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3 de julho de 2013

Em Fátima, Bento XVI reacendeu e fixou o sol da esperança

Depois de quarenta anos das trevas trazidas pela fumaça de Satanás no Concilio Vaticano II, o sol volta a brilhar, cada vez mais claro no céu da Igreja, graças às palavras pronunciadas por Bento XVI em sua viagem a Fátima. Bento XVI reacendeu o sol da esperança.

As almas andavam desanimadas em meio às trevas e à confusão doutrinária causada pelo relativismo do Vaticano II. A fé se obscurecera entre os católicos. Os costumes se arruinaram. Com o Concílio, tudo ficou relativo. Tudo ficou permitido. Tudo desmoronou. A Cidade de Deus ficou em ruínas. Em meio a essas ruínas, “um Bispo vestido de branco"  foi a Fátima, sol da Igreja, no século XXI.

Antes dessa viagem bendita, tudo era posto em dúvida. Até se fez o povo descrer das promessas de triunfo que Nossa Senhora profetizara em Fátima. O sol da Igreja parecia ter enlouquecido. Bispos vestiam-se de palhaços a celebrar loucamente a Missa Nova. Em Assis, um Buda foi posto em cima do sacrário de Cristo. Paulo VI foi se prostrar diante da ONU, declarando-a a única fonte da paz para o mundo. E João Paulo II beijou o Corão e aceitou que lhe colocassem na testa o sinal de Shivá.

O Sol da Igreja caiu em direção ao homem, em direção à terra, exaltando a Civilização do Homem, exaltando o novo ídolo: o Homem.

E Cristo, Deus e homem, foi retirado do centro dos altares.
   
Trevas. Trevas. E as trevas cobriram a face do abismo cavado jubilosamente pelos Bispos conciliares. E parecia que tudo fora perdido. E que os tesouros da tradição católica haviam sido esparramados como lixo no abismo da iniqüidade.

Nessa confusão jamais vista igual na história bi-milenar da Igreja, até mesmo Fátima foi atingida, quando uma autoridade eclesiástica pretendeu fazer de seu santuário um templo do ecumenismo.

Cardeais fizeram crer que Fátima já fora ultrapassada. E seus devotos foram chamados por irrisão - “ecumenicamente” - de “fatimitas”.

Até das palavras e das promessas de Nossa Senhora se fizeram fábulas. O sol de Fátima parecia ter caído abaixo do horizonte da história que ele veio iluminar.

Trevas. Trevas das mentiras. Trevas dos vícios.

Em meio a essas trevas, subitamente se ergueu o monstro da pedofilia dos padres modernos. E aquele que a combatia — o Cardeal Ratzinger, o Papa Bento XVI - foi apedrejado pela mídia internacional, em campanha orquestrada, como sendo ele o culpado desse fruto monstruoso do relativismo moral, desse fruto podre da heresia modernista, que sempre proclamou que a moral muda e que tudo devia ser permitido.

Em meio a seu apedrejamento, sereno e imperturbável, Bento XVI foi a Fátima. Como um filho que vai à casa de sua Mãe buscar conforto e sustentação.

 E desde o avião em que viajava, ele já lançou o brado da verdade: não é correto que o Segredo de Fátima se realizou no atentado de Agca contra João Paulo II, em 1981, como o Cardeal Sodano e outros tentaram impingir para deturpar a profecia de Nossa Senhora e continuar a ocultar o que a Mãe do Céu nos veio dizer em 1917.

E de que adianta esconder em segredo as palavras da profecia, quando a profecia é lida nos fatos que estão acontecendo?

A Mensagem de Fátima está se realizando a nossos olhos. Agora. Ela tem relação com a “sporchizzia” da pedofilia do clero moderno e modernista, que enterrou a ascese, que abandonou a cruz. Que negou o Sol da Verdade. Que renegou a Luz da Verdade imutável do Sol de Justiça.

Em Fátima, Bento XVI consagrou o clero ao Imaculado Coração de Maria. Entre o demônio da pederastia e do homossexualismo que assola o clero, o Papa colocou, qual muralha indestrutível e inquebrantável, a consagração de todos os sacerdotes e seminaristas ao Imaculado Coração de Maria. Que frutos sobrenaturais não advirão dessa Consagração feita em tão boa hora?!

 Mais ainda. Dizendo que a mensagem de Fátima está se realizando em nossos dias e que ela se completará no futuro, com o triunfo do Coração Imaculado de Maria, o Papa Bento XVI reacendeu a chama da tocha que Nossa Senhora trouxe do Céu, em Fátima, em 1917.

 A Modernidade está próxima de seu fim.

 Eis as palavras do Papa, hoje dia 13 de Maio:
 
 “Enganar-se-ia quem pensasse que a missão profética de Fátima esteja concluída”. (Bento XVI, Sermão em Fátima em 13 de Maio de 2010).

 Mentiam os que afirmavam que Fátima estava ultrapassada. Vivemos, também hoje, a realização da profecia. Um Papa está sendo apedrejado. Ele reza sozinho em seu calvário.
E Bento XVI relacionou esse combate atual, essa paixão dolorosa que a igreja está sofrendo, hoje, com a guerra incessante movida pela antiga serpente aos filhos da Mulher:

 “Aqui revive aquele desígnio de Deus que interpela a humanidade desde os seus primórdios: «Abel, onde está o teu irmão? […] A voz do sangue de teu irmão grita para mim do      solo da terra!» (Gen. 4, 9)”.(idem).

 O Papa alude à civilização do ódio e da injustiça que é a Modernidade, essa Cidade do Homem que se faz deus, civilização da paz do mundo e do amor degradado a mero instinto,  que só geram ódio e crime e guerra, dizendo:

 “O homem pode desencadear um ciclo de morte e de terror, mas não consegue interrompê-lo…” (Bento XVI, Sermão em Fátima em 13 de Maio de 2010).

 O ciclo de morte e terror desencadeado desde Lutero até Lênin e Fidel Castro, passando por Robespierre, já não se poderá deter. A desordem da Modernidade terminará em sangue e morte, em guerra e destruição. O anjo em Fátima brandia uma espada de fogo e clamava por penitência.

 Penitência...

 Lembro-me de uma visita que um pobre franciscano me fez fazer a um seu antigo convento onde residiam apenas uns três frades. O antigo colégio que tinham fora fechado por que não dava lucro e então os filhos da pobreza o substituíram por um super mercado. Que dava lucro. O Superior do convento que nos recebeu chegou sem corda à cintura e sem batina. Com camisa esportiva. E nela estava escrito: “Gay pleasure”.

 Meninos, eu li.

 Frades assim, quando vão a Fátima, fazem viagem turística... por penitência...

 Bento XVI não foi fazer turismo em Fátima. Em meio à tempestade que assola a Igreja, em meio à fúria de ódio que o aflige, serenamente Bento XVI foi a Fátima.
     
 “Vim a Fátima, porque para este lugar converge hoje a Igreja peregrinante, desejada pelo seu Filho qual instrumento de evangelização e sacramento de salvação. Vim a Fátima para rezar, com Maria e com tantos peregrinos, para a nossa humanidade aflita por misérias e sofrimentos. Enfim, vim a Fátima, com os mesmos sentimentos dos Beatos Francisco e Jacinta e da Serva de Deus Lúcia, para confiar a Nossa Senhora a íntima confissão que «amo», que a Igreja, que os sacerdotes «amam» a Jesus e desejam ter os olhos fixos nEle, enquanto se conclui este Ano Sacerdotal, e para confiar à materna proteção de Maria os sacerdotes, os consagrados e as consagradas, os missionários e todos os que fazem algum  bem, que tornam acolhedora e benéfica a Casa de Deus” (Bento XVI, Sermão em Fátima em 13 de Maio de 2010).

 Em Fátima, está a esperança deste mundo desesperado das coisas humanas, desesperado do Humanismo, esse ídolo oco forjado pelas forças do mal. Em Fátima está a esperança: a Virgem Maria, Mãe do Verbo encarnado aquela que nos trouxe o Verbo, que nos deu a Palavra para que disséssemos a Verdade. Em Fátima, Maria Santíssima nos trouxe as palavras de esperança certa. A noite da eternidade não permanecerá para sempre. Seu fim se aproxima. O Sol da Verdade católica vai renascer.

 “Sim! O Senhor, a nossa grande esperança está conosco” (Bento XVI, Sermão em Fátima em 13 de Maio de 2010).

 Maria.
   
 Prova de que o sol não cairá mais e de que não mais dançará voluvelmente, como o falso sol do racionalismo relativista do antropocentrismo, é a promessa de Nossa Senhora em 1917, palavra ocultada até hoje em sua plenitude, e que Bento XVI fez entrever.

 “Prova disso é este lugar bendito. Dentro de sete anos voltareis aqui para celebrar o centenário da primeira visita feita pela Senhora «vinda do Céu», como Mestra que introduz os pequenos videntes no íntimo conhecimento do Amor trinitário e os leva a saborear o próprio Deus como a cosa mais bela da existência humana” (Bento XVI, Sermão em Fátima em 13 de Maio de 2010).

 O Papa, em Fátima, reacendeu a esperança daqueles que na noite do Concílio permaneceram fiéis crendo na luz que não muda:

 “Quem vigia, na noite da dúvida e da incerteza, com o coração desperto na oração? Quem espera a aurora do novo dia, tendo acesa a chama da fé? A fé em Deus abre para o homem o horizonte de uma esperança certa que não desilude; indica um sólido fundamento sobre o qual apoiar, sem medo, a própria vida; exige o abandono, pleno de confiança, nas mãos do Amor que sustenta o mundo” (Bento XVI, Sermão em Fátima em 13 de Maio de 2010).

 O Papa mostra então que, hoje, a família humana desgraçadamente quer destruir os laços sagrados do matrimônio, a vida dos nascituros, negar toda a lei natural, fazer valer o individualismo mais egoísta e relativista, como jamais foi visto igual na historia. E a humanidade faz isso buscando a própria sepultura, depois de uma morte talvez no fogo nuclear:

 “Com a família humana pronta a sacrificar os seus laços mais santos no altar de mesquinhos egoísmos de nação, raça, ideologia, grupo, indivíduo, veio do Céu a nossa Mãe bendita, oferecendo-se para transplantar no coração de quantos nela confiam o Amor de Deus que arde no seu. Naquele tempo, havia somente três, cujo exemplo de vida se difundiu e multiplicou em grupos inumeráveis por toda a superfície da terra, em particular à passagem da Virgem Peregrina, os quais se dedicaram à causa da solidariedade fraterna.      

 E Bento XVI nos alenta a esperar em meio às trevas, a esperar em meio às perseguições, a esperar, até para muito breve, o triunfo do Coração do Imaculado Coração de Maria, dizendo-nos:

 “Possam estes sete anos que nos separam do centenário das Aparições apressarem o pré anunciado triunfo do Coração Imaculado de Maria a glória da Santíssima Trindade”.

 Com tais palavras de fogo, de luz e de esperança, Bento XVI reacendeu o sol da verdade e o fixou firmemente, de novo, no céu imutável e imperecível da igreja.

 Em Fátima, Bento XVI reacendeu e fixou o sol.

São Paulo 13 de Maio de 2010


 Fonte: Montfort Associação Cultural - Prof.Orlando Fedeli

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