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13 de maio de 2013

Circunstâncias e diálogo das aparições de 1916

Na Primavera de 1916, três jovens pastores portugueses, Lúcia dos Santos e os
seus primos Francisco e Jacinta Marto, levaram a pastar as suas ovelhas para um monte
chamado o Cabeço. Como começasse a chover, os pequenos encontraram um lugar no
monte para se abrigarem. Mesmo depois de ter parado de chover e de o sol ter voltado a
brilhar, os pastorinhos passaram o dia neste local, a comer a sua refeição, a rezar o
Terço e a brincar. Lúcia tinha então apenas nove anos, Francisco tinha oito e Jacinta
tinha seis.xxxx

 Enquanto estavam a brincar, a strong wind suddenly blew, shaking the trees, and
the children saw a figure approaching above the olive trees. Lúcia described the figure
as having "Um jovem dos seus 14 a 15 anos, mais branco que se fora de neve, que o sol
tornava transparente como se fora de cristal e duma grande beleza.
 "Ao chegar junto de nós, disse: ‘Não temais! Sou o Anjo da Paz. Orai comigo.’
E ajoelhando em terra, curvou a fronte até ao chão e fez-nos repetir três vezes estas
palavras:
‘Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-vos perdão para os
que não crêem, não adoram, não esperam e Vos não amam.’
"Depois, erguendo-se, disse: ‘Orai assim. Os Corações de Jesus e Maria estão
atentos à voz das vossas súplicas’."

 Lúcia recordou: "A atmosfera sobrenatural que nos envolveu era tão intensa que,
durante um longo momento, mal demos conta da nossa própria existência. Ficámos na
posição em que o Anjo nos deixou, repetindo sempre a mesma oração. A presença de
Deus fez-se sentir duma maneira tão intensa e íntima que nem ousávamos falar uns com
os outros. No dia seguinte, ainda sentíamos o nosso espírito envolvido nesta atmosfera
que só desapareceu muito devagar ."

O Anjo da Paz tinha vindo falar às crianças para as infundir com esta graça
extraordinária de serem penetrados pela Presença Divina, e para lhes demonstrar a
atitude, postura e fervor com que deviam orar a Deus. É interessante notar que, durante
a aparição, Francisco não podia ouvir as palavras do Anjo, e só depois lhe disseram o
que tinha dito; e o mesmo aconteceu em todas as outras aparições.
Depois de algum tempo, os três pastorinhos recuperaram as forças e a vontade de brincar.

A segunda aparição do Anjo deu-se no Verão de 1916. Quando as crianças estavam
a brincar junto do seu poço favorito, o Anjo apareceu subitamente. "Que fazeis?"
perguntou ele. "Orai, orai muito! Os Corações Santíssimos de Jesus e Maria têm sobre
vós desígnios de misericórdia. Oferecei constantemente ao Altíssimo orações e
sacrifícios."

 Lúcia perguntou ao Anjo como é que deviam fazer sacrifícios.

1 O Anjo respondeu: "De tudo o que puderdes, oferecei a Deus sacrifício em acto de
reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e súplica pela conversão dos
pecadores. Atraí assim sobre a vossa Pátria a paz. Eu sou o Anjo da sua guarda, o Anjo
de Portugal. Sobretudo, aceitai e suportai com submissão o sofrimento que o Senhor vos
enviar."

Lúcia comentou: "Estas palavras do Anjo gravaram-se no nosso espírito, como
uma luz que nos fez compreender Quem é Deus, como Ele nos ama e quer ser amado
por nós, o valor do sacrifício e quanto Lhe agrada, e que, por causa dele, Deus converte
os pecadores."
O tema dominante desta segunda aparição do Anjo foi a importância de
oferecer a Deus todas as ações e sacrifícios, por pequenos que fossem, e de fazer estas
ofertas com intenções especiais, particularmente para a conversão dos pecadores.

No Outono do mesmo ano, as crianças levaram as ovelhas para o mesmo local
onde se dera a primeira aparição. E ali, no lugar abençoado do Cabeço, estavam a rezar
a oração que o Anjo lhes tinha ensinado aquando apareceu sobre eles uma luz
desconhecida. Lúcia contou:

"Erguemo-nos para ver o que se passava e vimos o Anjo,
tendo em a mão esquerda um Cálice, sobre o qual estava suspensa uma Hóstia, da qual
caíam algumas gotas de Sangue dentro do Cálice."
Deixando o Cálice e a Hóstia suspensos no ar, o Anjo prostrou-se no chão ao pé
dos pastorinhos e repetiu três vezes esta oração:

Santíssima Trindade, Padre, Filho, Espírito Santo, ofereço-Vos o
preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em
todos os sacrários da terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças
com que Ele mesmo é ofendido. E pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo
Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-Vos a conversão dos pobres
pecadores.
 Então, levantando-se, o Anjo tomou o Cálice e a Hóstia. Deu a Lúcia a Sagrada
Hóstia na língua. Em seguida, ao dar o Precioso Sangue do Cálice a Francisco e Jacinta,
disse:

 "Tomai e bebei o Corpo e Sangue de Jesus Cristo, horrivelmente ultrajado pelos
homens ingratos. Reparai os seus crimes e consolai o vosso Deus." Depois, prostrandose no chão, repetiu três vezes, juntamente com as crianças, a mesma oração: Santíssima
Trindade, etc., e desapareceu.

Esta aparição final do Anjo foi claramente a culminação das três, porque os
pastorinhos tiveram a graça de verem o Precioso Sangue de Nosso Senhor a cair da
Hóstia Sagrada para o Cálice, e receberam a Sagrada Comunhão das mãos do Anjo.

Mais uma vez, a necessidade de converter os pobres pecadores foi um tema da
aparição final do Anjo. A oração que o Anjo repetiu demonstra que, através das nossas
orações, unidas aos méritos infinitos do Sagrado Coração de Jesus e do Imaculado
Coração de Maria, os pecadores podem converter-se.

As nossas orações e sacrifícios, só por si, são muito pouco; mas ao unirem-se aos méritos do Sagrado e Imaculado Corações, tomam um valor infinito. Ficou também sublinhada a necessidade da
reparação pelos pecados cometidos contra Deus, pelos quais Ele fica ferido e deseja ser
consolado. Além disso, a maneira como as crianças receberam a Sagrada Comunhão é
especialmente instrutiva para o nosso tempo: receberam a Comunhão de joelhos, e a
Hóstia Sagrada foi-lhes dada na boca.

 A aparição do Anjo da Paz a três pastorinhos portugueses foi uma preparação para
a graça ímpar que haveriam de receber: a aparição da Rainha do Céu, a Bem-aventurada
Virgem Maria.
As aparições do Anjo prepararam-nos para ver a Mãe de Deus, através
das graças divinas transformadoras que o Anjo derramou sobre eles, assim como as suas
instruções sobre a oração, os sacrifícios e as ofertas. Através das suas aparições a Lúcia,
Francisco e Jacinta, o Anjo da Paz veio prepará-los para os papéis decisivos que iriam
desempenhar no acontecimento mais importante do Século XX, a aparição de Nossa
Senhora em Fátima.

 Mas as instruções do Anjo da Paz não se destinavam apenas aos pastorinhos.
Aplicam-se a todos nós, e assim como prepararam as crianças para as aparições da
Santíssima Virgem, podem também servir de preparação para nós recebermos a
Mensagem de Nossa Senhora de Fát

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