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17 de julho de 2013

JMJ - O Papa e os jovens

Quando do primeiro “encontro mundial” do Papa com a Juventude, em 1984, a preocupação era garantir que a grande diferença de idade não inviabilizasse o diálogo.

Colocar frente à frente gerações tão diferentes, parecia provocar o desencontro, como resultado do encontro proposto.
 A iniciativa tinha sido de João Paulo II, o incansável peregrino, obstinado a se encontrar com todo o mundo.

Dessa vez a aposta era com a juventude. E o resultado foi surpreendente: entre o ancião que representava a velha guarda, e os jovens que representavam as novas gerações, na verdade havia muito mais concordâncias do que divergências, mais sintonias do que dissonâncias, mais empatia do que oposição. Esta primeira experiência acendeu a luz inspiradora, para construir uma plataforma dinâmica de diálogo entre a Igreja e a Juventude de nosso tempo. Outro fato concomitante veio corroborar esta proposta: a ONU acabava de estabelecer o ano de 1985 como o “Ano Internacional da Juventude”.

O Papa não perdeu tempo: convocou outro encontro com os jovens, ainda em 1985, e nele expôs sua intenção de criar a “Jornada Mundial da Juventude”, a ser realizada em cada ano, por todas as dioceses, de preferência no Domingo de Ramos. Mas a proposta continha um ingrediente, que a experiência comprovou ser estratégico para sustentar as motivações da Jornada Mundial: ficou estabelecido que, no intervalo de poucos anos, de vez em quando, haveria Jornadas da Juventude, em grandes cidades do mundo, que contariam com a presença do Papa. E assim já aconteceu em 1986, ano em que se realizou a primeira Jornada Mundial da Juventude, que inaugurou a série que continua até hoje. Daí que agora já estamos na 28ª. JMJ, número que inicia sua contagem em 1986. E esta primeira já contou com a presença especial do Papa, traçando de certa maneira o molde das outras que deveriam vir.

O interessante é que a segunda JMJ foi realizada em Buenos Aires, em 1987. Naqueles anos o Bergoglio ainda não era nem cardeal nem arcebispo de Buenos Aires, mas participou de perto desta nova iniciativa da Igreja, de se aproximar dos jovens, colocá-los em contato com Cristo, inseri-los na comunhão eclesial e envolvê-los na missão apostólica. O fato é que os jovens se tornaram hoje, através das Jornadas Mundiais, uma referência positiva de sensibilidade cristã, de vontade de recuperar valores perenes que motivam nossa existência, e sobretudo de generosidade em abraçar as causas da humanidade e a missão da Igreja.
Nem é de estranhar que entre Juventude e Evangelho exista uma profunda afinidade e uma mútua cumplicidade. Pois na verdade o Evangelho de Cristo sempre traz a dinâmica da renovação, da recuperação de sentido, da mudança e da conversão pessoal com repercussões na sociedade.

Não é por nada que por definição, o “evangelho” é uma “Boa Notícia”, que tem a força de se renovar sempre, encontrando nas “novas gerações” a porta aberta para entrar e ser acolhida. Se nos perguntarmos o que está acontecendo nestes dias com a Jornada Mundial da Juventude, podemos dizer que é o Evangelho assumindo as feições da juventude de hoje, e mostrando de novo como ele é o caminho verdadeiro para a plena realização de nossa vida. Os jovens estão nos dando o testemunho da perene vitalidade do Evangelho de Cristo. D. Demétrio Valentini

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