Segundo o P. Afriyie, já é tempo de a Igreja em África se tornar auto-suficiente e de levar para a frente os seus numerosos projetos sem depender demasiado de ajudas externas.
Fazendo notar que a Igreja em África depende em cerca de 90% dos seus parceiros externos para a realização dos seus projetos, o P. Afriyie desafiou os participantes no encontro a interrogarem-se sobre o que seria da África se essas ajudas viessem a faltar. Aliás, continuou, tudo indica que isto pode vir a acontecer, pois os parceiros vêm-se atualmente a braços com dificuldades na recolha de fundos nos seus países, devido à crise econômico-financeira em várias partes do mundo.
O Secretário da Conferência Episcopal do Gana sugeriu que o SECAM (Simpósio das Conferências Episcopais da África) crie um Comité para a Angariação de Fundos com a tarefa de identificar e mobilizar recursos e oportunidades dentro do Continente.
Frisou também que se a decisão, tomada no ano passado pelo SECAM, de ter um domingo no ano para a recolha de fundos a nível continental, for realmente implementada, poderá constituir uma grande ajuda para o financiamento dos projetos. Convidou, por isso, bispos, padres, religiosos e leigos a fazer com que isto aconteça.
Durante o encontro dos Secretários foi também enfrentado o tema do uso dos chamados novos meios de comunicação social para dar a conhecer o perfil do SECAM e os seus esforços no processo de reconciliação em África. Foram analisados os aspectos positivos e negativos das redes sociais e, como forma de incrementar a comunicação entre os próprios Secretários, cada um criou uma própria conta no twetter.
Foram também apresentados relatórios, estratégias e acções prioritárias com vista na celebração do Ano da Reconciliação no Continente Africano e nas suas várias regiões. Isto em conformidade com a decisão tomada pelo SECAM na sua Assembleia Plenária.
Nesse seu terceiro encontro, os Secretário Gerais Nacionais e Regionais das Conferências Episcopais da África refletiram de modo particular sobre a “construção da reconciliação, da justiça e da paz, da boa governação” – lê-se na declaração final do encontro, assinada, em nome de todos, pelo Secretário Geral do SECAM, P. Jopeph Komakoma.
O comunicado refere ainda que os secretários se sentiram “interpelados a ser mais ativos no acompanhamento e aplicação das resoluções” dos bispos, assim como a ajudá-los com “análises e propostas” na concretização da sua missão.
Os Secretários manifestaram também a sua preocupação pela situação no Sudão e na República Centro-africana e exprimiram a sua solidariedade para com os Secretários Gerais daqueles países.
O encontro que tinha por tema “O papel dos Secretários Gerais das Conferências Episcopais Nacionais e Regionais no Processo de Reconciliação em África, a Boa Governação, o Bem Comum e as Transições Democráticas em África, à luz das Exortações Apostólicas Pós-Sinodais: Ecclesia in África e Africae Munus” sublinhou que o empenho na aplicação das orientações dessas duas exortações é prioritário.
Os Secretários exprimem satisfação por ter concluído o seu encontro celebrando a missa na igreja Regina Mundi, em Soweto, juntamente com uma comunidade viva.
O encontro contou também com a presença e mensagens do arcebispo de Cidade do Cabo e Presidente da Conferencia Episcopal da África Austral, D. Stephen Brislin, de D. Sithembele Sipuka, Bispo de Mthatha e membro do Comité Permanente do SECAM, e de Mons. Kevin Randall, Encarregado interino de Negócios.
Estiveram também presentes Mons. Duarte Cunha, Secretário Geral do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) e o Mons. Raymond O’Toole, Secretário Geral da Federação das Conferências Episcopais da Ásia (FABC).
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