tag:blogger.com,1999:blog-81691335207108632452024-03-13T22:19:50.303-03:00.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14743152816333758341noreply@blogger.comBlogger2423125tag:blogger.com,1999:blog-8169133520710863245.post-73233375679244561012016-03-03T15:31:00.001-03:002016-03-03T15:31:43.238-03:00E nas outras religiões, há Deus presente?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjd-6_-KD-p87XWu6bE5iST1lfy1IPvFVEuIXJPn_Z25lmDAZLY1XrD6YNkfnxwDQpFxk4OkWJIb4seOF3r7cQsgnJ0OlWPMMnHxGgbYnQO5xn09WeKpJGJyBNVv94MVNNhrTHLp823Htvf/s1600/1_0_712491.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="448" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjd-6_-KD-p87XWu6bE5iST1lfy1IPvFVEuIXJPn_Z25lmDAZLY1XrD6YNkfnxwDQpFxk4OkWJIb4seOF3r7cQsgnJ0OlWPMMnHxGgbYnQO5xn09WeKpJGJyBNVv94MVNNhrTHLp823Htvf/s640/1_0_712491.JPG" width="640" /></a></div>
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De fato Nosso Senhor disse a frase: "Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, Eu estarei entre eles" (Mt XVIII, 20).<br />
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Repare que Nosso Senhor diz também: "Nem todo o que diz ´Senhor, Senhor` entrará no Reino dos céus" (Mt VII, 21).<br />
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E ainda: "Muitos me dirão naquele dia: "Senhor, não profetizamos nós em teu nome, e em teu nome fizemos muitos milagres"? Então Eu lhes direi bem alto: "Nunca vos conheci; apartai-vos de mim vós que praticais a iniqüidade" (Mt, VII, 22-23).<br />
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Você vê, por essas citações do Evangelho, prezado Marcelo, que não basta invocar o nome de Cristo.<br />
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Não basta até mesmo profetizar em nome de Cristo e mesmo fazer milagres em seu nome, para se salvar. Pelo contrário, Cristo os desconhecerá e os repelirá, no último dia.<br />
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Estar reunidos em nome de Cristo, profetizar em seu nome, fazer milagres em seu nome, não garante que se esteja com Cristo.<br />
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O que garante estar com Cristo é ouvir e aceitar realmente a sua palavra, e colocá-la em prática.<br />
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Pois Cristo, aí mesmo nessa passagem, observa: "Nem todo o que diz ´Senhor, Senhor` entrará no Reino dos Céus; mas o que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus, esse entrará no Reino dos céus" (Mt. VII, 21).<br />
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Também nos disse Cristo taxativamente: "Quem vos ouve, a Mim ouve" (Luc X, 16).<br />
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Ora, o protestantismo se fundamenta no livre exame da Bíblia, isto é, cada um que lê, entende como quer. Portanto, os protestantes não ouvem a palavra de Deus, mas procuram ouvir sua opinião pessoal.<br />
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Por outro lado, a doutrina luterana estabeleceu que basta ter fé para se salvar, sem ser necessário praticar boas obras.<br />
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"Crê firmemente, e peca muitas vezes" foi uma recomendação e um princípio ensinado por Lutero ao qual o protestantismo não renunciou. Você pode encontrá-lo num folheto largamente difundido entre os protestantes e que afirma que o Caminho da salvação não é prática dos mandamentos, mas só Cristo. E também, os protestantes se recusam a ouvir Pedro, e seus sucessores , os Papas. Portanto recusam ouvir a voz de Cristo falando em Pedro.<br />
<br />
Logo, os protestantes não se reúnem em nome de Cristo, embora digam que o adoram e seguem que profetizam e fazem milagres em seu nome.<br />
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É claro que há que considerar os que, teoricamente, estejam de boa fé e por ignorância invencível, entre eles, e que, nessas condições, poderiam se salvar. Mas, a esses cabe só a Deus julgar, se estão com boa intenção ou não. Não nós.<br />
<br />
Nesse terreno a nós cabe seguir o que escreveu e determinou, como de fé, o Papa Pio IX, no Syllabus, que condenou a seguinte frase como contrária à Fé verdadeira: "Pelo menos, deve-se ter fundadas esperanças acerca da eterna salvação de todos aqueles que não se acham de modo algum na verdadeira Igreja de Cristo" (Erro 17 condenado pelo Syllabus de Pio IX, Denzinger, 1717).<br />
<br />
E Pio IX condenou também a seguinte frase: "O protestantismo não é outra coisa senão uma forma diversa da mesma verdadeira religião cristã e nele se pode agradar a Deus da mesma forma que na Igreja Católica" (Erro 18 do Syllabus de Pio IX, Denzinger 1718).<br />
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Logo, não se deve presumir que Cristo esteja presente na reunião de hereges, ainda que eles digam que se reúnem em seu nome.<br />
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Por: Orlando Fedeli - Associação Montfort<br />
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Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14743152816333758341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8169133520710863245.post-34456424747960878512016-02-25T09:12:00.000-03:002016-02-25T09:12:54.934-03:00Misericórdia não pode ser pretexto para dar comunhão a divorciados em nova união, explica Arcebispo<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiLe4uVBL47JkDAwEK3k8eMmS_iql1KRQlFeTRYfALlr99dMOZcnMZn4VUHhy9HIqwH80dC6M2efwfpLYG3XeZR1KKh4GBErwXoQSQUccu_5fwNLs5S6NhJnuS6mY3P9A3R84f5PlCenKP/s1600/casamento.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="350" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiLe4uVBL47JkDAwEK3k8eMmS_iql1KRQlFeTRYfALlr99dMOZcnMZn4VUHhy9HIqwH80dC6M2efwfpLYG3XeZR1KKh4GBErwXoQSQUccu_5fwNLs5S6NhJnuS6mY3P9A3R84f5PlCenKP/s640/casamento.jpg" width="640" /></a></div>
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O Arcebispo de La Plata (Argentina), Dom Héctor Aguer, afirmou que “os sacerdotes não têm permissão de fazer o que quiserem e violar as disposições sobre a admissão da comunhão eucarística aos divorciados que vivem em segunda união, como pretexto para exercer a misericórdia”.<br />
<br />
O Prelado fez esta advertência durante a instrução pastoral “A misericórdia de Deus e a nossa”, enviada à comunidade arquidiocesana da cidade de La Plata por ocasião do Jubileu Extraordinário da Misericórdia.<br />
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Recordou que neste ano especial para a Igreja pedem aos sacerdotes “uma maior disponibilidade para o ministério da reconciliação, para a pregação e os ensinamentos a fim de esclarecer as condições necessárias para receber a absolvição sacramental”.<br />
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Em 1994, a Congregação da Doutrina para a Fé emitiu uma carta a todos os bispos, por meio da qual determinou como errônea a crença de que algumas pessoas divorciadas e recasadas poderiam receber a Eucaristia normalmente.<br />
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A doutrina é clara em relação aos divorciados em nova união. O numeral 2382 do Catecismo da Igreja Católica explica o caráter indissolúvel do matrimônio e o numeral 2384 precisa que contrair uma nova união aumenta a gravidade da ruptura pois se converte “em situação de adultério público e permanente”, algo que impossibilita o acesso à Eucaristia.<br />
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Em seguida, o Arcebispo de La Plata lamentou: “Atualmente expõem este tema como se tratasse da reconquista de um direito humano. Quem assim o faz, ignora o que é a Eucaristia, o ensinamento de Jesus exposto nos três Evangelhos sinóticos acerca do adultério e da constante disciplina da Igreja”.<br />
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Dom Héctor Aguer ainda mencionou a confusão gerada entre a nulidade matrimonial e o divórcio devido “à gritaria de alguns conhecidos jornalistas quando o Papa Francisco publicou as novas normas para os processos de nulidade” em setembro de 2015.<br />
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Esta reforma do processo de nulidade considera uma maior participação dos bispos, maior brevidade para a resolução dos casos e a declaração da gratuidade dos mesmos.<br />
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Nesse sentido, este também procura melhorar o sistema de declaração de nulidade, pela salvação das almas, enquanto reafirma o ensinamento católico acerca da indissolubilidade do matrimônio.<br />
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Finalmente, Dom Aguer citou como exemplo o Movimento ‘Camino a Nazaret’ (Caminho a Nazaré), pertencente a sua arquidiocese, “este reúne casais que não podem celebrar o sacramento do matrimônio, mas procuram crescer na fé e na caridade, se exercitam na oração e aguardam com esperança a hora da graça”.<br />
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“Sou próximo a cada um deles por meio do meu afeto e a minha oração”, concluiu o Arcebispo.<br />
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O Movimento ‘Camino a Nazaret’ é uma comunidade formada por divorciados em nova união, que apesar de sua situação procuram imitar a Sagrada Família. Contam com a assessoria de sacerdotes que os acompanham no processo de crescimento da fé.<br />
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Esta iniciativa começou em 1995, por um casal em nova união, Silvia e Jorge Castello, junto com o Pe. Juan Francisco Ronconi, pároco de San Carlos de Buenos Aires. Eles decidiram dar uma resposta a este desafio pastoral dentro da Igreja Católica.<br />
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Por Diego López Marina<br />
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Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14743152816333758341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8169133520710863245.post-25964206356553043772016-02-25T09:05:00.003-03:002016-02-25T09:05:46.503-03:00‘Não sejam egoístas!’: papa se irrita após ser puxado por fiéis no México.<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
BBC – Em uma rara demonstração de perda de paciência, o papa Francisco gritou com fieis no México após se puxado e quase cair.<br />
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O pontífice estava cumprimentando um grupo de pessoas na cidade de Morelia.<br />
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/RkSxjHcyHPY" width="560"></iframe></div>
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Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14743152816333758341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8169133520710863245.post-6363269445863666452016-02-25T09:00:00.000-03:002016-02-25T09:00:12.439-03:00O “histórico encontro” entre Francisco e Kirill.<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDzGConQg7SA1ECtBGyXAlgSVosafVBENas_9m6ZvOtBWhc6dU7S30nY7BMCAAAka063Ot7mULk4qL0EN8tSUC_AfkRzxk21ED4QniXgsiGKQj26zzx8JIyL4y-0bEDXiwb-e7s6jPteeT/s1600/Papa_Kirill12022016_1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="424" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDzGConQg7SA1ECtBGyXAlgSVosafVBENas_9m6ZvOtBWhc6dU7S30nY7BMCAAAka063Ot7mULk4qL0EN8tSUC_AfkRzxk21ED4QniXgsiGKQj26zzx8JIyL4y-0bEDXiwb-e7s6jPteeT/s640/Papa_Kirill12022016_1.JPG" width="640" /></a></div>
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Entre os muitos sucessos atribuídos pela mídia ao Papa Francisco, está o “histórico encontro” realizado no dia 12 de fevereiro em Havana com o patriarca de Moscou, Kirill. Um acontecimento, escreveu-se, que viu cair o muro que há mil anos dividia a Igreja de Roma daquela do Oriente. A importância do encontro, nas palavras do próprio Francisco, não está no documento, de caráter meramente “pastoral”, senão no fato de uma convergência rumo a uma meta comum, não política ou moral, mas religiosa. O Papa Francisco parece querer substituir o Magistério tradicional da Igreja, expresso através de documentos, por um neomagistério transmitido por eventos simbólicos. A mensagem que o Papa pretende dar é de um giro na história da Igreja. Mas é precisamente através da história da Igreja que devemos começar a compreender o significado do evento. As imprecisões históricas entretanto são muitas e devem ser corrigidas, porque é justamente sobre falsificações históricas que muitas vezes se constroem os desvios doutrinários.<br />
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Em primeiro lugar, não é verdade que mil anos de história dividiam a Igreja de Roma do Patriarcado de Moscou, uma vez que este nasceu apenas em 1589. Nos cinco séculos precedentes, e ainda antes, o interlocutor oriental de Roma era o Patriarcado de Constantinopla.<br />
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Durante o Concílio Vaticano II, em 6 de janeiro de 1964, Paulo VI reuniu-se em Jerusalém com o patriarca Atenágoras, para iniciar um “diálogo ecumênico” entre o mundo católico e o mundo ortodoxo. Esse diálogo não pôde ir adiante por causa da milenar oposição dos ortodoxos ao Primado de Roma. O próprio Paulo VI admitiu-o em um discurso ao Secretariado para a Unidade dos Cristãos de 28 de abril de 1967, afirmando: “O Papa, sabemo-lo bem, é sem dúvida o maior obstáculo no caminho do ecumenismo” (Paulo VI , Insegnamenti, VI, pp. 192-193).<br />
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O Patriarcado de Constantinopla constituía uma das cinco sedes principais da Cristandade estabelecidas pelo Concílio de Calcedônia de 451. Os patriarcas bizantinos sustentavam, no entanto, que após a queda do Império Romano, Constantinopla, sede do renascido Império Romano do Oriente, deveria tornar-se a “capital” religiosa do mundo. O cânon 28 do Concílio de Calcedônia, revogado por São Leão Magno, contém em germe todo o cisma bizantino, porque atribui à supremacia do Romano Pontífice um fundamento político, e não divino. Por isso, em 515, o Papa Santo Hormisdas (514-523) fez os bispos orientais subscrever uma Fórmula de União, com a qual reconheciam a sua submissão à Cátedra de Pedro (Denz-H, n. 363).<br />
<br />
Entre os séculos V e X, enquanto no Ocidente se afirmava a distinção entre a autoridade espiritual e o poder temporal, nascia entrementes no Oriente o chamado “cesaropapismo”, no qual a Igreja era de fato subordinada ao Imperador, que se considerava o chefe, como delegado de Deus, tanto no campo eclesiástico quanto no secular. Os patriarcas de Constantinopla foram na verdade reduzidos a funcionários do Império Bizantino e continuaram a alimentar uma aversão radical à Igreja de Roma.<br />
<br />
Depois de uma primeira ruptura, causada pelo patriarca Fócio no século IX, o cisma oficial ocorreu em 16 de julho de 1054, quando o patriarca Miguel Cerulário declarou que Roma caiu em heresia, devido ao Filioque no Credo e outros pretextos. Os legados romanos depuseram então contra ele, no altar da igreja de Santa Sofia em Constantinopla, a sentença de excomunhão. Os príncipes de Kiev e de Moscou, convertidos ao Cristianismo em 988 por São Vladimir, seguiram os patriarcas de Constantinopla no cisma, reconhecendo sua jurisdição religiosa.<br />
<br />
As discórdias pareciam insuperáveis, mas um fato extraordinário ocorreu em 6 de julho de 1439 na catedral florentina de Santa Maria del Fiore, quando o Papa Eugênio IV anunciou solenemente, com a bula Laetentur Coeli (“que os céus se rejubilem”), a bem-sucedida recomposição do cisma entre as Igrejas do Oriente e do Ocidente.<br />
<br />
Durante o Concílio de Florença (1439), do qual haviam participado o Imperador do Oriente João VIII Paleólogo e o Patriarca de Constantinopla José II, chegou-se a um acordo sobre todos os problemas, do Filioque ao Primado de Roma. A Bula pontifícia concluía com esta solene definição dogmática, assinada pelos Padres gregos: “Definimos que a Santa Sé Apostólica e o Romano Pontífice possuem o primado sobre todo o universo; que o mesmo Romano Pontífice é o sucessor do bem-aventurado Pedro, Príncipe dos Apóstolos, e autêntico Vigário de Cristo, chefe de toda a Igreja, pai e doutor de todos os cristãos; que Nosso Senhor Jesus Cristo transmitiu a ele, na pessoa do bem-aventurado Pedro, o pleno poder de apascentar, reger e governar a Igreja universal, como é atestado nos atos dos concílios ecumênicos e nos cânones sagrados” (Conciliorum Oecumenicorum Decreta, Centro Editorial Dehoniano, Bolonha, 2013, pp. 523-528). Este foi o único abraço histórico verdadeiro entre as duas igrejas durante o último milênio.<br />
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Entre os participantes mais ativos do Concílio de Florença estava Isidoro, metropolita de Kiev e de toda a Rússia. Assim que ele retornou a Moscou, anunciou de público a reconciliação ocorrida sob a autoridade do Romano Pontífice. Mas o príncipe de Moscou, Basílio o Cego, declarou-o herege e o substituiu por um bispo submisso a ele. Esse gesto marcou o início da autocefalia da igreja moscovita, independente não só de Roma, mas também de Constantinopla.<br />
<br />
Pouco depois, em 1453, o Império Bizantino foi conquistado pelos turcos, e arrastou em seu colapso o Patriarcado de Constantinopla. Nasceu então a ideia de que Moscou deveria assumir o legado de Bizâncio e tornar-se o novo centro da Igreja cristã ortodoxa. Após o casamento com Zoe Paleólogo, sobrinha do último Imperador do Oriente, o Príncipe de Moscou Ivan III deu-se a si mesmo o título de Czar e introduziu o símbolo da águia bicéfala. Em 1589 foi estabelecido o Patriarcado de Moscou e de toda a Rússia. Os russos se tornaram os novos defensores da “ortodoxia”, anunciando o advento de uma “Terceira Roma”, após a católica e a bizantina.<br />
<br />
Face a esses acontecimentos, os bispos daquela área, que então se chamava Rutênia e que hoje corresponde à Ucrânia e a uma parte da Bielorrússia, reuniram-se, em outubro de 1596, no Sínodo de Brest e proclamaram a união com a Sé Romana. Eles são conhecidos como uniatas, por causa de sua união com Roma, ou greco-católicos, porque, embora submetidos ao Primado romano, conservaram a liturgia bizantina. Os czares russos empreenderam uma perseguição sistemática à Igreja uniata que, entre os muitos mártires, contou com João (Josafá) Kuncevitz (1580-1623), arcebispo de Polotzk, e o jesuíta Andrea Bobola (1592-1657), apóstolo da Lituânia. Ambos foram torturados e mortos por ódio à fé católica e hoje são venerados como santos. A perseguição tornou-se ainda mais cruenta sob o império soviético. O cardeal Josyp Slipyj (1892-1984), deportado por 18 anos nos campos de concentração comunistas, foi o último intrépido defensor da Igreja Católica ucraniana. Hoje os uniatas constituem o maior grupo de católicos de rito oriental e são um testemunho vivo da universalidade da Igreja Católica. É mesquinho afirmar, como o faz o documento de Francisco e Kirill, que o “método do uniatismo”, se entendido “como a união de uma comunidade à outra separando-a da sua Igreja [originária]”, “não é uma forma que permita restabelecer a unidade”, e que “por isso, é inaceitável o uso de meios desleais para incitar os crentes a passar de uma Igreja para outra, negando a sua liberdade religiosa ou as suas tradições”.<br />
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O preço que o Papa Francisco teve que pagar por essas palavras exigidas por Kirill é muito alto: a acusação de “traição” lançada aos católicos uniatas, sempre fidelíssimos a Roma. Mas o encontro de Francisco com o patriarca de Moscou vai muito além daquele de Paulo VI com Atenágoras. O abraço de Kirill tende sobretudo a acolher o princípio ortodoxo da sinodalidade, necessário para “democratizar” a Igreja Romana. No que diz respeito não à estrutura da Igreja, mas à substância da sua fé, o evento simbólico mais importante do ano será contudo a comemoração por Francisco do 500º aniversário da Revolução protestante, prevista para outubro próximo em Lund, Suécia. (Roberto de Mattei)<br />
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Por Roberto de Mattei| Tradução: Hélio Dias Viana – FratresInUnum<br />
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Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14743152816333758341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8169133520710863245.post-47812655220460841112016-02-25T08:54:00.001-03:002016-02-25T08:54:33.579-03:00Papa, “uniões civis”? Eu não me meto! “O que eu penso é o que pensa a Igreja. O Papa é para todos e não pode se meter em política. Este não é o papel do Papa”.<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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Papa Francisco todo à vontade no avião papal do México de volta à Itália. Das uniões civis (entre homossexuais) com as quais não se mete, aos casos em que a contracepção poderia ser tolerada; do sonho da viagem à China às acusações contra Donald Trump de não ser cristão, pelo fato de Trump querer construir um muro na fronteira (entre México e EUA), muitos foram os tópicos abordados.<br />
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Sobre as uniões civis (entre homossexuais): “Eu não sei como andam as coisas no Parlamento Italiano. O Papa não se intromete na política italiana”. Assim falou o Papa sobre o projeto de lei de uniões civis entre homossexuais. “Na primeira reunião que tive com os bispos no dia 13 de maio uma das coisas que eu disse foi: com o governo se arranjem vocês. Porque o Papa é para todos e não pode se meter na política concreta de um país. Isto não é o papel do Papa. E aquilo que eu penso é o que pensa a Igreja e tem se falado tanto sobre isso porque este não é o primeiro país que faz esta experiência, há muitos”.<br />
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Respondendo depois a uma segunda pergunta sobre o mesmo assunto, Francisco disse que não se lembrava bem do documento do Vaticano de 2003, o qual diz, entre outras coisas, que os parlamentares Católicos não devem votar a favor de tais leis. “Mas o parlamentar Católico – sublinhou – deve votar de acordo com sua consciência bem formada, eu diria apenas isso. Creio que que é o suficiente, eu digo bem formada.”<br />
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“Me recordo – acrescentou – quando foi votado o casamento entre pessoas do mesmo sexo em Buenos Aires. Eles estavam lá com os votos empatados e em uma discussão um deles sugeriu ao outro: bem, vamos lá votar porque se não formos não conseguiremos fazer o quórum. Enquanto outro dizia: mas se atingirmos um quórum damos o voto a Kirchner. E o primeiro: bem, eu prefiro dar a Kirchner do que a Bergoglio”. E para a frente! Isto não é consciência bem formada. No tocante às pessoas do mesmo sexo – rebateu- repito o que está no Catecismo da Igreja Católica”.<br />
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Falando depois das indicações feitas a nível internacional sobre o aborto e contracepção para evitar os danos do vírus Zika, Francisco recordou que “o aborto não é um mal menor, é um crime, é eliminar para salvar, e é o que faz a máfia: é um crime, é um mal absoluto. Sobre o mal menor, evitar a gravidez, falamos em termos de conflitos entre o quinto e o sexto mandamento. Paulo VI, o grande, em uma situação difícil na África, permitiu que as freiras usassem contraceptivos em casos de violência sexual”. Quando perguntado qual era seu sonho, o Papa Francisco respondeu sem hesitar um segundo: “China, ir lá, eu realmente gostaria”. E quando perguntado se os seus sonhos eram em espanhol ou italiano respondeu com um sorriso: “Eu vou te dizer que sonho em esperanto, eu não sei como responder, realmente. Às vezes sim, lembro-me, sonho em outro idioma. Mas sonhar em línguas não, sonhar figuras, a minha psicologia é assim, com palavras sonho pouco”.<br />
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Duríssima no entanto foi sua tomada de posição contra os bispos que acobertam padres culpados de pedofilia: “Um bispo que transfere um sacerdote de paróquia quando são detectados casos de pedofilia é um inconsciente e que deveria por isso apresentar sua renúncia”. Disse o Papa Francisco respondendo a repórteres no vôo de volta do México. Pedofilia – disse ele – é uma monstruosidade, porque um sacerdote que é consagrado a Deus subtrai um filho a Deus se o come em um sacrifício diabólico, o destrói “.<br />
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Resposta à distância depois sobre Donald Trump. “Uma pessoa que pensa em construir muros, quem quer que seja, não é cristão. Este não é o Evangelho”, disse Francisco aludindo às declarações do candidato à presidência dos EUA que planeja construir 2500 km de cerca ao longo da fronteira entre EUA e México e deportar 10 milhões de imigrantes ilegais. Católicos americanos devem votar nele? “Eu não me meto, apenas digo que este homem não é cristão, se ele diz essas coisas. É preciso ver se ele disse isso ou não. Sobre isso dou-lhe o benefício da dúvida.” Por sua vez, a resposta do magnata republicano veio logo: “O Papa é uma figura muito política. Para um líder religioso por em dúvida a fé de uma pessoa é vergonhoso. Eu sou orgulhoso de ser cristão e como presidente não vou permitir que a Cristandade continue sendo constantemente atacada e enfraquecida, assim como está acontecendo agora, com o atual presidente norte-americano”.<br />
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E na sua página do Facebook, Donald Trump também respondeu ao Papa:<br />
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Em resposta ao Papa:<br />
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Se e quando o Vaticano for atacado pelo ISIS, que como todos sabem é o troféu mais cobiçado pelo ISIS, eu posso assegurar- lhes que o Papa teria desejado e rezado para que Donald Trump fosse o Presidente, porque comigo isso não teria acontecido. ISIS já teria sido erradicado ao contrário do que está acontecendo agora com nossos políticos que são tudo conversa e nada de ação.<br />
<br />
O Governo Mexicano e sua liderança tem feito muitos comentários depreciativos sobre minha pessoa ao Papa, porque querem continuar a defraudar os Estados Unidos, tanto no comércio como na fronteira, e eles entendem que eu estou totalmente por dentro do que eles estão fazendo. O Papa só ouviu um lado da história – ele não viu o crime, o tráfico de drogas e o impacto negativo que as políticas econômicas atuais têm sobre os Estados Unidos. Ele não vê como a liderança mexicana é mais esperta que o Presidente Obama e nossa liderança em todos os aspectos da negociação.<br />
Para um líder religioso por em dúvida a fé de uma pessoa é simplesmente vergonhoso. Eu sou orgulhoso ser cristão e como presidente não vou permitir que a Cristandade continue sendo constantemente atacada e enfraquecida, assim como está acontecendo agora, com o atual presidente norte-americano.<br />
<br />
Nenhum líder, especialmente um líder religioso, deveria ter o direito de questionar a religião ou a fé de outro homem. Eles estão usando o Papa como um títere e eles deveriam ter vergonha de fazê-lo, especialmente quando tantas vidas estão envolvidas e quando a imigração ilegal está tão desenfreada.<br />
<br />
Donald J. Trump<br />
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<br />
Por ANSA | Tradução: Gercione Lima – FratresInUnum<br />
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Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14743152816333758341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8169133520710863245.post-75807048304194459442016-02-25T08:49:00.002-03:002016-02-25T08:49:58.488-03:00Microcefalia: o novo pretexto para o aborto.<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipDI3t02ywCbl3snVVIDaWShP_cI_4DrzeG5d8aLpNUjrP6Sir0RF_1wJ2g2iooMoN3IXvneGwCdhr0f6ExqIFrXDn1zzItfpYD325iaQtJm5fNPygK1c6JLhO_cxtu2aiIOHuERw4TfBH/s1600/aborto.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="410" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipDI3t02ywCbl3snVVIDaWShP_cI_4DrzeG5d8aLpNUjrP6Sir0RF_1wJ2g2iooMoN3IXvneGwCdhr0f6ExqIFrXDn1zzItfpYD325iaQtJm5fNPygK1c6JLhO_cxtu2aiIOHuERw4TfBH/s640/aborto.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
Neste setor de abortos há uma corrente forte da qual participam muitos médicos, que acreditam no dogma de Hitler. O aborto deu a algumas pessoas grande poder sobre a vida e sobre a morte. Aguardamos o tempo em que a mãe terá o direito de matar o seu filho até algumas horas depois do parto normal. Quando a criança nasce a mãe deve ter a possibilidade de olhar bem para ela e ver se corresponde à sua expectativa e resolver se ela deve continuar vivendo. Isto é o ideal, o sonho, naturalmente. Mas ainda estamos muito longe do tempo em que a sociedade em seu conjunto aceite uma coisa destas. Temos que ir muito devagar.<br />
<br />
Se se dissesse uma coisa destas logo no começo, quando entrou em vigor a Lei do Aborto, teria havido protestos, o público teria ficado horrorizado. Temos que conquistar nosso terreno centímetro por centímetro[1].<br />
<br />
As palavras acima foram pronunciadas por um farmacêutico, dono de um consultório de teste de gravidez em Londres. Foram gravadas secretamente pelos jornalistas Michael Litchfield e Susan Kentish, que investigavam o que ocorria nas clínicas de aborto logo após a sua legalização na Inglaterra (o “Abortion Act”, de 1967). Esta foi uma das vezes em que os jornalistas se depararam com uma simpatia entre os praticantes do aborto e as ideias nazifascistas. Digna de nota é a frase: “Temos que conquistar nosso terreno centímetro por centímetro”.<br />
<br />
No Brasil está acontecendo algo semelhante. Em abril de 2012, o Supremo Tribunal Federal julgou procedente o pedido da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental n. 54 (ADPF 54), deixando de considerar crime o aborto de crianças anencéfalas. Agora, com o surto do nascimento de crianças com o perímetro cefálico menor que 32 centímetros (microcefalia), fato este supostamente associado ao vírus zika, eis que aparece um grupo desejando pleitear na Suprema Corte o aborto de tais bebês de cabeça pequena[2]. E o advogado que defendeu a ignóbil causa do aborto de anencéfalos é hoje ministro do STF: Luís Roberto Barroso. Pode-se imaginar qual será o voto dele quanto à morte dos portadores de microcefalia…<br />
<br />
Uma jornalista portadora de microcefalia<br />
<br />
Não foi à toa que a jornalista Ana Carolina Cáceres, 24 anos, moradora de Campo Grande (MS), portadora de microcefalia, reagiu com indignação à notícia do plano de liberar o aborto de pessoas como ela. Eis o que ela disse em entrevista à BBC Brasil:<br />
<br />
Quando li a reportagem sobre a ação que pede a liberação do aborto em caso de microcefalia no Supremo Tribunal Federal (STF), levei para o lado pessoal. Me senti ofendida. Me senti atacada.<br />
<br />
No dia em que nasci, o médico falou que eu não teria nenhuma chance de sobreviver. Tenho microcefalia, meu crânio é menor que a média. O doutor falou: ‘ela não vai andar, não vai falar e, com o tempo, entrará em um estado vegetativo até morrer’.<br />
<br />
Ele – como muita gente hoje – estava errado.<br />
<br />
Meu pai conta que comecei a andar de repente. Com um aninho, vi um cachorro passando e levantei para ir atrás dele. Cresci, fui à escola, me formei e entrei na universidade. Hoje eu sou jornalista e escrevo em um blog.<br />
<br />
Escolhi este curso para dar voz a pessoas que, como eu, não se sentem representadas. Queria ser uma porta-voz da microcefalia e, como projeto final de curso, escrevi um livro sobre minha vida e a de outras 5 pessoas com esta síndrome (microcefalia não é doença, tá? É síndrome!).<br />
<br />
Com a explosão de casos no Brasil, a necessidade de informação é ainda mais importante e tem muita gente precisando superar preconceitos e se informar mais. O ministro da Saúde, por exemplo. Ele disse que o Brasil terá uma ‘geração de sequelados’ por causa da microcefalia.<br />
<br />
Se estivesse na frente dele, eu diria: ‘Meu filho, mais sequelada que a sua frase não dá para ser, não’.<br />
<br />
Porque a microcefalia é uma caixinha de surpresas. Pode haver problemas mais sérios, ou não. Acho que quem opta pelo aborto não dá nem chance de a criança vingar e sobreviver, como aconteceu comigo e com tanta gente que trabalha, estuda, faz coisas normais – e tem microcefalia.<br />
<br />
As mães dessas pessoas não optaram pelo aborto. É por isso que nós existimos[3].<br />
<br />
Uma sobrevivente de um aborto tentado<br />
<br />
Tatiana Alves Baliana, 34 anos, funcionária pública de Uberlândia (MG), sobrevivente de uma tentativa de aborto, dá o seguinte testemunho:<br />
<br />
Amados irmãos, peço-lhes um favor:<br />
<br />
Deitem em sua cama e aconcheguem em seus cobertores, edredons e lençóis.<br />
<br />
Durmam…<br />
<br />
De repente, vocês têm a sensação de perder o ar, ficam ofegantes, mas como saber se é sonho ou realidade?<br />
<br />
É a realidade e, estão perdendo o ar, não conseguem respirar e, até mesmo desfalecem…<br />
<br />
Têm a sensação de estar caindo em um abismo, mas de repente o ar volta!!!<br />
<br />
Ai, como é bom ter a sensação de respirar, sentir o ar encher os seus pulmões…<br />
<br />
Sensação de vida, né?<br />
<br />
Pois bem, lembram-se da falta de ar, da vontade constante de respirar e não poder? De cair em um abismo e não conseguir voltar?<br />
<br />
Sim, eu sei bem o que é isto, eu passei por isto…<br />
<br />
Passei por isto como uma criança indefesa que não tinha para onde ir ou correr…<br />
<br />
Nasci aos 5 meses e meio de gestação em um aborto provocado por sonda, onde esta sensação que vocês tiveram, eu tive, porém com um detalhe: nasci morta.<br />
<br />
Para a honra e glória da Santíssima Trindade, da Santíssima Virgem e de meu Santo Anjo da Guarda, eu comecei a me mexer e gritaram: O feto está vivo!<br />
<br />
Sim, eu era um feto, para os médicos, enfermeiras e técnicos de enfermagem, eu era apenas um feto lutando pela vida, após inúmeras tentativas de aborto, até a que culminou com o meu nascimento, abandono no hospital e a minha adoção.<br />
<br />
Portanto amados, se vocês acham que o aborto é direito da mulher, pois “meu corpo, minhas regras”, pensem no corpo e nas regras da criança que está sendo gestada.<br />
<br />
Só Deus sabe a minha missão e o motivo por que consegui sobreviver. Sou uma mulher feliz, pois tenho uma família maravilhosa, à qual só tenho a agradecer.<br />
<br />
Mas, eu sei o que sinto todas as vezes que vejo notícias de abortos, ou até fotos de instrumentos usados para este infanticídio. Sinto que sou eu que estou sendo abortada, que o que aconteceu no dia 29/10/1981 está acontecendo novamente, só que desta vez com outros instrumentos, outras formas e outros jeitos.<br />
<br />
Eu passei por isto, e não quero que nenhuma criança sofra o que eu sofri. Tente, coloque-se no lugar daquela criança. Tenho certeza que você não ficaria feliz de morrer de formas tão cruéis.<br />
<br />
Lembre-se: Deus deu a vida e somente Ele tem o poder para tirá-la.<br />
<br />
O primeiro inocente<br />
<br />
Infelizmente, o juiz Jesseir Coelho de Alcântara, célebre em Goiânia por autorizar abortos eugênicos, passou agora a defender publicamente o direito ao aborto de crianças microcéfalas. Eis suas palavras:<br />
<br />
Se houver pedido oportuno por alguma gestante no caso de gravidez com microcefalia e zika com comprovação médica de que esse bebê não vai nascer com vida, analogicamente a autorização judicial poderá ser concedida[4].<br />
<br />
Acontece que a microcefalia não é nenhuma sentença de morte logo após o parto. Normalmente tais crianças nascem vivas (que o diga Ana Carolina Cáceres), a menos que haja alguém que queira abortá-las.<br />
<br />
Embora o juiz Jesseir insista que o aborto deve ser avaliado “caso a caso” e que “é importante não banalizar”, não sei de um único caso em que esse magistrado tenha negado um pedido de aborto de deficientes.<br />
<br />
Segundo Ricardo Dip, Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo,<br />
<br />
é conhecido o emblemático episódio — difundido até pela indústria do cinema — em que um oficial nazista, durante os processos do Tribunal de Nuremberg, explicou a um seu colega, médico e militar norte-americano, que as atrocidades do nacional-socialismo germinaram a contar do dia em que se aceitou, sem resistência, matar o primeiro inocente[5].<br />
<br />
Conscientemente ou não, o juiz Jesseir, após ter autorizado a morte do primeiro inocente, tem conquistado centímetro por centímetro o terreno rumo ao aborto irrestrito e ao homicídio neonatal. Talvez ele venha a descobrir isso tarde demais…<br />
<br />
Anápolis, 15 de fevereiro de 2016. [www.providaanapolis.org.br]<br />
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Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz<br />
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[1] LITCHFIELD, Michael; KENTISH, Susan. Bebês para queimar: a indústria do aborto na Inglaterra. 6. ed. São Paulo, Paulinas, 1985, p. 52-54. Título original: Babies for burning: the abortion business in Britain. O “copyright” é de 1974.<br />
<br />
[2] Ricardo SENRA. Grupo prepara ação no STF por aborto em casos de microcefalia. BBC Brasil, 26 jan. 2016, in:http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/01/160126_zika_stf_pai_rs<br />
<br />
[3] Ricardo SENRA. ‘Sou plena, feliz e existo porque minha mãe não optou pelo aborto’, diz jornalista com microcefalia. BBC Brasil, 1 fev. 2016, in: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/02/160201_microcefalia_aborto_pontodevista_ss<br />
<br />
[4] Jesseir Coelho de ALCÂNTARA. Aborto em casos de microcefalia. O Popular, 2 fev. 2016, p.7.<br />
<br />
[5] Ricardo DIP. Os direitos humanos do neoconstitucionalismo: direito natural da pós-modernidade? Aquinate, n. 17 (2012), p. 14, in: http://www.aquinate.net/revista/edicao_atual/Artigos/17/C.Aq.17.Art.Dip.pp.13-27..pdf</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14743152816333758341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8169133520710863245.post-81028362988324501042016-02-25T08:41:00.004-03:002016-02-25T08:41:44.873-03:00Reflexões sobre temas da Sagrada Escritura: A inveja.<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0imw0QkvQvghupw8SO1FDkG7jk2lMPPxj66y48G0qlLsSMPZBJftZtU9318yMDjerBSSQK_EQDAZ7uy0NSuNPTZ3nr7IdfC0o-R6Ww15cBbkhT1SCjtWs3-KiO7og_LIupMQgst3zXqsQ/s1600/1977021_748351258542638_468269573_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0imw0QkvQvghupw8SO1FDkG7jk2lMPPxj66y48G0qlLsSMPZBJftZtU9318yMDjerBSSQK_EQDAZ7uy0NSuNPTZ3nr7IdfC0o-R6Ww15cBbkhT1SCjtWs3-KiO7og_LIupMQgst3zXqsQ/s640/1977021_748351258542638_468269573_n.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
“Por inveja do demônio entrou no mundo a morte, e experimentam-na os que são do partido dele” (Sab. II, 24 e 25)<br />
<br />
O que é a inveja? É uma espécie de tristeza profunda que se experimenta à vista do bem que se observa nos outros. É filha do orgulho, porque quando um está convencido da própria superioridade, entristece-se, ao ver que outros são tão bem ou melhor dotados que ele, ou que ao menos alcançam maiores triunfos. O invejoso não gosta de ouvir louvar os outros; e então procura-se atenuar esses elogios, criticando os que são louvados.<br />
<br />
Muitas vezes confunde-se a inveja com o ciúme. Mas há uma diferença, porque o ciúme é um amor excessivo do seu próprio bem, acompanhado do temor de que nos seja arrebatado por outros. Numa palavra podemos dizer: Tem-se inveja do bem de outrem; e tem-se ciúme do seu próprio bem.<br />
Agora, existe uma coisa que parece inveja, mas não o é; até pode ser uma coisa boa e agradável a Deus: é o que chamamos de EMULAÇÃO. É ela um sentimento louvável que nos leva a imitar, igualar, e, até se possível for, a sobrepujar as qualidades dos outros, mas por meios leais, e, até apoiando-se na graça de Deus, leva-nos também a igualar e até a sobrepujar as virtudes do próximo. Mas para ser uma coisa boa, ou seja uma emulação cristã, deve ser honesta no seu objeto, isto é, ter por objeto não os triunfos, senão as virtudes dos outros, para as imitar; deve ser nobre na sua intenção, não procurando triunfar dos outros, humilhá-los, dominá-los senão tornar-se melhor, se é possível, para que Deus seja mais honrado e a Igreja mais respeitada; deve ser também leal nos seus meios de ação, utilizando, para chegar a seus fins, não a intriga, a astúcia, ou qualquer outro processo ilícito, senão o esforço, o trabalho, o bom uso dos dons divinos.<br />
<br />
Vejamos algumas passagens da Sagrada Escritura em que o Espírito Santo fala da inveja: “Por inveja do demônio entrou no mundo a morte, e experimentam-na os que são do partido dele” (Sab. II, 24 e 25). Por isso Jesus Cristo disse que: ” O diabo é invejoso e homicida desde o início” ; “Deixando, pois, toda a malícia, todo o engano, dissimulações, invejas e toda sorte de detrações” (1 Pedro II, 1); “Não nos façamos ávidos da vanglória, provocando-nos uns aos outros e tendo inveja uns dos outros” (Gál. V, 26). “A caridade… não é invejosa” (1 Cor. XIII, 4).<br />
Assim podemos apontar alguns frutos diretos da inveja: ódio, detrações, discórdias, murmurações, traições e embargos a obras de zelo.<br />
<br />
Há na inveja uma baixa e louca malícia, que não se encontra nas outras paixões. Estas defendem-se com seus pretextos; têm em vista algum bem, ao menos aparente: o ambicioso quer honras, o avarento riquezas, o voluptuoso prazeres; tudo coisas que só são desordenadas pelo desregramento da vontade que as busca. Só a inveja não oferece nenhuma vantagem nem mesmo aparente; tudo nela é vergonha, sofrimento e perversidade.<br />
Quem tem sentimentos elevados, o espírito reto, e principalmente um pouco de caridade, desejaria que todos os homens fossem felizes; aflige-se com os que o não são; alegra-se, quando sabe que as obras de Deus prosperam através de outros. Infelizmente, até entre aqueles que normalmente deveriam estar isentos da peste da inveja, são por ela contaminados. Vede os discípulos de João Batista: Vão ter com ele, e dizem-lhe: “Mestre, aquele de quem vós destes testemunho, também batiza, e todos vêm a ele!” E, caríssimos, eis o espírito reto e santo do Precursor: … “Eu não sou o Cristo, mas fui enviado diante d’Ele”.. “Convém que Ele cresça e que eu diminua” (S. João, III, 26, 28 e 30). Eis a maldade da inveja: VÃO TODOS TER COM ELE! Mas, que mal vedes nisto? Dizem-vos acaso que é um falso profeta, que a sua doutrina é perigosa, que a sua direção é capaz de transviar. Não, antes pelo contrário.<br />
<br />
São João Crisóstomo julga que os escravos desta paixão são piores que os mesmos demônios; porque, diz o santo, perseguindo aos homens encarniçadamente, esses espíritos malfazejos poupam os outros demônios; ao passo que o homem invejoso se lança contra os seus semelhantes, e contra os que ele mais deveria amar.<br />
<br />
O próprio Espírito Santo na Sagrada Escritura mostra exemplos dos estragos desta paixão: Ela matou Abel; os irmãos de José (do Egito), pela inveja, desejam matá-lo, e vendem-no aos estrangeiros; a inveja lançou o profeta Daniel na cova dos leões; e foi também a inveja que crucificou a Nosso Senhor Jesus Cristo. É este vício que tem causado a maior parte dos cismas e das heresias. Simão Mago inveja aos Apóstolos o dom de comunicar o Espírito Santo; Tertuliano não pode tolerar que outrem lhe seja preferido para o episcopado; Novaciano não é elevado à sede de Roma, como ele esperava; Lutero não é eleito para pregar as indulgências: e daí que resultou? Todos o sabem. Muito tempo antes destes terríveis triunfos da inveja, tinha ela transformado Anjos em demônios. Ela tinha introduzido a morte no mundo, introduzindo nele o pecado. Que lágrimas tem feito derramar à Igreja, dividindo entre si os seus ministros, que deviam proteger-se uns aos outros, e que algumas vezes se têm despedaçado mutuamente, com grande escândalo das almas e proveito do inferno!<br />
<br />
E, no entanto, vício tão terrível, tão horroroso, tão maligno e diabólico é muito comum. Ninguém se admirará muito por descobrir o seu germe em tantos corações, se se considerar que não há paixão mais universal que a soberba, e que a primeira filha da soberba, é a vanglória, da qual nasce logo a inveja. Vejam como isto, infelizmente é verdade: Até depois da descida do Espírito Santo, num Clero tão puro e tão fervoroso, São Paulo acha invejosos: “É verdade que alguns pregam a Cristo por inveja…” (Fil. I, 15). Ah! caríssimos, se esta miserável paixão ousou manifestar-se num tempo em que o martírio era a recompensa ordinária do ministério sacerdotal; quem se admirará de que ela se haja introduzido até entre nós, clérigos e leigos?<br />
Caríssimos, quando formos comungar, isto é, receber o Deus de toda misericórdia, de toda humildade, supliquemos-Lhe que preserve a nossa alma de um paixão tão diabólica. Que Nosso Senhor Jesus Cristo nos dê um espírito de paz, de caridade de união para unidos procurarmos sempre e unicamente a maior glória de Deus. Amém!<br />
<br />
<br />
Por Padre Élcio Murucci</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14743152816333758341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8169133520710863245.post-84465938733836399602016-02-25T08:34:00.001-03:002016-02-25T08:34:29.656-03:00Paulo VI e o caso das freiras violentadas no Congo. O que o Papa jamais disse.<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSGML4TO7-_-0gL6KtKCiJ24TIdwUSSqTKMN6bL1bWdkfmlhIyAk6kBBCPUPjCWUIBU9YQzQBkyr_9emBZm49AmhF14Nt7Ap0G9ypg7MZlbsG5cf2m6OpqLvpy8oQbiec3p7LZtSYjKBEv/s1600/pvI.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSGML4TO7-_-0gL6KtKCiJ24TIdwUSSqTKMN6bL1bWdkfmlhIyAk6kBBCPUPjCWUIBU9YQzQBkyr_9emBZm49AmhF14Nt7Ap0G9ypg7MZlbsG5cf2m6OpqLvpy8oQbiec3p7LZtSYjKBEv/s640/pvI.jpg" width="640" /></a></div>
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<br />
Na pirotécnica conferência de imprensa no voo de regresso do México para Roma, o Papa Francisco entre outras coisas sacou a história segundo a qual “Paulo VI – o grande – em uma situação difícil, teria permitido às freiras na África, o uso de contraceptivos em casos de violência sexual “. Ele acrescentou que “para evitar a gravidez não é um mal absoluto, e em certos casos, como ao que referi do Beato Paulo VI, [que] foi claro.”<br />
<br />
Dois dias depois, até o padre Federico Lombardi se saiu com a mesma história, em entrevista à Rádio Vaticano realizada com o intuito de endireitar o que saiu errado nas declarações do Papa publicadas pelos meios de comunicação, e que interpretado com aparente sinal verde para os contraceptivos, já estavam cantando vitória.<br />
<br />
“O contraceptivo ou preservativo, especialmente em casos de emergência e gravidade, podem igualmente ser objeto de um discernimento de consciência sério. Isso diz o papa. […] O exemplo que [Francisco] fez de Paulo VI e da autorização para uso da pílula para as religiosas que estavam em risco muito sério e contínuo de violência sexual pelos rebeldes no Congo, naqueles tempos da tragédia da guerra do Congo, sugere que não era uma situação normal em que tal medida foi considerada ” .<br />
<br />
Agora, que Paulo VI tenha dado explicitamente aquela permissão é questionável. Ninguém jamais foi capaz de citar uma única palavra dele a esse respeito. No entanto, esta lenda urbana continua de pé por décadas, e no presente estão sendo usadas até mesmo por Francisco e seu porta-voz.<br />
<br />
Para reconstruir como é que esta história nasceu é necessário voltar não ao pontificado de Paulo VI, mas ao do seu antecessor, João XXIII.<br />
<br />
Era o ano 1961, e a questão : “se era lícito para as freiras em perigo de serem estupradas recorrer aos contraceptivos, em uma situação de guerra como aquela que assolava o Congo”, foi submetida a três teólogos morais de autoridade:<br />
<br />
– Pietro Palazzini, então secretário da Sagrada Congregação do Conselho que depois se tornou cardeal;<br />
<br />
– Francesco Hurth, professor jesuíta na Pontifícia Universidade Gregoriana;<br />
<br />
– Ferdinando Lambruschini, professor da Pontifícia Universidade Lateranense.<br />
<br />
Os três juntos formularam as suas opiniões em um artigo na revista do Opus Dei “Estudos Católicos”, número 27, 1961, pp. 62-72, sob o título: “Uma mulher pergunta:.. Como negar-se à violência? Moral exemplificada. Um debate”<br />
<br />
Todos três eram a favor de se admitir a legalidade desse ato, embora com argumentos diferentes entre eles. E este parecer favorável não só passou ileso, sem qualquer consideração submissa ao Santo Ofício, mas tornou-se doutrina comum entre os moralistas católicos de todas as escolas.<br />
<br />
Em 1968, Paulo VI publicou a encíclica “Humanae Vitae”, que condenou como “intrinsecamente má toda a ação que, ou em previsão do ato conjugal, ou durante a sua realização, quer no desenrolar das suas consequências naturais, se proponha, como fim ou como meio, tornar impossível a procriação “. E essa condenação foi posteriormente publicada em 1997, com as mesmas palavras, no Catecismo da Igreja Católica.<br />
<br />
Mas, mesmo após a publicação da “Humanae Vitae”, a legalidade do hipotético comportamento das freiras congolesas continuou a ser pacificamente admitida sem que Paulo VI e seus sucessores dissessem uma palavra a esse respeito.<br />
<br />
Aliás, de fato em 1993, no pontificado de João Paulo II, essa questão voltou mais uma vez ao centro das atenções, desta vez não por causa da guerra no Congo, mas na Bósnia. O teólogo moral que naquele ano se tornou porta-voz de autoridade para a doutrina comum em favor da legalidade foi o jesuíta Giacomo Perico, com um artigo na revista “La Civiltà Cattolica” impresso com o imprimatur das autoridades do Vaticano, com o título: “O estupro, o aborto e anticoncepcionais. “<br />
<br />
Na verdade, a controvérsia entre os moralistas, a partir de então e até hoje, não diz respeito à legalidade do ato em questão, mas aos fundamentos desta legalidade.<br />
<br />
Há quem retém a legalidade deste ato como uma “exceção” a qual poderiam ser associadas outras, avaliando-se caso a caso, e invalidando assim o status de “intrinsecamente mau” – e, assim, sem exceção – poderia ser aplicada à “Humanae vitae “no que diz respeito à contracepção.<br />
<br />
E há aqueles que consideram o comportamento das freiras congolesas ou bósnias como um ato de legítima defesa contra os efeitos de um ato de violência que não tem nada a ver com o ato sexual livre e voluntário do qual se deseja excluir a procriação, que é o único sobre o qual recai a sentença – sem exceção – da ” Humanae vitae” .<br />
<br />
O estudioso que reconstruiu com mais clareza o choque entre essas duas correntes é Rhonheimer Martin, professor de ética e filosofia política na Universidade Pontifícia da Santa Cruz, no livro “Ética da procriação e da defesa da vida humana”, Universidade Católica de Imprensa Americana, Washington, 2010, nas páginas 133-150.<br />
<br />
Na opinião de Rhonheimer é a segunda tese, a mais fiel ao Magistério da Igreja, enquanto a primeira, tipicamente casuística e ” proporcionalista”, é uma crítica à “Veritatis Splendor”, a encíclica de João Paulo II sobre a teologia moral.<br />
<br />
Mas, curiosamente, é precisamente sobre essa primeira tese que parecem se inclinar tanto o Papa Francisco, na conferência de imprensa em 17 de fevereiro, como ainda mais o padre Lombardi na entrevista de 19 a Rádio Vaticano.<br />
<br />
Tanto um como o outro, de fato, fazem uma distinção entre o aborto, um mal absoluto que não admite nenhuma exceção, e a contracepção, que segundo o que – eles dizem – “não é um mal absoluto”, mas “um mal menor” e, portanto, pode ser permitido em “casos de emergência ou situações especiais”.<br />
<br />
Padre Lombardi cita uma outra destas exceções permitidas: o uso do preservativo em situações de riscos de contágio da AIDS, comentado por Bento XVI em seu livro-entrevista “Luz do Mundo”, em 2010.<br />
<br />
Mas, de fato, isso também é reduzido a um caso de exceção. Ignorando a nota de esclarecimento – de parecer bem diferente – que a Congregação para a doutrina da fé, dando voz ao Papa Bento, publicou em 21 de dezembro de 2010, com relação à polêmica que explodiu como resultado daquele livro.<br />
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Por Sandro Magister | Tradução: Gercione Lima – FratresInUnum.com<br />
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Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14743152816333758341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8169133520710863245.post-44872841089395828162016-02-25T08:18:00.002-03:002016-02-25T08:18:25.720-03:00O Anticristo<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgh5_S5JOXjv29cBYcj8TSsSez529zVtZ5UQ18kb_7jkbE7EETN0VJrcw6sbanBurGwMviwbbwkIVESKPR6QIxshURBNQB97MaRfDiPeQvQIFbg8hnE8iu3ya9Ie02FxvVx4VXiUuyGJalM/s1600/anticristo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="328" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgh5_S5JOXjv29cBYcj8TSsSez529zVtZ5UQ18kb_7jkbE7EETN0VJrcw6sbanBurGwMviwbbwkIVESKPR6QIxshURBNQB97MaRfDiPeQvQIFbg8hnE8iu3ya9Ie02FxvVx4VXiUuyGJalM/s640/anticristo.jpg" width="640" /></a></div>
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Como será o Anticristo? Sabemos que, em Paulo, nas cartas de João e no Apocalipse, existem espalhados por toda parte vários avisos prévios de uma realidade na tradição cristã identificada como (e eu vou citar um livro de Teologia) “o príncipe do mal que virá e reinará sobre o mundo no fim dos tempos, antes do retorno definitivo do Filho do homem estabelecer os novos céus e nova terra”.<br />
<br />
Em muitas eras, os crentes pensaram identificar com aquela misteriosa figura algum personagem histórico sanguinário: Nero, Átila, Napoleão, Lenin, Stalin e Hitler.<br />
<br />
No entanto, há também uma tradição cristã, mesmo se minoriatária, que coloca o perigo do Anticristo (“homem do pecado” e “filho da perdição” de São Paulo) não em violência e sangue, mas no mimetismo dissimulado de uma persuasiva e convidativa realidade. O livro de Robert H. Benson, de 1907, O Senhor do Mundo, só recentemente foi traduzido para o italiano e nele o grande adversário de Jesus se apresenta sob o disfarce de “humanista”, um mestre da tolerância, pluralismo, irenismo e ecumenismo; [Ele é] um corruptor sorridente, mais do que um antagonista estridente do Evangelho; um anulador de dentro mais do que um assaltante do exterior.<br />
<br />
Talvez, até agora, poucos souberam que alguns anos mais tarde, em 1916, a mesma tese foi reproposta por Carl Schmitt. Schmitt morreu em 1985 com quase 100 anos de idade, e está entre os que mais vamos ouvir a respeito nos próximos anos: já há uma indicação exata disto (aumentando a cada dia) na esmagadora bibliografia de sua obra, que foi por décadas reprimida e exorcizada, uma vez que ele era, de fato, suspeito de nacional-socialismo. Na realidade, este brilhante jurista alemão e especialista em política foi rapidamente descartado pelo Terceiro Reich (no qual, inicialmente, ele viu tão bem o cumprimento de alguns pontos de sua teoria política) na medida em que ele foi acusado de “insuficiente e superficial anti-semitismo ” e acima de tudo por causa de suas “corrupções católicas”.<br />
<br />
Na realidade – como estudos recentes têm confirmado – o catolicismo de Schmitt não era simplesmente cultural e determinado por seus estudos de juventude em escolas religiosas, mas foi uma fé professada e vivida até o fim. O que torna este pensador tão inquietantemente fascinante (redescoberto agora ainda por ex-esquerdistas, em sua busca confusa por “mestres”, após o colapso de todos os seus pontos de referência) é que ele inseriu [no seu trabalho] com o realismo maquiavélico e hobesiano, temas religiosos como culpa, redenção, salvação, Cristo e o Anticristo. Foi dito que fazia uma espécie de “teologia política”, embora para aqueles que o leiam atentamente, o seu trabalho seja, talvez, “política teológica”: uma discussão sobre a ordem humana das coisas, 1) por ter também em conta o transcendente e 2) por um confronto com a história, com a consciência de que não é o quadro geral, mas está destinada a fluir para um mistério que vai muito além dela.<br />
<br />
A partir de 1916, como militar no exército bávaro, o Carl Schmitt de 28 anos de idade, começou suas reflexões sobre o Anticristo, com um livro dedicado ao Nord-licht (“Luzes do Norte” ou seja, “a aurora”) por Theodor Däubler. O jovem Schmitt, nestas páginas, cita um texto que ele encontrou em “Latin Sermo de fine mundi” de Santo Efrém. Vale a pena citar o original daquela passagem realmente singular, segundo a qual, o grande enganador irá provocar a apostasia de muitos antes da definitiva vitória de Cristo «erit omnibus subdole placidus, munera non suscipiens, personam non praeponens, amabilis omnibus, quietus universis, xenia non appetens, affabilis apparens in proximos, ita ut beatificent eum omnes homines dicentes: Justus homo hic est!». O que significa dizer: “dissimuladamente, ele vai agradar a todos, ele não vai aceitar cargos ou funções, ele não vai mostrar favoritismo para com as pessoas, vai ser amável para com todos, calmo em todas as coisas, irá recusar presentes, parecerá afável com o próximo, e assim, todos irão elogiá-lo exclamando: ‘Eis um homem justo!'”. Este trecho, do latim de São Efrém, tem uma perspectiva inquietante: o anticristo sob o disfarce enganoso de “um homem de diálogo”; um pacífico, contido, honesto “humanista”? É precisamente a essa identidade do adversário que Schmitt parece favorável: para ele, o Anticristo surgirá a partir de uma sociedade semelhante ao Ocidente moderno, em que: “os homens são pobres diabos que sabem tudo e não acreditam em nada”; uma sociedade onde “os mais novos e as coisas mais importantes são secularizadas: beleza tornou-se o bom gosto, a Igreja é uma organização pacifista e no lugar da distinção entre o bem e o mal, o que é útil e prejudicial.”<br />
<br />
Em tal cultura, o dissimulado, “dialogador” Anticristo fará crer que a salvação depende de certezas sociais e de desenvolvimento. Acima de tudo, (e esta é uma das intuições mais inquietantes do ainda jovem Schmitt), o Anticristo não será um materialista, nem um inimigo da religião: antes,”ele irá prover para todas as necessidades, incluindo aquelas de ordem espiritual”.<br />
<br />
Ele irá satisfazer o desejo do homem para a transcendência, falando sobre espiritualidade, propondo uma “religião da humanidade”, onde todos estão de acordo com tudo e onde qualquer divergência é banida, e, acima de tudo, qualquer dogma é visto como um mal radical.<br />
<br />
No momento da sua escrita, logo no início do século 20, a prospectiva de Schmitt passou praticamente despercebida, parecendo decididamente improvável. No entanto, não é talvez o caso de refletir sobre isso hoje, quando o que está nos ameaçando, na esfera religiosa, certamente não é mais a intolerância, mas se alguma coisa, o seu oposto: a “tolerância” que se transforma em indiferença, recusando-se a considerar as várias religiões como algo mais do que uma forma única (diferenciadas apenas por fatores históricos e geográficos) de venerar o mesmo, idêntico Deus? Onde o “inimigo” não é mais velho, honesto materialismo, mas talvez, um insidioso “humanitário” espiritualismo?<br />
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[Do livro Pensare la storia,San Paolo, Milan 1992, p. 517-519]<br />
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* Nosso agradecimento a um caro amigo pela tradução gentilmente providenciada para o Fratres.Por Vittorio Messori | Tradução: FratresInUnum.com*<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihtURIq_5PEwOkyUBpkRmKQyggpnpBRmq7iqiZ5MjkEcPeSrzvGZg817rgPj_LNMH_bhgox8XUDwkF54ra3QUQ3qYwUWHC6MTNPdOhWJzIcQsbls_3yvvDOGmt8euPXdlrqt2T9spwtRnk/s1600/mtereza.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="354" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihtURIq_5PEwOkyUBpkRmKQyggpnpBRmq7iqiZ5MjkEcPeSrzvGZg817rgPj_LNMH_bhgox8XUDwkF54ra3QUQ3qYwUWHC6MTNPdOhWJzIcQsbls_3yvvDOGmt8euPXdlrqt2T9spwtRnk/s640/mtereza.jpg" width="640" /></a></div>
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O jornal Avvenire, da Conferência Episcopal Italiana informou ontem que a Beata Madre Teresa de Calcutá seria declarada Santa em setembro de 2016, durante o Ano Santo da Misericórdia.<br />
<br />
Avvenire assinalou em sua edição de ontem que “a agência de notícias Agi, inicialmente tinha informado a data (da canonização) para o dia 5 de setembro, mas parece mais provável que a cerimônia aconteça no domingo 4 de setembro”.<br />
<br />
Em declarações ao Grupo ACI, ontem, o Subdiretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Pe. Ciro Benedettini, explicou que “estão estudando um projeto” sobre a futura canonização da Madre Teresa.<br />
<br />
Embora não tenha confirmado a data que assinala a mídia italiana, Pe. Benedettini indicou que é necessário que a causa conclua e que o Papa aprove a canonização da querida religiosa de origem albanesa.<br />
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Deste modo, Pe. Benedettini afirmou que não pode confirmar se, como indicam alguns meios italianos, os cardeais se reunirão em dezembro para falar a respeito deste tema.<br />
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Os rumores da canonização da Beata albanesa começaram após a publicação do calendário oficial para o Jubileu da Misericórdia. Este Ano Jubilar começará no dia 8 de dezembro de 2015, Solenidade da Imaculada Conceição, e terminará no dia 20 de novembro de 2016, Solenidade de Cristo Rei do Universo.<br />
<br />
Conforme o calendário publicado pela Santa Sé, no domingo 4 de setembro de 2016, será celebrada uma jornada intitulada “Jubileu dos voluntários e operadores da misericórdia”, em memória da Beata Madre Teresa, cuja festa se celebra no dia seguinte, 5 de setembro.<br />
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No último 5 de maio, durante a apresentação oficial do Jubileu da Misericórdia, Dom Rino Fisichella, principal responsável pelo evento e Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, afirmou: “Atualmente, quem poderia ser mais reconhecida do que a Madre Teresa como aquela que viveu as obras de misericórdia? Quem seria mais capaz do que ela de sustentar o compromisso de milhões de pessoas, homens, mulheres, jovens que nas diversas formas de voluntariado que expressam a misericórdia da Igreja?”.<br />
<br />
“Quantas associações vivem esta missão? Por que não o 4 de setembro como uma oportunidade de encontro entre eles? Não vejo a dificuldade de que isso aconteça”, disse naquela ocasião.<br />
<br />
Durante mais de 45 anos, Madre Teresa atendeu os pobres, doentes, órfãos e moribundos da Índia. Ao mesmo tempo, ela impulsava o crescimento da sua congregação, as Missionárias da Caridade. Morreu em 1997, aos 87 anos de idade, em Calcutá, na Índia.<br />
<br />
O milagre que requeria sua beatificação aconteceu em 1998, quando Mônica Besra, uma mulher que tinha um tumor maligno no abdômen ficou curada de maneira inexplicável. Esta mãe de cinco filhos, relatou que foi acolhida em Roma pelas Missionárias da Caridade depois de terem sido suspensos todos os cuidados médicos.<br />
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No dia 19 de outubro de 2003, o Papa São João Paulo II, grande amigo da religiosa, a beatificou na Praça de São Pedro no Vaticano.<br />
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Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14743152816333758341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8169133520710863245.post-31193531930218826362015-11-21T10:40:00.004-02:002015-11-21T10:40:54.329-02:00Jihadistas se apresentam como “alternativa” ´para uma Europa sem alma nem identidade cristã<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimRMl1EYMqd7PU84iYGIWwlEZ7VaMi7XjjH9hqVPtw1vGEW0L99T-M3nKhfNn8dsl1l1ZHU4t6EZb2Ao0qAyWxhKAYmTfQEr7xk8hNte_MN_8jtPvJH4wJr_J0NqZJKOEIrE5kYVDRo79Y/s1600/extremis.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="354" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimRMl1EYMqd7PU84iYGIWwlEZ7VaMi7XjjH9hqVPtw1vGEW0L99T-M3nKhfNn8dsl1l1ZHU4t6EZb2Ao0qAyWxhKAYmTfQEr7xk8hNte_MN_8jtPvJH4wJr_J0NqZJKOEIrE5kYVDRo79Y/s640/extremis.jpg" width="640" /></a></div>
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Após os recentes atentados terroristas de Paris, o Bispo de San Sebastián (Espanha), Dom José Ignacio Munilla, explicou que diante de uma Europa sem alma cristã e de um Ocidente sem identidade espiritual alguma, os terroristas do Estado Islâmico se apresentam como uma espécie de “alternativa”.<br />
<br />
O Prelado disse que “os jihadistas se deparam com uma Europa que perdeu sua alma cristã”. “Eles se apresentam como uma alternativa ante um Ocidente que tem seus dias contados, com uma debilidade muito grande em sua identidade. Corremos o risco de ser fagocitados”.<br />
<br />
Dom Munilla assegurou que a invasão dos Estados Unidos ao Iraque e o apoio da Espanha “serviu que caldo de cultivo de um fundamentalismo islâmico que antes não existia” pois não contaram com o fator religioso e que, portanto, Estados Unidos ficou “sem autoridade moral” para intervir agora.<br />
<br />
Em sua reflexão durante um programa de rádio, o Prelado insistiu que os cristãos devem ter “um plus” de generosidade, o que não significa deixar “nossas obrigações para que o jihadismo não venha a se aproveitar disso”.<br />
<br />
O Bispo recordou também as palavras do Cardeal espanhol Antonio Cañizares que foram duramente criticadas, nas quais perguntava se “todo trigo era limpo” entre os refugiados que entram na Europa.<br />
<br />
Nesse sentido, o Prelado apontou que se trata de uma consideração que não é nova já que o Arcebispo de Mosul já enviou meses atrás uma advertência sobre a infiltração de terroristas na Europa em meio aos refugiados que buscam recomeçar sua vida no velho continente.<br />
<br />
Ademais, o ministro do Interior, Jorge Fernández Díaz, também alertou de que os serviços de inteligência temiam que os jihadistas se camuflassem entre os refugiados.<br />
<br />
O próprio Papa Francisco reconheceu em uma entrevista que pode haver um perigo de infiltração entre os refugiados, mas animou a acolhê-los “tal qual eles chegam”.<br />
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Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14743152816333758341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8169133520710863245.post-25745927688907448202015-11-21T10:38:00.000-02:002015-11-21T10:38:03.442-02:00Igreja celebra hoje a Apresentação de Nossa Senhora no Templo<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpYgYuFN_-MCRt79SmiK5bSfdA1WOYso0eKYw6l9864wCeH4vm6U8jRFH_TtVdaOVxj3ypD7K6KyeCw2MvD1Io6OEgdF8_QKaP54uxw3WDR3FLNMHKs9h-5W6F79uVhrTFcaYRhW6CjHcj/s1600/APRESENTA%25C3%2587%25C3%2583O+MARIA.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpYgYuFN_-MCRt79SmiK5bSfdA1WOYso0eKYw6l9864wCeH4vm6U8jRFH_TtVdaOVxj3ypD7K6KyeCw2MvD1Io6OEgdF8_QKaP54uxw3WDR3FLNMHKs9h-5W6F79uVhrTFcaYRhW6CjHcj/s640/APRESENTA%25C3%2587%25C3%2583O+MARIA.jpg" width="344" /></a></div>
Neste dia 21 de novembro, a Igreja celebra a Apresentação de Nossa Senhora no Templo e por isso também realiza a “Jornada Pro Orantibus”, dia em que os fiéis são convidados a dar graças ao Senhor por aqueles e aquelas que entregam sua vida a Deus nos conventos de clausura.<br />
<br />
Segundo a tradição, a menina Maria foi levada a Templo por seus pais para que integrasse o grupo de donzelas que ali eram consagradas a Deus e instruídas na piedade.<br />
<br />
Segundo o “Proto-Evangelho de São Tiago”, uma fonte cristã que não está incluída no Canon da Bíblia, a Virgem foi recebida pelo sacerdote, que a abençoou e exclamou: “O Senhor engrandeceu seu nome por todas as gerações, pois ao fim dos tempos manifestará em ti sua redenção aos filhos do Israel”.<br />
<br />
No século VI já se celebrava esta Festa no Oriente. Em 1372, o Papa Gregório XI a introduziu no Aviñón e, posteriormente, o Papa Sixto V a estendeu a toda a Igreja.<br />
<br />
Nesta data também se recorda a Dedicação da Igreja da Santa Maria Nova, no ano 543, que foi edificada perto do Templo de Jerusalém.<br />
<br />
Na Liturgia das Horas, lê-se:<br />
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“Neste dia da solene consagração da igreja de Santa Maria Nova, construída junto ao templo de Jerusalém, celebramos com os cristãos do Oriente aquela consagração que Maria fez a Deus de si mesma desde a infância, movida pelo Espírito Santo, de cuja graça ficara plena na sua imaculada conceição”.<br />
<br />
Em 21 de novembro de 1953, o Papa Pio XII instituiu este dia como a “Jornada Pro Orantibus”, em honra às comunidades religiosas de clausura.<br />
<br />
Na Audiência Geral da última quarta-feira, 18, o Papa Francisco recordou esta data e pediu “que não falte a nossa proximidade espiritual e material para que as comunidades de clausura possam realizar sua importante missão, na oração e no silêncio operoso”.<br />
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Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14743152816333758341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8169133520710863245.post-78739072212547019072015-11-21T10:32:00.001-02:002015-11-21T10:32:12.543-02:00Estados Unidos pede que seus cidadãos evitem visitar o Vaticano devido a um possível ataque<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvHpLxIF_LDh8eaPvGp0OXfXLhwmwFuwzYyIktivjKU2tz36C9RMI52M3G-ZsHgkWkxzQbhQ_cXHZCQUxjLJtnt1_W93RpoP6XScR_qA_VAA5jMBiky5SebO5Iq1YXKeVIOo2T94kAVKV5/s1600/pra%25C3%25A7a+sp.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="418" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvHpLxIF_LDh8eaPvGp0OXfXLhwmwFuwzYyIktivjKU2tz36C9RMI52M3G-ZsHgkWkxzQbhQ_cXHZCQUxjLJtnt1_W93RpoP6XScR_qA_VAA5jMBiky5SebO5Iq1YXKeVIOo2T94kAVKV5/s640/pra%25C3%25A7a+sp.jpg" width="640" /></a></div>
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<br />
A Embaixada dos Estados Unidos em Roma (Itália) emitiu um boletim alertando seus cidadãos sobre possíveis ataques terroristas, advertindo que um dos possíveis alvos seria a Basílica de São Pedro, na Cidade do Vaticano.<br />
<br />
Em seu comunicado de 18 de novembro, a embaixada americana assinalou que identificaram alguns lugares “como potenciais alvos de ataques terroristas em Roma e Milão”.<br />
<br />
Além da Basílica de São Pedro, na alerta figuram o Duomo (a Catedral) e o Teatro La Scala de Milão.<br />
<br />
As autoridades americanas advertiram ainda que “lugares gerais tais como igrejas, sinagogas, restaurantes, teatros e hotéis em ambas as cidades são possíveis alvos também”.<br />
<br />
“Os grupos terroristas poderiam utilizar métodos similares aos usados nos recentes ataques de Paris (França)”, assinalou a embaixada dos Estados Unidos na Itália.<br />
<br />
As autoridades italianas, informou o comunicado, já estão cientes destas ameaças.<br />
<br />
A embaixada americana pediu ainda que os cidadãos permaneçam atentos ao seu entorno e à informação local e toma-los em conta durante suas atividades e planos de viagem.<br />
<br />
Depois dos ataques reivindicados pelo Estado Islâmico em Paris na sexta-feira passada, a Itália elevou seu alerta de segurança ao nível 2, o maior possível sem um ataque direto no país. A segurança na Cidade do Vaticano também foi reforçada.<br />
<br />
Entrevistado no dia 15 de novembro pelo jornal francês La Croix, o Cardeal Pietro Parolin, Secretário de estado do Vaticano, assegurou que o Vaticano não se deixará “paralisar pelo medo” depois das ameaças de terroristas e que a agenda do Papa permanece a mesma.<br />
<br />
“O que ocorreu na França ilustra, de uma forma mais contundente, que ninguém pode considerar que está livre do terrorismo”, disse o Cardeal, e assinalou que efetivamente “o Vaticano pode ser um alvo devido ao seu significado religioso”.<br />
<br />
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Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14743152816333758341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8169133520710863245.post-25237452980919938902015-11-21T10:25:00.002-02:002015-11-21T10:25:47.310-02:00Vaticano detalha como será a viagem do Papa Francisco a uma zona de conflito na África<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiebNmVzHiQb8KRx0kkfxdmF_n1wgWrWttEPsS4TPwnr84g7FK3cdjUzjP6GOdgV7yHQVYGpLRgGrdQZAXR_8OPCKTWAYzeGmTcWQpwQbiAM_JO79MaWDmr8yvVHnch4A1lrJmzeL7ISPFq/s1600/FranciscoAvion.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="354" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiebNmVzHiQb8KRx0kkfxdmF_n1wgWrWttEPsS4TPwnr84g7FK3cdjUzjP6GOdgV7yHQVYGpLRgGrdQZAXR_8OPCKTWAYzeGmTcWQpwQbiAM_JO79MaWDmr8yvVHnch4A1lrJmzeL7ISPFq/s640/FranciscoAvion.jpg" width="640" /></a></div>
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<br />
O Diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Pe. Federico Lombardi, explicou ontem pela manhã em conferência de imprensa os detalhes da viagem que o Papa Francisco realizará à África do 25 aos 30 de novembro, no qual está incluída a República Centro-africana, um país devastado pela guerra.<br />
<br />
Dias atrás, as forças armadas da França alertaram o Vaticano sobre o “alto risco” da visita do Papa à República Centro-africana e a imprensa francesa informou que a administração Hollande procura convencer a Santa Sede a encurtar ou anular a visita a essa nação.<br />
<br />
Falando sobre este tema, o subdiretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Pe. Ciro Benedettini, assinalou em 12 de novembro que “esta é uma decisão que deve tomar o Papa. Ao menos, até ontem e anteontem, nossa linha era que se não houver nada, (o Santo Padre) irá” à República Centroafricana.<br />
<br />
Na coletiva de imprensa, ao ser perguntado sobre a segurança do Santo Padre, Pe. Lombardi disse que “não há situações específicas. As autoridades do Vaticano estão trabalhando com as locais. Sabemos que na República Centro-africana há tropas da ONU e da França. O Papa não está particularmente preocupado por sua própria segurança, está mais preocupado pela dos outros”.<br />
<br />
O sacerdote disse também que não há problema com o toque de silêncio vigente no país e disse que “se houver um evento (durante a visita do Papa) é porque tudo para que se realize já está previsto”.<br />
<br />
Em sua primeira viagem à África, disse o Pe. Lombardi, “o Papa é quem decide ir à República Centro-africana e o programa segue assim. Todos nos orientamos desse modo e o estado atual é que iremos”.<br />
<br />
Reconhecendo algumas limitações do país como a possibilidade de que não haja conexão à Internet ou que os meios de comunicação provavelmente se reduzam ao telefone, o sacerdote jesuíta disse a própria equipe do Vaticano o está tomando como uma aventura.<br />
<br />
Depois de assinalar que não tem informação sobre o fato de que ordenou-se que o Papa utilize um colete a prova de balas, o porta-voz afirmou que o Pontífice “se transladará sempre em um papamóvel aberto”. O diretor da Sala de Imprensa do Vaticano disse que está atento aos fatos que estão se desenvolvendo após os atentados de Paris no dia 13 de novembro, e que o discurso e o trato do Papa para com os muçulmanos não mudará em nada.<br />
<br />
O sacerdote disse ainda que “não vejo que modifique a mensagem de sempre, do diálogo nem o empenho comum da paz, de construir pontes, de formar uma sociedade comum para participar juntos, no respeito pelas pessoas e o respeito a outros”.<br />
<br />
“O Papa o disse, não se pode usar o nome de Deus em nome da violência porque isso é uma blasfêmia. Não muda a mensagem mas pode mudar a percepção e a intensidade com o que se vive”, acrescentou.<br />
<br />
Sobre o idioma que usará o Pontífice, o Pe. Lombardi detalhou que será a primeira vez em seu pontificado que o Papa pronunciará um discurso em francês. Os demais discursos breves serão em italiano com interpretação simultânea.<br />
<br />
O Santo Padre visitará um campo de refugiados onde estão 200 mil pessoas. Ali escutará o testemunho de uma mulher.<br />
<br />
O Pontífice terá ainda um encontro inter-religioso e na Catedral do Bangui, como ele mesmo disse há uns dias, abrirá a Porta Santa no dia 29 de novembro por ocasião do Ano da Misericórdia que começa oficialmente em Roma em 8 de dezembro.<br />
<br />
Na República Centro-africana os franceses têm um contingente de 900 soldados da chamada operação Sangaris que vigiam o aeroporto de Bangui, enquanto que a segurança de todo o país está em mãos da missão Minusca da ONU, integrada por 9.000 soldados e 1.500 policiais, que não são suficientes para manter a paz entre o grupo radical muçulmano Seleka e o Anti-Balaka, este último formado por cristãos e animistas.<br />
<br />
Quênia<br />
<br />
No Quênia o Papa Francisco pronunciará um de seus discursos em espanhol. Nesse país, precisamente na capital Nairobi, o Santo Padre visitará uma das zonas mais pobres do lugar, onde vivem 700 mil pessoas.<br />
<br />
Nessa localidade está a Paróquia São José Operário cuidada pelos jesuítas, onde há muita atividade social e no campo da saúde, incluído um centro de ajuda para pessoas com AIDS.<br />
<br />
O Papa se reunirá com duas mil pessoas desta região do Nairobi e espera-se que participem aqueles que impulsionam o trabalho e a reafirmação da dignidade da pessoa.<br />
<br />
No encontro com os jovens, que deve reunir entre 60 e 70 mil pessoas, o Papa confrontará a dura realidade das jovens gerações quenianas que em abril deste ano ficaram impactadas com o massacre na Universidade de Garissa, onde terroristas muçulmanos assassinaram a 140 estudantes cristãos na quinta-feira Santa.<br />
<br />
Uganda<br />
<br />
Em Uganda o Papa visitará um santuário dedicado a um grupo de mártires e se espera que esse dia haja uma multidão de 200 mil pessoas acompanhando o Pontífice.<br />
<br />
Para o encontro com os jovens espera-se 100 mil pessoas. Entre os testemunhos haverá o de um jovem que foi sequestrado e torturado; e é possível que um jovem portador do vírus de HIV também dê seu testemunho.<br />
<br />
Em Uganda, onde as 278 instituições da Igreja realizam um grande trabalho na área da saúde, o Papa Francisco visitará uma obra de caridade onde os primeiros missionários iniciaram a evangelização deste país africano.<br />
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Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14743152816333758341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8169133520710863245.post-55949849859829579682015-11-21T10:21:00.001-02:002015-11-21T10:21:01.682-02:00Parisinos lotam as igrejas da capital para rezar após atentados terroristas<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiR3Z0vY2XzJ0Tkr6xLT90GY4ruiYBuZAc17pY4RNs7Zhqt38MpGsxBeT5I2n5hROTN1rOiahctop66Te320aLF1LY4VEF1JlQFN6xwEsPYIzs5aCqyyNn22lwmyZVwMFFyJWNtP4li-Kti/s1600/missaat.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiR3Z0vY2XzJ0Tkr6xLT90GY4ruiYBuZAc17pY4RNs7Zhqt38MpGsxBeT5I2n5hROTN1rOiahctop66Te320aLF1LY4VEF1JlQFN6xwEsPYIzs5aCqyyNn22lwmyZVwMFFyJWNtP4li-Kti/s640/missaat.jpg" width="640" /></a></div>
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Na semana seguinte aos trágicos atentados que afetaram Paris no dia 13 de novembro, milhares de fiéis lotam as Igrejas Católicas que abriram suas portas a fim de acolhê-los e rezar com eles nestes momentos de dor.<br />
<br />
Na entrada dos templos, colocaram cartazes com a frase “Pray for Paris” (Oremos por Paris) e pequenos banners com mensagens de ajuda.<br />
<br />
Uma das Igrejas que se somou a esta iniciativa foi a Paróquia de Saint-Denys du Saint Sacrament, localizada perto do teatro Bataclan, onde foram assassinadas mais de 100 pessoas.<br />
<br />
O Pároco Roger Tardy e seu vigário, Pe. Maxime Deurbergue, abriram o templo e receberam durante boa parte do fim de semana todos os que queriam conversar. Assim como um grupo de seminaristas de primeiro e segundo ano que acolhe a paróquia.<br />
<br />
Pe. Tardy narrou que, inclusive, muitos dos visitantes se consolavam com um simples gesto de acender uma vela. “Este gesto é uma prece natural para aqueles que não sabem como rezar”, disse o Pároco à Famille Chrétienne.<br />
<br />
Durante o último fim de semana, os transeuntes se uniram aos paroquianos e entravam no templo para acender uma vela ou escreviam algumas intenções de oração e mensagens de esperança no livro colocado na entrada da Igreja.<br />
<br />
Em uma cadeira também havia duas folhas com uma oração à Virgem Maria.<br />
<br />
Para a Missa do sábado, 14, ao meio-dia, a Igreja esteve lotada. No dia seguinte, aconteceu a mesma coisa. Por isso, na homilia do último domingo, Pe. Tardy questionou: “O que devemos dizer? De que devemos ser testemunhas? ”<br />
<br />
“Em nossa carne está o selo da presença de Deus. Agradeçamos-lhes, pois estamos em suas mãos. Umas mãos que foram crucificadas e que ressuscitaram”, expressou.<br />
<br />
Em relação ao desejo de vingança que poderiam sentir algumas pessoas, o sacerdote pediu levantar-se e permanecer de pé manifestando a presença de Deus e sua esperança no meio do luto. Acrescentou que o melhor remédio para “aqueles que servem os seus próprios interesses é imaginar que estão servindo a Deus. Sem caridade não somos nada”, concluiu.<br />
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Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14743152816333758341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8169133520710863245.post-49058329063347841532015-11-21T10:17:00.001-02:002015-11-21T10:17:37.585-02:00Quadro de Santa Rita permanece intacto à avalanche de lama em Mariana (MG)<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijrhXafkGkmaj78e2chRHYFfqlL82HM3yW8_prZy03wu7iWGK1zYIrLs16v7ZDY7kZcbMv_oACjo6LHK_Mwd7uLCAagT8rLTWcHVZPzy3QSIM6LqKqE6zR2-ty-DczDaFi8aq1CgpMZA9Z/s1600/sta+rita.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijrhXafkGkmaj78e2chRHYFfqlL82HM3yW8_prZy03wu7iWGK1zYIrLs16v7ZDY7kZcbMv_oACjo6LHK_Mwd7uLCAagT8rLTWcHVZPzy3QSIM6LqKqE6zR2-ty-DczDaFi8aq1CgpMZA9Z/s640/sta+rita.jpg" width="480" /></a></div>
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Em meio ao mar de lama que causou destruição em Mariana (MG), no dia 5 de novembro, após o rompimento de duas barragens de rejeitos, um quadro de Santa Rita de Cássia reforça a fé dos moradores, que lutam para retomar suas vidas, no distrito de Paracatu de Baixo. O objeto permaneceu pendurado em uma parede cortada por rachaduras e um pouco acima da marca do lamaçal. A casa em que estava foi quase toda destruída.<br />
<br />
Segundo o jornal Estado de Minas, Paracatu de Baixo foi o segundo distrito mais devastado pelo rompimento das barragens de Fundão e Santarém, da empresa Samarco. Mas, o quadro de Santa Rita de Cássia, a padroeira das causas impossíveis, que permaneceu intacto, tem renovado o ânimo dos moradores.<br />
<br />
A imagem fica na casa do irmão do lavrador Raimundo Gonçalves, de 48 anos. De acordo com o jornal, a casa quase foi abaixo, o telhado ficou dependurado, as paredes trincadas e a lama chegou à altura do queixo.<br />
<br />
Mesmo diante desse cenário, o quadro da santa permaneceu onde estava, apenas um centímetro acima da altura em que a lama chegou.<br />
<br />
“É impressionante como só sobrou o quadro. É uma mensagem de Deus de que nossa fé não foi destruída pela lama”, disse Raimundo ao Estado de Minas.<br />
<br />
Conforme indicou a publicação, o distrito de Paracatu de Baixo é uma das áreas atingidas pelo desastre onde os próprios moradores, agora desabrigados, se mobilizaram para resgatar juntos documentos, móveis, lembranças familiares. Trata-se de uma região onde a população partilha não só essa unidade, mas também a fé. Neste distrito é comum encontrar em cada casa um altar dedicado a um santo.<br />
<br />
Em Missa pelas vítimas da tragédia, no dia 11 de novembro, o Arcebispo de Mariana recordou o caso de uma moradora da região atingida. “Encontrei uma senhora que se aproximou de mim e disse: 'Perdi tudo, só não perdi a fé'. Então, me lembrei da passagem da carta de São Paulo aos Romanos: ‘Nada pode nos separar do amor de Cristo’”, lembrou.<br />
<br />
O desastre causado pelas duas barragens da Samarco teve início no dia 5, quando uma grande onda de lama varreu o distrito de Bento Rodrigues e causou destruição a outros distritos da região central de Minas Gerais. Até hoje, ainda havia 12 pessoas desaparecidas. Quatro corpos ainda aguardam identificação e outros sete já foram identificados.<br />
<br />
A lama atingiu o Rio Doce, causando danos a outras cidades mineiras e também do estado do Espírito Santo. Provocou a morte de peixes e prejudicou o abastecimento de água em vários municípios banhados pelo rio.<br />
<br />
Nesta quarta-feira, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, classificou o caso como “a maior catástrofe do país” e afirmou que a revitalização do Rio Doce vai levar no mínimo dez anos. Ela reconheceu a vida animal deste rio “foi perdida” e que será preciso “fazer um estudo das espécies” para a recuperação. Além disso, citou que será necessário recuperar as nascentes, “que são estruturantes para a manutenção da qualidade ambiental na bacia”.<br />
<br />
Neste primeiro momento, a ministra disse que estão sendo feitas “ações emergenciais”, como conter a lama, atender os desabrigados e identificar as vítimas.<br />
<br />
Em todo o Brasil, vários municípios, Dioceses e instituições estão promovendo campanhas para arrecadar água e outras doações para os afetados pela tragédia.<br />
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Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14743152816333758341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8169133520710863245.post-70334701869945960462015-11-21T10:12:00.002-02:002015-11-21T10:12:27.424-02:00Sobrevivente do ataque a Paris: Com uma arma na cabeça me perguntaram se acreditava em Deus<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilm9qh51d2qkxfSwuSiuBxK9XS1x2O4S1bL98JAZ1RhlcyvoY6OVadbZZD0rBCRmjXnu89qk425kovc-pkdjBX433rU36FPivB98z6dgheavkp-17XILHQw8WaHcK8ZMJWp5267p_NO_qY/s1600/n+rene.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilm9qh51d2qkxfSwuSiuBxK9XS1x2O4S1bL98JAZ1RhlcyvoY6OVadbZZD0rBCRmjXnu89qk425kovc-pkdjBX433rU36FPivB98z6dgheavkp-17XILHQw8WaHcK8ZMJWp5267p_NO_qY/s640/n+rene.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
David Fritz é um dos sobreviventes do massacre produzido pelo Estado Islâmico em Paris (França). Encontrava-se dentro do teatro Bataclan quando os terroristas desataram a violência, e esteve perto de ser executado.<br />
Um terrorista colocou uma arma na sua cabeça e não hesitou em perguntar se ele acreditava ou não em Deus.<br />
<br />
A noite de 13 de novembro, sete terroristas atacaram distintos pontos da capital francesa com disparos e bombas suicidas. O ataque, reivindicado pelo Estado Islâmico, acabou com as vidas de 139 pessoas deixando outras várias feridas.<br />
<br />
David, de 24 anos, é de nacionalidade chilena mas vive na França há muito tempo. Assim como os mais de mil e quinhentos jovens e adultos presentes no teatro Bataclan naquela noite, ele foi ver a banda de rock americano Eagles of Death Metal.<br />
<br />
Os terroristas ingressaram no edifício disparando, e mantiveram alguns dos presentes como reféns durante um certo tempo.<br />
<br />
Em declarações ao site Web Emol, a Sra. Ximena Goettinger, mãe de David, assinalou que seu filho “esteve em um lugar onde estavam dois terroristas e oito reféns”.<br />
<br />
“Puseram uma metralhadora (AK-47) na cabeça e perguntaram se ele acreditava em Deus e meu filho disse que sim. Perguntaram-lhe se era francês e ele disse que era chileno”, assinalou.<br />
<br />
David assegurou ao noticiário chileno 24 horas que os terroristas “só não me mataram porque não tiveram tempo”.<br />
<br />
“Vi gente no chão e vi que havia gente morta", recordou, e reiterou que “eles não pensavam me deixar vivo, não tiveram tempo de me matar porque a polícia chegou”.<br />
Que belo testemunho de amor e fé, Não renegou à Deus, mesmo estando em estado de risco de morte, e pensar que algumas pessoas renegam por tão pouco!<br />
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Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14743152816333758341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8169133520710863245.post-54180622470652097582015-11-21T10:04:00.002-02:002015-11-21T10:04:59.736-02:00Rafael Freitas, o menino que queria ser Papa,retornou à casa do Pai<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidgHoFavUMZxx6_KcTUA1NW0FHy69NWyZSqPK4zT4NUhGIz007_BQ9FkQzVH2mPC8S_wv6sPpzY_0tM9aFUleK_TUE2DexuD2U2yGNNbMkSnGbJ-CqUKQ3lJDpQe6eVv8cfmoPcaGtQ5E_/s1600/rafinha.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="354" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidgHoFavUMZxx6_KcTUA1NW0FHy69NWyZSqPK4zT4NUhGIz007_BQ9FkQzVH2mPC8S_wv6sPpzY_0tM9aFUleK_TUE2DexuD2U2yGNNbMkSnGbJ-CqUKQ3lJDpQe6eVv8cfmoPcaGtQ5E_/s640/rafinha.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
O menino Rafael de Freitas, de 3 anos, que conquistou muitas pessoas com seu desejo de ser Papa, faleceu na noite de sábado, 14, vítima de neuroblastoma, um tipo de câncer que atinge o sistema nervoso e é desenvolvido principalmente em crianças.<br />
<br />
“Vós me ensinais vosso caminho para VIDA; junto a vós, FELICIDADE sem limites, delicia eterna e Alegria ao vosso lado. (Sl 15)”, postou o pai do pequeno Rafa, Randersson Freitas, em seu Facebook, como uma homenagem ao filho.<br />
<br />
Rafael Freitas conquistou o Brasil com um vídeo que viralizou nas redes sociais, no qual ele aparece “celebrando a Missa”. Esta, aliás, era a brincadeira preferida do menino, que ao ver o Papa Francisco pela televisão, durante a Jornada Mundial da Juventude, disse que queria ser Papa.<br />
<br />
A criança fazia tratamento no Hospital de Câncer Infantojuvenil de Barretos (SP), onde convidava todos a participarem da “Missa” que ele celebrava.<br />
<br />
Segundo informou a Diocese de Barretos, Rafael estava em sua cidade natal, Conceição das Pedras (MG), em um período de pausa do tratamento. “Lá, depois de ver sua família e passar algumas semanas em casa, precisou ser internado em uma cidade vizinha e sedado faleceu por volta das 20h10 da noite de sábado 14/11”.</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14743152816333758341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8169133520710863245.post-74672249859590384172015-11-21T10:00:00.001-02:002015-11-21T10:00:33.357-02:00“Vocês não terão o meu ódio", diz esposo que perdeu esposa em atentado de Paris!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIDFu7_RoQSUS-dUWYgGR2rzFCqDjU3vR8P3yKMPORmBYRs85O8wSQjTUWzFatAZxF0AronEjaT04ckNmZwocTjhxNvO28vIu9MHYe7UMWX3LahZp9rRNqru8WpRVacqfYQ0EBp6yyjyC7/s1600/cadabalaParisIsisViudoFB.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="354" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIDFu7_RoQSUS-dUWYgGR2rzFCqDjU3vR8P3yKMPORmBYRs85O8wSQjTUWzFatAZxF0AronEjaT04ckNmZwocTjhxNvO28vIu9MHYe7UMWX3LahZp9rRNqru8WpRVacqfYQ0EBp6yyjyC7/s640/cadabalaParisIsisViudoFB.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
Sua esposa morreu nos atentados em Paris e ele desafiou o Estado Islâmico com seu testemunho!<br />
<br />
“Vocês não terão o meu ódio”. Assim começa a poderosa mensagem que Antonine Leiris dirigiu aos terroristas do Estado Islâmico (ISIS), que assassinaram a sua esposa nos atentados de Paris na última sexta-feira.<br />
<br />
Leiris escreveu no seu perfil do Facebook uma mensagem em honra a sua esposa Helene Muyal-Leiris depois de reconhecer seu corpo. Helene tinha 35 anos de idade.<br />
<br />
Em sua publicação, a qual foi compartilhada mais de 110 mil vezes, também promete que não permitirá que seu pequeno filho, de apenas 17 meses de idade, cresça com temor nem ódio do ISIS. Os atentados de Paris causaram aproximadamente 129 mortes.<br />
<br />
Esta é a tradução do post original:<br />
<br />
“Vocês não terão o meu ódio<br />
diz<br />
Na noite de sexta-feira, vocês acabaram com a vida de um ser excepcional, o amor da minha vida, a mãe do meu filho, mas vocês não terão o meu ódio. Eu não sei quem são e não quero saber, são almas mortas. Se esse Deus pelo qual vocês matam cegamente nos fez à sua imagem, cada bala no corpo da minha mulher terá sido uma ferida no seu coração.<br />
<br />
Por isso, eu não vos darei o prêmio de vos odiar. Vocês o procuraram, mas responder ao ódio com a cólera seria ceder à mesma ignorância que vos fez ser quem são. Querem que eu tenha medo, que olhe para os meus concidadãos com um olhar desconfiado, que eu sacrifique a minha liberdade pela segurança. Perderam. Seguimos da mesma maneira.<br />
<br />
Eu a vi nesta manhã. Finalmente, depois de noites e dias de espera. Ela ainda estava tão bela como quando partiu na noite de sexta-feira, tão bela como quando me apaixonei perdidamente por ela há mais de doze anos. Claro que estou devastado pela dor, concedo-vos esta pequena vitória, mas será de curta duração. Eu sei que ela vai nos acompanhar a cada dia e que vamos nos reencontrar no país das almas livres ao qual nunca terão acesso.<br />
<br />
Nós somos dois, eu e o meu filho, mas somos mais fortes do que todos os exércitos do mundo. Eu não tenho mais tempo para vos dar, eu quero juntar-me a Melvil que acorda da sua sesta. Ele só tem 17 meses, vai comer como todos os dias, depois vamos brincar como fazemos todos os dias e, durante toda a sua vida, este rapaz vai fazer-vos a afronta de ser feliz e livre. Porque não, vocês nunca terão o seu ódio”.<br />
<br />
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14743152816333758341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8169133520710863245.post-38922201585120001842015-11-21T09:52:00.001-02:002015-11-21T09:52:57.161-02:00Polêmica na Itália por exposição blasfema de um crucifixo submerso em urina<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijw_s6Y6BVSftYw7oTsNz_X_m7WDc_uZkuwbz6nXodifg8aoXhLPRyq8ggF7Tc1XMhqfGtwWcgOny1Ypu7Qd2222oow2yx-MoaLP8xlyPRDJMFHMSYUtsbUiY6bAbwlDGh2u_XGCjYkZMI/s1600/cruz-urina.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="402" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijw_s6Y6BVSftYw7oTsNz_X_m7WDc_uZkuwbz6nXodifg8aoXhLPRyq8ggF7Tc1XMhqfGtwWcgOny1Ypu7Qd2222oow2yx-MoaLP8xlyPRDJMFHMSYUtsbUiY6bAbwlDGh2u_XGCjYkZMI/s640/cruz-urina.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
A obra blasfema “Piss Cristo” (Urina Cristo), do autor americano Andrés Serrano, despertou grande polêmica na Itália ao anunciar sua exposição na Bienal Internacional de Fotografia Photolux, na cidade de Lucca. Depois de mais de 30 mil assinaturas e críticas de diversos setores políticos, os organizadores decidiram retirar a controvertida obra.<br />
<br />
O trabalho de Serrano consiste em uma fotografia na qual se observa um pequeno crucifixo submerso em um recipiente com a urina do autor.<br />
<br />
A exposição Photolux, patrocinada pelo Ministério de Bens Culturais da Itália e programada para ser inaugurada no dia 21 de novembro, pretendia incluir a fotografia de Serrano no marco do tema deste ano: “Sacro e profano”.<br />
<br />
Fabio Rampelli, deputado italiano pelo partido ‘Fratelli d'Itália-Aliança Nacional’, qualificou a exposição de “abominável”, e lamentou que o Ministério de Bens Culturais da Itália fosse patrocinar “uma ofensa ao sentimento religioso dos italianos”.<br />
<br />
“Estamos em um estado laico, mas o sentimento religioso não pode ser objeto de ofensa”, assinalou Rampelli.<br />
<br />
Por sua parte, o jornalista italiano Mario Adinolfi criticou que ao mesmo tempo que se admite mostras blasfemas como esta, em uma escola de Florência recentemente autoridades proibiram que um grupo de crianças realizasse uma mostra que viria a ser chamada “Beleza divina”. A proibição deveu-se ao fato que a mesma “perturbaria os não católicos”.<br />
<br />
A ação contra a fotografia de Serrano foi liderada pela plataforma CitizenGO que reuniu mais de 32 mil assinaturas pedindo a retirada do patrocínio do ministério ao evento com a exposição blasfema.<br />
<br />
Embora tenha expresso relutância, o presidente e diretor artístico da Photolux, Enrico Stefanelli, anunciou neste 15 de novembro em um comunicado que a obra blasfema “Piss Cristo” não formaria parte da exposição, pois é “consciente de que esta fotografia toca muito fortemente os sentimentos de muitas pessoas e de muitos cristãos”.<br />
<br />
<br />
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14743152816333758341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8169133520710863245.post-16351915324752105462015-10-08T00:53:00.001-03:002015-10-08T00:56:01.642-03:00Refletindo Evangelho do dia: Evangelho São Lucas 11,5-13<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhu-CEB0O-jzMi4PpHPJOYTZepCYf0qdmHS3P2XiHMh3n9owJOsqJzfC-axScYrBNyxCYzeqzQvemzDANrTjMHDMApa8FccoPtTANOQCleEBZ1nNTgTcvmcPnjQdob0smj0s8C-lkemrDIB/s1600/EVANGELHO.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="506" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhu-CEB0O-jzMi4PpHPJOYTZepCYf0qdmHS3P2XiHMh3n9owJOsqJzfC-axScYrBNyxCYzeqzQvemzDANrTjMHDMApa8FccoPtTANOQCleEBZ1nNTgTcvmcPnjQdob0smj0s8C-lkemrDIB/s640/EVANGELHO.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Pedi e recebereis.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: </div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
E Jesus acrescentou: </div>
<div style="text-align: center;">
'Se um de vós tiver um amigo </div>
<div style="text-align: center;">
e for procurá-lo à meia-noite e lhe disser: </div>
<div style="text-align: center;">
'Amigo, empresta-me três pães, </div>
<div style="text-align: center;">
porque um amigo meu chegou de viagem </div>
<div style="text-align: center;">
e nada tenho para lhe oferecer', </div>
<div style="text-align: center;">
e se o outro responder lá de dentro: </div>
<div style="text-align: center;">
'Não me incomoda! Já tranquei a porta, </div>
<div style="text-align: center;">
e meus filhos e eu já estamos deitados; </div>
<div style="text-align: center;">
não me posso levantar para te dar os pães'; </div>
<div style="text-align: center;">
eu vos declaro: </div>
<div style="text-align: center;">
mesmo que o outro não se levante </div>
<div style="text-align: center;">
para dá-los porque é seu amigo, </div>
<div style="text-align: center;">
vai levantar-se ao menos por causa da impertinência dele </div>
<div style="text-align: center;">
e lhe dará quanto for necessário. </div>
<div style="text-align: center;">
Portanto, eu vos digo: </div>
<div style="text-align: center;">
pedi e recebereis; procurai e encontrareis; </div>
<div style="text-align: center;">
batei e vos será aberto. </div>
<div style="text-align: center;">
Pois quem pede, recebe; quem procura, encontra; </div>
<div style="text-align: center;">
e, para quem bate, se abrirá. </div>
<div style="text-align: center;">
Será que algum de vós que é pai, </div>
<div style="text-align: center;">
se o filho pedir um peixe, lhe dará uma cobra? </div>
<div style="text-align: center;">
Ou ainda, se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? </div>
<div style="text-align: center;">
Ora, se vós que sois maus, </div>
<div style="text-align: center;">
sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, </div>
<div style="text-align: center;">
quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo </div>
<div style="text-align: center;">
aos que o pedirem! </div>
<div style="text-align: center;">
Palavra da Salvação.<br />
<br />
Reflexão<br />
<br />
A oração é uma busca constante de viver na presença de Deus e procurar estar em diálogo com ele para que ele nos ajude em nossas necessidades, mas devemos nos lembrar das palavras de são Tiago: pedis sim, mas pedis mal, pois não sabeis o que pedir. Muitas vezes pedimos, e pedimos muito, mas não pedimos o que deveríamos, nossos pedidos são mesquinhos, materialistas e visam simplesmente a satisfação de interesses pessoais e imediatos, não sabemos pedir os verdadeiros valores, que são eternos, não pedimos a salvação, o perdão dos pecados nossos e dos outros, não pedimos pela ação evangelizadora da Igreja, pela superação das injustiças que causam guerras e tantos sofrimentos, mas principalmente, não pedimos a ação do Espírito Santo em nossas vidas.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14743152816333758341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8169133520710863245.post-65748851135252142722015-10-08T00:31:00.001-03:002015-10-08T00:31:30.454-03:00Por que os padres não se casam?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguU3M2h4ba6c9IttnSGsYAj-aUgdZ2Dcz6OZIuXLEGtRhmGvwKERFLSygBQ2oqI7SUyokc10ryGyv74BnzfTugX9YmA8EPuEiPg0BZ8iZCAN7rs8W8HNwJzwBDjvwMYV6dgGCeXKdmpPNf/s1600/libertadreligiosa-celibato_sacerdotal.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="378" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguU3M2h4ba6c9IttnSGsYAj-aUgdZ2Dcz6OZIuXLEGtRhmGvwKERFLSygBQ2oqI7SUyokc10ryGyv74BnzfTugX9YmA8EPuEiPg0BZ8iZCAN7rs8W8HNwJzwBDjvwMYV6dgGCeXKdmpPNf/s640/libertadreligiosa-celibato_sacerdotal.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
O Ocidente assiste a uma cada vez maior escassez de sacerdotes, assim como o abandono do ministério por parte dos sacerdotes que se casam – isso sem falar dos escândalos. Não seria conveniente que a Igreja abandonasse a obrigação do celibato?<br />
<br />
O celibato está intimamente conectado à essência do sacerdócio como participação na vida de Cristo, em sua identidade e missão. É uma norma disciplinar – e não um dogma de fé – em uso na Igreja de rito latino, fonte de dons espirituais incomensuráveis, como demonstram as vidas de muitos santos.<br />
<br />
Na Igreja dos primeiros séculos, o celibato foi acolhido para seguir o exemplo dos Apóstolos, não somente como uma disciplina, mas sobretudo como um dom carismático.<br />
<br />
Até hoje, os ministros ordenados pela Igreja Católica de rito latino, com exceção dos diáconos permanentes, devem ser celibatários. Esta norma disciplinar – suscetível, portanto, a modificações no sentido de permitir a ordenação presbiteral de homens casados – foi imposta a partir do Concílio de Trento (1545-1563), ainda que tenha seguido um caminho de discernimento cujas raízes se remontam ao surgimento da Igreja. Nos primeiros séculos, muitos ministros consagrados eram casados, mas foram doutrinados na prática da continência, algo que vem da tradição apostólica e que era recomendado pelos Padres da Igreja, assim como por São Paulo, que afirmava que a continência favorece a doação a Deus na oração (1 Cor 7,5).<br />
<br />
Os Apóstolos, para adaptar-se melhor ao exemplo de Jesus, decidiram, de fato, deixar suas mulheres e filhos para viver de uma maneira fraterna e celibatária, ou pelo menos continente, no caso de que já fossem casados, como Pedro. Cristo, que já era “sinal de contradição” (Lc 2,34) para os judeus de então – para quem o celibato era uma condição humilhante (Jz 11, 37) –, escolheu tornar-se “eunuco pelo Reino dos céus” (Mt 19, 12), a fim de dedicar todas as suas energias ao anúncio do Reino de Deus, livre de qualquer vínculo familiar. E, assim, viveu no celibato e na continência perpétua, sem gerar filhos, permitindo às mulheres, no entanto – ao contrário dos rabinos da época –, que o seguissem e escutassem a sua palavra, compartilhando com Ele uma amizade autêntica e madura.<br />
<br />
Seguindo os passos desta concepção da Igreja apostólica, a prescrição de estar casados “com uma só mulher” para os candidatos ao episcopado, ao diaconado (1 Tm3,2; 1Tm 3,12) e ao presbiterado (Tt 1,6), segundo a explicação dada pelo Papa São Sirício (384-399) nos decretos “Directa” (385) e “Cum in unum” (386), nos dá a entender que, na verdade, desde a época em que foram escritas as cartas pastorais, os bispos, sacerdotes e diáconos eram convidados a manter a continência total. Portanto, todos os diáconos, presbíteros e bispos, independentemente do fato de serem ou não casados, viúvos ou celibatários, a partir do dia da sua ordenação, deveriam abster-se de qualquer forma de atividade sexual e não deveriam gerar filhos.<br />
<br />
A partir de 200 d.C., de fontes que provêm do Oriente e do Ocidente, temos indícios cada vez mais frequentes de uma prática de abstinência nos clérigos. A partir do século III, a tendência geral é a de um clero celibatário. No Ocidente, o documento legislativo mais antigo que prevê a abstinência para os ministros sagrados, sob pena da retirada do ministério, é o cânon 33 do Cocnílio de Elvira, na Espanha meridional (306). A afirmação do monaquismo no século IV favoreceu, mais tarde, um aprofundamento teológico da abstinência nos clérigos.<br />
<br />
O século X se caracterizou por um notável declínio cultural e religioso, que levou ao abandono quase geral da prática do celibato entre o clero. Posteriormente, no século XI, a reforma gregoriana incentivou a volta à disciplina, sancionada depois no primeiro concílio ecumênico de Latrão (1123), enquanto, no segundo concílio (1139), estabeleceu-se a nulidade do matrimônio contraído depois da ordenação. O Concílio de Trento reafirmou a possibilidade do voto de castidade e conferiu uma maior dignidade ao estado virginal.<br />
<br />
As Igrejas orientais em comunhão com Roma continuam ordenando homens casados como sacerdotes, mas exigem o celibato para o episcopado e também para os monges, como sinal do grande valor que tem.<br />
<br />
Nos primeiros séculos, as Igrejas orientais conheceram, exatamente como as do Ocidente, a abstinência dos clérigos, como testificam São Epifânio, bispo de Salamina, São Jerônimo, um dos mais importantes Padres da Igreja do Ocidente, e o próprio imperador Justiniano.<br />
<br />
Foi no século V que essa linha comum se fragmentou. O processo começou no Oriente, com o distanciamento de grande parte das Igrejas não gregas, das Igrejas do Império, e chegou à Igreja bizantina. Hoje, praticamente todas as Igrejas orientais rejeitam tanto a disciplina de abstinência quanto a disciplina do celibato seguida no Ocidente. Hoje existem, portanto, nas Igrejas orientais, diáconos e sacerdotes casados que têm filhos inclusive depois da ordenação, ainda que permaneçam elementos ligados ao celibato, como, por exemplo, a proibição de um segundo matrimônio, de casar-se depois da ordenação e, sobretudo, a escolha de candidatos ao episcopado entre os que vivem o celibato.<br />
<br />
O que marcou a diferença foi o sínodo bizantino em Trulho (691). A partir dele, de fato, no Oriente, permitiu-se o uso do matrimônio aos clérigos casados quando não realizavam o serviço no altar, o que diminui o caráter da dimensão esponsal do sacerdócio.<br />
<br />
Consequentemente, decai no Oriente a celebração diária da Eucaristia por parte dos sacerdotes casados, porque, de outra maneira, teriam de abster-se sempre dos seus deveres conjugais. A investigação histórica concorda na consideração de que o sínodo em Trulho usou textos manipulados ou mal traduzidos dos sínodos norte-africanos de 390 e 401, que contêm pronunciamentos a favor da completa abstinência dos clérigos, desvirtuando, a seguir, a mensagem em sentido contrário.<br />
<br />
Há boas razões, além disso, para considerar que a prática comum no Oriente e no Ocidente, anterior ao sínodo em Trulho, aceitasse que os clérigos proviessem, em grande parte, de candidatos casados e de idade avançada (presbíteros = anciãos), sempre e quando estes, de acordo com suas esposas, se comprometessem a viver em total e perpétua continência. Já naquela época, ainda que não se tivesse chegado a uma teorização teológica do celibato sacerdotal, intuía-se que o sacerdote deveria estar livre de qualquer outro vínculo total para poder doar-se à Igreja. Por isso, como primeira medida, exigia-se aos candidatos casados a continência perfeita e, além disso, proibia-se a coabitação com a esposa. Considerada a inconveniência de proibir a relação conjugal aos que estavam legalmente casados, a evolução lógica foi que, na Igreja latina, se tendesse cada vez mais a buscar candidatos celibatários.<br />
<br />
A disciplina introduzida pelo sínodo em Trulho é aceita pela Igreja de Roma, ainda que a Sé Apostólica tenha estabelecido algumas restrições para os sacerdotes orientais que desempenham seu ministério no Ocidente. Recentemente, no entanto, as Igrejas Siro-Malancar e Siro-Malabar afirmaram livremente a exigência do celibato para os seus sacerdotes.<br />
<br />
O celibato é uma escolha livre de amor, em resposta a um convite de Deus a seguir Cristo em sua doação, inclusive na carne, como “esposo da Igreja”.<br />
<br />
Para entender corretamente o celibato como fundamento para a vida dos ministros da Igreja e não como mera lei eclesiástica, é necessário ir à raiz teológica, que se encontra na nova identidade dada a quem é agraciado com a ordem sacerdotal.<br />
<br />
Uma contribuição determinante para a definição da perene validez do celibato sacerdotal foi dada a partir do magistério dos pontífices, bem condensada no Catecismo da Igreja Católica (n. 1579). O que chama a atenção é que o magistério papal sobre o celibato, anterior ao Concílio Vaticano II, insiste muito no aspecto sagrado do celibato e sobre o vínculo entre o exercício do culto e da virgindade pelo Reino dos céus, enquanto o posterior se abre a razões mais cristológicas e pastorais. Em particular, na encíclica Sacra Virginitas, de Pio XII (1954), afirma-se que, “se os sacerdotes (…) observam a castidade perfeita, isso é, em definitiva, porque o seu Divino Mestre permaneceu, Ele mesmo, virgem até a morte”.<br />
<br />
João XXIII, na encíclica Sacerdotii nostri primordia (1959), evidenciou o vínculo entre a oferta eucarística e o dom cotidiano de si mesmos, inclusive na carne, por meio do celibato, e reconheceu que a desorientação na fidelidade depende da incorreta compreensão da sua relação com a Celebração Eucarística.<br />
<br />
No Concílio Vaticano II, não podendo levar em consideração as contribuições das investigações históricas das últimas décadas, no número 16 da Presbyterorum Ordinis (1965), afirma que, entre o sacerdócio ministerial e o celibato, não existe um vínculo de estreita necessidade, mas de “múltipla conveniência”, fundando este juízo na recomendação de Jesus Cristo de seguir seu exemplo (Mt 19, 12), bem como nas prerrogativas da virgindade cristã, indicadas por São Paulo (1Cor 7,25-40), o que favorece a adesão total a Cristo e testifica a fé na vida futura. A Carta aos Efésios (5,21-33) descreve a aliança entre Cristo e a Igreja com a imagem do matrimônio, em que o “esposo” Cristo se entrega à sua “esposa” para torná-la toda bela.<br />
<br />
O principal texto do magistério sobre o celibato sacerdotal é, no entanto, a encíclica de Paulo VI, Sacerdotalis caelibatus (1967), que destaca o significado escatológico de celibato e reconhece que “o precioso dom divino da continência perfeita, por amor do reino dos céus, constitui (…) um sinal particular dos bens celestes” e está indicado como “um testemunho da tensão necessária do Povo de Deus orientada para a meta última da peregrinação terrestre e é incitamento para todos erguerem o olhar às coisas do alto” (n. 34).<br />
<br />
João Paulo II, na exortação apostólica Pastores dabo vobis (1992), acolhe o dom do celibato no vínculo entre Jesus e o sacerdote e, pela primeira vez, menciona a importância inclusive psicológica desse vínculo, mas sobretudo indica a “vida segundo o Espírito” e a “radicalidade evangélica” como as duas diretrizes irrenunciáveis do celibato.<br />
<br />
Em 2005, na primeira mensagem do seu pontificado, ao final da concelebração com os cardeais eleitores na Capela Sistina, Bento XVI afirmou que “o sacerdócio ministerial nasceu no cenáculo, junto com a Eucaristia”. O mesmo Papa, no discurso da audiência à Cúria Romana para a felicitação de Natal de 2006, afirmou que o verdadeiro fundamento do celibato “pode ser apenas teocêntrico. Não pode significar permanecer privados de amor, mas deve significar deixar-se arrebatar pela paixão por Deus, e aprender depois, graças a um estar com Ele mais íntimo, a servir também os homens. O celibato deve ser um testemunho de fé: a fé em Deus torna-se concreta naquela forma de vida que só tem sentido a partir de Deus. Apoiar a vida n'Ele, renunciando ao matrimônio e à família, significa que acolho e experimento Deus como realidade e por isso posso levá-lo aos homens”.<br />
<br />
Apesar dos debate nascidos dentro e fora da Igreja, o celibato sacerdotal se afirmou sempre como um tesouro incalculável.<br />
<br />
No transcurso dos séculos, não faltaram ataques ao celibato eclesiástico, sobretudo a partir de contextos e mentalidades completamente alheios à fé, tentativas de uma mentalidade secularizada, filha do Iluminismo e do Modernismo, que pretende enquadrar a Igreja em categorias sociais, fazer do sacerdote um simples assistente social, privando-o da sua investidura sobrenatural.<br />
<br />
Nas últimas décadas, no entanto, também dentro da Igreja se retomou o debate sobre a possibilidade de abolir a disciplina do celibato para os sacerdotes. Sobre a questão se expressaram também duas assembleias gerais do Sínodo dos Bispos (1971 e 1990), afirmando o celibato como opção livre e responsável do sacerdote, ao serviço de Cristo e da sua Igreja.<br />
<br />
O celibato voltou com força ao centro das discussões também depois dos escândalos sexuais relacionados a menores, ocorridos nas diversas igrejas nacionais. Esta é uma praga – segundo o que se lê em uma carta circular redigida pela Santa Sé em 2011, dirigida a todas as conferências episcopais – que fala mais de uma perda de fé e de uma compreensão distorcida do celibato. Por este motivo, o documento convida a que os candidatos ao sacerdócio “apreciem a castidade, o celibato e a paternidade espiritual do clérigo e que possam aprofundar o conhecimento da disciplina da Igreja sobre o assunto.”<br />
<br />
Em uma contribuição recolhida no livro “Os movimentos na Igreja” (1999), o cardeal Joseph Ratzinger afirmava que a Igreja “não pode simplesmente instituir, por si só, 'funcionários', mas deve atender ao chamado de Deus”. Compreende-se portanto, a exortação de Jesus a pedir “ao dono da messe que envie operários para a sua messe” (Mt 9, 38) e o fato de Ele mesmo ter rezado uma noite inteira antes de chamar os doze Apóstolos (Lc 6, 12-16).<br />
<br />
Então, como destacou o cardeal Mauro Piacenza, prefeito da Congregação para o Clero, intervindo em um debate em Ars (França) em 2011, é necessário “ser radicais para seguir Cristo, sem temer a diminuição do número de sacerdotes. De fato, o número decresce quando baixa a temperatura da fé, porque as vocações são um 'assunto' divino, e não humano; seguem a lógica divina, que é insensatez aos olhos humanos”.<br />
<br />
No diálogo com os sacerdotes, durante a grande vigília de encerramento do Ano Sacerdotal, em 10 de junho de 2010, Bento XVI destacou que, “para o mundo agnóstico, o mundo no qual Deus não tem lugar, o celibato é um grande escândalo, porque mostra precisamente que Deus é considerado e vivido como realidade”. O Papa alemão destacou também – em seu livro-entrevista com Peter Seewald, “Luz do mundo” – que este é um escândalo que tem um lado positivo e que representa “uma afronta ao que as pessoas que pensam normalmente; algo que é crível e realizável somente quando é dom de Deus e se, por meio dele, a pessoa luta pelo Reino de Deus”.<br />
<br />
Defender o valor do celibato sacerdotal significa, portanto, redescobrir este dom, que tem em si um dever e um convite que excedem as medidas humanas; significa fazer dele não uma prática eremítica, mas uma afirmação alegre e confiante do homem que se coloca nas mãos de Deus.<br />
<br />
<br />
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14743152816333758341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8169133520710863245.post-56455999041135397292015-10-08T00:18:00.001-03:002015-10-08T00:18:18.152-03:00A morte explicada por uma criança com câncer terminal<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEnmKLQXw1PNsWwWeLsv3BQxEpq3Jh_sagldlI6ftvo4LLx6OfJhA7Z0Nx8mU6eQI69bLqL4PQimCUvDPuFlT0NOJAKeBDaaV5j52DlTHiVfURUuTsOCdKywB3Pszkqw_3ckZWSTKfC2fa/s1600/cancer.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEnmKLQXw1PNsWwWeLsv3BQxEpq3Jh_sagldlI6ftvo4LLx6OfJhA7Z0Nx8mU6eQI69bLqL4PQimCUvDPuFlT0NOJAKeBDaaV5j52DlTHiVfURUuTsOCdKywB3Pszkqw_3ckZWSTKfC2fa/s640/cancer.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<i><b>"Quando eu morrer, acho que minha mãe vai ficar com saudade. Mas eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para esta vida!"</b></i><br />
<br />
Como médico cancerologista, já calejado com longos 29 anos de atuação profissional, posso afirmar que cresci e modifiquei-me com os dramas vivenciados pelos meus pacientes. Não conhecemos nossa verdadeira dimensão até que, pegos pela adversidade, descobrimos que somos capazes de ir muito mais além.<br />
<br />
Recordo-me com emoção do Hospital do Câncer de Pernambuco, onde dei meus primeiros passos como profissional… Comecei a frequentar a enfermaria infantil e apaixonei-me pela oncopediatria.<br />
<br />
Vivenciei os dramas dos meus pacientes, crianças vítimas inocentes do câncer. Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar ao ver o sofrimento das crianças.<br />
<br />
Até o dia em que um anjo passou por mim! Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos, calejada por dois longos anos de tratamentos diversos, manipulações, injeções e todos os desconfortos trazidos pelos programas químicos e radioterapias. Mas nunca vi o pequeno anjo fraquejar. Vi-a chorar muitas vezes; também vi medo em seus olhinhos; porém, isso é humano!<br />
<br />
Um dia, cheguei ao hospital cedinho e encontrei meu anjo sozinho no quarto. Perguntei pela mãe. A resposta que recebi, ainda hoje, não consigo contar sem vivenciar profunda emoção.<br />
<br />
<b>— Tio, disse-me ela — às vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondido nos corredores… Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade. Mas, eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para esta vida!</b><br />
<b><br /></b>
<b>Indaguei: — E o que morte representa para você, minha querida?</b><br />
<b><br /></b>
<b>– Olha tio, quando a gente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do nosso pai e, no outro dia, acordamos em nossa própria cama, não é? (Lembrei das minhas filhas, na época crianças de 6 e 2 anos, com elas, eu procedia exatamente assim.) É isso mesmo.</b><br />
<b><br /></b>
<b>– Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!</b><br />
<b><br /></b>
<b>Fiquei "entupigaitado", não sabia o que dizer. Chocado com a maturidade com que o sofrimento acelerou, a visão e a espiritualidade daquela criança.</b><br />
<b><br /></b>
<b>– E minha mãe vai ficar com saudades – emendou ela.</b><br />
<b><br /></b>
<b>Emocionado, contendo uma lágrima e um soluço, perguntei:</b><br />
<b><br /></b>
<b>– E o que saudade significa para você, minha querida?</b><br />
<b><br /></b>
<b>– Saudade é o amor que fica!</b><br />
<br />
Hoje, aos 53 anos de idade, desafio qualquer um a dar uma definição melhor, mais direta e simples para a palavra saudade: é o amor que fica!<br />
<br />
Meu anjinho já se foi, há longos anos. Mas, deixou-me uma grande lição que ajudou a melhorar a minha vida, a tentar ser mais humano e carinhoso com meus doentes, a repensar meus valores. Quando a noite chega, se o céu está limpo e vejo uma estrela, chamo pelo "meu anjo", que brilha e resplandece no céu.<br />
<br />
Imagino ser ela uma fulgurante estrela em sua nova e eterna casa.<br />
<br />
Obrigado anjinho, pela vida bonita que teve, pelas lições que me ensinaste, pela ajuda que me deste. Que bom que existe saudade! O amor que ficou é eterno.<br />
<br />
(Dr. Rogério Brandão, oncologista)<br />
<br />
<br />
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14743152816333758341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8169133520710863245.post-81307551934720675812015-10-08T00:10:00.004-03:002015-10-08T00:10:51.212-03:00A lenta agonia dos cristãos perseguidos no Vietnã<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiK4Lc4kVW3SYroVnGf81oC81xN9Ip6NPIyKTsBl_0nBjFtWVpLuzG2JWWbsGU78x-xufrZ5KJWlydPjFYZujMTPsCXHU3pIl92aB3HBugj6AQ361N1bZH6sPUGeIwZ0GauaVx4wDMtmR8l/s1600/among-refugees_thierry-leclerc-cc.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiK4Lc4kVW3SYroVnGf81oC81xN9Ip6NPIyKTsBl_0nBjFtWVpLuzG2JWWbsGU78x-xufrZ5KJWlydPjFYZujMTPsCXHU3pIl92aB3HBugj6AQ361N1bZH6sPUGeIwZ0GauaVx4wDMtmR8l/s640/among-refugees_thierry-leclerc-cc.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
Os cristãos da etnia Hmong fugiram da perseguição no Vietnã e foram para o Camboja – onde também encontraram as portas fechadas...<br />
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A minoria Hmong, desprezada pelo grupo Kin, majoritário no Vietnã, vive nas terras altas do país em condições arcaicas. Seu quase autárquico estilo de vida os relega à categoria de pessoas de segunda classe, sem acesso à educação nem a cargos de responsabilidade.<br />
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O governo os preferiria animistas<br />
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Os Hmong, como, aliás, a maioria dos vietnamitas, são impermeáveis ao ateísmo marxista. Entre eles, surgiram comunidades cristãs pouco numerosas, mas dinâmicas. O partido comunista vietnamita, assim como o chinês, considera os cristãos uma “quinta coluna” do Ocidente. Régis Anouilh, presidente da agência de notícias Église d’Asie, diz que, aos olhos do Partido Comunista Vietnamita, seria melhor que os Hmong fossem animistas em vez de cristãos, porque isto seria “menos perigoso” para quem está no poder.<br />
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Interesses econômicos e desprezo religioso<br />
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Além deste aspecto puramente ideológico, as atividades de mineração no planalto central do Vietnã complicam mais ainda a condição dos Hmong: muitos deles tiveram as suas propriedades expropriadas. Suas demandas de construção de locais de culto também são recusadas com as mais diversas justificativas. Essa combinação de fatores leva boa parte dos “cristãos da montanha” a rumar para as fronteiras do Camboja. O fenômeno migratório começou em 2001: na época, os grupos Hmong se levantaram para exigir mais autonomia e liberdade religiosa. Severamente punidos, cerca de 3.000 ativistas tiveram de partir, temendo ser presos pela polícia vietnamita.<br />
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A recusa da condição de refugiados<br />
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Mas o Camboja, pensando em manter as boas relações de vizinhança com o Vietnã, geralmente se apressa em reenviar os refugiados para a fronteira. A Human Rights Watch já condenou a violência dessas extradições em 2005. “Não há nenhuma justificativa para bater em pessoas desarmadas envolvidas em desobediência civil pacífica”, enfatizou a organização. “A polícia do Camboja não tinha tentado nenhuma negociação com os requerentes de asilo antes de agredi-los”.<br />
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Desrespeito ao direito internacional dos refugiados<br />
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Dez anos depois, em 1º de maio de 2015, a organização constata que a situação não mudou para os cristãos das montanhas do Vietnã, que hoje são reprimidos tanto no Camboja quanto na Tailândia. A Human Rights Watch descreve em um comunicado: “O comportamento do poder cambojano, ao se recusar a reconhecer a condição das pessoas vindas do Vietnã como requerentes de asilo e postulantes do estatuto de refugiados, demonstra que o governo não se submete às leis internacionais sobre o assunto”.<br />
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Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14743152816333758341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8169133520710863245.post-469920030354387872015-10-08T00:08:00.000-03:002015-10-08T00:08:04.967-03:00Existe um propósito divino na evolução?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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Se as mutações genéticas são aleatórias, as leis físicas não são: e elas conduzem a natureza a um fim específico, em última análise desejado por Deus, que é o Criador dessas leis<br />
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A Igreja Católica não propõe uma teoria científica para a criação – não é papel dela. No entanto, a Igreja ensina, com base tanto nas Sagradas Escrituras quanto na filosofia e na ciência, que há propósito de Deus na criação e que esse propósito pode ser percebido pelo homem. A Igreja também ensina que a ciência verdadeira não se opõe à fé. A conclusão natural para qualquer católico, portanto, é que, se uma teoria científica sobre a criação é verdadeira, ela não terá conflito algum com a fé. É neste contexto que precisamos entender a oposição de muitas pessoas à teoria da evolução de Darwin: elas acreditam que a teoria de Darwin elimina o propósito de Deus na criação. Mas por que pensam assim? E será que isso é mesmo verdade?<br />
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Geralmente, o primeiro argumento contra qualquer evolução, não só a biológica, mas também a do universo, é o livro do Gênesis. Sabemos, entretanto, que, do ponto de vista católico, não há motivos para acreditar na interpretação literal de todo o relato da criação. Parte dele pode ser compreendida como metáfora. De fato, entre os que se opõem à teoria de Darwin, poucos se baseiam numa interpretação literal da Bíblia, mesmo porque, cientificamente, a evolução biológica é um fato mais do que comprovado. A evolução do universo também já foi provada depois que Edwin Hubble verificou observacionalmente a teoria do Big Bang, proposta pelo padre jesuíta Georges Lemaître. A física, hoje, não duvida dessa descoberta. A expressão de conservação das massas do católico Lavoisier –“na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma” – deve ser entendida num sentido mais amplo, cientificamente, de que o paradigma da evolução faz parte da ciência moderna.<br />
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A evolução é um fato; a teoria é a explicação do fato. Embora as teorias possam estar erradas e mudar, os fatos experimentais não mudam! Do ponto de vista filosófico e teológico, o argumento realmente sério é se a teoria de Darwin se opõe ou não ao propósito de Deus na criação. Esta é a pergunta que realmente importa. A teoria de Darwin, muito aprimorada depois da descoberta da genética pelo monge agostiniano Gregor Mendel, está baseada no conceito de mutações genéticas aleatórias que acontecem na reprodução. Ao longo de milhares de anos, essas mudanças fariam que uma população se aprimorasse, evoluísse, através de vários mecanismos, dentre eles a sobrevivência do mais apto.<br />
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É justamente a ideia de aleatoriedade das mutações que gera a grande controvérsia, pois significa literalmente que as mudanças acontecem ao acaso, sem propósito. Isso implica (será?) que todas as espécies surgiram ao acaso, inclusive nós. Basicamente, existem três posturas frente a essa conclusão: nega-se a evolução, aceita-se a evolução mas não a “aleatoriedade” das mutações ou então aceita-se a evolução e a aleatoriedade mas nega-se a consequência de acaso devido às mutações aleatórias. Como visto antes, a primeira postura vai contra tudo o que a ciência moderna sabe e contra o que convém chamar de “paradigma evolutivo da ciência”. Para dizer pouco, pode-se falar que não é uma posição defensável com a razão. E como há séculos a Igreja defende que a fé e a razão se complementam, ir contra o fato (não a teoria) da evolução não é uma boa posição para os católicos. O frade franciscano Roger Bacon, um dos pais do método científico, que o diga!<br />
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A segunda posição é conhecida com “Design Inteligente”: ela diz que não há aleatoriedade nas mudanças que acontecem entre uma população e outra, mas que Deus controla tudo. Seus principais defensores tentam lançar mão de uma proposta científica, a complexidade irredutível, para justificar esta posição. Entretanto, argumenta-se muito, nos meios científicos, que esta teoria não é falsificável e que, portanto, não é científica. Particularmente, concordo com esta crítica. Não se pode esquecer que, mesmo do lado teológico, o Design Inteligente não é sempre bem visto. Muitos alegam, com propriedade, que ele apela a um “Deus das lacunas”, que vive remediando a sua criação. Os católicos creem que Deus cria e mantém a sua obra, mas “manter” não significa “consertar”, apesar do “ato criador” poder se estender no tempo. A ação de Deus no Design Inteligente, no entanto, estaria mais para “remendo” que para “criação”.<br />
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A terceira posição, que me parece mais correta, afirma que não há consequência lógica entre “aleatoriedade na mutação” e “aleatoriedade das espécies”. O propósito de Deus está em ter criado um mundo dotado de leis naturais que invariavelmente conduzem ao universo como o conhecemos hoje. Se as mutações genéticas são aleatórias, as leis físicas não são: e elas conduzem a natureza a um fim específico, em última análise desejado por Deus, que é o Criador dessas leis. Uma analogia pode ajudar a compreender esta visão. Imagine um estádio de futebol lotado onde explode uma bomba. As pessoas querem sair do estádio. Cada indivíduo é livre para correr na direção que quiser. De fato, uns correm para a saída e outros não; ou porque estão perdidos ou porque acham que podem ser pisoteados no tumulto. No final, a maioria das pessoas se salva. Foi o acaso ou foi porque as pessoas têm a tendência natural de procurar a saída e o engenheiro pensou nos possíveis canais de fuga quando construiu o estádio?<br />
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Seguindo esta analogia, todos os caminhos que levam da “aleatoriedade da mutação” para o surgimento de uma nova espécie podem ser compreendidos como o propósito de Deus na criação. Há inúmeros agentes biológicos, físicos, geológicos e climáticos que controlam todo o processo. Deus, que é onisciente, certamente sabe que fim levará a sua criação e não precisa interferir desnecessariamente criando olhos aqui, asas acolá. Precisamos refletir melhor sobre o significado da onipotência de Deus.<br />
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