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29 de agosto de 2012

Fé E Razão II

Fé E Razão II
I) RESISTÊNCIA DE CIENTISTAS. Como vimos, sem nada haver estudado ao respeito, a maior parte dos “cientistas estabelecidos”, vítimas de lavagem cerebral alastrada durante séculos, negam todo fenômeno parapsicológico e todo relacionamento entre Religião e Ciência, entre Fé e Razão.

Essa resistência míope é muito sentida por luminares da Parapsicologia, com grande conhecimento também da verdadeira Ciência. Por exemplo:

1) Werner Keller (galardoado em 1957 com o “Prêmio Bancarella”, de Alemanha, e em 1973, em Itália, com o “Prêmio Internationale delleMuse”, e declarado Professor no “Senado Internationale delle Muse”), declara: “A irrupção da Parapsicologia num mundo além do comum (…) até agora não pesquisado, os novos conhecimentos e perspectivas tão revolucionárias (…) e atualmente já incontestáveis significa para a Ciência estabelecida uma inaudita provocação (…) Mas ver-se-á obrigada a recolher a luva (…), já não poderá lhe dar as costas. Haverá uma reação em cadeia (…) E uma coisa pode-se afirmar: os resultados das pesquisas da Parapsicologia (…) arejarão com sua atmosfera fresca e vital as salas de outras disciplinas. Varrerão o pó e porão dúvidas ou lançarão pela borda muitas negações ou afirmações que sempre foram dadas por estabelecidas. Quase nenhuma ciência será respeitada. Porque a Parapsicologia bate implacavelmente em muitas portas, seja a Física, a Biologia, ou a Teologia”.

2) Monsenhor Jerôme Ribet: “Mas, me dirão, você sai aqui do seu domínio e invade um outro, o da Mística ou Teologia (…). Não aceito este limite que pretendem me impor. A Ciência não pode reconhecer outros limites que a debilidade do espírito humano, e nada que é observável ou daí deduzível é estranho a seu domínio”.

II) RESISTÊNCIA DE TEÓLOGOS
Igualmente muito sentida por luminares da Parapsicologia com grandes conhecimentos também de Teologia.

Sirva de argumento o caso do Pe. Herbert Thurston S.J. (depois de Bento XIV talvez o melhor parapsicólogo de todos os tempos). Após muitas críticas por outros teólogos, seus superiores religiosos proibiram-lhe publicar e lecionar. Até sua morte. Antes, para se defender, inutilmente, das críticas dos teólogos, escreveu: “Se com freqüência tenho me inclinado a uma explicação natural de alguns fenômenos geralmente considerados sobrenaturais (SN) foi porque fenômenos análogos, autenticados com boas provas, são encontrados nos anais de pesquisa parapsicológica”. Felizmente, após a morte do Pe, Thurston, seus escritos foram publicados pela sua família.

E assim poderia continuar em centenas de páginas, comentando a oposição à Parapsicologia por cientistas e teólogos sem nada haverem estudado ao respeito.

Bastem as palavras que Leão XIII, em alocução aos cientistas, tomou de Cícero: “Deve–se procurar com todo esforço (…) refutar todos os enganos e falsidade. Tenham presente por cima de tudo que a primeira lei do sábio manda que não se ouse dizer nada falso, e a segunda que não tema dizer toda a verdade”.

III) POR FIM, A POSIÇÃO OFICIAL. Lamentavelmente falta a conveniente divulgação e a realização.


O historiador Bolandista e destacadíssimo parapsicólogo Pe. Herbert Thourston S.J. dedica várias páginas a ridicularizar a absurda superstição espírita que imagina que o poltergeist se deve a espíritos de mortos que vagueiam nas trevas da noite para aterrorizar pessoas.

Além de “Fides et Ratio”, e tantos outros textos já aludidos:

1) Bento XIV: Máximo comum interesse Teologia-Ciência.

2) Leão XIII recomendou financeiramente promover a pesquisa e divulgação das novas descobertas na relação Fé e Razão.

3) E com essa finalidade o mesmo Leão XIII abre um Centro de Estudos, inaplazável, apoiado pela Hierarquia. A direção foi encomendada a Gabriela Lambertini (Atenção ao sobrenome: o insuperável parapsicólogo Bento XIV chamava-se Próspero Lambertini).

4) “La Civiltá Cattolica”: pede a verificação e diferenciação dos fatos. Única maneira de evitar estradas aberrantes e defender o verdadeiro milagre (SN).

5) “L’Osservatore Romano”: Deve apoiar-se a Parapsicologia, necessária na Pastoral, pois todos podem apresentar problemas pelo contato com o Espiritismo, Esoterismo, Confissões Independentes etc.

6) E em conseqüência dessas exigências, esforços, proclamas e apelos, na Universidade Lateranense, do Vaticano, é obrigatório para os futuros sacerdotes o Estudo da Parapsicologia durante um semestre. Professor, o magnífico parapsicólogo alemão Pe. Andreas Resch.


Pe. Andreas Resch, professor de Parapsicologia, obrigatória para todos os alunos de Teologia na Universidade Lateranense, do Vaticano.

7) Moderno “Dictionaire de Theólogie Catholique”: “Não há mais que um método válido para estudar estes fenômenos de Possessão, Mística, Aparições etc., como não há mais que um método para estudar os Milagres (…): devemos, nesta matéria, revisar nossos juízos à luz dos progressos incontestáveis das Ciências Psíquicas” (nome antigo e ainda dado por alguns à Parapsicologia).

O excelente parapsicólogo e professor de Religiões Comparadas, Pe. Pinard De La Boulaye: “A Psicologia Experimental e especialmente a Parapsicologia estão no seu terreno próprio quando tentam evaluar, nos fenômenos religiosos, aquilo que é explicável por causas naturais”.

9) “L’Osservatore Romano”: “No fim dos anos 70 muitos teólogos caíram na conta de que é necessário reconstruir a ciência teológica ‘ab imis fundamentis’” (desde os alicerces mais profundos).

10) CELAM. Assim, os Srs. Bispos de América Latina, bem encarecidamente e com muito elogio recomendam o estudo da Parapsicologia a todos os padres e agentes de pastoral.

11) CNBB. E a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em reunião celebrada em Roma, já em 1953 mandou que ninguém se ordene de sacerdote, nem seja catequista, nem agente de pastoral sem haver estudado Parapsicologia.

É um objetivo a alcançar, pois ainda faltam professores. Em decorrência desse desejo oficial da hierarquia, o CLAP abriu o Curso de Pós-Graduação, principalmente com o intuito de formar professores.

Entre outros louváveis exemplos, na Faculdade de Teologia Pio XI da Universidade Salesiana, há já muitos anos que a Parapsicologia é matéria obrigatória durante um semestre.

E professores formados na pós-graduação do CLAP já abriram cadeiras em muitas faculdades por todo o Brasil. Só em São Paulo já são 8. Esperamos que aumentem até poder-se realizar plenamente a ordem da CNBB.

O adolescente José, no cárcere, interpreta os sonhos de seus companheiros de prisão, os eunucos copeiro-mor e o padeiro-mor do Faraó, rei de Egito (Gn 40). Quadro de Bernardo Strozzi, no Museu do Louvre, Paris

OS FENÔMENOS…

I) …EXTRAORDINÁRIOS, incomuns, e por isso mesmo misteriosos, mas relacionados com o ser humano, e que por isso mesmo talvez se devam a forças naturais, ocultas, do mesmo homem. Isso é o que etimológica e realmente significa parapsicologia: Para, psijé, logos = Tratado do que é à margem do psiquismo.Os fenômenos parapsicológicos são tão antigos, e tão modernos, como a própria humanidade. Os fenômenos estão ai, o geralmente errado e supersticioso é a interpretação.
Remota Antigüidade. Os povos mais antigos, como os babilônios, os persas, os etruscos, praticavam a adivinhação (PG, HIP), evocavam “sombras” dos mortos (a falsa Evovação Espírita e a Fantasmogênese).Testemunho Bíblico. Na Bíblia temos numerosíssimas alusões a estes prodígios. Tais são, por exemplo, as fantásticas maravilhas realizadas pelos magos de Faraó, em competição com Moisés e Aarão (Ex 7,11.22; 8,7), até que os magos do Faraó se renderam e deram a explicação dos prodígios alcançados pelos chefes do povo hebreu: “O dedo de Deus está aqui” (Ex 8,19).
José adivinha o futuro (Precognição – Pcg) em sonhos (Oniromancia) e interpreta os sonhos (Oniromancia) também Precognitivos do Faraó (Gn 37,5-11; 40, 5-23; 41, 1-36).

José, então já com 30 anos, interpreta acertadamente o sonho do Faraó, que todos os magos e todos os sábios de Egito não conseguiram interpretar (Gn 41). Quadro de Giulio Romano, no Vaticano.

O caso do rei Nabucodonosor de quem se diz que se haveria convertido em fera (Dn 4, 28-31), prenúncio da abundante literatura posterior sobre lobisomens (Licantropia).A Pitonisa de Endor teria Evocado ante o rei Saul o falecido profeta Samuel (1 Rs 38, 7-25), também prenúncio da inexistente e hoje exaltadamente pretendida Comunicação dos Espíritos dos Mortos. Os textos da Bíblia em que se condena a Adivinhação em geral e concretamente o Espiritismo são bem encomiásticos, e indicam-nos que estas práticas supersticiosas eram então muito freqüentes. Lê-se, por exemplo: “Não se ache entre vós quem pretenda purificar seu filho ou filha fazendo-o passar pelo fogo (Pirovásia), quem consulte aos pitões ou adivinhos nem quem indague dos mortos á verdade. Porque o Senhor abomina todas estas coisas e por semelhantes maldades Ele exterminará estes povos à tua entrada” (Dt 28, 10-12).
A Grécia Clássica e Misteriosa. Muitos escritores da antiga Grécia nos falam de toda classe de fenômenos parapsicológicos. Por exemplo, com referência à pretendida e inexistente Comunicação dos Espíritos dos Mortos, nada menos que Homero na “Odisséia” descreve Ulisses consultando os mortos por conselho e com as instruções da maga Circe. Também Heródoto, entre outros muitos prodígios, conta-nos que até um dos sete sábios da Grécia, Periandro, mandou consultar a sombra de sua mulher, degolada outrora por ordem do mesmo Periandro. Segundo Plutarco, também Pausânias evocou a sombra duma jovem que mandara matar, e Calandas evocou a sombra de Aquilau também por ele assassinado. Mais tarde os magistrados mandaram evocar a sombra do próprio Pausânias.


A pitonisa de Endor teria evocado a “sombra” do profeta Samuel diante do rei Saul. É o caso bíblico (1S 28, 5-20) mais citado pelos “mestres” (?) do Espiritismo como “argumento insofismável” (?!) da eficácia da evocação e da realidade da comunicação dos espíritos dos mortos. Erro total de interpretação, como oportunamente demonstraremos no site E como amplamente demonstramos nos livros “Antes que os Demônios Voltem”, págs. 130- 133 –das 4 primeiras edições-, completando a explicação no livro “Palavra de Jahweh”, págs. 89-92).

I) AUTORIDADES DO LADO DA CIÊNCIA.

1) Frederico Myers (precisamente um dos fundadores da Parapsicologia, com a SPR) reclama: “Bacon teve o desacerto de abandonar à autoridade eclesiástica e à fé o domínio das coisas e fatos considerados religiosos. Uma tal separação não mais se justifica. Nós podemos (…) abordar o conhecimento ou estudo (…) dos fatos religiosos com a mesma certeza e a mesma calma segurança às que devemos os progressos no conhecimento das outras coisas terrenas. A autoridade da Religião e da Igreja será assim substituída (nos fatos) pela autoridade da observação e da Ciência. Os impulsos da fé (na Doutrina revelada) transformar-se-ão (graças ao fundamento nos fatos) em convicções capazes de fazer um ideal superior”.2) Max Panck e Pascal Jordan, prêmios Novel em Física: “A Religião e a Parapsicologia devem em comum levar adiante uma luta continua e sem descanso contra a incredulidade (por um lado) e a superstição” por outro lado.
3) Tyrrell, grande parapsicólogo, da Universidade de Oxford: A Parapsicologia abarca { Religião

{ Filosofia
{ Ciências de Observação

4) Se não tivessem sofrido tanta lavagem cerebral os cientistas deveriam refletir sobre o ponto lógico, que para eles propõe Karl Adam, teólogo e parapsicólogo alemão: “O cientista não tem direito de pretender excluir a priori e por princípio, a possibilidade de uma intervenção de Deus no mundo. A única atitude razoável para o homem, do momento em que apareça a simples possibilidade do divino (SN), mesmo que remota, é a procura humilde e respeitosa. Porque o problema de Deus (…) não é para nós da mesma ordem que a organização das formigas ou a vida dos insetos”.

Ora, se as formigas e os insetos e tantos outros temas de pouquíssima importância relativa são tão estudados por tantos e tão grandes cientistas, é realmente imperdoável que muitos desses mesmos cientistas (racionalistas etc.) se neguem a estudar o importantíssimo e transcendental tema do milagre (SN).

Isso, mais que puro apriorismo anticientífico, é mais bem já doença psiquiátrica… Ou então cristalizaram na mesquinhez. Como dizia o Prêmio Novel Charles Richet, são “Pobres de espírito”.

5) Os melhores cientistas hoje se debruçam sobre Lençol de Torino Lanciano Loreto Manto de Juan Diego Lourdes
Etc., etc., etc.

6) Como dizia Jung: “A finalidade da ciência é servir à verdade do nosso mundo, sem a petulância de constituir-se num trono” de só estudar a verdade comum, corriqueira, tangível…

7) Precisamente o Pe. Roger Bacon terminou por insurgiu-se contra a dicotomia Religião-Ciência em que caíra a Universidade.

Bochenski no seu “História da Filosofia”: Grande ajuda mutua a Religião e a Ciência.

9) Collingwood, dedica um capítulo de “A Física Moderna” a demonstrar que é falsa a oposição entre Ciência e Religião.

10) Bertrand Russel: Religião separada da Ciência é pura Invenção racionalista…

11) Joaquim Jeremias (parapsicólogo e teólogo protestante) contra Lutero, Bultmann, etc. e contra teólogos auto-suficientes, que proclamam “Fé sem Ciência”: Colocam-se a si mesmos fora da realidade: loucura, parafrenía.

12) Pascal Jordan, prêmio Novel em Física, que aderiu completamente à Parapsicologia, proclama no seu “A Força Física do Século XX”: Mútuo apoio Ciência e Fé. Necessidade da Religião.

13) Albert Einstein: “Ciência sem Religião é paralítica. Religião sem ciência é cega”.

14) Thomas Alba Edison, com menos diplomacia que Einstein, proclamou: “Ciência sem fé pode ser loucura. Fé sem Ciência é fanatismo”.

Em conclusão: Com todo direito os verdadeiros parapsicólogos, os verdadeiros cientistas, podem aplicar aos racionalistas, modernistas etc. a frase bíblica: “Jactando-se de possuir a sabedoria, tornaram-se tolos” (Rm 1,22).

II) AUTORIDADES DO LADO DA RELIGIÃO

1) Profeta Oséias: “Porque tu rejeitaste a Ciência, Eu te rejeitarei do meu sacerdócio” (Os 4,6)

2) São Pedro: “Sempre prontos a dar razão de vossa esperança e fé” (1 Pd 3,15).

3) Montaigne: “É indispensável acompanhar nossa fé com nossa razãoÉ famoso o daímon (Divindade de segunda categoria; nome mal traduzido com o termo demônio) que Sócrates ouvia (Psicofonia) e ao qual atribuía conselhos sobre coisas desconhecidas. Conta-nos Platão, entre outros exemplos, que o daímon avisara a Sócrates que não permitisse Charmide ir a Menea. Charmide não obedeceu e sucumbe em Menea. O mesmo nos testemunham Xenofonte e Plutarco. Aquele põe na boca de Sócrates a afirmação de que o daímon, nunca o enganara.

É também curiosa entre os fenômenos que nos conta Plutarco a aparição (Fantasmogênese) de um anjo mau, de “maravilhosa e monstruosa figura”: “Eu sou teu mau anjo”. Bruto vê esse… “diabo” sem se perturbar.

Certa classe de Quiromancia e Astrologia encontrou nada menos do que em Aristóteles um entusiasta defensor. “As linhas –diz- não estão escritas sem nenhuma razão nas mãos dos homens, mas provêm da influência dos astros (?) no seu destino (?)”. E até se conta que deu de presente a seu discípulo Alexandre Magno um tratado dessa espécie de Quiromancia Astrológica escrito em letras de ouro, achado num altar dedicado a Hermes, na mitologia grega o deus mediador entre os deuses e os homens, entre outros atributos. Também Platão aceitou os princípios das supersticiosas Quiromancia e Astrologia.

Muitos outros fenômenos parapsicológicos nos referem Filóstrato, Demócrito, Pitágoras etc.

Os Latinos não Ficaram Atrás dos Gregos. Cícero recolhe, e meritoriamente tenta analisar, muitas adivinhações (PG e HIP) e aparições (Fantasmogênese).

Também praticaram Quiromancia e Astrologia. A época mais brilhante (Ou escura!, como ridiculariza o satírico Juvenal), fué nos começos da nossa era, chegando o próprio Imperador Augusto a exercer aquela Quiromancia Astrológica.

Horácio nas suas poesias mais de uma vez faz alusão à clássica superstição dos Encantamentos (Subjução Telepsíquica – HP). Columela descreve prodígios do feiticeiro Dárdano. Lucano fala da famosa feiticeira de Tessália, Ériton Fera (à qual aludirá Dante Alighieri). E Petrônio Árbitro fala de crianças roubadas pelos feiticeiros para preparar os seus feitiços (HP). Dos feitiços (HP) falam também Apuleio, Sexto Pompeu e outros. Já nas “Doze Tábuas” se castigava com pena capital a quem lançasse feitiços (HP) contra as searas alheias, absurda interpretação ainda hoje difundida. E para defender o povo e a si mesmo de tais supostos poderes, o Imperador Augusto, como descreve Suetônio, mandou queimar mais de dois mil livros sobre Feitiçaria (HP). “Mais de dois mil livros”!, o que poderá dar-nos uma idéia de como o ambiente estava cheio de tal superstição escravizante, se levarmos em conta que os livros então eram escassos e de difícil edição.

Tácito fala de que a Rufo, bem materializada “apareceu á sombra (Fantasmogênese) de uma mulher de forma ultra-humana e se ouviu uma voz” (Psicofonia).

Também Lucano descreve pretendidas Evocações de Mortos para adivinhações (PG e HIP).

Plínio o Jovem e Plinio o Velho referem também toda classe de fenômenos parapsicológicos, falando-nos este numa das suas cartas até de uma casa mal-assombrada (Poltergeist). “A Hospedaria”, uma das comédias de Plauto, é dedicada ao tema do Poltergeist.

Etc.

Templos de Adivinhação. Adivinhação, de “a divinis” = procedente dos deuses, como acreditavam. Inumeráveis são os testemunhos históricos sobre os célebres oráculos (Precognição, Pcg) na época clássica, como os de Tropócia na Grécia junto ao rio Aqueronte; a Sibila de Cumas nas margens do lago Averno; a Sibila de Figália na Arcádia; a Sibila de Cabo Tenaro em Heracléia. Delfos foi o mais famoso. Inúmeros oráculos (Precognição, Pcg) saíram destes templos. Com suas adivinhações influíram muito e até modificaram drasticamente o rumo de nações inteiras.

Os Faquires da Índia. Foram e são famosíssimos os prodígios fantásticos dos faquires. A própria vida de alguns desses faquires, por exemplo os chamados “Sinniassis”, já é algo esquisito: uns vivem enterrados até à cintura ou sentados sem interrupção em estrados de pregos (Analgesia); outros conservam sempre erguido um braço (Catalepsia); há também os que fecham perpetuamente a mão de modo que as unhas vão penetrando na carne (Analgesia) até saírem pelo outro lado. Etc.

Os Aissáuas da África. Na África e países do Islão, os mais famosos operadores de prodígios são os Aissáuas. Começam geralmente com uma cerimônia religiosa de grande espetáculo que abre a exibição. Comem vidros e pedras (Analgesia), carvões em chamas (Pirovásia), etc. Outros deixam-se atravessar por espadas (Analgesia). Com uma só mão um Aissáua esquelético levanta no ar o mais forte, nutrido e alto dos seus irmãos de práticas ( Sansonismo). Etc.

Entre os místicos do Islão na África são os mais famosos Alhallaj, a quem se atribuem alguns casos maravilhosos, como a materialização de um pão em pleno deserto (Ectoplasmia); e Ab-al Kadir que materializou e alongou diversos objetos (Ectoplasmia), elevou-se no ar (Levitação), etc.

Na China Lendária. Todos os fenômenos maravilhosos de que os pesquisadores têm notícia de haverem acontecido em outras partes do mundo, podem encontrar-se também na China de todos os tempos.

Possuímos relações de casos acontecidos mil anos antes de Cristo. Numa relação de 1035 a. C. narra-se que houve materialização (Ectoplasmia) de objetos e aparições de seres fantásticos (Fantasmogênese), vinham objetos através das paredes (Aporte), ouviram-se vozes e música “transcendentes” (?: Psicofonia), etc.

II) O CRISTIANISMO ENFRENTA A MAGIA (Chama-se Magia a herética e absurda pretensão de dominar com técnicas naturais efeitos que consideram sobrenaturais)

Os feiticeiros não haveriam alcançado tanta fama se muitas pessoas não tivessem morrido (Por supersticiosas!) após terem sido “enfeitiçados” (HP). Nem Ananias e Safira teriam se apavorado ao ponto de morrerem instantaneamente quando repreendidas com severidade por São Pedro. Supersticiosamente “toda a Igreja, e outros que ficaram sabendo, ficaram espantados” (At 5,1-10). Certamente que não foi São Pedro que alcançaria de Deus tal crime…

Os líderes cristãos, desde o início, adotaram posição clara contra as superstições que acompanhavam e com que se interpretavam os fenômenos parapsicológicos.

Éfeso era famosa pelos seus livros de Magia e pelos seus encantamentos (HP), muito freqüentes naquela cidade. O evangelista São Lucas conta como muitos dos que tinham exercido a Magia e feitiçaria (HP) foram levar os seus livros ao apóstolo São Paulo, que para erradicar as interpretações supersticiosas, heréticas, organizou uma fogueira na presença de todos (At 21, 19).

Simão o Mago, “que enganara o povo” (At 8,9.11), pretendia comprar com dinheiro o poder de realizar os milagres (SN) que, invocando a Cristo, alcançavam São Pedro e São João. Pensava Simão o Mago que eram poderes de Magia.

Os Santos Padres e Escritores Eclesiásticos inúmeras vezes se referem a fenômenos extraordinários e misteriosos, muito diferentes, porém, dos milagres (SN) que eles mesmos proclamavam em contraposição. Tertuliano, por exemplo, no século II, fala até de movimentos de objetos sem contato (Telecinesia) ou de mesas para dar respostas ao contato das mãos (Paracinesia), assim como de outros muitos fenômenos parapsicológicos misturados com superstições “com os quais enganam o povo”.

A paixão por estes fenômenos existia em todas as camadas sociais como afirmam São Gregório de Niza, Lactâncio etc.

III) IDADE MÉDIA E RENASCIMENTO.

Na Idade Média há uma verdadeira epidemia de pessoas consideradas Endemoninhadas, e por outro lado de Bruxas com seus malefícios (HP) etc., do qual teve bastante culpa a seita dos Gnósticos. Muitos autores, como Hieron de Alexandria, o pseudo-Hipólito, Júlio Óbsequens etc., falam-nos, inclusive de produtores de Efeitos Físicos (ou Para-físicos) e até descrevem alguns segredos de tais fenômenos Para-físicos realizados fraudulentamente pelos Médiuns.”.

Gravura que data de 1493 ridicularizando a pretensão dos espíritas, de que os mortos surgiriam dos seus túmulos para atormentar as pessoas.

Fogueiras Humanas. Como se sabe, a partir da Idade Média algumas Bruxas (Feiticeiras, médiuns, ciganas, adivinhos etc.) terminaram na fogueira. Eram acusadas de pacto com Satanás, adquirindo assim (Magia) poderes mirabolantes: causariam toda classe de doenças com os seus feitiços (HP), ficavam insensíveis às picadas das facas (Analgesia), os diabos lhes comunicariam os mais recônditos segredos (PG e HIP) etc.

Assim, com tais poderes, seriam capazes, não só de causar muitos danos ao povo e de cometer muitas injustiças, senão inclusive de superar o poder dos reis e governantes. Estes, portanto, tinham que librar-se das Bruxas…

O famosíssimo ilusionista Cagliostro reproduziu toda classe de fenômenos de Efeitos Físicos para desmascarar numerosas Bruxas (ou médiuns, feiticeiras etc.) profissionais. Ninguém domina os fenômenos parapsicológicos.

Esta febre pelo Ocultismo não diminuiu no Renascimento, atingindo até pessoas de grande nomeada social como testemunham Tasso, Ariosto e Celini.

Os papas, como por exemplo Alexandre IV, Alexandre VI, João XXII, Inocêncio VIII, assim com toda classe de escritores cristãos, não cessaram de advertir dos perigos sociais, psíquicos e morais de semelhantes práticas, então como hoje sempre acompanhadas de superstições e abertas heresias.

Magia Organizada na América. Na América do Norte teve origem a organização mais ampla de fenômenos misteriosos. No “Cotage” conhecido pelo nome de Hysdeville, na Vila Arcádia, Condado de Wayne, no estado de Nova Iorque, nasceu o moderno Espiritismo como resultado de misteriosos barulhos como de golpes (Tiptologia), que provinham da cama das irmãs Fox.

No Brasil. Atualmente o país mais supersticioso do mundo lamentavelmente é o Brasil.

Há mais médiuns, curandeiros, adivinhos, feiticeiros etc., e mais casas mal-assombradas, endemoninhados, pessoas em transe ou “repouso no Espírito”, falantes em línguas (geralmente mera Glossolalia, raramente Xenoglossia), assim como fundadores de novas religiões com seus pretendidos milagres (SN) etc., etc., em qualquer cidade um pouco grande do Brasil, do que em todo o resto do mundo junto. Quem ama o Brasil tem o dever de difundir e ajudar a propagar a Parapsicologia…

Fonte: CLAP

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