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20 de outubro de 2014

Cardeal africano: Grupos de pressão buscam mudar a doutrina da Igreja sobre a homossexualidade


O Cardeal africano Robert Sarah, Presidente do Pontifício Conselho Cor Unum e participante do Sínodo da Família, denunciou que os diversos relatórios do evento feitos pelos meios seculares constituem uma tentativa de pressão sobre a Igreja Católica para forçá-la a mudar a sua doutrina sobre a homossexualidade.

Em declarações ao Grupo ACI nesta quinta-feira o Cardeal, natural de Guiné, assegurou que “o que os meios publicaram sobre as uniões homossexuais é uma tentativa de pressionar a Igreja (para mudar) a sua doutrina”.

“A Igreja nunca julgou as pessoas homossexuais, mas os atos homossexuais são graves separações da sexualidade”, acrescentou.

O Cardeal africano disse também que embora o documento emitido ao final da primeira semana, conhecido como a Relatio post disceptationem (RPD – Relação depois do debate) não contenha alguns temas importantes, menciona sim outros pontos essenciais como “a rejeição da Igreja a promover políticas vinculadas à ideologia do gênero em troca de ajuda financeira”.

Para o Cardeal africano “não há família cristã sem um olhar a Jesus, que se encarnou em uma família, com um pai e uma mãe”.

Um dos chamados círculos menores em inglês –os grupos nos quais os padres sinodais conversam sobre esta segunda semana do Sínodo– moderado pelo Cardeal africano Wilfrid Napier, ressaltou que “a Igreja tem que continuar promovendo a natureza revelada do matrimônio de um homem e uma mulher unidos em comunhão fiel, duradoura e aberta à vida”.

Citando o Catecismo da Igreja Católica, o Cardeal Sarah explicou ao Grupo ACI que este ensinamento não pode modificar-se porque “baseado nas Sagradas Escrituras, a Tradição da Igreja sempre assinalou que ‘os atos homossexuais são intrinsecamente perversos, já que são contrários à lei natural e estão fechados ao dom da vida. Não podem ser aprovados em nenhum caso’”.

Depois de afirmar que a RPD é “documento de trabalho que reflete parcialmente o discutido”, o Cardeal recordou que a difusão deste texto “gerou uma surpresa geral, dado que o documento tinha que ser terminado, polido e levaria ao esboço final do texto que deve ser aprovado pelos padres sinodais”.

“Alguém quer desestabilizar a Igreja e minar o seu ensinamento?” questionou.

“Rezemos por esses pastores que deixam as ovelhas do rebanho do Senhor a mercê dos lobos desta sociedade decadente e secularizada, afastada de Deus e de sua natureza. A sexualidade não é um fato cultural, é natural”, concluiu.



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