Sobre a emergência humanitária que está a ter lugar em Gaza, a RV (Roberta Barbi) contactou o Custódio da Terra Santa, em Jerusalém, padre Pizzaballa.
Do ponto de vista humanitário, a situação continua trágica. Não serão duas ou três horas, ou algumas horas, que poderão resolver os problemas que esta violência desencadeou. É, no entanto, uma lufada de ar fresco, um momento de respiro e de pausa necessário pelo menos para se dar conta, com a máxima serenidade possível nestas circunstâncias, da situação e do que se deve fazer.
Na cimeira de hoje em Paris, Kerry espera "reduzir a diferença", que se criou entre as duas partes. Vós, o que pedis à comunidade internacional?
A comunidade internacional deve ser muito forte, e fazer pressão sobre as partes para que parem com a violência, tanto por parte do Hamas, como com as retaliações por parte de Israel, e que se torne a negociar. Dou-me conta que assim parece que estou a falar de coisas muito distantes da realidade, mas é a única coisa que se pode fazer.
Por estes dias fala-se muito das perseguições dos cristãos no Iraque, recordadas também pelo Papa. Na Terra Santa como vive esta crise a comunidade local?
Digamos que a situação da perseguição dos cristãos aqui na Terra Santa - tanto na Cisjordânia, como em Gaza e Israel - não existe. Neste momento a emergência é o conflito israelo-palestiniano, que absorve todas as energias.
Os bispos da Terra Santa convidam a rezar para a retomada das negociações e testemunham a existência de vozes para a paz de ambas as partes. É ainda possível a solução dos dois Estados?
Tecnicamente, cada qual tem o direito de se perguntar se ainda é possível, mas devemos acreditar, porque todos têm o direito de ter uma casa, um emprego, uma pátria, e isto não pode ser negado a ninguém.
E por isso deve-se trabalhar, apesar de todas as dificuldades e limitações, deve-se trabalhar para esta solução.
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