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9 de agosto de 2012

OFERTÓRIO DA MISSA

O Ofertório é a parte da Missa, logo a seguir à Oração dos Fiéis, em que o Pão e o Vinho, e outras oferendas, bem como a colecta da Comunidade, são apresentados sobre o altar pelo sacerdote celebrante e que hão-de ser transformados no Corpo e Sangue de Cristo.

No Missal antigo (de S. Pio V, chamado "Tridentino")o Ofertório era considerado uma das três partes principais da Missa, (com a Consagração e a Comunhão do sacerdote).

As cinco orações que acompanhavam este rito, no Missal antigo, datam apenas da Idade Média e refletem a duplicação de algumas partes do Cânon Romano.

A cerimónia de oferecer Pão e Vinho desenvolveu-se e difundiu-se a partir de um rito simples que depois foi elaborado no rito do dito Missal de S. pio V (1566-1572).

Presentemente ao Ofertório da Missa com que começa a LITURGIA EUCARÍSTICA, chama-se o Rito da Preparação das Oferendas, segundo a (Instrução Geral do Missal Romano) que diz :

49. - É de louvar a apresentação do pão e do vinho pelos fiéis. Embora, hoje em dia, os fiéis já não ofereçam do seu próprio pão e vinho para a celebração litúrgica, como se fazia noutros tempos, no entanto, o rito desta oferta conserva ainda o significado espiritual.

Além do pão e do vinho, são permitidas ofertas em dinheiro e outros dons, destinados aos pobres ou à Igreja, e tanto podem ser trazidos pelos fiéis como recolhidos dentro da lgreja.

50. - A procissão em que se faz a apresentação dos dons é acompanhada do canto do Ofertório (...) A antífona do Ofertório, se não é cantado, omite-se.

Estes textos são muito mais breves do que os do antigo Missal.

Antigamente os fiéis ofereciam os seus frutos, mas hoje tudo é substituído por dinheiro, não só por ser mais fácil e mais acessível, mas também porque nem toda a gente tem as suas terras para colher os frutos.

Todavia o significado é o mesmo porque é o fruto do trabalho e além disso, os fiéis, como membros da Comunidade têm que contribuir para as despesas da Igreja e para a sustentação do clero em cumprimento do 5º Preceito da Igreja :

O quinto Preceito ("Contribuir para as despesas do culto e para a sustentação do clero segundo os legítimos usos e costumes e as determinações da Igreja"), aponta aos fiéis a obrigação de, conforme as suas possibilidades, "prover às necessidades da Igreja, de forma que ela possa dispor do necessário para o culto divino, para as obras apostólicas e de caridade e para a honesta sustentação dos seus ministros".

Mas, para além do cumprimento do 5º Preceito da Igreja, o Ofertório é a contribuição dos fiéis para o Sacrifício Eucarístico, que o celebrante apresenta sobre o altar como «fruto da terra e do trabalho do homem» e «como fruto da videira e do trabalho do homem», que é também a contribuição dos fiéis para o «Banquete Eucarístico».

Segundo o significado desta contribuição, duas coisas deviam ficar bem presentes no pensamento e no coração de cada um :

1ª- Não faz sentido que não contribua para o Ofertório quem se apresenta para o «Banquete Eucarístico» (Comunhão).

2ª- Não faz sentido que alguém contribua para o Ofertório se não pode ou não quer tomar parte no «Banquete Eucarístico» (Comunhão).

Parece que uma coisa exige ou supõe a outra.

Mas, como para o «Banquete Eucarístico» é necessário e indispensável estar em graça de Deus (túnica nupcial), todo o mistério da Celebração Eucarística (Ofertório e Banquete Eucarístico), é um sério compromisso e uma exigência absoluta, que ajudam a viver na graça de Deus e promovem uma vida espiritual mais profunda e intensa, porque, por um lado, não se pode tomar parte no Banquete Eucarístico (Comunhão) sem estar em graça de Deus, e por outro lado, não tem sentido participar na Celebração Eucarística e não tomar parte no «Banquete Eucarístico» que é a Comunhão.

Assim o recomenda S. Paulo :

- Portanto, sempre que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor até que Ele venha. E, assim, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será réu do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se cada qual a si mesmo e, então, coma desse pão e beba desse cálice. Aquele que come e bebe, sem distinguir o corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação.(1 Cor.11,26-29).

Faltar a este compromisso e ser infiel a tais exigências, significa a prática do sacrilégio e a perda de todos os Frutos da Missa.

Assunto para uma séria reflexão de cada um de nós...


Fonte: Universo Católico

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