.

.

5 de maio de 2011

O FILHO QUE VEM DO ALTO Atos 5,27-33; João 3, 31-36

“Aquele que vem do alto está acima de todos. O que é da terra pertence à terra e fala das coisas da terra” (Jo 3, 31)


Árdua, penosa, ao mesmo tempo bela e gratificante a tarefa do seguimento de Cristo Jesus, vivo e ressuscitado. Continuamos, nesse tempo pascal, a ouvir a proclamação do Evangelho de João. Ao longo do tempo pascal e do tempo da vida nada mais temos a fazer senão conviver com a pessoa do Ressuscitado, “até que ele venha”. Temos lâmpadas acesas nas mãos esperando sua volta.


Jesus é o centro de nossa fé e de nossa vida cristã. Nada pode ficar fora desse centro. Todo devocionalismo sem a centralidade da cristologia não merece ser fomentado. Num tempo como o nosso precisamos de cristãos que coloquem o Ressuscitado no dentro de sua vida.


Há primeiro esse encontro pessoal e intransferível com Cristo ressuscitado que cada um deve fazer. Não é de Cristo aquele que simplesmente disserta sobre o Mestre. A oração pessoal, a leitura meditava dos quatro evangelhos e dos outros textos do Novo Testamento podem ir, ao longo das estações de nossa vida, fazer nascer Cristo em nós. De particular importância é a ruminação saborosa das epístolas de Paulo onde percebemos um amor apaixonado por Cristo.


Este é um grande desafio: como as crianças, os jovens, os seminaristas, os sacerdotes cultivarão, nesse tempo de ruído, agitação, superficialidade uma amizade pessoal por Cristo? Poderemos, pessoal e sinceramente, responder à famosa pergunta de Cesaréia de Filipe: “Quem sou eu para vocês?”


Há esse encontro comunitário e fraterno com o Senhor na assembleia dos irmãos. Há o encontro no convívio e na convivência numa comunidade paroquial ou local, na comunidade de vida consagrada. Quando dois ou três se reúnem, ele se faz presente. Esse que veio do alto. Não podemos contaminar nossas comunidades com a mentalidade debaixo: ciúmes, protagonismo de uns e apagamento de outros. No coração da família, do grupo de reflexão do bairro, de um grupamento de fiéis manifesta-se o Cristo. Não convém abusar da palavra irmão. Ela é sagrada demais para ser empregada de qualquer modo. Felizes aqueles que fazem verdadeira experiência da presença do ressuscitado.


Há esse encontro com o Cristo nos sinais sacramentais: a mesa do pão branco e vinho rubro, a água que lava, o óleo que penetra.


Não basta ser discípulo de nome. Será fundamental revestir-se de Cristo e, ao longo da vida, viver trabalho, lutas, estudos, saúde e doença à luz de Cristo. Não podemos ser de baixo mas queremos ser seduzidos por aquele que vem do alto.


Fonte: Frei Almir R. Guimarães

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Formando e Informando Católicos; Paz e Bem! Agradecemos sua participação no blog!!

Ratings and Recommendations by outbrain