A definição de Pio IX e quatro anos depois referendada pela própria Virgem Maria, em Lourdes, quando se apresentou à Bernadete como a Imaculada Conceição, nos ensina que Maria, a Mãe de Jesus e nossa, foi concebida sem a mancha, sem a mácula, sem o pecado original, em previsão dos méritos de seu Filho.
A carta de São Paulo, escolhida como a segunda leitura da liturgia de hoje, nos diz que o Pai nos escolheu, em Cristo, desde o início, para que sejamos santos e irrepreensíveis sob o seu olhar, no amor. Juntemos a esse trecho a saudação do Arcanjo Gabriel a Maria: alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!
Maria viveu essa vocação à santidade desde sua concepção e, em Caná, mostrou que seu querer era o querer de Jesus, quando disse aos serventes que seguissem as orientações de seu filho. Mais tarde, o próprio Jesus vai dizer que a grandeza de Maria estava não em ter sido sua mãe, mas em ter ouvido a voz de Deus e ter praticado seus ensinamentos.
Ser sem mácula é ser discípulo de Maria e não permitir que o pecado, o não a Deus tenha lugar em nossa vida. O batismo, o banho no sangue redentor de Jesus nos proporcionou a eliminação da mácula original e nos deu a graça para assim vivermos por todos os dias de nossa vida. Por outro lado, se cairmos na tentação e nossa filiação de Adão e Eva forem mais fortes que a. divina, temos o sacramento da reconciliação, do perdão. Não nos esqueçamos que nossos primeiros pais também nasceram sem o pecado original, mas não foram livres frente à tentação. Desobedeceram ao Senhor, fizeram sua própria vontade e não a de Deus.
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