29 de agosto de 2014
O silêncio e a passividade são incentivos para o Estado Islâmico cometer mais crimes no Iraque
O Patriarca católico caldeu, Dom Louis Sako, assinalou que ainda não se deu uma solução concreta e imediata à crise que afeta o Iraque e advertiu que esta passividade e silêncio são incentivos para o Estado Islâmico (ISIS) cometer mais tragédias contra as minorias religiosas nas zonas que foram ocupadas.
“O silêncio e a passividade são incentivos para os fundamentalistas cometerem mais tragédias”, a pergunta que deve fazer-se é “Quem será o próximo a ser atingido?”, expressou o Prelado em uma carta enviada à Ajuda à Igreja que Sofre, na qual pediu um “apoio internacional eficaz”.
Dom Sako indicou que desde o dia 6 de agosto “até agora não há ainda uma solução concreta para a crise que enfrentamos”, enquanto “o fluxo de fundos, armas e combatentes continua chegando para o Estado Islâmico”.
Em sua carta, o Prelado assinalou que as medidas adotadas até agora não produziram “nenhuma mudança real” e “o destino das pessoas atingidas ainda está em jogo, como se elas não fossem parte da raça humana”.
Do mesmo modo, insistiu em que a comunidade internacional, principalmente os Estados Unidos e a União Europeia “devido a sua responsabilidade moral e histórica com respeito ao Iraque, não podem ser indiferentes”.
“A consciência mundial não está totalmente acordada para a gravidade da situação”.
Do mesmo modo, sobre as migrações forçadas dos cristãos, denunciou que a "segunda fase da calamidade" começou.
“O Iraque está perdendo um componente insubstituível da sua sociedade. (...) Nós respeitamos a decisão de quem deseja migrar, mas para aqueles que desejam permanecer, destacamos nossa longa história e herança profundamente enraizada nesta terra”.
Dom Sako afirmou que “Deus tem o seu próprio plano para a nossa presença nesta terra e nos convida a levar a mensagem de amor, fraternidade, dignidade e coexistência harmoniosa”.
Entretanto, recordou que a segurança dos iraquianos só pode ser garantida com a cooperação da comunidade internacional, junto com o Governo do Iraque e o Governo Regional do Curdistão.
Por sua parte, o Observatório Sírio de Direitos Humanos denunciou que o ISIS executou 150 soldados sírios que foram presos depois que os extremistas tomaram o controle de uma série de bases militares no nordeste do país.
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