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24 de maio de 2014

Encontro com refugiados e jovens portadores de deficiência


Betânia além do Jordão - Na tarde deste sábado, após a celebração da Santa Missa, no Estádio Internacional de Amã, Jordânia, o Papa Francisco se transferiu para a localidade onde Jesus foi batizado, chamada “Betânia além do Jordão” ou “Vale melodioso”, pelo murmúrio das águas do Jordão: aquele foi o centro das atividades de João Batista e da vida pública de Jesus. Ali, na igreja latina, o Santo Padre foi acolhido pelo Rei da Jordânia.

O Papa visitou o lugar do Batismo de Jesus até às margens do Rio Jordão. Após um breve momento de oração silenciosa, abençoou a água e assinou o livro de Honra. No interior da igreja latina, ainda em construção, o Bispo de Roma se encontrou com os Refugiados e com os jovens portadores de deficiência, um total de 600 pessoas.

Durante uma breve Paraliturgia, com cantos, leituras bíblicas e testemunhos dos presentes, o Papa pronunciou um discurso, dizendo inicialmente:

“Na minha peregrinação, desejei ardentemente encontrar-me com vocês. Por causa dos conflitos sangrentos vocês tiveram que deixar suas casas e sua Pátria, encontrando abrigo nesta terra hospitaleira da Jordânia. Quis também encontrar-me com vocês, queridos jovens, que carregam o peso de alguma limitação física”.

Este lugar, onde nos encontramos, disse o Papa, lembra-nos o Batismo de Jesus. Ao vir aqui ao Jordão para ser batizado por João, ele quis demonstrar a sua humildade e partilhar da condição humana: assim, com o seu amor, ele nos devolveu a dignidade e a salvação.

O Papa expressou sua profunda tristeza pelos dramas e as feridas do nosso tempo, provocadas pelos conflitos ainda em curso no Oriente Médio: em primeiro lugar, na Síria, dilacerada por uma luta fratricida que dura há três anos, que ceifou inúmeras vítimas e obrigou milhões de pessoas a se refugiarem e exilarem em outros países.

Aqui, o Santo Padre agradeceu às autoridades, ao povo jordaniano, aos que prestam assistência, solidariedade e generosa hospitalidade a tantos refugiados, provenientes da Síria e do Iraque. E fez um premente apelo:

“Dirijo-me à Comunidade internacional para que não deixe a Jordânia a enfrentar sozinha a emergência humanitária provocada por um número tão alto de refugiados. Renovo meu apelo veemente pela paz na Síria. Cessem as violências e seja respeitado o direito humanitário, que garante a assistência à população que sofre! Não deixem às armas a solução dos problemas, mas voltem à mesa das negociações. A solução provém apenas do diálogo e da moderação, da compaixão e da busca de uma solução política e do sentido de responsabilidade”.

Enfim, dirigindo-se aos jovens, o Papa pediu que se unam à sua oração pela paz, mediante suas fadigas diárias e preces eficazes; encorajou-os a colaborar, com esforço e sensibilidade, na construção de uma sociedade, que respeite os mais fracos, os doentes, as crianças, os idosos. “Sejam sinais de esperança”!

Ao término deste encontro com os refugiados e jovens portadores de deficiência, o Pontífice renovou seus votos de que “prevaleçam a razão e a moderação! Que a Síria reencontre, com a ajuda da Comunidade internacional, o caminho da paz! Que Deus converta os violentos e os que projetam guerras; reforce os corações e as mentes dos construtores de paz e os recompense com as suas bênçãos”.
Depois deste encontro às margens do Rio Jordão, o Santo Padre concluiu sua primeira jornada na Terra Santa, transferindo-se à Nunciatura Apostólica de Amã.

Neste sábado, o Bispo de Roma deixará a Jordânia e visitará Belém, Tel Aviv e Jerusalém.



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