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14 de outubro de 2010

Ritos Orientais e Ocidentais latinos



A história do Cristianismo desenvolve-se a partir dos Apóstolos, e por isso chamamos apostólicas as igrejas que, ininterruptamente, apresentam uma sucessão hierárquica direta na ordenação de bispos desde os primeiros evangelizadores.


Devido à sua importância política e eclesiástica, muitos destes centros patriarcais criaram ritos litúrgicos próprios. Atualmente podemos designar o Rito Latino (da Igreja de Roma) e os seguintes Ritos Orientais: Bizantino, Armênio, Antioquino, Caldeu e Alexandrino. Estes ritos orientais são praticados em várias igrejas, tanto católicas como ortodoxas.
A Igreja Greco-Melquita Católica tem consciência de ser a mais antiga do mundo, sucessora direta e imediata dos Apóstolos. Seu Patriarca, Gregório III, porta o titulo de “Patriarca de Antioquia e todo o Oriente, de Alexandria e de Jerusalém” - os primeiros centros da cristandade.

- Greco

Era a maneira pela qual os antigos muçulmanos se referiam aos cristãos bizantinos, já que, desde a transferência do Império Romano para o oriente, seus cidadãos adotaram, aos poucos, a língua grega.

- Melquita
Vem da raiz semítica “melek” (rei, imperador).
No século V, o Imperador de Constantinopla, Marciano, aceitou as resoluções do Concílio da Calcedônia, o que desagradou grupos separatistas como os siríacos e coptas, que passaram a designar estes cristãos como melquitas. Para os antigos historiadores muçulmanos “melquita” era sinônimo de “católico”, e o Papa (Patriarca de Roma) era chamado “Chefe dos Melquitas”.
- Cató1ico
Significa “universal”, em comunhão com o Papa. Ou seja, há várias Igrejas de rito oriental em comunhão com a Igreja de Roma. E por isso são católicas. A Igreja Grego-Melquita porém, segue o Rito Bizantino.


Os fiéis greco-melquitas no Brasil são, em geral, habitantes do oriente médio, que devido à crises e perseguições, imigraram a partir do século XIX. Com o crescimento desta comunidade, o primeiro pároco Arquimandrita (título eclesiástico oriental) chegou ao Rio de Janeiro em 1939, e sete anos depois foi criada a primeira paróquia no Rio de Janeiro: a Igreja de São Basílio. Em 1972, o Papa Paulo VI nomeou o primeiro Eparca (bispo) desta nova diocese oriental, com sede em São Paulo.




A pedra fundamental da Igreja Nossa Senhora do Paraíso, atual Catedral Grego-Melquita Católica do Brasil, foi lançada no dia 23 de agosto de 1951, com projeto de autoria de Benedito Calixto de Jesus Neto.


A Catedral Nossa Senhora do Paraíso exprime, através de sua arquitetura, a tradição e o ambiente das igrejas orientais, principalmente pelo seu belo “Iconóstase” (divisão entre o Santuário - onde se situa o altar - e a nave da Igreja). Nele estão três portas e também os ícones (imagens) dos Apóstolos e dois preciosos Santos Ícones, do Cristo Pantokrator (Cristo Todo Poderoso) e da Theotokos (Mãe de Deus). As pinturas na abside do Santuário, no teto e nas paredes laterais exprimem o aspecto teológico da tradição oriental, que procura apresentar a história da salvação em forma de imagens, fazendo com que o fiel, ao entrar no templo, possa contemplar várias passagens bíblicas, levando-o a compreender os vários movimentos realizados no ato litúrgico.
O atual Arcebispo Greco-Melquita Católico do Brasil é Dom Fares Maakaroun.   
                                                                                                                          
- O Sinal da Cruz                                                                         
                                                                                 

No rito bizantino, o sinal da cruz se faz estendendo unidos os três dedos da mão direita (polegar, indicador e médio - simbolizando a Santíssima Trindade) e apoiando os outros dois sobre a palma da mão (anular e mínimo - simbolizando as duas naturezas de Cristo: humana e divina); leva-se a mão assim formada, da fronte para o peito e depois, do ombro direito para o esquerdo, dizendo: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Esta maneira de persignar-se foi costume geral da Igreja universal até o século XIII, segundo o testemunho do Papa Inocente III (1216) no seu livro De Sacro Altaris misterio: “O sinal da cruz deve-se fazer com os três dedos, pois se faz com a invocação da Santíssima Trindade, de modo que se desça de cima para baixo e da direita para a esquerda, porque Cristo desceu do Céu para a terra e passou dos Judeus para Os Gentios”.





Nós, latinos, fazemos o sinal da cruz da esquerda para a direita, para representar a conversão. Ambos são símbolos válidos.


O fundamental, porém, no sinal da cruz, é afirmar que o fazemos em NOME -- no singular -- de três Pessoas divinas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Um nome em três pessoas, para siginificar que há um só Deus em três Pessoas realmente distintas.
Fazemos a cruz para significar que cremos na Encarnação, Paixão e Morte de Cristo, e que aceitamos a cruz inteiramente sobre nós.

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