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2 de junho de 2015

Dioceses francesas declaram Ano Jubilar pelos 200 anos da ordenação sacerdotal de São João Maria Vianney


Os bispos das dioceses francesas de Lyon, Grenoble e Belley-Ars, estabeleceram a celebração de um Ano Jubilar em 2015 para a comemoração dos 200 anos da ordenação sacerdotal de São João Maria Vianney, mais conhecido como o Cura d’Ars.

Esta celebração acontece em meio a um período turbulento para a diocese de Belley-Ars pois o bispo teve que tomar a grave decisão de retirar o Santíssimo de todas as igrejas e capelas da região para proteger a Eucaristia, sempre muito querida pelo Cura d’Ars.

São João Maria Vianney foi ordenado sacerdote em 13 de agosto de 1815 no Grande Seminário de Grenoble, por este motivo os bispos dispuseram a realização do Ano Jubilar a partir de 8 de fevereiro até 8 de dezembro deste ano.

Sobre este aniversário, o Bispo de Belley-Ars, Dom Pascal Roland, assinala que “valorizar este aniversário de 200 anos não é um pretexto para fazer festa. (…) Não buscamos ceder a um espírito nostálgico, é tomar consciência de que Deus intervém na nossa história e recordar que Deus continua cuidando de nós, tanto hoje como ontem”.

“Faz 200 anos, a vila de Ars, como o resto do nosso país (França), conhecia a pobreza espiritual, a miséria moral e social. O ateísmo militante e a violência revolucionária tinham impregnado o país e assistíamos a um adormecimento da vida cristã. Nesse contexto, o Senhor enviou para o seu povo um bom pastor que revelou o amor de Deus e ao próximo”.

O Prelado afirma que Deus “deu um bom pastor que mostrou a misericórdia de Deus aos seus paroquianos e difundiu este amor no coração de todos”.

Depois de ressaltar que com o Cura d’Ars Deus mostra que sempre é fiel a suas promessas e a sua aliança, o Bispo assinala que este Ano Jubilar também deve servir para ajudar a apoiar os sacerdotes e para promover as vocações ao sacerdócio: “não esqueçamos que João Maria Vianney aprendeu a amar a Deus e ao próximo na família que é o berço das vocações!”

Sua vida

São João Maria Vianney é conhecido como o Cura d’Ars por causa do nome do povoado no qual serviu durante 41 anos. Foi um grande confessor, tinha o dom da profecia, recebia ataques físicos do demônio e viveu entregue à mortificação e à oração. É o padroeiro dos párocos.

Seu grande amor pela salvação das almas o levava a passar cerca de 11 horas no confessionário onde arrancou muitas almas do demônio que furioso o atacou, inclusive fisicamente, durante 35 anos.

Em fevereiro de 1818 o transferiram para Ars. O Vigário Geral lhe disse: "não há muito amor nessa paróquia, você lhe infundirá um pouco". Quando chegou ao lugar disse uma profecia, "a paróquia não será capaz de conter as multidões que virão aqui".

Como era um povoado muito atraído pelo mundano, quando saía para rezar pelos prados falava com os camponeses sobre as colheitas, o tempo, suas famílias. Preocupava-se com os pobres e vivia intensamente a virtude da humildade.

Era muito desapegado das coisas materiais, dormia no chão do seu quarto porque deu a cama de presente, comia somente batatas e de vez em quando um ovo cozido.

Sempre dizia que “o demônio não tem tanto medo da disciplina; mas teme realmente à redução de comida, bebida e sono".

Uma vez o demônio tremeu a sua casa por 15 minutos, em outra ocasião quis tira-lo da Missa e incendiou a sua cama, mas o santo mandou outras pessoas apagarem o fogo e não deixou o altar. O demônio fazia muito barulho para não deixá-lo dormir e também lhe gritava da janela: "Vianney, Vianney come batatas".

Uma das sequelas da Revolução Francesa –que foi marcadamente anticatólica– foi a ignorância religiosa. Para tentar remediá-la passava noites inteiras na pequena sacristia de sua paróquia escrevendo e tentando memorizar os seus sermões. Não tinha boa memória e tinha muita dificuldade de lembrar o que escrevia.

Ensinava o Catecismo às crianças e lutou para que as pessoas não trabalhassem ou estivessem em bares aos domingos.

Sua popularidade foi crescendo e eram milhares as pessoas de todas as partes que chegavam para confessar-se com ele. Confessou mais de 100 mil pessoas no último ano de sua vida.

Concederam ao povo a permissão de construir uma Igreja, o que garantiria a permanência do santo. Seu doce amor pela Virgem Maria levou a que consagre a sua Paróquia à Mãe de Deus. Até agora, a imagem de Nossa Senhora que ele colocou na entrada continua no mesmo local.

Na madrugada do sábado, 4 de Agosto de 1859, o Cura d’Ars partiu para a Casa do Pai. Seu corpo permanece incorrupto na igreja de Ars.

Em 8 de Janeiro de 1905, O Papa Pio X o Beatificou e na festa de Pentecostes em 31 de maio de 1925, O Papa Pio XI o declarou Santo.


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