A terra dos Judeus, chamada pelos romanos da Palestina, estava dentro Império Romano.
Um território imenso que foi sendo conquistado pelos povos que vinham de Roma e que se estendeu desde a Inglaterra até as margens do Saara, desde o estreito de Gibraltar até Constantinopla e o rio Eufrates.
Os romanos invadiram a Palestina no ano de 63a.C e fizeram do país uma colônia.
Roma dominava com artimanha e força.
Os dominadores se apresentavam como representantes de uma nação amiga que vinha para apoiar. Colocava na terra seus governadores, seu exército, exigia impostos, construía cidades, redes de estradas e portos que permitiam a comunicação com capital e a circulação e dinamização do comércio. A artimanha era fingir que aceitava a autonomia religiosa e política do povo: podia praticar sua religião, desde que reconhecida como lícita, e até possuir um Rei, como no caso de Herodes na Palestina. Esta era uma maneira de dominar sem que o povo percebesse que estava sendo dominado.
No entanto o dominador estava sempre vigilante.
Qualquer tentativa de independência e revolução era reprimida violentamente pelo poderoso exército. Os governadores locais exerciam, de fato esta função de guardiões da ordem.
Não zelar pela ordem era traição ao imperador e fim de carreira política. Lembremos o episódio da condenação de Jesus. Pilatos
cede às pressões dos líderes judeus e o condena quando é acusado de trair César.
Os países unificados nesta imensa região admiravam Roma e estavam orgulhosos de pertencer a este império.
Era o período da chamada " Paz Romana ", indissoluvelmente ligada ao Império Romano, ao poder de comando a partir de Roma. É portanto uma paz determinada " de cima ", estabelecida pelo centro do poder. Para se perceber toda a realidade deste período, é necessário olhar também " a partir de baixo ", para não ser esquecida toda realidade experimentada como sofrimento, opressão, a fim de que os vencedores da história não triunfem novamente sobre suas vítimas na descrição da mesma hitória.
A Judéia foi por duas vezes transformada em província romana, governada por procuradores: de 6 d.c a 41 d.c e de 44 d.c a 66 d.c. Foi por isso que Jesus foi conduzido pelo sinédrio judeu ao procurador da época, Pôncio Pilatos. Quando este mandou que os judeus mesmos os julgassem, responderam:
" Não nos é permitido condenar ninguém a morte "( Jo 18,31).
Assim, Jesus foi condenado à morte de cruz, que era o suplicio aplicado pelos romanos, e por um procurador romano, por covardia, por medo de perder seu poder (cf Jo 18, 12-16).
Vamos olhar este período atravéz dos seus lados militar, político, econômico, jurídico, cultural e religioso. Teremos como base a obra de Klaus Wengst, Pax Romana, pretensão e realidade, de cuja primeira parte principal faremos uma síntese.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Formando e Informando Católicos; Paz e Bem! Agradecemos sua participação no blog!!