Reflexões pessoas sobre a comunicação a serviço de três Papas: o discurso de Pe. Lombardi passou em resenha o poder comunicativo dos gestos de João Paulo II, no tempo do vigor como no da ancianidade; a clareza de síntese e pensamento de Bento XVI; o extraordinário carisma comunicativo de Francisco, cuja mensagem chega ao coração das pessoas e, justamente por isso, é também acompanhado com atenção pela mídia num "círculo virtuoso", uma "espécie de aliança" entre o serviço dela e o anúncio do Papa.
O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé ressaltou o fato de, embora comunicando quase exclusivamente em italiano e espanhol, o Papa atual, "fonte de um rio inesgotável de imagens", conseguir veicular "mensagens importantíssimas ao mundo inteiro" e isso, espontaneamente, sem o estudo "à mesa" de uma nova "estratégia de comunicação".
Para o porta-voz vaticano, Bergoglio, o Papa "chamado quase do fim do mundo" situa-se "na mesma linha" de imediatidade dos gestos e envolvimento das multidões feitos por Karol Wojtyla, o Papa "chamado de um país distante" que corajosamente definiu "bendita" a televisão, compreendendo a importância da colaboração da mídia para a sua missão.
E através de imagens fortes em lugares significativos – como a oração no "Muro das Lamentações" em Jerusalém, ou o colóquio no cárcere com quem atentou contra a vida dele – comunicou de modo ainda mais eficaz do que com as palavras ditas ou escritas.
"Um grande mestre de comunicação" em formas e direções talvez nem sem sempre fáceis de propor através da mídia, mas nem por isso menos importantes", assim Pe. Lombardi definiu Joseph Ratzinger.
O religioso jesuíta recordou seu pensamento límpido, ordenado, coerente, sintético, sem incertezas e confusões, mesmo quando respondia a perguntas improvisadas. Segundo Pe. Lombardi, Bento XVI alcançou "vértices sublimes" nas homilias, "forma mais importante da comunicação na vida da comunidade eclesial".
O Pontificado do Papa alemão teve com a mídia "momentos bonitos" e outros mais "difíceis": Pe. Lombardi mencionou, em particular, a humildade e a paixão evangélica com que Ratzinger respondeu às críticas que se seguiram à remissão da excomunhão aos bispos lefebvrianos, e a postura pastoral e dinâmica – em plena sintonia com a de hoje do Papa Francisco – tida por Bento XVI ao abordar, no livro-entrevista "Luz do Mundo", a discussão sobre a avaliação moral do uso do preservativo. (RL)
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