-O tesouro do religioso é justamente este: viver em união com Deus
A vida religiosa tem sua identidade e missão expressa como forma de existência firmada no seguimento radical de Cristo. Porém, fica evidente na história da Igreja e na Sagrada Escritura que o seguimento não é privilégio de ninguém; este é para todos que se abrem ao mistério da graça que efetua o chamado na liberdade. Contudo, ao longo da história constata-se também que o Espírito Santo suscitou na Igreja uma forma concreta de seguimento, na radicalidade existencial, através da vivência dos conselhos evangélicos: pobreza, castidade e obediência, por meio dos quais a experiência de discipulado pessoal torna-se algo fundamental.
“... Os religiosos devem transmitir o Evangelho com suas vidas, comprometendo-se a unir duas realidades: o cuidado pela vida interior e o esforço da missão apostólica” (Papa Bento XVI).
A afirmação do Santo Padre expressa algo de essencial na vida religiosa: a correspondência profunda e total da vocação à vida consagrada na Igreja. Ser inteiramente de Jesus para ser inteiro da missão e para a missão.
A primeira e fundamental tarefa da vida consagrada é tornar visíveis as maravilhas de Deus, algo possível apenas a partir de uma íntima, profunda e contínua comunhão com Aquele que chama, elege e consagra: o Cristo casto, pobre e obediente. O tesouro do religioso é justamente este: viver em união com Deus na totalidade de vida, estar reunido numa comunidade de amor e gratuidade, na qual se estabelece a cada dia o primado do Absoluto (Deus).
No mistério da vida religiosa nós encontramos essa pedagogia extraordinária do Todo-poderoso, que não escolhe os capacitados, mas capacita os pequeninos chamados por Ele. Tal constatação nos centraliza na eleição misericordiosa de Deus, que revela o primado da Sua iniciativa e a necessidade do ser humano de acolher o mistério divino na obediência.
Maria Santíssima é para todos nós modelo desse acolhimento, mestra de seguimento incondicional e de serviço assíduo a Deus. A Virgem Maria não só disse: “Faça-se em mim segundo a sua Palavra”, como também viveu esse mistério na sublime, perfeita e total pertença a Deus, assumindo, assim, todas as consequências do seu “sim” ao Senhor.
A verdadeira profecia e a vida profética da vida consagrada nascem de Deus, da amizade com Ele e da escuta atenta da Sua Palavra, nas diversas circunstâncias da nossa existência. O testemunho profético exige e requer uma busca constante e apaixonada da vontade de Deus; a comunhão eclesial generosa é imprescindível para que o exercício do amor na verdade possa acontecer de forma efetiva e eficaz. Pois, ninguém vive uma consagração no isolamento, ou seja, fora do mistério do ser Igreja de Cristo.
Ter esse compromisso decidido de vida espiritual, de espiritualidade sólida e profunda, constitui exigência prioritária para que o sentido da vida consagrada não se esvazie. Tendo em vista que tal exigência encontra-se inscrita na própria essência da vida consagrada. Negligenciar essa realidade significa tornar-se um consagrado morto, que semeia morte onde quer que se encontre, ou seja, significa deixar de ser aquele que torna visíveis as maravilhas de Deus.
O religioso, na vivência autêntica da sua consagração, torna-se manifestação visível do Amor de Deus. Por isso, a raiz de cada ação e o critério de cada opção do religioso devem ter por objetivo expressar esse amor, num gesto eficaz de gratuidade evangélica. O Evangelho de Mateus, capítulo 21, versículos 18-22, nos fornece este exemplo que o próprio Jesus utilizou para formar Seus discípulos: a pobre viúva que fazia sua oferta no cofre do templo. Nessa ocasião, o Senhor observou que as pessoas ofereciam grandes quantias e num dado momento aproximou-se essa viúva, que entregou apenas duas moedas. Vendo esse gesto Cristo chamou os discípulos e afirmou que aquela mulher havia ofertado mais do que todos os demais.
Qual a intenção de Jesus ao fazer essa afirmação? O que o Senhor deseja apresentar é que a doação maior e melhor é justamente aquela que se faz com qualidade e gratuidade, e não aquela feita com quantidade.
A viúva entregou tudo, não viveu uma relação com Deus parcial, foi sincera e transparente na sua opção de vida, pois, não firmou sua vida no fazer quantitativo, mas no ser qualitativo.
Que o Senhor ensine nossos sacerdotes também a fazerem suas opções por DEUS com essa mesma dimensão, respondendo com sabedoria ao chamado universal à santidade.
A vida religiosa tem sua identidade e missão expressa como forma de existência firmada no seguimento radical de Cristo. Porém, fica evidente na história da Igreja e na Sagrada Escritura que o seguimento não é privilégio de ninguém; este é para todos que se abrem ao mistério da graça que efetua o chamado na liberdade. Contudo, ao longo da história constata-se também que o Espírito Santo suscitou na Igreja uma forma concreta de seguimento, na radicalidade existencial, através da vivência dos conselhos evangélicos: pobreza, castidade e obediência, por meio dos quais a experiência de discipulado pessoal torna-se algo fundamental.
“... Os religiosos devem transmitir o Evangelho com suas vidas, comprometendo-se a unir duas realidades: o cuidado pela vida interior e o esforço da missão apostólica” (Papa Bento XVI).
A afirmação do Santo Padre expressa algo de essencial na vida religiosa: a correspondência profunda e total da vocação à vida consagrada na Igreja. Ser inteiramente de Jesus para ser inteiro da missão e para a missão.
A primeira e fundamental tarefa da vida consagrada é tornar visíveis as maravilhas de Deus, algo possível apenas a partir de uma íntima, profunda e contínua comunhão com Aquele que chama, elege e consagra: o Cristo casto, pobre e obediente. O tesouro do religioso é justamente este: viver em união com Deus na totalidade de vida, estar reunido numa comunidade de amor e gratuidade, na qual se estabelece a cada dia o primado do Absoluto (Deus).
No mistério da vida religiosa nós encontramos essa pedagogia extraordinária do Todo-poderoso, que não escolhe os capacitados, mas capacita os pequeninos chamados por Ele. Tal constatação nos centraliza na eleição misericordiosa de Deus, que revela o primado da Sua iniciativa e a necessidade do ser humano de acolher o mistério divino na obediência.
Maria Santíssima é para todos nós modelo desse acolhimento, mestra de seguimento incondicional e de serviço assíduo a Deus. A Virgem Maria não só disse: “Faça-se em mim segundo a sua Palavra”, como também viveu esse mistério na sublime, perfeita e total pertença a Deus, assumindo, assim, todas as consequências do seu “sim” ao Senhor.
A verdadeira profecia e a vida profética da vida consagrada nascem de Deus, da amizade com Ele e da escuta atenta da Sua Palavra, nas diversas circunstâncias da nossa existência. O testemunho profético exige e requer uma busca constante e apaixonada da vontade de Deus; a comunhão eclesial generosa é imprescindível para que o exercício do amor na verdade possa acontecer de forma efetiva e eficaz. Pois, ninguém vive uma consagração no isolamento, ou seja, fora do mistério do ser Igreja de Cristo.
Ter esse compromisso decidido de vida espiritual, de espiritualidade sólida e profunda, constitui exigência prioritária para que o sentido da vida consagrada não se esvazie. Tendo em vista que tal exigência encontra-se inscrita na própria essência da vida consagrada. Negligenciar essa realidade significa tornar-se um consagrado morto, que semeia morte onde quer que se encontre, ou seja, significa deixar de ser aquele que torna visíveis as maravilhas de Deus.
O religioso, na vivência autêntica da sua consagração, torna-se manifestação visível do Amor de Deus. Por isso, a raiz de cada ação e o critério de cada opção do religioso devem ter por objetivo expressar esse amor, num gesto eficaz de gratuidade evangélica. O Evangelho de Mateus, capítulo 21, versículos 18-22, nos fornece este exemplo que o próprio Jesus utilizou para formar Seus discípulos: a pobre viúva que fazia sua oferta no cofre do templo. Nessa ocasião, o Senhor observou que as pessoas ofereciam grandes quantias e num dado momento aproximou-se essa viúva, que entregou apenas duas moedas. Vendo esse gesto Cristo chamou os discípulos e afirmou que aquela mulher havia ofertado mais do que todos os demais.
Qual a intenção de Jesus ao fazer essa afirmação? O que o Senhor deseja apresentar é que a doação maior e melhor é justamente aquela que se faz com qualidade e gratuidade, e não aquela feita com quantidade.
A viúva entregou tudo, não viveu uma relação com Deus parcial, foi sincera e transparente na sua opção de vida, pois, não firmou sua vida no fazer quantitativo, mas no ser qualitativo.
Que o Senhor ensine nossos sacerdotes também a fazerem suas opções por DEUS com essa mesma dimensão, respondendo com sabedoria ao chamado universal à santidade.
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