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5 de novembro de 2013

Nada, nem os poderes demoníacos, poderá separar-nos do amor de Deus - Papa Francisco

No Altar da Cátedra da Basílica de São Pedro, o Papa Francisco presidiu, como é tradicional no começo do mês de novembro, marcado pela lembrança e oração pelos fiéis defuntos, a Santa Missa em sufrágio pelos cardeais e bispos que faleceram no curso deste ano: nove cardeais e 136 arcebispos e bispos.

"Pois estou persuadido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem as alturas, nem os abismos, nem outra qualquer criatura nos poderá apartar do amor que Deus nos testemunha em Cristo Jesus, nosso Senhor", evocando estas palavras de São Paulo, o Santo Padre, disse que só o pecado pode interromper estes laços, mas também neste caso Deus procura o homem para saná-lo.

"Mesmo se os poderes demoníacos, hostis ao homem, ficam impotentes diante da íntima união do amor entre Jesus e quem o acolhe com fé. Esta realidade do amor fiel que Deus tem por cada um de nós ajuda a enfrentar com serenidade e força o caminho de cada dia, que às vezes é enviado, às vezes é lento e cansativo. Somente o pecado do homem pode interromper este vínculo; mas mesmo neste caso Deus o buscará sempre, perseguirá para restabelecer com ele uma união que dura mesmo após a morte".

O Papa disse também que esta união "no encontro final com o Pai alcança o seu ponto alto. Esta certeza confere um sentido novo e pleno à vida terrena e nos abre à esperança para a vida além da morte".

Com o Livro da Sabedoria, o Papa Francisco destacou que ante a morte de um ser querido ou que conhecemos bem, perguntamo-nos "o que será da sua vida, do seu trabalho, do seu serviço à Igreja?", para responder logo: "estão nas mãos de Deus!".

"Estes pastores zelosos que dedicaram a sua vida ao serviço de Deus e dos irmãos, estão nas mãos de Deus. Tudo deles está bem protegido e não será corroído pela morte. Estão nas mãos de Deus todos e os seus dias entrelaçados de alegrias e de sofrimentos, de esperanças e de cansaços, de fidelidade ao Evangelho e de paixão pela salvação espiritual e material do rebanho a eles confiado".

O Santo Padre destacou que "também os nossos pecados estão nas mãos de Deus, aquelas mãos são misericordiosas, mãos "chagadas" de amor. Não por acaso Jesus quis conservar as chagas em suas mãos para fazer-nos sentir a sua misericórdia. E esta é a nossa força, a nossa esperança".

Esta realidade, cheia de esperança, é a perspectiva da ressurreição final da vida eterna, a que estão destinados "os justos", aqueles que acolhem a Palavra de Deus e são dóceis.

Recordando os queridos irmãos Cardeais e Bispos falecidos "homens dedicados às suas vocações e ao serviço à Igreja, que amaram como se ama uma esposa", o Papa Francisco os encomendou à misericórdia divina para que sejam recebidos onde vivem eternamente os justos e os que foram fiéis testemunhas do Evangelho, alentando a rezar para que o Senhor prepare a todos para este encontro.

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