O que nos ensina Pe. Fábio de Melo sobre a presença real de Nosso Senhor na Eucaristia?
Segundo ele:
“O que é a presença real? A matéria consagrada? O pão e o vinho somente?
Não. Juntamente com as duas substâncias está o bonito e sugestivo significado da ausência.”. (do seu livro – MELO, Fábio de, CHALITA, Gabriel. Cartas entre amigos. São Paulo: Ediouro, 2009. p. 31 (o negrito é nosso).
Ora, no Sacramento da Eucaristia a matéria consagrada é o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo! Isso é o que nos ensina o catecismo:
“Qual é a matéria do Sacramento da Eucaristia? A matéria do Sacramento da Eucaristia é a que foi empregada por Jesus Cristo, a saber: o pão de trigo e o vinho de uva.Que é consagração? A consagração é a renovação, por meio do sacerdote, do milagre operado por Jesus Cristo na última Ceia, quando mudou o pão e o vinho no seu Corpo e no seu Sangue adorável, por estas palavras: Isto é o meu Corpo; este é o meu Sangue.”. (
Terceiro Catecismo da Doutrina Cristã (Catecismo Maior de São Pio X).
Parte IV. Cap. IV. § 1)
Portanto: “na Eucaristia, o que antes da Consagração era simples pão e vinho, é verdadeira substância do Corpo e Sangue de Nosso Senhor, desde que se efetuou a Consagração.”. (Catecismo Romano. Parte II. Cap. IV, 9)
Logo, é na matéria consagrada que se dá, de fato, a presença real de Nosso Senhor Jesus Cristo. E negar essa verdade é defender a mentira. É ensinar heresia.
Vejamos. O que é a Eucaristia para o Pe. Fábio de Melo?
“eucaristia, acontecimento ritual que nós, católicos, chamamos de ‘presença real de Cristo’. O que é a presença real? A matéria consagrada? O pão e o vinho somente? Não. Juntamente com as duas substâncias está o bonito e sugestivo significado da ausência.”. (Fábio de Melo e Gabriel Chalita. op. cit. p. 31.)
Desse modo, para Pe. Fábio de Melo, a Eucaristia seria: um acontecimento ritual, que nós católicos chamamos de presença real de Cristo, onde juntamente com as duas substâncias está o bonito e sugestivo significado da ausência.
Portanto, podemos concluir que para o Pe. Fábio de Melo:
1. Na Eucaristia há duas substâncias: a do pão e a do vinho.
2. Ou, forçando o sentido para ser mais benévolo, na Eucaristia haveria duas substâncias:
a da matéria necessária para o Sacramento (pão e vinho) e a substância de Cristo.
No primeiro caso ele seria condenado pelo Concílio de Trento (ses. XIII, c.I):
“Se alguém negar que o Santíssimo Sacramento da Eucaristia contém verdadeira, real e substancialmente o corpo e o sangue, juntamente com a alma e divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, e, portanto, Cristo inteiro; mas disser que somente está em sinal, figura ou virtude: Seja Anátema.”. (ALASTRUEY. Gregório. Tratado de la Santisima Eucaristia. Madrid: Biblioteca de Autores Cristianos. 1952, p. 69)
E no segundo caso?
Também não escaparia:
“Seja anátema quem disser que no sacrossanto Sacramento da Eucaristia remanesce a substância do pão e do vinho, juntamente com o Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo”.( Catecismo Romano. Parte II. Cap. IV, 36 )
Logo, Pe. Fábio de Melo nega a presença real e incorre em heresia não ensinando o que todo católico deveria saber, ou seja, que na Eucaristia há apenas uma substância: a de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Por fim, Pe. Fábio de Melo faz uma afirmação estranhíssima, que corrobora sua negação da presença real. Segundo ele, na Eucaristia há, também, um “bonito e sugestivo significado da ausência.”. Absurdo! Na Eucaristia não há significado de ausência coisa nenhuma, mas, pelo contrário, existe a presença real e – para que o Pe. Fábio de Melo não esqueça – substancial de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Tudo isso é triste, lastimável e condenável.
Nós sabemos que o Pe. Fábio de Melo defende a evolução dos dogmas.( Ficamos sabendo, pela internet, que o Pe. Fábio de Melo defendeu abertamente – num ambiente asqueroso – a evolução dos dogmas. Link:
http://www.youtube.com/results?feature=moby&search_query=pe.+F%C3%A1bio+de+Melo+no+J%C3%B4&search_type=&aq=f (30/07/09). ) Mas a santa doutrina é imutável como o Deus que ela nos revela. Tanto é assim que essa heresia ensinada pelo Pe. Fábio de Melo foi condenada, não só pelo Concílio de Trento (séc. XVI), mas por toda a santa e milenar Tradição da Igreja Católica.
Vejamos.
No II século, São Justino, descrevendo a Missa, afirmou: “Este alimento chama-se entre nós Eucaristia… E não tomamos este como pão comum, nem como bebida comum; mas assim como pelo Verbo de Deus feito carne, Jesus Cristo nosso Salvador teve carne e sangue por causa de nossa salvação, assim também se tem nos ensinado que naquele alimento no qual se deram graças pela súplica que contém as palavras Dele… é a carne e o sangue daquele Jesus encarnado.”.( Gregório Alastruey. op. cit. p. 84)
No século V, o Papa São Leão Magno afirmou: “Dizendo o Senhor: Se não comerdes a carne do Filho do homem e beberdes seu sangue, não tereis vida em vós (Io. VI, 53), deveis participar da sagrada mesa, de tal maneira que nada duvideis sobre a verdade do corpo e do sangue de Cristo.”.( Idem. p. 86 )
E no século IV nos fala São Cirilo de Jerusalém:
“Havendo ele mesmo pronunciado e dito do pão: Isto é meu corpo. Quem se atreverá a duvidar? E havendo Ele mesmo assegurado e dito: Este é meu sangue. Quem o porá em dúvida, dizendo que não é seu sangue?”.(Idem. p. 85)
O Pe. Fábio de Melo negou. Pesam sobre ele as condenações da Igreja Católica.
fonte: http://www.montfort.org.br/old/index.php?secao=veritas&subsecao=igreja&artigo=fabio-de-melo&lang=bra
Pe. Fábio de Melo contra a Ressurreição de Jesus Cristo.
O que Pe. Fábio de Melo nos ensina sobre a Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo? Segundo ele:
“Gosto de compreender a ressurreição de Jesus da mesma forma. Diante da ausência sentida, a saudade fez o apóstolo intuir e proclamar: ‘Ele está no meio de nós!’”.[Fábio de Melo e Gabriel Chalita. op. cit. p. 30.)
A ausência sentida e a saudade fizeram o apóstolo intuir? Por que ausência? Pela Ressurreição Nosso Senhor não voltou a estar, inclusive com corpo (portanto, materialmente), entre os apóstolos?[“No terceiro dia depois da morte, que era um domingo, pela madrugada, Sua Alma se uniu ao Corpo. Deste modo, Aquele que por três dias estivera morto, tornou à vida que, com a morte, havia deixado, e ressuscitou.” (Catecismo Romano. Parte I. Cap. VI, 7)].
Não são eles mesmos que nos afirmam: “Nós vimos o Senhor” (Jo XX, 25). Ou Santa Maria Madalena: “Vi o Senhor e ele me disse essas coisas.” (Jo XX, 18). Por que saudade? Ora, só se tem saudade de quem não está presente, mas diz o Evagelho:
“Chegada, pois, a tarde daquele dia, que era o primeiro da semana, e estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se achavam juntos, com medo dos judeus, foi Jesus, pôs-se no meio deles e disse-lhes: A paz esteja convosco. Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Alegraram-se, pois os discípulos ao ver o Senhor.” (Jo XX, 19-20).
Disso tudo, podemos concluir três coisas:
1. Nosso Senhor não estava ausente, mas presente – inclusive materialmente – entre os apóstolos.
2. É difícil imaginar como os apóstolos podiam ter saudades de Cristo, sendo que Cristo estava com eles.
3. Nosso Senhor deu-lhes uma prova material daRessurreição ao mostrar-lhes as mãos perfuradas pelos cravos e o lado perfurado pela lança.
O que é, portanto, que Pe. Fábio de Melo quer dizer com tudo isso?
Falando sobre seu modo de pensar a Ressurreição, ele nos afirma:
“Não importa que haja um corpo encontrado ou um corpo desaparecido.
O que a ressurreição nos sugere é muito mais que um corpo material. O mais importante, e o que verdadeiramente pode mover o cristianismo no tempo, não está na prova material da ressurreição, mesmo porque não a temos.”.[Fábio de Melo e Gabriel Chalita. op. cit. p. 30]
E num artigo de seu Blog, ao falar da Ressurreição, declara:
“O que me instiga em tudo isso é a falta de provas para o fato. O sepulcro estava aberto, vazio. (…) A imposição dessa verdade não passa pela materialidade do mundo, nem tampouco pode ser explicada através das claras regras que foram postuladas por nossa razão cartesiana. (…) Estamos falando de algo maior, superior.
O que despertou o grito da ressurreição foi o encontro dos olhares de quem havia estado com Ele. Foi o momento em que João reconheceu em Pedro a presença do Mestre.”.[Encontrado no site: www.fabiodemelo.com.br (30/07/09 – negrito nosso)
(link: http://www.fabiodemelo.com.br/novo/blog/index.php?cd_fotolog=33)]
Agora fica mais claro. Pe. Fábio de Melo nega que existem provas da Ressurreição.
Mas o que nos diz o Evangelho a respeito?
Vejamos:
“Enquanto falavam nisto, apresentou-se Jesus no meio deles e disse-lhes: A paz seja convosco. Mas eles turbados e espantados, julgavam ver um espírito. Jesus disse-lhes: porque estais turbados e que pensamentos são esses que vos sobem aos corações? Olhai para minhas mãos e pés, porque sou eu mesmo; apalpai, e vede, porque um espírito não tem carne, nem ossos, como vós vedes que eu tenho. Dito isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. Mas, não crendo eles ainda e estando fora de si com a alegria, disse-lhes: Tendes aqui alguma coisa que se coma? Eles apresentaram-lhe uma posta de peixe assado e um favo de mel. Tendo-os tomado comeu-os à vista deles. Depois disse-lhes: Isto são as coisas que eu vos dizia, quando ainda estava convosco, que era necessário que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, nos profetas e nos salmos.
Então abriu-lhes o entendimento, para compreenderam as Escrituras; e disse-lhes:
Assim está escrito, e assim é necessário que o Cristo padecesse e ressuscitasse dos mortos ao terceiro dia, e que em seu nome se pregasse a penitência e a remissão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois as testemunhas dessas coisas.” (Lv XXIV, 36-48).
Desse modo podemos concluir, contra o Pe. Fábio de Melo, que:
1. Havia provas de sobra para o fato. Aliás, bem materiais, diga-se de passagem.
2. O que fez os apóstolos crerem na Ressurreição não foi o encontro dos olhares coisa nenhuma, mas ver Nosso Senhor ressuscitado, falando e comendo com eles.
3. Deus Nosso Senhor quis provar com um milagre visível sua Ressurreição.
4. Negar que existem provas da Ressurreição é o mesmo que negar as Sagradas Escrituras e, por conseqüência, a própria Ressurreição.
Como não poderia deixar de ser, a Santa Madre Igreja, para proteger a fé dos erros modernistas, condenou no Decreto Lamentabili de São Pio X a seguinte afirmação:
“A ressurreição do Salvador não é propriamente um fato de ordem histórica, mas de ordem meramente sobrenatural que não foi demonstrado, nem é demonstrável, e que a consciência cristã insensivelmente deduziu de outros fatos.”.
[Papa S. Pio X - "Lamentabili Sine Exitu" MONTFORT Associação Cultural http://www.montfort.org.br/index.php?secao=documentos&subsecao=decretos&artigo=lamentabili&lang=bra
Online, 30/07/2009 às 14:51h]
Negar a existência de provas é negar que a Ressurreição seja demonstrável. E negar que haja provas é negar o caráter histórico do fato (Ressurreição) narrado pelas Sagradas Escrituras.
Portanto, Pe. Fábio de Melo, infelizmente, incorre em mais uma condenação da Igreja.
http://www.montfort.org.br/old/index.php?secao=veritas&subsecao=igreja&artigo=fabio-de-melo&lang=bra
Fonte: fim dos tempos.net
mantfort.org.br
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