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13 de junho de 2015

Igreja denuncia ação de falsos padres na Venezuela


Eles semeiam a confusão entre os fiéis ao se passarem por membros do clero católico

A Igreja católica na Venezuela vem sofrendo uma série de ataques que pretendem fragmentá-la e dividi-la. Grupos de ex-sacerdotes e ex-seminaristas estão tentando criar igrejas “nacionais”, “reformadas” ou “apostólicas” com base na liberdade de culto reconhecida pela constituição bolivariana e contando com o apoio do governo do país.

Em comunicado divulgado no dia 1º de junho, o bispo católico dom Gustavo García Naranjo se dirige aos fiéis abordando a situação:

“Com muita prudência e com o devido respeito à liberdade de culto, quero enfatizar que se trata de uma série de pessoas cujos líderes foram sacerdotes, que, por diversas circunstâncias, deixaram o ministério sacerdotal, ou seminaristas que, por diversas razões, foram convidados a não levar a término o seu processo de formação”.

Párocos, diáconos, catequistas e fiéis foram alertados sobre a presença de falsos padres católicos, pertencentes a “novas igrejas” que vêm oferecendo seus “serviços” em diversas dioceses venezuelanas. Esses grupos estão usando indevidamente os paramentos e ritos próprios da Igreja católica, o que o Código Penal Venezuelano tipifica como “usurpação de funções”.
Os falsos padres oferecem catequese, com preparação muito deficiente, para batismo, primeira comunhão e confirmação, além de celebrações eucarísticas e missas de exéquias.

Dom Gustavo prossegue:

“Sendo bispo que age como Cristo Bom Pastor para defender as suas ovelhas e estando em plena comunhão com o papa e com a Igreja, quero destacar que se trata de pessoas que optaram pela ruptura com a Igreja católica e que não têm nenhum reconhecimento da hierarquia eclesiástica. Sua ação não deve ser seguida nem aplaudida por nenhum batizado católico. Tanto eles quanto aqueles que os seguem conscientemente rompem com a unidade da Igreja e devem levar em conta o que diz o cânon 1364 do Código de Direito Canônico: ‘O apóstata da fé, o herege e o cismático incorrem na excomunhão latae sententiae’”.

O bispo pede que os párocos fiquem atentos e “alertem os fiéis com prudência e caridade evangélica, sem condenar ninguém, convidando quem tiver dado esse passo, através de um diálogo amistoso, a um sério processo de conversão e de reconciliação com Deus e com a Igreja católica”.

Em março de 2014, o bispo de San Cristóbal, dom Mario Moronta, tinha denunciado a presença de uma certa “Igreja Apostólica da Venezuela” na região norte de Táchira: “É um grupo que fez uma opção de ruptura com a Igreja católica e que, portanto, pode ser definido como cismático”.

Ainda antes, em março de 2008, o cardeal Jorge Urosa Savino já prevenia os fiéis quanto à criação de uma “Igreja Católica Reformada”, composta por “dissidentes de várias igrejas históricas” e por sacerdotes católicos envolvidos em uma ação cismática dentro da Igreja. Na ocasião, ele destacou:

“Jesus Cristo, nosso Senhor, é o único fundador da Igreja de Deus, que subsiste na Santa Igreja católica, apostólica e romana, unida em torno ao bispo de Roma, que é o papa”.



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