O movimento das Misericórdias reúne 689 Confraternidades, tem 700 sedes em toda a Itália e conta com 670 mil voluntários. Dedica-se aos serviços de emergência médica e transporte de doentes, doações de sangue e órgãos, serviço social e assistência à deficientes e idosos, à proteção civil e intervenções internacionais. As Confraternidades estão reunidas em uma Confederação nacional. Já o grupo de doadores Fratres reúne mais de 133 mil doadores de sangue ativos.
Colorindo a Praça São Pedro com as cores amarelo, azul, vermelho e branco - as cores dos 'uniformes' dos movimentos - os participantes começaram a entrar na Praça às 8 horas para o encontro que teve início às 9 horas, com cantos, orações e testemunhos. Pouco depois do meio-dia Francisco entrou na Praça para fazer o tradicional giro no Jeep papal branco, saudando a multidão e beijando crianças. O Movimento foi apresentado ao Pontífice pelo Presidente Nacional das Misericórdias, Roberto Trucchi, pelo Presidente Nacional Fratres, Luigi Cardini e pelo “Corretor’ Nacional das Misericórdia, o Bispo de Prado, Dom Franco Agostinelli.
O Papa saudou todos os presentes e seus familiares, agradecendo as palavras que introduziram o encontro e observou que ““As misericórdias”, antiga expressão do laicato católico e bem radicadas no território italiano estão comprometidas em testemunhar o Evangelho da caridade entre os doentes, os idosos, os deficientes, os menores, os imigrantes e os pobres”, um serviço que toma adquire um sentido e forma da palavra “misericórdia”, palavra do latim que significa “dar o coração aos míseros”. “Foi o que fez Jesus – disse -, escancarou o seu coração para a miséria do homem”:
“No exemplo do nosso Mestre, também nós somos chamados a nos fazer próximos, a partilhar a condição das pessoas que encontramos. É necessário que as nossas palavras, os nossos gestos, as nossas atitudes expressem a solidariedade, a vontade de não permanecer estranhos à dor dos outros e isto com calor fraterno e sem cair em alguma forma de paternalismo”.
Após o Pontífice advertiu que diante de tantas informações e estatísticas à disposição sobre a pobreza e as tribulações humanas, “existe o risco de sermos espectadores muito informados e desencarnados desta realidade, ou mesmo de fazer belos discursos que se concluem com soluções verbais, separadas dos problemas reais”:
"Muitas palavras, muitas palavras, muitas palavras, mas não se faz nada! Este é um risco. Não é o vosso, vocês trabalham bem! Mas existe este risco. Quando eu escuto algumas conversas entre pessoas que conhecem as estatísticas: "Que barbaridade, Padre. Que barbaridade!". Mas você, o que faz por esta barbaridade? "Nada, falo!". E isto não resolve nada. Palavras já escutamos muitas. O que serve é o agir, o vosso agir, o testemunho cristão, ir até os sofredores, aproximar-se como Jesus fez".
"Somos chamados a deixarmo-nos envolver pelas preocupações humanas que cada dia nos interpelam", observou o Santo Padre:
“Imitemos Jesus: Ele vai pelo estrada e não 'organizou' um encontro com os pobres, nem os doentes, nem os inválidos que cruza pelo caminho; mas com o primeiro que encontra se detém, tornando presença que socorre, sinal da proximidade de Deus que é bondade, providência e amor”.
Francisco disse que estas associações se inspiram nas obras de misericórdia temporal, e "me agrada chamar a atenção para elas": "dar de comer aos famintos; dar de beber aos sedentos; vestir os nús; alojar os peregrinos; visitar os enfermos; visitar os encarcerados; enterrar os mortos". "Vos encorajo a seguir em frente com vossa ação e a modelá-la às de Cristo".
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