1. Deus existe?
Sim, é claro que existe! Nós acreditamos e temos Fé que Ele existe, e de fato, para muitas pessoas isto é suficiente. Mas, às vezes, encontramos alguns sujeitos que põe em dúvida esta afirmativa, quando não dizendo categoricamente que Deus não existe. Estes indivíduos são chamados de ateus.
2. Por que algumas pessoas são atéias?
Esta é uma pergunta não tão fácil de ser respondida, pois são vários os motivos que levam alguém a se proclamar ateu. Em geral, a princípio eram pessoas que nunca tiveram muita Fé, não davam importância às religiões e nem compreendiam a transcendência da vida. Assim, guiando-se por uma Razão materialista, isto é, negando a existência de toda realidade distinta da matéria (como a Alma ou o Espírito), logo estas pessoas entenderam que Deus também não existia, pois não Ele não é visível e nem pode ser medido por um instrumento científico.
3. Quais são os tipos de ateus?
Basicamente há dois tipos de ateus, os que acreditam que Deus não existe e aqueles que não sabem se Deus existe ou não. O primeiro seria um “ateu forte”, o segundo um “ateu fraco”.
4. Como devo tratar um ateu?
Como se deve tratar todas as pessoas, ou seja, com respeito. Em verdade, é até preferível não entrar em conflito com pessoas de opiniões diversas da sua, limitando-se a pedir em seu íntimo que Deus e Jesus iluminem os insolentes, incautos ou impertinentes para que eles também encontrarem a Verdade.
Por outro lado, é comum alguns ateus se acharem superiores ou mais inteligentes e ridicularizarem aqueles que crêem em Deus. É uma atitude um tanto arrogante, e você tem de lembrar que a Humildade é a mais importante das Virtudes.
Assim, em casos extremos, torna-se dever do Cristão defender sua Fé. Porém, dada a natureza do problema, não se deve responder a questão somente pela Fé, afinal pode-se acreditar tanto que Deus existe ou como não existe. Desse modo, precisamos recorrer à Razão para justificar nossa crença, usando-se de alguns argumentos racionais.
5. Quais são os argumentos racionais para provar que Deus existe?
Vários são os argumentos que provam a existência de Deus. Os dois mais conhecidos são o chamado Argumento Ontológico de Santo Anselmo de Cantuária e as Cinco Provas de São Tomás de Aquino.
6. Qual é o Argumento Ontológico?
Segundo Santo Anselmo, mesmo o insensato que diz que Deus não existe, responderia afirmativamente se consegue imaginar algo “maior do qual nada pode ser cogitado”, embora não entenda que isso existe na realidade. Quer dizer, para negar a existência de Deus deve-se ter idéia de Deus para poder negar sua existência, pois não poderia negá-la se não tivesse o conceito de Deus ou se não compreendesse o que significa essa idéia.
No entanto, aquilo “maior do qual nada pode ser cogitado” não pode existir somente no intelecto, pois se só existe no intelecto, pode pensar-se algo que seja maior e que também exista na realidade. Quer dizer, uma coisa é maior se existente na inteligência e na realidade do que uma coisa existente apenas na inteligência.
O insensato que aceita aquilo “maior do qual nada pode ser cogitado” exista apenas como idéia, mas não na realidade, se contradiz, porque se existe apenas na inteligência então não seria maior do que existisse na inteligência e na realidade. O ser “maior do qual nada pode ser cogitado” existe, pois, indubitavelmente, tanto na inteligência como na realidade.
Nota: Sobre Santo Anselmo de Cantuária
Santo Anselmo (c. 1033-1109), filósofo escolástico beneditino. É um dos 33 Doutores da Igreja, chamado “Doctor Magnificus”. O argumento acima narrado encontra-se em seu livro Proslogion, que significa “Discurso da Existência de Deus”.
7. E quanto as Cinco Provas?
Estas são cinco caminhos assinalados por São Tomás de Aquino ainda na Idade Média para responder esta questão.
1.º) Argumento do Movimento
Sabemos que existe o Movimento, que seres e objetos se movem. Porém, tudo que se move é movido por outrem, e uma infinita regressão de movedores é impossível. Assim, há um Movedor imóvel do qual provém todos os movimentos, e este Movedor é aquilo que chamamos de Deus.
2.º) Argumento da Primeira Causa
Sabemos que alguns acontecimentos são causadas por outrem. Todavia, uma infinita regressão de acontecimentos é impossível. Logo, há uma Primeira Causa, que não foi causada e que causou todos os eventos posteriores. Este Causador é aquilo que chamamos de Deus.
3.º) Argumento da Contingência
No Universo, muitas coisas podem existir ou não. Isto nós chamados de entes contingentes; É impossível para tudo no Universo ser contingente, pois algo não pode vir do nada; De outro modo, se nada existia antes, nada existiria também agora, o que é falso. Assim, deve haver um Ser Necessário cuja existência não é contingente a nenhum outro ente; Este Ser é aquilo que chamamos de Deus.
4.º) Argumento da Gradação
Várias perfeições podem ser encontradas em vários graus no Universo. Estes graus de perfeição assumem a existência da Perfeição por ela mesma; O Pináculo da Perfeição, do qual todos os graus menores da perfeição derivam, é aquilo que chamamos de Deus.
5.º) Argumento da Finalidade
Todos os corpos naturais agem com um objetivo; Estes objetivos são por si só desprovidos de inteligência; Agir com um fim é a caracterização da inteligência; Assim, deve existir um Ser Inteligente que guia todos os corpos naturais para seus fins; Esta Inteligência é aquilo que chamamos de Deus.
Nota: Sobre São Tomás de Aquino
São Tomás de Aquino (c. 1225-1274), filósofo escolástico dominicano. É um dos 33 Doutores da Igreja, chamado “Doctor Angelicus”. Sua monumental obra inacabada Suma Teológica é considerada o mais perfeito tratado teológico, senão o livro mais importante do Catolicismo, depois da Bíblia.
8. E quanto aos ateus que não sabem se Deus existe?
Neste caso trata-se dos já denominados “ateus fracos”. Embora os argumentos de Santo Anselmo e São Tomás sejam suficientes para provar a existência de Deus, podemos recorrer ainda a uma terceira proposição, que não prova que Deus existe, mas mostra que não é sábio acreditar que Ele não existe. Este raciocínio é conhecido como “Argumento da Aposta” de Blaise Pascal (1623-1662).
9. Como é este Argumento da Aposta?
• Se você acredita em Deus e nas Escrituras e estiver certo, será beneficiado com a ida ao Paraíso.
• Se você acredita em Deus e nas Escrituras e estiver errado, não terá perdido nada.
• Se você não acredita em Deus e nas Escrituras e estiver certo, não terá perdido nada.
• Se você não acredita em Deus e nas Escrituras e estiver errado, você irá para o Fogo Eterno.
Considerando que você tem apenas uma vida, e que necessariamente todos têm de fazer essa “aposta”, logo, vê-se os benefícios em acreditar em Deus, e que o risco em negá-Lo é muito grande.
Fonte: Geovani Németh-Torres
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