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7 de outubro de 2013

"Projeto de reforma requer parecer de quem tem experiência na Cúria"

O cardeal hondurenho Oscar Rodriguez Maradiaga, coordenador do “Conselho de cardeais” instituído pelo Papa Francisco para ajudá-lo na reforma da Constituição Apostólica Pastor Bonus sobre a Cúria Romana, concedeu uma entrevista ao jornal dos bispos italianos “Avvenire”.

“Nosso trabalho não será emendar e nem retocar a Pastor Bonus. Será preciso um trabalho mais profundo e mais tempo. Não terminaremos em 2014, porque uma vez que o projeto estiver pronto, queremos ouvir o parecer de quem tem experiência na Cúria”.

Depois dos primeiros 3 dias de encontros do Conselho no Vaticano, o cardeal explicou que “a primeira coisa que o Papa pediu foi para refletirmos e propormos sugestões sobre o Sínodo dos Bispos, que deverá trabalhar com mais continuidade e de modo interativo, via Internet, por exemplo.

A respeito da criação de um eventual "moderator curiae", o cardeal latino-americano explicou que se trata “de uma ideia surgida nas reuniões pré-Conclave para ajudar a Secretaria de Estado a desempenhar suas tarefas. Ainda é cedo para definir o perfil do ‘moderador’.

Em relação à possibilidade de fusão dos dicastérios, o Cardeal Maradiaga respondeu que “no pré-Conclave se falou disso, mas ainda não se pode dizer muito. Na época, cogitou-se unir os organismos econômicos e financeiros do Vaticano, criando uma espécie de “Ministério da Economia” vaticano, mas ainda não abordamos este tema. Aguardamos os resultados das duas comissões específicas instituídas pelo Papa”.

E o IOR?: “Há quem pense que seria melhor transformá-lo em um banco ético. Mas repito – acrescentou o coordenador do Conselho – temos que esperar o resultado das comissões, principalmente o da específica sobre o IOR”.

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