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30 de março de 2014

Papa Francisco vai a Cassano, cidade símbolo da violência na Itália


O Papa Francisco vai visitar a cidade de Cassano, na região da Calábria, sul da Itália. O anúncio foi feito sábado, na Catedral da cidade, pelo bispo da diocese e novo Secretário-geral da Conferência Episcopal Italiana, Dom Nunzio Galantino. A data da visita ainda não foi definida.
“A iniciativa do Papa tem um significado simbólico muito forte e será ‘um evento para a Igreja em todo o mundo’”, adiantou. Em poucos meses, Cassano allo Jonio, um dos maiores municípios daquela região, foi palco de dois crimes brutais que comoveram todo o país: um menino de 3 anos foi assassinado e queimado pela 'ndrangheta (a máfia local), e Padre Lazzaro, pároco local, que foi morto a bordoadas ao flagrar um furto na canônica.
“Gostaria de dirigir um pensamento a Cocò Campolongo, menino de três anos que foi queimado vivo num carro em Cassano allo Jonio. Esta fúria em relação a uma criança tão pequena parece não ter precedentes na história da criminalidade. Rezemos com Cocò, que certamente está com Jesus no céu, pelas pessoas que cometeram este crime, para que se arrependam e se convertam ao Senhor”, disse o Papa depois de rezar o Angelus em 26 de janeiro passado, uma semana depois do atroz delito.
Dom Nunzio Galantino ressaltou que “a visita de Francisco não pode e não deve acarretar gastos injustificados para a Igreja diocesana e para o Município”. O bispo pediu que não se efetuem ‘maquilagens’ na cidade para torná-la mais bonita aos olhos do Papa, mas eventualmente, intervenções estruturais duradouras pelo bem da cidade.
“Toda a cidadania pode contribuir, como quiser e puder, com as despesas que a visita do Papa vai comportar, desde que o faça de modo regular e transparente. Os doadores devem estar conscientes de que sua contribuição não lhes dará o direito de receber tratamentos de preferência ou ‘primeiras filas’: os únicos privilegiados serão os doentes”.
O Papa irá a Cassano “para pedir desculpas” aos pobres, ateus, jovens e ao território. “Se o Papa pede desculpas, devemos fazê-lo também”, lembra Dom Galantino. E convida associações, grupos e movimentos a promoverem o slogan “Nós também nos desculpamos”, a fim de que a visita de Francisco “não se reduza a um evento midiático, mas que sacuda as consciências dos cidadãos das regiões locais e o território encontre finalmente o caminho da verdadeira beleza”.





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