Dom Rimantas Norvila, Vice-presidente da Conferência Episcopal da Lituânia, explicou que a formação dada às pessoas que desejam contrair matrimônio é essencial para que se entenda tudo o que implica este sacramento.
Na Lituânia, disse o Prelado ao Grupo ACI, “mais de 80 por cento das uniões civis acabam em divórcio, frente aos 16 por cento das separações entre os casais casados pela Igreja. Isso acontece porque na Igreja os casais recebem uma formação prévia sobre o que significa o matrimônio, seu sentido, responsabilidade, e seriedade”.
Assim o indicou o bispo europeu no dia 9 de outubro em declarações ao Grupo ACI após a sétima congregação geral do Sínodo Extraordinário para a Família, que se celebra de 5 a 19 de outubro no Vaticano.
Assim como fazem as outras conferências episcopais, Dom Rimantas sustenta que é fundamental oferecer aos casais um curso matrimonial adequado.
“Nós em Riga introduzimos um curso especial de dois meses obrigatório para aqueles que decidem casar-se pela Igreja, e alguns, depois deste tempo renunciam a receber o sacramento explicando: ‘Não entendíamos que era uma coisa tão séria. Não estamos ainda preparados, não somos suficientemente maduros para nos comprometer a algo assim tão sério’. Isso explica que a preparação é muito importante”, disse.
Nestes dias, Dom Rimantas aborda com os padres sinodais a situação familiar dentro do contexto das situações difíceis, o objetivo é dar uma resposta pastoral aos batizados que, sem serem praticantes nem crentes, pedem celebrar o seu casamento pela Igreja.
Neste sentido, os bispos do Sínodo alentam a uma maior preparação dos noivos para receber o sacramento do matrimônio, “sem medo a que eventualmente diminua o número” de casamentos religiosos.
Por último, em referência àqueles matrimônios que atravessam situações difíceis próximas ao divórcio, o bispo lituano insistiu: “Voltar sempre para a convicção, a certeza, de que Cristo é o terceiro entre nós. É preciso entender isso como algo fundamental. Se tivermos dificuldades na relação entre nós dois, é preciso convidar Cristo para pedir a sua ajuda e conselho”.
“Como podemos enfrentar estas dificuldades? Porque a sua força, a força divina do Sacramento do matrimônio é inesgotável, mas a aproveitamos pouco”, concluiu.
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