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12 de novembro de 2013

Bolívia: Bispos pedem eficiência e respeito à lei na investigação dos roubos à igrejas

A Igreja Católica na Bolívia pediu à Justiça do país para que as investigações sobre os roubos a templos sejam realizadas com eficácia e sempre respeitando a presumível inocência dos implicados “até que se comprove ao contrário”. Numa mensagem divulgada nesta segunda-feira, em Cochabamba, os Bispos manifestaram sua preocupação pelo rumo que estão tomando as investigações sobre os furtos perpetrados nos últimos meses em diversas igrejas do país.

“Como Igreja, somos os primeiros interessados no esclarecimento completo destes fatos. Exigimos às instâncias responsáveis uma investigação eficaz, que respeite a inocência dos implicados até que se demonstre o contrário”, diz o comunicado.

A Conferência Episcopal Boliviana (CEB) recordou que “sempre se manifestou favorável à lei em vigor e a uma administração de justiça transparente e igualitária”. “Manifestamos nosso apoio e solidariedade aos sacerdotes e religiosos que estão sendo vítimas desta situação, somente por estar prestando um serviço pastoral nas igrejas que foram objetos destes delitos”, acrescentou a nota lida pelo Secretário Geral da CEB, Dom Eugenio Scarpellini.

Um dos casos que provocou maior preocupação foi o roubo perpetrado em abril passado no Santuário Nossa Senhora de Copacabana, na fronteira com o Peru. Naquela ocasião, ladrões retiraram 18 jóias de valor incalculável das imagens da Virgem e do Menino Jesus. Durante as investigações, um sacerdote foi preso e outro permanece em prisão domiciliar.

No comunicado, a CEB se questiona sobre “o que acontece com a reputação e a integridade dos acusados, a que foram privados os direitos de defesa e apresentados à opinião pública como culpados”. Segundo Dom Scarpellini, “com demasiada facilidade se transforma as vítimas dos roubos, como sacerdotes e religiosos, em únicos suspeitos e culpados”, sem aplicar nestes casos a presumível inocência antes de se comprovar o contrário.

“Pedimos que a investigação avance o quanto antes e chegue aos verdadeiros culpados, não somente em Copacabana, mas também em Potosí e em outros lugares do país”, acrescentou, pedindo que os religiosos possam defender-se em liberdade das acusações.

O Bispo ratificou o compromisso da Igreja Católica em “cuidar os bens culturais e religiosos que estão sob sua responsabilidade, porém, também pediu atenção e ajuda ao Estado para resguardá-los como Patrimônio cultural em que se constituíram”. 

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