Na tarde do último dia do ano, o Santo Padre presidiu, na Basílica Vaticana, às primeiras Vésperas da Solenidade da Santa Mãe de Deus, com a exposição do Santíssimo Sacramento e com o canto do Te Deum de agradecimento pelo ano que se concluiu e com a Bênção Eucarística.
Com efeito, na sua homilia, o Papa partiu da afirmação do apóstolo São João: "Esta é a última hora". Esta afirmação tem um grande sentido na última Missa de 2013.
De fato, disse o Pontífice, significa que, com a vinda de Deus na história, já nos encontramos nos "últimos" tempos, depois do qual o passo final será a segunda e última vinda de Cristo. Trata-se, naturalmente, da qualidade do tempo e não da quantidade. Com efeito, o Pontífice disse:
“Com Jesus chegou a "plenitude" dos tempos, plenitude do sentido e plenitude da salvação. Não haverá mais uma nova revelação, mas a plena manifestação do que Jesus já revelou. Deste modo, chegamos à "última hora": cada momento da nossa vida é definitivo e cada uma das nossas ações é repleta de eternidade. Hoje, a resposta que damos a Deus, que nos ama em Jesus Cristo, incide sobre o nosso futuro”.
A visão bíblica e cristã do tempo e da história não é cíclica, mas linear, afirmou o Papa, dizendo: “Trata-se de um caminho que leva a uma realização. Um ano que passa, não nos leva a uma realidade que acaba, mas a uma realidade que se realiza; é um passo a mais à meta que está diante de nós: meta de esperança e de felicidade por encontrar-nos com Deus, razão da nossa esperança e fonte da nossa alegria. E o Santo Padre acrescentou:
“Enquanto o ano 2013 chega ao fim, colhemos, como em uma cesta, os dias, as semanas, os meses que vivemos para oferecer tudo ao Senhor. E poderíamos perguntar-nos: como vivemos o tempo que Ele nos deu? Nós o utilizamos só para nós mesmos, para os nossos interesses ou o empregamos também para os outros? Quanto tempo empregamos para Deus, para estarmos com ele, na oração, no silêncio, na adoração?”
A seguir, como Bispo de Roma, o Papa Francisco, fez uma longa reflexão sobre a Cidade Eterna, levantando diversas questões: O que aconteceu este ano? O que está acontecendo e o que vai acontecer? Como está a qualidade de vida desta cidade e da nossa cidadania? Será que contribuímos, com o nosso "pouco", para torná-la vivível, organizada, acolhedora? Tudo isso depende de nós, depende de quem tem autoridade e, por conseguinte, tem maior responsabilidade. Somos todos co-responsáveis. E o Papa recordou:
“Roma é uma cidade de beleza única! Seu patrimônio espiritual e cultural é extraordinário. Entretanto, também em Roma há tantas pessoas que vivem na miséria, material e moral; pessoas pobres, infelizes, que interpelam a consciência, não só dos responsáveis públicos, mas também de cada cidadão. Em Roma, talvez, sentimos de modo mais forte este contraste entre o ambiente majestoso e repleto de beleza artística e as dificuldades sociais dos mais necessitados”.
O Santo Padre continuou dizendo que “Roma é uma cidade sempre cheia de turistas, mas também cheia de refugiados; cheia de pessoas que trabalham, mas também de desempregados ou mal remunerados e até com salários indignos. Porém, todos têm direito de ser bem tratados e acolhidos com equidade, no respeito da sua dignidade humana. E o Papa perguntou ainda:
“Chegou o último dia do ano. O que faremos? Como agiremos no próximo ano, para tornar a nossa Cidade um pouco melhor? A Roma do ano novo terá um rosto mais bonito se for mais rica de humanidade, hospitaleira, acolhedora; se todos nós formos atenciosos e generosos com os mais necessitados; se soubermos colaborar, com espírito construtivo e solidário, para o bem de todos e para resolver os tantos problemas humanos, problemas de homens e mulheres, nossos irmãos”.
Mas, a Igreja de Roma, disse o Pontífice, também se sente comprometida para contribuir para a vida e o futuro da Cidade, com o fermento do Evangelho, sendo sinal e instrumento da misericórdia de Deus.
Por fim, o Bispo de Roma convidou os fiéis a encerrar o Ano do Senhor 2013, pedindo perdão e agradecendo por todos os benefícios que Deus nos concedeu, especialmente, pela sua paciência e fidelidade, que se manifestam no decorrer dos tempos, mas de forma única, na plenitude dos tempos. “Que a Mãe de Deus, em nome da qual iniciamos um novo ano, um novo trajeto da nossa peregrinação terrena, nos ensine a acolher o Deus feito homem!
Ao término da celebração das Vésperas da Solenidade da Santa Mãe de Deus, o Papa Francisco se dirigiu ao patamar da Basílica Vaticana, onde tomou o papa-móvel para ir visitar o Presépio, montado ao centro da Praça São Pedro, ao lado do obelisco e da grande árvore de Natal. (MT)
Eis a homilia na íntegra:
"O apóstolo João define o tempo presente de modo preciso: "Esta é a última hora" (1 Jo 2,18). Isso significa que, com a vinda de Deus na história, já nos encontramos nos "últimos" tempos, depois do qual o passo final será a segunda e última vinda de Cristo. É claro, aqui se trata da qualidade do tempo e não da sua quantidade. Com, Jesus chegou a "plenitude" dos tempos, plenitude de sentido e plenitude da salvação. E não haverá mais uma nova revelação, mas a plena manifestação do que Jesus já revelou. Neste sentido, estamos na "última hora"; cada momento da nossa vida é definitivo e cada uma das nossas ações é repleta de eternidade; de fato, a resposta que damos, hoje, a Deus, que nos ama em Jesus Cristo, incide sobre o nosso futuro.
A visão bíblica e cristã do tempo e da história não é cíclica, mas linear: é um caminho que leva a um cumprimento. Um ano que passa, portanto, não nos leva a uma realidade que acaba, mas a uma realidade que se realiza, é um passo a mais em direção à meta que está diante de nós: uma meta de esperança e de felicidade, porque nos encontraremos com Deus, razão da nossa esperança e fonte da nossa alegria.
Enquanto o ano 2013 chega ao fim, colhemos, como em uma cesta, os dias, as semanas, os meses que vivemos para oferecer tudo ao Senhor. E nos perguntamos: como vivemos o tempo que Ele nos deu? Nós o utilizamos, sobretudo, para nós mesmos, para os nossos interesses ou soubemos empregá-lo para os outros? E Deus? Quanto tempo empregamos para "estar com ele", na oração, no silêncio? ...
Pensemos também nesta cidade de Roma. O que aconteceu este ano? O que está acontecendo e o que vai acontecer? Como está a qualidade de vida nesta cidade? Tudo depende de nós! Como está a qualidade da nossa "cidadania"? Este ano, contribuímos, com o nosso "pouco", para torná-la vivível, organizada, acolhedora? Na verdade, o rosto de uma cidade é como um mosaico, cujas peças são todas as pessoas que aqui vivem. Claro, quem tem autoridade, tem maior responsabilidade, mas cada um é co-responsável, no bem e no mal.
Roma é uma cidade de beleza única! Seu patrimônio espiritual e cultural é extraordinário. No entanto, também em Roma há tantas pessoas assinaladas pela miséria, material e moral, pessoas pobres, infelizes, que interpelam a consciência, não apenas dos responsáveis públicos, mas também de cada cidadão. Em Roma, talvez, sentimos de modo mais forte este contraste entre o ambiente majestoso e repleto de beleza artística, e as dificuldades sociais de quem tem mais problemas.
Roma é uma cidade sempre cheia de turistas, mas também cheia de refugiados. Roma está cheia de pessoas que trabalham, mas também de pessoas que não encontram trabalho ou fazem trabalhos mal pagos e, por vezes, indignos; mas todos têm o direito de ser tratados com a mesma atitude de acolhida e de equidade, porque cada um é portador de dignidade humana.
Chegou o último dia do ano. O que faremos? Como agiremos no próximo ano, para tornar a nossa Cidade um pouco melhor? A Roma do ano novo terá um rosto bem mais bonito se for mais rica de humanidade, hospitaleira, acolhedora; se todos nós formos atenciosos e generosos com os mais necessitados; se soubermos colaborar, com espírito construtivo e solidário, pelo bem de todos. A Roma do ano novo será melhor se não houver pessoas que a olham "de longe", que olham a sua vida só "da varanda", sem se deixar envolver pelos tantos problemas humanos, problemas de homens e mulheres que, no final... e desde o início, quer queiramos ou não, são nossos irmãos. Nesta perspectiva, a Igreja de Roma se sente comprometida em dar a sua contribuição própria para a vida e o futuro da Cidade: para animá-la com o fermento do Evangelho, para ser sinal e instrumento da misericórdia de Deus.
Nesta noite, encerremos o Ano do Senhor 2013, agradecendo e pedindo perdão. Agradeçamos por todos os benefícios que Deus nos concedeu, especialmente, pela sua paciência e fidelidade, que se manifestam no decorrer dos tempos, mas de forma única, na plenitude dos tempos, quando "Deus enviou seu Filho, nascido de mulher" (Gl 4,4).
Que a Mãe de Deus, em nome da qual iniciaremos, amanhã, um novo trajeto da nossa peregrinação terrena, nos ensine a acolher o Deus feito homem, a fim de que cada ano, cada mês, cada dia seja repleto do seu amor eterno. (MT)
Com efeito, na sua homilia, o Papa partiu da afirmação do apóstolo São João: "Esta é a última hora". Esta afirmação tem um grande sentido na última Missa de 2013.
De fato, disse o Pontífice, significa que, com a vinda de Deus na história, já nos encontramos nos "últimos" tempos, depois do qual o passo final será a segunda e última vinda de Cristo. Trata-se, naturalmente, da qualidade do tempo e não da quantidade. Com efeito, o Pontífice disse:
“Com Jesus chegou a "plenitude" dos tempos, plenitude do sentido e plenitude da salvação. Não haverá mais uma nova revelação, mas a plena manifestação do que Jesus já revelou. Deste modo, chegamos à "última hora": cada momento da nossa vida é definitivo e cada uma das nossas ações é repleta de eternidade. Hoje, a resposta que damos a Deus, que nos ama em Jesus Cristo, incide sobre o nosso futuro”.
A visão bíblica e cristã do tempo e da história não é cíclica, mas linear, afirmou o Papa, dizendo: “Trata-se de um caminho que leva a uma realização. Um ano que passa, não nos leva a uma realidade que acaba, mas a uma realidade que se realiza; é um passo a mais à meta que está diante de nós: meta de esperança e de felicidade por encontrar-nos com Deus, razão da nossa esperança e fonte da nossa alegria. E o Santo Padre acrescentou:
“Enquanto o ano 2013 chega ao fim, colhemos, como em uma cesta, os dias, as semanas, os meses que vivemos para oferecer tudo ao Senhor. E poderíamos perguntar-nos: como vivemos o tempo que Ele nos deu? Nós o utilizamos só para nós mesmos, para os nossos interesses ou o empregamos também para os outros? Quanto tempo empregamos para Deus, para estarmos com ele, na oração, no silêncio, na adoração?”
A seguir, como Bispo de Roma, o Papa Francisco, fez uma longa reflexão sobre a Cidade Eterna, levantando diversas questões: O que aconteceu este ano? O que está acontecendo e o que vai acontecer? Como está a qualidade de vida desta cidade e da nossa cidadania? Será que contribuímos, com o nosso "pouco", para torná-la vivível, organizada, acolhedora? Tudo isso depende de nós, depende de quem tem autoridade e, por conseguinte, tem maior responsabilidade. Somos todos co-responsáveis. E o Papa recordou:
“Roma é uma cidade de beleza única! Seu patrimônio espiritual e cultural é extraordinário. Entretanto, também em Roma há tantas pessoas que vivem na miséria, material e moral; pessoas pobres, infelizes, que interpelam a consciência, não só dos responsáveis públicos, mas também de cada cidadão. Em Roma, talvez, sentimos de modo mais forte este contraste entre o ambiente majestoso e repleto de beleza artística e as dificuldades sociais dos mais necessitados”.
O Santo Padre continuou dizendo que “Roma é uma cidade sempre cheia de turistas, mas também cheia de refugiados; cheia de pessoas que trabalham, mas também de desempregados ou mal remunerados e até com salários indignos. Porém, todos têm direito de ser bem tratados e acolhidos com equidade, no respeito da sua dignidade humana. E o Papa perguntou ainda:
“Chegou o último dia do ano. O que faremos? Como agiremos no próximo ano, para tornar a nossa Cidade um pouco melhor? A Roma do ano novo terá um rosto mais bonito se for mais rica de humanidade, hospitaleira, acolhedora; se todos nós formos atenciosos e generosos com os mais necessitados; se soubermos colaborar, com espírito construtivo e solidário, para o bem de todos e para resolver os tantos problemas humanos, problemas de homens e mulheres, nossos irmãos”.
Mas, a Igreja de Roma, disse o Pontífice, também se sente comprometida para contribuir para a vida e o futuro da Cidade, com o fermento do Evangelho, sendo sinal e instrumento da misericórdia de Deus.
Por fim, o Bispo de Roma convidou os fiéis a encerrar o Ano do Senhor 2013, pedindo perdão e agradecendo por todos os benefícios que Deus nos concedeu, especialmente, pela sua paciência e fidelidade, que se manifestam no decorrer dos tempos, mas de forma única, na plenitude dos tempos. “Que a Mãe de Deus, em nome da qual iniciamos um novo ano, um novo trajeto da nossa peregrinação terrena, nos ensine a acolher o Deus feito homem!
Ao término da celebração das Vésperas da Solenidade da Santa Mãe de Deus, o Papa Francisco se dirigiu ao patamar da Basílica Vaticana, onde tomou o papa-móvel para ir visitar o Presépio, montado ao centro da Praça São Pedro, ao lado do obelisco e da grande árvore de Natal. (MT)
Eis a homilia na íntegra:
"O apóstolo João define o tempo presente de modo preciso: "Esta é a última hora" (1 Jo 2,18). Isso significa que, com a vinda de Deus na história, já nos encontramos nos "últimos" tempos, depois do qual o passo final será a segunda e última vinda de Cristo. É claro, aqui se trata da qualidade do tempo e não da sua quantidade. Com, Jesus chegou a "plenitude" dos tempos, plenitude de sentido e plenitude da salvação. E não haverá mais uma nova revelação, mas a plena manifestação do que Jesus já revelou. Neste sentido, estamos na "última hora"; cada momento da nossa vida é definitivo e cada uma das nossas ações é repleta de eternidade; de fato, a resposta que damos, hoje, a Deus, que nos ama em Jesus Cristo, incide sobre o nosso futuro.
A visão bíblica e cristã do tempo e da história não é cíclica, mas linear: é um caminho que leva a um cumprimento. Um ano que passa, portanto, não nos leva a uma realidade que acaba, mas a uma realidade que se realiza, é um passo a mais em direção à meta que está diante de nós: uma meta de esperança e de felicidade, porque nos encontraremos com Deus, razão da nossa esperança e fonte da nossa alegria.
Enquanto o ano 2013 chega ao fim, colhemos, como em uma cesta, os dias, as semanas, os meses que vivemos para oferecer tudo ao Senhor. E nos perguntamos: como vivemos o tempo que Ele nos deu? Nós o utilizamos, sobretudo, para nós mesmos, para os nossos interesses ou soubemos empregá-lo para os outros? E Deus? Quanto tempo empregamos para "estar com ele", na oração, no silêncio? ...
Pensemos também nesta cidade de Roma. O que aconteceu este ano? O que está acontecendo e o que vai acontecer? Como está a qualidade de vida nesta cidade? Tudo depende de nós! Como está a qualidade da nossa "cidadania"? Este ano, contribuímos, com o nosso "pouco", para torná-la vivível, organizada, acolhedora? Na verdade, o rosto de uma cidade é como um mosaico, cujas peças são todas as pessoas que aqui vivem. Claro, quem tem autoridade, tem maior responsabilidade, mas cada um é co-responsável, no bem e no mal.
Roma é uma cidade de beleza única! Seu patrimônio espiritual e cultural é extraordinário. No entanto, também em Roma há tantas pessoas assinaladas pela miséria, material e moral, pessoas pobres, infelizes, que interpelam a consciência, não apenas dos responsáveis públicos, mas também de cada cidadão. Em Roma, talvez, sentimos de modo mais forte este contraste entre o ambiente majestoso e repleto de beleza artística, e as dificuldades sociais de quem tem mais problemas.
Roma é uma cidade sempre cheia de turistas, mas também cheia de refugiados. Roma está cheia de pessoas que trabalham, mas também de pessoas que não encontram trabalho ou fazem trabalhos mal pagos e, por vezes, indignos; mas todos têm o direito de ser tratados com a mesma atitude de acolhida e de equidade, porque cada um é portador de dignidade humana.
Chegou o último dia do ano. O que faremos? Como agiremos no próximo ano, para tornar a nossa Cidade um pouco melhor? A Roma do ano novo terá um rosto bem mais bonito se for mais rica de humanidade, hospitaleira, acolhedora; se todos nós formos atenciosos e generosos com os mais necessitados; se soubermos colaborar, com espírito construtivo e solidário, pelo bem de todos. A Roma do ano novo será melhor se não houver pessoas que a olham "de longe", que olham a sua vida só "da varanda", sem se deixar envolver pelos tantos problemas humanos, problemas de homens e mulheres que, no final... e desde o início, quer queiramos ou não, são nossos irmãos. Nesta perspectiva, a Igreja de Roma se sente comprometida em dar a sua contribuição própria para a vida e o futuro da Cidade: para animá-la com o fermento do Evangelho, para ser sinal e instrumento da misericórdia de Deus.
Nesta noite, encerremos o Ano do Senhor 2013, agradecendo e pedindo perdão. Agradeçamos por todos os benefícios que Deus nos concedeu, especialmente, pela sua paciência e fidelidade, que se manifestam no decorrer dos tempos, mas de forma única, na plenitude dos tempos, quando "Deus enviou seu Filho, nascido de mulher" (Gl 4,4).
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