É claro que a prática carismática como ensina a RCC inexiste na Igreja. Ao revelar-se, desde Abraão até S. João Evangelista, Deus Nosso Senhor nos deixou tudo o quanto nos era necessário à salvação. É o que a Igreja chama de Depositum Fidei, de forma que dele se tira tudo e nele tudo o que é perfeitamente católico deve está contido. Sabemos que somente existem três vias de revelação divina: a Sagrada Escritura, a Tradição Apostólica e o Magistério da Igreja. A Sagrada Escritura é a via primeira, a base de tudo, mas necessita de uma autoridade sobre ela, e esta autoridade é a autoridade legítima da Igreja. Assim Deus o quis. Santo Agostinho costumava dizer que não acreditaria na Sagrada Escritura se sob ela não estivesse a autoridade da Igreja. A Tradição Apostólica é justamente o ensino dos Apóstolos que nos foi transmitido pelos padres ( pais) que conviveram com eles ( os padres apostólicos), ou por aqueles que conviveram com esses últimos – e receberam a doutrina, transmitiram inequivocamente esta Fé e a defenderam com a própria vida ( padres apologéticos). Tendo a Santa Igreja a autoridade plena, suprema e absoluta dada por Nosso Senhor: “ O que ligares na terra...”, coube-lhe o ensino, de forma que baseada na Sagrada Escritura e no ensino apostólico ela, através de seu Sagrado Magistério, é a Mãe e Mestra da Verdade. Todavia ensina tão somente aquilo que está no Sagrado Depósito, de forma que o que não está presente nessas tríplice vias de revelação, não pode ser considerado católico.
“Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema.” (Gl 1, 8-9)
A base da diferenciação não repousa em QUEM ensina: “Nós ou um anjo do céu..”, mas “ O QUE” ensina.
Aqui vale salientar o que já perguntei a alguns líderes da RCC: Onde podemos encontrar este entendimento da RCC sobre o batismo no Espírito, sobre os carismas e demais dons? Em que ensinamento perene do Magistério da Igreja? Em que ensino dos Santos Padres? Trocando em miúdos: se a “doutrina” carismática é católica o é pela Igreja, de forma que documentos devem ser apresentados . Que documentos da IGREJA fundamentam tudo isso?. Falei “Documentos Magisteriais” e não pronunciamentos pessoais de papas , cardeais e outros, o que não vale na questão. Uma coisa é o Ensinamento Magisterial, outra é o pensamento pessoal, até mesmo de um papa.
Já no início podemos concluir quatro coisas:
1. Não existe no Magistério da Igreja NENHUM documento que aprove as práticas carismáticas e sua “teologia neo-pentecostal”.
2. Se não existe fundamentação doutrinária, se o Sagrado Magistério não atesta, logo não é católica tal doutrina.
3. Quando se toma um suco de laranja, é do laranjal que nos alimentamos e não do limoeiro. Lendo com atenção abaixo o Testemunho de Duquesne, veremos que somente depois de 2000 anos é que a Igreja é renovada pelo “Espírito”, mas com suco de outro laranjal, de um laranjal envenenado? Ora, são os hereges episcopais, ou seja protestantes, que “devolvem” à Santa Igreja essas “primícias do Espírito”? É um escândalo, um absurdo, visto que na Igreja e somente Nela está a Plenitude do Espírito Santo. E, como ensina Santo Tomás que de um mal não pode se tirar um bem, do cisma, da heresia protestante não pode sair nada de bom.
4. Sendo assim , a origem da RCC é eminentemente protestante, nada tendo de católica.
Este texto provem da chamada “ Experiência de Duquesne”, do livro de Patty Mansfield, “ COMO UM NOVO PENTECOSTES”, bem difundido pela RCC em seus estudos, ensinamentos e aprofundamentos. O livro narra o início da RCC na Igreja. E mesmo que essa colocação da gênese carismática tenha sido matéria de ensino por muitos líderes do movimento, ultimamente existe a tendência em esconder essa versão dando uma outra meio análoga, mas mais “católica”, acontecida em ambiente católico, mas subjetiva e desprovida de base teológico-argumentativa do mesmo jeito. Vamos à nova versão..
“A primeira pessoa beatificada pelo Papa João XXIII foi uma freira chamada Elena Guerra, fundadora em Lucca, na Itália, das Irmãs oblatas do Espírito Santo. Entre os anos de 1895 e 1903, a irmã escreveu doze cartas ao Papa Leão XIII pedindo a pregação permanente do Espírito Santo, "que é aquele que faz os santos", e expressou ao Santo Padre o seu desejo de ver toda a Igreja unida em permanente oração, como o estavam Maria e os Apóstolos no Cenáculo, aguardando a vinda do Espírito Santo. Como resultado, o Papa Leão XIII publicou "Provida Matris Caritate", onde pediu que a Igreja celebrasse, entre as festas da Ascensão e Pentecostes uma solene novena ao Espírito Santo; e publicou também a sua encíclica sobre o Espírito Santo, "Divinum Ilud Munus", e em 1º de Janeiro de 1901, primeiro dia do século vinte, invocou o Espírito Santo e cantou ele mesmo o hino "veni, Creator Spiritus" em nome da Igreja. Mas, apesar da fraca resposta dos católicos ao chamado do papa Leão XIII, pessoas de outras denominações se puseram em oração ao Espírito Santo e receberam manifestações impressionantes dos dons e poder do Espírito Santo, até que nos meados da década de 1960 também a Igreja Católica começou a experimentar a Graça da Renovação Carismática...” (http://www.comshalom.org/formacao/rcc/a_origem_rcc.html)
Bem, a Beata Elena Guerra até que tentou, mas foram os protestantes, cismáticos e heréticos que receberam o poder, os dons, as “manifestações impressionantes” do Espírito?...Ora não foi Nosso Senhor mesmo quem falou que “ Quem vos ouve a Mim ouve, quem vos rejeita a Mim Rejeita? ( Lc 10, 16) Ora, não estão os hereges, cismáticos em pecado mortal e por isso privados da ação santificadora de Deus, como ensina a Igreja?. Percebe-se aqui um total desconhecimento (ou forçoso deslize) da Fé Católica que, como ensina Santo Tomás é a “ adesão da inteligência à Verdade” e não um mero sentimento subjetivo alimentado por experiências de um Deus imanente
Vejamos com atenção o testemunho da “Experiência de Duquesne”, onde dois professores, depois de participarem de uma reunião carismática com os heréticos, “recebem” deles o “batismo no Espírito Santo” e estes, por suas vez o transmitem, quase que “sacramentalmente” para os novos neo-carismáticos em Duquesne. O grifo é nosso, os absurdos, deles:
"Na primavera de 1966, dois professores da universidade de Duquesne tinham ingressado ( 1) num estágio intenso de prece e de indagação sobre a vitalidade da sua fé. Um era professor de história; o outro, instrutor em teologia. Eles sentiam a necessidade de um maior dinamismo interior, a carência de uma força renovada para viverem como cristãos e para darem testemunho de Cristo. Ambos já estavam comprometidos com o Senhor por um bom número de anos; eram, ambos Cursilhistas...também exerciam o papel de moderadores da fraternidade do Campus de Duquesne, denominada Sociedade Chi Ro, que tinha sido fundada por um deles, alguns anos antes, com a finalidade de estimular a prática da oração e da participação na liturgia, a evangelização e a ação social.
Todavia, eles ainda queriam ( 2 )"algo mais". Não tinham uma noção exata daquilo que queriam e que ainda estava faltando, mas fizeram um pacto de mútua oração nesse sentido. Da primavera de 1966 em diante, eles rezavam diariamente para que o Espírito santo renovasse neles todas as graças do Batismo e da Crisma, para que, com o poder e o amor de Jesus cristo, Ele preenchesse neles o vácuo deixado pelas deficiências do esforço humano. Diariamente aqueles dois homens rezavam a linda e famosa 'sequência dourada’ que é usada pela Igreja na liturgia de Pentecostes.
Ó Espírito de Deus, envia do céu um raio de luz!/ Pai dos miseráveis, vossos dons afãveis dai aos corações./ Consolo que acalma, hóspede da alma, doce alívo, vinde!/ No labor, descanso, na aflição, remanso, no calor, aragem./ Enchei, luz bendita, chama que crepita, o íntimo de nós!/ Sem a luz que acode, nada o homem pode, nenhum bem há nele./ Ao sujo lavai, ao seco rogai, curai o doente./ Dobrai o que é duro, guiai-nos no escuro, o frio aquecei./ Dai à vossa Igreja, que espera e deseja, vossos sete dons./ Dai em Prêmio ao forte uma santa morte, alegria eterna. Amém.
Em Agosto de 1966 estes dois professores encontraram-se com Ralph Martin e Steve Clark na Convenção Nacional dos Cursilhos e receberam destes cópias dos livros ( 3 ) “A Cruz e o punhal" e"Eles falam em outras línguas", que tratam da experiência pentecostal. Impressionados com a clareza ( 4) que agora viam do papel do Espírito Santo na vida de quem crê, procuraram um ministro da Igreja episcopal, que embora não tivesse vivido a experiência do batismo no Espírito ( 5) os conduziu a uma paroquiana sua, chamada Flo Dodge. Esta paroquiana, com seu grupocarismático de oração, ( 6 )os levou e, mais dois professores da Duquesne, a receber o batismo no Espírito Santo.
II . O Fim de Semana de Duquesne
A sociedade Chi Ro estava organizando um retiro para os estudantes da Duquesne,( 7) quando os dois professores, que eram conselheiros desta sociedade, sugeriram uma modificação no temado retiro, de "sermão da montanha" para "Atos dos Apóstolos". segundo recorda Patty Mansfield, então estudante da Duquesne e participante do retiro, "os dois professores não fizeram nenhuma referência específica ao batismo no Espírito Santo, mas deixaram transparecer um sentimento de antecipação e de alegria, que era profundo. ", o que a levou, junto com outros estudantes, a ficar curiosos quanto ao Que aconteceria no retiro.
No dia 17 de Fevereiro de 1967, vinte e cinco estudantes aproximadamente, acompanhados pelo capelão do Campus, que era um padre da ordem do Espírito Santo, dirigiram-se para um centro de retiros chamado "The Ark and the Dove", situado na região de North Hills, e pertencente à Diocese de Pittsburg. Os professores orientaram o grupo para que cantassem o hino "Veni Creator Spiritus" em cada sessão, implorando a vinda do Espirito Santo. As palestras teriam o seu foco nos primeiros quatro capítulos dos Atos dos Apóstolos. Na noite de sexta-feira, logo após a abertura do evento, na Capela, o instrutor conselheiro levantou uma imagem de Nossa Senhora em que ela está com as mãos erguidas em atitude de oração. Ele fez uma descrição de Maria como uma mulher de fé e de oração. Depois da meditação sobre Maria houve um serviço de contrição e penitência. Para o dia seguinte, os professores coordenadores haviam convidado Flo Dodge, para que participasse do retiro e apresentasse umas palavras aos estudantes. Sua apresentação versou ( 8 ) sobre a realeza de Jesus Cristo e sobre o Batismo no Espírito Santo. Para mais tarde, à noite, estava programada uma festa de aniversário para alguns dos participantes, mas muitos dos jovens foram se sentindo individualmente induzidos a se dirigirem para a capela, aonde experimentaram, de forma manifesta, o Batismo no Espírito Santo. No Domingo, ouviram uma palestra sobre o capítulo segundo dos Atos dos Apóstolos, no fim do dia os estudantes se retiraram ( 9 ) com a recomendação de lerem o livro de John Sherril, "Eles falam outras línguas".Durante algumas semanas após o fim de semana, alguns dos professores e dos alunos da Universidade compareceram às reuniões de oração da casa de Flo Dodge, e depois esta reunião deixou de existir. ( 10)Certamente, já havia preenchido sua finalidade. Enquanto isto, um dos professores foi a South Bend e testemunhou para um grupo de trinta estudantes e alguns amigos ( 11) a maravilha que é viver Pentecostes em nossos dias. Estes pediram que se orasse para que recebessem o Batismo no Espírito Santo. Mais tarde, começaram a realizar-se, regularmente, em Notre Dame, encontros católicos Carismáticos de oração, e se difundia cada vez mais a Graça do Batismo no Espírito. Duquesne, Notre Dame, Michigan, e um número enorme de católicos têm sido Batizados no Espírito Santo....”
Comentário por números.
1. “num estágio intenso de prece..”
Fica claro a compreensão subjetiva da Fé por parte desses dois. É verdade que a Fé pede razões para o crer: “Fides quaerens intellectum”, como nos ensina o arcebispo de Cantuária. Deve-se ceder à primazia da Fé, mas para Santo Anselmo, o não estudar, o não procurar, o não investigar o que se crer é negligência. Estava mais uma vez certo o Pai da Escolástica...Os professores avançam para o empírico desprezando o que eles já tinham: a Fé inequívoca da Igreja. Interessante que o testemunho nada fala que eles recorreram a um diretor espiritual....Um padre só aparece bem depois, para o grupo de oração. Tudo fica no subjetivo, bem à moda dos protestantes.
2. “Todavia, eles ainda queriam algo mais..”
Ora, o que significava para eles querer algo mais? Já tinham a doutrina infalível dos apóstolos. Já tinham os sacramentos que dão a Graça Santificante. Já tinham a Santa Missa. O que mais faltava? É S. Paulo que declara à comunidade católica:
“Assim, enquanto aguardais a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo, não vos falta dom algum. “ ( I Cor I, 7)
De forma que não precisamos mais de nada. Aliás já temos muito do que nos preocupar: o fazer a vontade de Deus, correspondendo com a sua Graça e , assim, salvar a nossa alma.
Se esse “ Algo mais” é compreendido como a busca das coisas “ extraordinárias”, dos dons “ especiais”, esse desejo vai contra todo ensinamento dos doutores místicos, sobretudo Santa Teresa D´Avila e S. João da Cruz que recomendavam sempre a fuga da busca de dons extraordinários por três motivos: por não se merecer, por causa do orgulho e pelas investidas do demônio. Nos seminários de “DONS”, da RCC dá-se um ensino seguido do que se chama “oficina de dons”, onde as pessoas vão “ aprender” a exercer o dom que acabaram de receber por “imposição de mãos”.
Muitos dos que “recebem” esses dons, vivem fora do sacramento da confissão, passando até anos sem dele se aproximarem. Já vi de tudo: vi pessoas amasiadas que possuíam e exerciam muitos dons e até uma que, ao ser “batizada no espírito”, tinha uma oração em línguas um tanto diferente, pois mugia, mugia e mugia. Ela misturava o Yoga com seu novo dom...É o perigo quando se procura “ALGO MAIS..”
3, 4 e 5: Nossos dois professores se “encantaram” com os livros protestantes “ A cruz e o punhal” e “ Eles falam em outras Línguas”.
Em seguida vão beber da fonte envenenada de Lutero. Poderiam muito bem ter estudado Santo Tomás, Sto. Agostinho, Sto Anselmo, mas preferiram comer as “bolotas”, fora da “casa do pai”, como na parábola dos dois filhos.
Os demais números falam do retorno dos professores, do retiro onde outros tiveram a chamada “ experiência” e uma afirmação interessante:
“Certamente, já havia preenchido sua finalidade..” Sobre o fim do grupo de oração em Flo Dodge.Isso é uma afirmação grave. Quer dizer que a função deste grupo protestante e portanto herético era de “devolver” à Igreja aquilo que ela tinha, mas que perdera depois? Isso nem se comenta. É tão contra à Sagrada Doutrina, como falar que Nosso Senhor pregava a reencarnação.
Afirmar tal coisa e ensinar tal coisa é nada conhecer da Verdade sobre a Igreja de Cristo. É pecar gravemente contra a Fé apostólica.
A Igreja é , desde seu primeiro momento no coração da Trindade pura, santa e imaculada. Possuidora da Verdade Plena, nela está presente até a consumação dos séculos o Espírito Santo. Ele é a SUA alma. Ora, afirmar o que se viu acima é não reconhecer isso, é entender que a Alma da Igreja, andava vagando por aí, até encontrar corações mais abertos, mesmo fora do Corpo Místico de Cristo. Ninguém dá o que não tem. Os protestantes estão privados da Ação do Espírito Santo, como podem, então, ser preenchidos de dons e de milagres? Se até o padre Quevedo, de doutrina duvidosa, chega a afirmar a magisterial doutrina de que nas seitas protestantes não podem acontecer Milagres, justamente porque estão separados da Igreja e Deus não se contradiz, baseado em que a RCC ensina o contrário? Como o ramo separado do tronco pode tornar-se frondoso de novo?...É verdadeira monstruosidade na ordem da Graça.
É válido para nós o que ensina S. Leão Magno, papa e Doutor da Igreja. sobre os fenômenos extraordinários, presentes no início:
“Será que, meus caros irmãos, pelo fato de que vós não fazeis nenhum destes milagres, é sinal de que vós não tendes nenhuma fé? Estes sinais foram necessários no começo da Igreja. Para que a Fé crescesse, era preciso nutri-la com milagres. Também nós, quando nós plantamos árvores, nós as regamos até que as vemos bem implantadas na terra. Uma vez que elas se enraizaram, cessamos de regá-las. Eis porque São Paulo dizia:”O dom das línguas é um milagre não para os fiéis, mas para os infiéis” (I Cor, XIV,22)”. (São Gregório Magno, Papa, Sermões sobre o Evangelho, Livro II, Les éditions du Cerf, Paris, 2008, volume II, pp. 205 a 209).
Agora, Santo Agostinho, Padre e Doutor da Igreja:
"Quem em nossos dias, espera que aqueles a quem são impostas as mãos para que recebam o Espírito Santo, devem portanto falar em línguas, saiba que esses sinais foram necessários para aquele tempo. Pois eles foram dados com o significado de que o Espírito seria derramado sobre os homens de todas as línguas, para demonstrar que o Evangelho de Deus seria proclamado em todas as línguas existentes sobre a Terra. Portanto o que aconteceu, aconteceu com esse significado e passou".
“Uma vez que mesmo agora quando o Espírito Santo é recebido, ninguém fala nas línguas de todas as nações, é porque a própria Igreja já fala na língua de todas as nações: Já que quem quer que seja que não está dentro da Igreja, não recebeu ainda o Espírito Santo" (Santo Agostinho, Tratado de XXXII sobre João).
S. Luís de Montfort nos previne contra o desejo de se buscar dons extraordinários:
"Guardai-vos bem de visar o extraordinário e até de desejar conhecimentos excepcionais, visões, revelações e outras graças miraculosas que Deus por vezes comunicou a alguns Santos enquanto rezavam o Rosário" (A eficácia Maravilhosa do Santo Rosário).
Diante do que foi exposto, fiquemos com o essencial para a salvação de nossa alma: a Fé Católica: pura, límpida e sem equívocos.
Vale a pena ler o Credo de Santo Atanásio, também conhecido como “Quocunque”, nesses tempos difíceis. Este credo foi divulgado por Santo Ambrósio e incluído na Liturgia.
Quocunque:
1. Quem quiser salvar-se deve antes de tudo professar a fé católica.
2. Porque aquele que não a professar, integral e inviolavelmente, perecerá sem dúvida por toda a eternidade. 3. A fé católica consiste em adorar um só Deus em três Pessoas e três Pessoas em um só Deus.
4. Sem confundir as Pessoas nem separar a substância.
5. Porque uma so é a Pessoa do Pai, outra a do Filho, outra a do Espírito Santo.
6. Mas uma só é a divindade do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, igual a glória, coeterna a majestade.
7. Tal como é o Pai, tal é o Filho, tal é o Espírito Santo.
8. O Pai é incriado, o Filho é incriado, o Espírito Santo é incriado.
9. O Pai é imenso, o Filho é imenso, o Espírito Santo é imenso.
10. O Pai é eterno, o Filho é eterno, o Espírito Santo é eterno. 11. E contudo não são três eternos, mas um só eterno.
12. Assim como não são três incriados, nem três imensos, mas um só incriado e um só imenso.
13. Da mesma maneira, o Pai é onipotente, o Filho é onipotente, o Espírito Santo é onipotente.
14. E contudo não são três onipotentes, mas um só onipotente.
15. Assim o Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito Santo é Deus.
16. E contudo não são três deuses, mas um só Deus.
17. Do mesmo modo, o Pai é Senhor, o Filho é Senhor, o Espírito Santo é Senhor.
18. E contudo não são três senhores, mas um só Senhor.
19. Porque, assim como a verdade cristã nos manda confessar que cada uma das Pessoas é Deus e Senhor, do mesmo modo a religião católica nos proíbe dizer que são três deuses ou senhores.
20. O Pai não foi feito, nem gerado, nem criado por ninguém. 21. O Filho procede do Pai; não foi feito, nem criado, mas gerado.
22. O Espírito Santo não foi feito, nem criado, nem gerado, mas procede do Pai e do Filho.
23. Não há, pois, senão um só Pai, e não três Pais; um só Filho, e não três Filhos; um só Espírito Santo, e não três Espíritos Santos.
24. E nesta Trindade não há nem mais antigo nem menos antigo, nem maior nem menor, mas as três Pessoas são coeternas e iguais entre si.
25. De sorte que, como se disse acima, em tudo se deve adorar a unidade na Trindade e a Trindade na unidade.
26. Quem, pois, quiser salvar-se, deve pensar assim a respeito da Trindade.
27. Mas, para alcancar a salvacão, é necessário ainda crer firmemente na Encarnação de Nosso Senhor Jesus Cristo. 28. A pureza da nossa fé consiste, pois, em crer ainda e confessar que Nosso Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, é Deus e homem.
29. É Deus, gerado na substância do Pai desde toda a eternidade; é homem porque nasceu, no tempo, da substância da sua Mãe.30. Deus perfeito e homem perfeito, com alma racional e carne humana.
31. Igual ao Pai segundo a divindade; menor que o Pai segundo a humanidade.
32. E embora seja Deus e homem, contudo não são dois, mas um só Cristo. 33. É um, não porque a divindade se tenha convertido em humanidade, mas porque Deus assumiu a humanidade.
34. Um, finalmente, não por confusão de substâncias, mas pela unidade da Pessoa.
35. Porque, assim como a alma racional e o corpo formam um só homem, assim também a divindade e a humanidade formam um só Cristo.
36. Ele sofreu a morte por nossa salvação, desceu aos infernos e ao terceiro dia ressuscitou dos mortos.
37. Subiu aos Ceus e está sentado a direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. 38. E quando vier, todos os homens ressuscitarão com os seus corpos, para prestar conta dos seus atos.
39. E os que tiverem praticado o bem irão para a vida eterna, e os maus para o fogo eterno.
40. Esta é a fé católica, e quem não a professar fiel e firmemente não se poderá salvar".
Padre. Marcelo Tenório
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