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11 de agosto de 2012

Nossa Senhora Divina Pastora

Nossa Senhora Divina Pastora (também invocada sob os nomes de Divina Pastora das Almas, Mãe Divina Pastora ou ainda Mãe do Bom Pastor) é um dos muitos títulos pelos quais a Igreja Católica venera a Bem-aventurada Virgem Maria, sendo, sob essa invocação, particularmente cultuada em Portugal, Espanha e América Latina.

As origens da devoção a Nossa Senhora Divina Pastora são imprecisas, mas as primeiras manifestações surgem no século XVIII. Existem referências à Virgem Maria vestida de pastora na vida de São João de Deus, de São Pedro de Alcântara, da Venerável Maria de Jesus de Ágreda e de Santa Maria das Cinco Chagas.

Inicialmente chamada de “Virgen Zagala” (que significa: “a pastora que cuida do seu rebanho”), esta invocação simboliza uma mãe que cuida de seus filhos. No entanto, a invocação mariana de Nossa Senhora Divina Pastora começou a tornar-se mais conhecida a partir da cidade de Sevilha, em Espanha. De acordo com a tradição, a Virgem Maria terá aí aparecido no dia 8 de Setembro de 1703 – data na qual se comemora a festa da Natividade de Nossa Senhora. Ela ter-se-á revelado sentada numa rocha, vestida como uma pastora e num local onde pastavam algumas ovelhas.
Desde logo, um conhecido frade capuchinho, Frei Isidoro, tornou-se num grande divulgador desta devoção (tendo mesmo solicitado a um pintor da Escola Pictórica de Sevilha, Alonso Miguel de Tovar, que fizesse a primeira representação da Virgem Maria sobre esta invocação).

Posteriormente, o artista Francisco Ruiz Gijón esculpiu a primeira imagem em tamanho natural da Divina Pastora. Essa imagem foi levada na sua primeira procissão, em Outubro de 1705, com grande solenidade, até à Igreja Paroquial de Santa Marina e na qual foi desde logo constituída a “Irmandade Primitiva do Rebanho de Maria” (a primeira Irmandade dedicada a Nossa Senhora Divina Pastora).
As autoridades eclesiásticas acabaram por aprovar o culto em 1709, tendo também autorizado a criação das várias Irmandades da Divina Pastora (e a uma das quais o próprio Rei de Espanha se associou).

Propagação

A partir de 1705 começou a propagar-se por todo o território do Reino de Espanha e da América Latina esta invocação mariana. Nesse aspecto, teve um importante papel o Beato Digo José de Cádiz.

Tendo em consideração a enorme propagação do culto a Nossa Senhora Divina Pastora no sul de Espanha, além da cidade de Sevilha, também Cantillana, Málaga, Santa Marina e Cádiz se tornaram importantes lugares de veneração à Santíssima Virgem Maria sob esta invocação.

Na América Latina, o principal santuário da Divina Pastora é o da Ilha da Trindade, nas Antilhas.

Este culto chegou também à Venezuela, através dos Frades Menores Capuchinhos, por volta do ano 1778. Na Venezuela, o culto a Nossa Senhora Divina Pastora atingiu tal proporção que até se utiliza a expressão “Ó Divina Pastora, a Venezuela é Tua!”, tendo-se tornado na padroeira do Estado de Lara[4].

Já no Brasil até existe, no estado de Sergipe, uma cidade chamada Divina Pastora, elevada a vila em 1836, e cuja Igreja Matriz é dedicada a Nossa Senhora sobre esta invocação. Por curiosidade, o famoso pintor Cândido Portinari executou um belo fresco da Divina Pastora para a casa de campo do Barão de Saavedra em Correias, município de Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro.

Oração à Nossa Senhora Divina Pastora

“Oh Divina Pastora, levai-me a Jesus , o Bom Pastor, para que nada me falte. Fazei-me repousar em verdes pastagens. Conduzi-me junto às águas refrescantes.

Restaurai as forças de minha alma. Levai-me pelos caminhos retos, por amor ao nome de Jesus. Ainda que atravesse o vale escuro, que eu nada tema, pois estais comigo.
Que o Vosso cajado seja meu amparo. Amém !”

Fonte: Títulos Marianos.

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