teologia seria ‘fantaciência’". E frente a este argumento apresenta quatro pontos.

Ficção científica na religião... e a matemática

Em primeiro lugar assinala que "é correto afirmar que "ciência" no sentido mais estrito da palavra é somente a matemática, enquanto eu aprendi contigo que seria necessário distinguir ainda entre aritmética e geometria. Em todas as matérias específicas a científica tem a sua própria forma, segundo a particularidade do seu objeto. O essencial é que aplique um método verificável, exclua o arbítrio e garanta a racionalidade nas respectivas modalidades".

Em segundo lugar, Bento XVI sustenta que "você deveria pelos menos reconhecer que, no âmbito histórico e no do pensamento filosófico, a teologia produziu resultados duradouros".

Como terceiro aspecto afirma que "uma função importante da teologia é a de manter a religião unida à razão e a razão à religião. Ambas as funções são de essencial importância para a humanidade".

Recordando a Habermas

Neste ponto recorda que no seu diálogo com Habermas "mostrei que existem patologias da religião e -não menos perigosas- patologias da razão. Ambas necessitam uma da outra, e tê-las continuamente conectadas é uma tarefa importante da teologia".

No último ponto, muito mais longo que os anteriores, Bento expressa que "a "fantaciência" existe, por outro lado, no âmbito de muitas ciências e faz referências às teorias que Odifreddi expõe sobre o início e o fim do mundo em Heisenberg, Schrödinger, etc., que -continua Bento XVI-, "eu o designaria como ‘fantaciência’ no bom sentido: são visões e antecipações, para alcançar um verdadeiro conhecimento, mas são, de fato, somente imaginações com as que procuram aproximar-nos da realidade".

Pouco nível: a pederastia

Depois de desenvolver com mais detalhe estas ideias, Bento XVI se detém no capítulo sobre o sacerdote e a moral católica e nos distintos capítulos sobre Jesus. "No que se refere ao que você diz do abuso moral de menores por parte de sacerdotes, posso -como você sabe- mostrar somente uma profunda consternação. Nunca tentei acobertar estas coisas. O fato de o poder do mal penetrar até este ponto no mundo interior da fé é para nós um sofrimento que, por um lado, devemos suportar, e por outro, nos obriga a fazer todo o possível para que estes casos não se repitam".

"Não é tampouco motivo de tranquilidade saber que, segundo as investigações dos sociólogos, a porcentagem dos sacerdotes culpados destes crimes não é mais alta que em outras categorias profissionais semelhantes. Em qualquer caso, não se deveria apresentar este desvio ostentosamente como se fosse uma sujeira específica do catolicismo. Não é lícito calar o mal na Igreja, mas também não se deve fazer esquecer o grande rasto luminoso de bondade e pureza que a fé cristã deixou ao longo dos séculos".

Por isso, Bento XVI recorda nomes como São Bento de Nursia e sua irmã Escolástica, Francisco e Clara de Assis ou Teresa de Ávila e João da Cruz.

O "Jesus histórico", o do Hengel e Schwemer

Com respeito ao que o matemático diz sobre a figura histórica de Jesus, Bento recomenda ao autor os quatro volumes da obra que Martin Hengel publicou em conjunto com Maria Schwemer, "um exemplo excelente de precisão histórica e de amplíssima informação histórica", assinala Ratzinger.

Assim mesmo, recorda, como já esclareceu no primeiro volume de seu livro sobre Jesus de Nazaré, que "a exegese histórica-crítica é necessária para uma fé que não propõe mitos com imagens históricas, mas reclama uma verdadeira historicidade e por isso deve apresentar a realidade histórica de suas afirmações também de forma científica".

Em vez de Deus, uma natureza sem definir

Continua Bento XVI afirmando que "se você, entretanto, quer substituir Deus pela "Natureza", fica a pergunta, quem ou o que é esta natureza. Em nenhuma parte você a define e aparece, portanto, como uma divindade irracional que não explica nada".

E acrescenta: "Queria, portanto, sobretudo destacar que na Sua religião da matemática três temas fundamentais da existência humana ficam sem serem considerados: a liberdade, o amor e o mal. Qualquer coisa que a neurobiologia diga sobre a liberdade, no drama real da nossa história está presente como realidade determinante e deve ser levada em consideração".

Na última parte publicada da carta de Bento, assinala que a "minha crítica sobre o seu livro é por um lado dura, mas a franqueza faz parte do diálogo; só assim o conhecimento pode crescer".

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