O Papa Francisco celebrou a missa, na manhã desta quinta-feira, na capela da residência arquiepiscopal de Sumaré, no Rio de Janeiro, onde se encontra hospedado nesses dias.
Às 7h30 locais, o Santo Padre presidiu a missa para 300 pessoas, dentre elas todos os seminaristas do Rio dos Seminários Maior, Propedêutico e Redemptoris Mater, acompanhados por seus formadores.
"A tentação de enganar a si mesmos também se aninha em muitos cristãos. A tentação de acreditar ser melhor daquilo que se é, até mesmo diante de Deus, mesmo se uma determinada opção de vida impõe um estilo de humildade", disse o Papa Francisco recordando que a Igreja nesta quinta-feira celebra São Tiago Apóstolo.
No desenvolvimento de sua meditação, o Papa lembrou que temos um tesouro em vasos de argila. O tesouro é a revelação de Deus em Jesus Cristo que Paulo procura explicar sublinhando a tensão existente entre a grandeza do dom e a baixeza de quem o recebe, ou seja, a natureza humana, frágil vaso de argila em que Deus derramou um inefável mistério.
"Para todos nós, consagrados, religiosos, sacerdotes e bispos, este é um denominador comum: recebemos um dom e todos nós somos vasos de argila. O problema é como levar adiante essa tensão: sempre se perde o equilíbrio. Ao longo da história da Igreja aparecem homens e mulheres que recebem o dom, sabem que são de argila, mas ao longo da vida se entusiasmam de tal maneira que se esquecem que são de argila ou se esquecem que o dom é um grande dom. Então essa tensão perde o equilíbrio que nos faz tão bem", frisou o pontífice.
"Mas, lembramo-nos que somos feitos de argila?, perguntou Francisco. A tentação está no camuflar o vaso de argila, pintando-o, tornado-o bonito e assim começamos a nos enganar e acreditar que somos uma categoria superior. Isso aconteceu um pouco com Tiago e João no episódio citado pelo Evangelho de hoje em que a mãe dos dois Apóstolos pede a Jesus para que se sente um à sua direita e outro à sua esquerda, em seu Reino. "Eles entraram naquele jogo mundano de se esquecer que somos de argila e queriam ter um prestígio, uma certa autoridade no grupo dos doze", frisou o pontífice.
"A Igreja sofreu muito e ainda sofre toda vez que um dos chamados a receber o tesouro em vaso de argila acumula tesouro, se dedica a mudar a natureza da argila e pensa ser melhor, que não é mais de argila. Somos de argila até o fim. Jesus nos salva a seu modo, mas não na maneira humana de prestígio, de aparências, de ter cargos relevantes. Aqui nasce o carreirismo na Igreja que faz tanto mal.
Os líderes das nações, disse Jesus, dominam seus povos, os submetem e comandam. Entre vocês não deve ser assim: vocês são servidores. Vocês existem para servir. Vaso de argila e grandeza de Jesus", concluiu o Papa Francisco. (MJ)
Às 7h30 locais, o Santo Padre presidiu a missa para 300 pessoas, dentre elas todos os seminaristas do Rio dos Seminários Maior, Propedêutico e Redemptoris Mater, acompanhados por seus formadores.
"A tentação de enganar a si mesmos também se aninha em muitos cristãos. A tentação de acreditar ser melhor daquilo que se é, até mesmo diante de Deus, mesmo se uma determinada opção de vida impõe um estilo de humildade", disse o Papa Francisco recordando que a Igreja nesta quinta-feira celebra São Tiago Apóstolo.
No desenvolvimento de sua meditação, o Papa lembrou que temos um tesouro em vasos de argila. O tesouro é a revelação de Deus em Jesus Cristo que Paulo procura explicar sublinhando a tensão existente entre a grandeza do dom e a baixeza de quem o recebe, ou seja, a natureza humana, frágil vaso de argila em que Deus derramou um inefável mistério.
"Para todos nós, consagrados, religiosos, sacerdotes e bispos, este é um denominador comum: recebemos um dom e todos nós somos vasos de argila. O problema é como levar adiante essa tensão: sempre se perde o equilíbrio. Ao longo da história da Igreja aparecem homens e mulheres que recebem o dom, sabem que são de argila, mas ao longo da vida se entusiasmam de tal maneira que se esquecem que são de argila ou se esquecem que o dom é um grande dom. Então essa tensão perde o equilíbrio que nos faz tão bem", frisou o pontífice.
"Mas, lembramo-nos que somos feitos de argila?, perguntou Francisco. A tentação está no camuflar o vaso de argila, pintando-o, tornado-o bonito e assim começamos a nos enganar e acreditar que somos uma categoria superior. Isso aconteceu um pouco com Tiago e João no episódio citado pelo Evangelho de hoje em que a mãe dos dois Apóstolos pede a Jesus para que se sente um à sua direita e outro à sua esquerda, em seu Reino. "Eles entraram naquele jogo mundano de se esquecer que somos de argila e queriam ter um prestígio, uma certa autoridade no grupo dos doze", frisou o pontífice.
"A Igreja sofreu muito e ainda sofre toda vez que um dos chamados a receber o tesouro em vaso de argila acumula tesouro, se dedica a mudar a natureza da argila e pensa ser melhor, que não é mais de argila. Somos de argila até o fim. Jesus nos salva a seu modo, mas não na maneira humana de prestígio, de aparências, de ter cargos relevantes. Aqui nasce o carreirismo na Igreja que faz tanto mal.
Os líderes das nações, disse Jesus, dominam seus povos, os submetem e comandam. Entre vocês não deve ser assim: vocês são servidores. Vocês existem para servir. Vaso de argila e grandeza de Jesus", concluiu o Papa Francisco. (MJ)
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