No contexto daquela visita, o presidente do Pontifício Conselho para o diálogo inter-religioso pode experimentar que a maioria dos cidadãos tem uma visão moderada do Islã e que não faltam exemplos de amizade profunda e frequente entre líderes católicos e expoentes das principais organizações muçulmanas.
Acompanhou o secretário do Pontifício Conselho, o padre indonésio Markus Solo Kewuta, encarregado da Igreja para o Islã na Ásia e no Pacífico. O sacerdote destacou a grande hospitalidade mostrada pelos habitantes, uma impressionante constatação ao término do encontro com altos expoentes muçulmanos, dentre os quais, membros da Universidade Islâmica de Jacarta e do conselho dos muçulmanos na Indonésia.
Comentando a visita dos representantes do Pontifício Conselho, Dom Johannes Maria Trilaksyanta Pujasumarta, arcebisbo de Semarang e secretário geral da Conferência Episcopal, disse que “a realidade no campo do diálogo é muito diversa de como aparece nos meios de comunicação. Somente a experiência pode ser útil para entrender a situação.” Um pensamento compartilhado pelo Padre Solo Kewuta, segundo o qual, o objetivo é a troca de “visões e de experiências,” em particular, no campo do diálogo e da coexistência pacífica nas várias zonas do mundo e, sobretudo, na Indonésia.
Susy Sânie, professora muçulmana, disse sempre ter podido usar o hijab, o véu islâmico, sem por isso ter sido vítima de marginalização. E disse sentir-se em casa quando se encontra na Universidade Católica. Também Carya, monge budista, confirmou as calorosas boas-vindas recebidas, assim como Bahren Umar Siregar, outro docente muçulmano, que confirmou que na universidade freqüentada por maioria Católica, é feliz de estar presente como muçulmano e agradecido pelo respeito que recebe. Na Indonésia, onde 87 por cento da população é muçulmana, os Católicos representam uma minoria de cerca de 7 milhões de pessoas, aproximadamente 3 por cento dos habitantes. Na Arquidiocese de Jacarta, os fiéis reúnem 3,6 por cento da população. A constituição do país prevê a liberdade religiosa, mas a população Cristã, às vezes, é vítima de episódios de violência e intimidação, sobretudo nas áreas onde há uma visão mais extremista do Islã. Os Católicos são uma parte ativa na sociedade e contribuem para o desenvolvimento da nação e para as obras de ajuda durante situações de emergência, como ocorreu na inundação de janeiro de 2013. (EF)
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