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5 de maio de 2011

JESUS VEIO AO ENCONTRO DOS SEUS ANDANDO SOBRE AS ÁGUAS Atos 6, 1-7; João 6, 16-21

Um dos sentimentos mais desagradáveis que possamos experimentar é aquele do medo. Uma coisa é um leve temor, um receio quase fugaz. Outra coisa é quando imaginamos um sofrimento intenso. Temos medo de um assalto, de alguém que dirige o veículo em que estamos desgovernadamente, temos medo de certas pontadas no peito que podem indicar problemas cardiológicos delicados. A cena do evangelho de hoje fala do medo dos apóstolos no meio do Lago de Tiberíades. Jesus vem ao encontro deles andando sobre as águas. Seria um fantasma?


Há alguns pormenores que podem ser realçados nesse relato. Este segue imediatamente à multiplicação dos pães. A tarde caía. Já estava escuro e Jesus não estava com os discípulos. O mar estava agitado. Os autores do Missal Cotidiano da Paulus fazem os seguintes comentários: “A revelação de Jesus continua. Na multiplicação dos pães revelou-se como profeta e Messias. Mas as multidões interpretam o messianismo de Cristo de modo terreno e político. Ora, com o caminhar sobre as águas manifesta Jesus sua identidade profunda, sua natureza divina: ele é “independente” dos condicionamentos naturais, é o “Senhor” da natureza. Diversamente dos sinóticos, este milagre para João não é tanto uma ajuda aos discípulos, em perigo, quanto um sinal de sua credibilidade para as palavras “duras” que porão sua fé à prova.


Em João, porém, há uma outra perspectiva, outra conexão. O milagre dos pães coloca e completa o milagre do maná: o caminhar sobre as águas, o da passagem do Mar Vermelho. Deus é aquele que está presente com proximidade constante e fecunda de salvação, tornou-se em Jesus definitivamente presente e sua presença é uma presença de vida” (p. 378).


O Evangelho diz que assim como Javé , Jesus manifesta seu poder dominando o mar e alimentando seu povo. Jesus não somente é o grande profeta anunciado, o novo Moisés, mas Deus que se manifesta alimentando seu povo e mostrando-se poderoso.


Podemos dizer que neste episódio está, de alguma forma, presente o tema do batismo, da passagem pela água.


Sem ser tema fundamental da perícope podemos fazer uma interpretação acomodatícia ao texto. Vivemos o tempo pascal e contemplamos a presença do Ressuscitado que não nos abandona. Não temos que temer. Ele é companheiro da viagem de nossa vida e de nossa caminhada. Ao longo da história ele vai nos acenando e chamando atenção para os sinais de sua presença.


Fonte: Franciscanos

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