Atualmente, deparo-me com inúmeras pessoas alegando que estão ou são infelizes. Os motivos são os mais variados possíveis: brigas familiares, amores não correspondidos, fofocas, desemprego, doenças, etc.
Não vamos aqui explicitar nenhuma das causas acima mencionadas.
Quero falar hoje a respeito da INVEJA - uma das causas mais influentes em nossa infelicidade na vida!
O próprio Jesus foi entregue e condenado à morte por inveja – unicamente por inveja! Pilatos "sabia, com efeito, que eles o haviam entregue por inveja" (cf. Mt 27, 18). Os apóstolos também sofreram por inveja e por inveja foram presos (cf. At 5,17). Se Jesus e os apóstolos foram alvo de inveja, nós também não escaparemos dela!
O que vem a ser a maldita inveja?
Para entendermos adequadamente este sentimento temos que tentar descobrir a estrutura básica que o antecede.
Qual será o mecanismo básico que nos move para a inveja?
Este mecanismo, responsável pelos nossos ressentimentos é o mecanismo da COMPARAÇÃO. Sem uma profunda meditação sobre o processo comparativo, jamais chegaremos a entender e a avançar no nosso modo de vida, relativamente a este sentimento. Falar da inveja é falar sobre a comparação, sobre o processo de nos compararmos com as outras pessoas. Quando nós nos comparamos com os outros e nos sentimos inferiores a eles em algum aspecto, estamos com inveja.
A Inveja é a vivência de um sentimento interior sob a forma de frustração, de tristeza, de mal-estar, de acanhamento, por nos sentirmos menores do que alguém, por nos sentirmos menos do que o outro, por não possuirmos o que o outro possui, por não sermos o que o outro é. É o desequilíbrio íntimo, oriundo de um sentimento de inferioridade, fruto da comparação que fizemos entre nós e o outro em algum aspecto específico: ou nas posses materiais, na casa, no carro, na roupa, no dinheiro ou nas suas qualidades psicológicas, morais, físicas, sociais ou espirituais. E como a inveja é um desequilíbrio entre nós e os outros num processo comparativo, desde cedo nos foram ensinando alguns mecanismos de defesa para este desequilíbrio. E nestes mecanismos escondemos de nós o sentimento de inveja e pode até acontecer acharmos que não vivenciamos este sentimento.
A Inveja não aparece tão claramente assim. Nós nos comparamos com alguém, sentimo-nos inferiores a ele e ficamos frustrados. O Processo do Ressentimento é muito mais sutil, muito mais encoberto. Um dos mecanismos mais comuns é exatamente aquele em que, ao nos sentirmos menores do que os outros, nós nos aumentamos, nos vangloriamos, nos enaltecemos para evitar o mal-estar do desequilíbrio. Falamos excessivamente bem das nossas próprias coisas e, ao mesmo tempo, procuramos diminuir o outro através de crítica. Quando criticamos alguém, quando diminuímos alguém, quando ofendemos alguém, quando temos necessidade de falar mal de alguém, provavelmente estamos nos sentindo inferiores a ele.
Muitas pessoas pensam que inveja é quando vemos algo em alguém e queremos ter ou ser iguais ao outro. Isto é apenas um desejo de aprendizado, apenas um desejo de crescimento. O que caracteriza a inveja é uma frustração conosco mesmos, é a tristeza conosco mesmos, é a intolerância com nós próprios por nos sentirmos menores do que os outros.
Vejamos esta interiorização no nosso processo educativo. Na família, por exemplo, todo o processo familiar vem carregado da mania comparativa. A escola segue a mesma linha: se acabássemos com a comparação, acabaríamos com a escola, pelo menos da maneira como ela existe hoje: primeiro lugar, segundo lugar, último lugar, classes mais adiantadas, classes mais atrasadas, notas, avaliações. Toda propaganda no rádio, no jornal e na televisão em nossa cultura, é baseada no processo comparativo, entre nós e os modelos que nos são apresentados.
Comparamos sempre! Existiria uma maneira de usarmos a nossa tendência comparativa em nosso favor e não contra nós? Claro que sim! (Graças a Deus!) Existe um tipo de comparação com a qual não estamos acostumados, que normalmente não fazemos e, se a fizermos, nós sairemos fora do processo da inveja: é a Auto-Comparação, a comparação conosco mesmos.
Nós sabemos sempre muito bem quanto ganham os nossos vizinhos, os nossos amigos, os nossos parentes, mais jamais fizemos uma análise do índice do nosso crescimento nos últimos anos. Estamos hoje piores ou melhores do que éramos ontem? Há uma grande diferença entre a comparação com os outros e a comparação conosco mesmos. Na auto-comparação, passamos a ser o nosso único ponto fundamental de referência, passamos a ser donos da nossa própria vida, pois, quando nos comparamos com os outros, eles são o nosso padrão, a nossa referência, saímos para fora do nosso eixo, somos dirigidos de fora. A auto-comparação leva-nos a um fortalecimento interior. Fortalecemos a nossa identidade, reencontramos a nós mesmos, passamos a ser o nosso próprio ponto de apoio. Só quando formos padrão de nós mesmos, reencontraremos a alegria de ser o que somos, de ter o que temos, de viver como vivemos. Somente o exercício da auto-comparação nos levará à auto-aceitação, à realização do nosso próprio tamanho.
Responda-me com sinceridade: você teme o invejoso? Por que? ... enquanto você pesca , ele olha o rio... O invejoso é um eterno expectador, pois enquanto: você dorme pacificamente, ele perde o sono quando pensa em você. Você acorda e saúda o sol, e ele olha o seu bronzeado. Você sai para o trabalho, ele calcula o seu salário. Você constrói sua casa, ele julga a cor das tintas. Você estuda, tem boas notas, ele se preocupa com esses números. Você conquista um diploma, ele vive o medo do seu sucesso futuro. Você levanta um prédio, ele escolhe uma janela pra pular. Você cura os doentes, ele adoece por causa disso. Você ensina os seus alunos, ele tenta descobrir o que você não sabe. Você tem a simpatia da chefia, ele prefere chamá-lo de puxa-saco. Você recebe os aplausos, ele busca saber se alguém o vaia. Você liga seu computador para serviço útil, ele coleciona programas de vírus.
O que ele realmente faz, quando faz: você cria, ele copia.
O elogio do invejoso é a cópia!
... ele é um eterno expectador ...
... merece sua compaixão e não seu temor ...
Não tema o invejoso... tema ser o invejoso!
Fonte: Pe. Crystian Shankar
Não vamos aqui explicitar nenhuma das causas acima mencionadas.
Quero falar hoje a respeito da INVEJA - uma das causas mais influentes em nossa infelicidade na vida!
O próprio Jesus foi entregue e condenado à morte por inveja – unicamente por inveja! Pilatos "sabia, com efeito, que eles o haviam entregue por inveja" (cf. Mt 27, 18). Os apóstolos também sofreram por inveja e por inveja foram presos (cf. At 5,17). Se Jesus e os apóstolos foram alvo de inveja, nós também não escaparemos dela!
O que vem a ser a maldita inveja?
Para entendermos adequadamente este sentimento temos que tentar descobrir a estrutura básica que o antecede.
Qual será o mecanismo básico que nos move para a inveja?
Este mecanismo, responsável pelos nossos ressentimentos é o mecanismo da COMPARAÇÃO. Sem uma profunda meditação sobre o processo comparativo, jamais chegaremos a entender e a avançar no nosso modo de vida, relativamente a este sentimento. Falar da inveja é falar sobre a comparação, sobre o processo de nos compararmos com as outras pessoas. Quando nós nos comparamos com os outros e nos sentimos inferiores a eles em algum aspecto, estamos com inveja.
A Inveja é a vivência de um sentimento interior sob a forma de frustração, de tristeza, de mal-estar, de acanhamento, por nos sentirmos menores do que alguém, por nos sentirmos menos do que o outro, por não possuirmos o que o outro possui, por não sermos o que o outro é. É o desequilíbrio íntimo, oriundo de um sentimento de inferioridade, fruto da comparação que fizemos entre nós e o outro em algum aspecto específico: ou nas posses materiais, na casa, no carro, na roupa, no dinheiro ou nas suas qualidades psicológicas, morais, físicas, sociais ou espirituais. E como a inveja é um desequilíbrio entre nós e os outros num processo comparativo, desde cedo nos foram ensinando alguns mecanismos de defesa para este desequilíbrio. E nestes mecanismos escondemos de nós o sentimento de inveja e pode até acontecer acharmos que não vivenciamos este sentimento.
A Inveja não aparece tão claramente assim. Nós nos comparamos com alguém, sentimo-nos inferiores a ele e ficamos frustrados. O Processo do Ressentimento é muito mais sutil, muito mais encoberto. Um dos mecanismos mais comuns é exatamente aquele em que, ao nos sentirmos menores do que os outros, nós nos aumentamos, nos vangloriamos, nos enaltecemos para evitar o mal-estar do desequilíbrio. Falamos excessivamente bem das nossas próprias coisas e, ao mesmo tempo, procuramos diminuir o outro através de crítica. Quando criticamos alguém, quando diminuímos alguém, quando ofendemos alguém, quando temos necessidade de falar mal de alguém, provavelmente estamos nos sentindo inferiores a ele.
Muitas pessoas pensam que inveja é quando vemos algo em alguém e queremos ter ou ser iguais ao outro. Isto é apenas um desejo de aprendizado, apenas um desejo de crescimento. O que caracteriza a inveja é uma frustração conosco mesmos, é a tristeza conosco mesmos, é a intolerância com nós próprios por nos sentirmos menores do que os outros.
Vejamos esta interiorização no nosso processo educativo. Na família, por exemplo, todo o processo familiar vem carregado da mania comparativa. A escola segue a mesma linha: se acabássemos com a comparação, acabaríamos com a escola, pelo menos da maneira como ela existe hoje: primeiro lugar, segundo lugar, último lugar, classes mais adiantadas, classes mais atrasadas, notas, avaliações. Toda propaganda no rádio, no jornal e na televisão em nossa cultura, é baseada no processo comparativo, entre nós e os modelos que nos são apresentados.
Comparamos sempre! Existiria uma maneira de usarmos a nossa tendência comparativa em nosso favor e não contra nós? Claro que sim! (Graças a Deus!) Existe um tipo de comparação com a qual não estamos acostumados, que normalmente não fazemos e, se a fizermos, nós sairemos fora do processo da inveja: é a Auto-Comparação, a comparação conosco mesmos.
Nós sabemos sempre muito bem quanto ganham os nossos vizinhos, os nossos amigos, os nossos parentes, mais jamais fizemos uma análise do índice do nosso crescimento nos últimos anos. Estamos hoje piores ou melhores do que éramos ontem? Há uma grande diferença entre a comparação com os outros e a comparação conosco mesmos. Na auto-comparação, passamos a ser o nosso único ponto fundamental de referência, passamos a ser donos da nossa própria vida, pois, quando nos comparamos com os outros, eles são o nosso padrão, a nossa referência, saímos para fora do nosso eixo, somos dirigidos de fora. A auto-comparação leva-nos a um fortalecimento interior. Fortalecemos a nossa identidade, reencontramos a nós mesmos, passamos a ser o nosso próprio ponto de apoio. Só quando formos padrão de nós mesmos, reencontraremos a alegria de ser o que somos, de ter o que temos, de viver como vivemos. Somente o exercício da auto-comparação nos levará à auto-aceitação, à realização do nosso próprio tamanho.
Responda-me com sinceridade: você teme o invejoso? Por que? ... enquanto você pesca , ele olha o rio... O invejoso é um eterno expectador, pois enquanto: você dorme pacificamente, ele perde o sono quando pensa em você. Você acorda e saúda o sol, e ele olha o seu bronzeado. Você sai para o trabalho, ele calcula o seu salário. Você constrói sua casa, ele julga a cor das tintas. Você estuda, tem boas notas, ele se preocupa com esses números. Você conquista um diploma, ele vive o medo do seu sucesso futuro. Você levanta um prédio, ele escolhe uma janela pra pular. Você cura os doentes, ele adoece por causa disso. Você ensina os seus alunos, ele tenta descobrir o que você não sabe. Você tem a simpatia da chefia, ele prefere chamá-lo de puxa-saco. Você recebe os aplausos, ele busca saber se alguém o vaia. Você liga seu computador para serviço útil, ele coleciona programas de vírus.
O que ele realmente faz, quando faz: você cria, ele copia.
O elogio do invejoso é a cópia!
... ele é um eterno expectador ...
... merece sua compaixão e não seu temor ...
Não tema o invejoso... tema ser o invejoso!
Fonte: Pe. Crystian Shankar
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