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19 de junho de 2011

O mundo Romano no tempo de Jesus e no Início do Cristianismo - O lado Político

O poder dizia oferecer segurança. A primeira face desta segurança era a proteção contra toda ameaça de fora das fronteiras do Império Romano. Esta segurança incluia também a exclusão de desavenças e conflitos internos entre as diversas regiôes do Império, bem como a ausência de medo nos campos, nas casas e nas viagens. Para os políticos a única tarefa era a de ocupar-se com a harmonia.
Mas há a outra face da moeda: o desejo de que os povos fora das fronteiras do Império tivessem ódio uns para com os outros e vivessem em profunda desavença, a fim de não terem tempo de brigar com Roma.
A história mostra que esta segurança interna, entretanto era obtida por meios bem drásticos. Quando, no ano 58, surgiram desordens sociais em Putéoli, foi enviada para lá uma corte " e por meio dela e em consequência da execução de alguns, restabeleceu-se a harmonia entre os habitantes " ( Tácito em Anais ).
As cidades gregas tinham tanta liberdade quanto os romanos admitiam. Para os não romanos esta era uma liberdade concedida e muito limitada.
Realmente os povos subjugados viviam uma miserável existência de escravos ( Tácito em Anais ). O último rei judeu, Agripa ll, designa pura e simplesmente de " absurdas " as esperanças de liberdade ( Josefo em Da Guerra Judaica).
Não era de forma alguma tempo de liberdade. O sistema de escravatura revelava que esta era apenas uma liberdade romana, baseada no poder das armas. Paz e liberdade eram privilégios de poucos e pertenciam a todos apenas como slogam ( Klaus Wengst em Pax Romana). Até em Roma a liberdade era limitada.
Tácito ( em Anais ) fala do costume de o povo romano usar também reis como instrumento de escravização e estes então agiam como amigos dos romanos. O rei judeu já citado, Agripa ll, era um deles, como já seus antepassados até Herodes e Antípater. Herodes dava presentes régios para César, a fim de ser confirmado em seu reinado. Agripa ll, que era bisneto de Herodes, o grande, fez o mesmo com Vespasiano.
Sempre a colaboração de Roma com a classe superior dos países subjugados era cálculo político expresso, Josefo ( Da Guerra Judaica) conta que pouco antes da irrupção da guerra judaica, quando tudo já a prenunciava. " os sumos sacerdotes com os demais de influência e o sinédrio " foram ter conversações com o Rei Antipas ll e diz que estes homens  eram daqueles que " procuram a paz por causa de sua fortuna ".  



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