Ao se tornar bispo de Roma, e autoridade máxima da Igreja Católica, o argentino Jorge Mario Bergoglio escolheu ser chamado Francisco.
Marcada por simbolismos, a alcunha faz referência, em especial, ao santo da cidade italiana de Assis (1182-1226), conhecido pela dedicação aos pobres e pela simplicidade.
Também alude a são Francisco Xavier (1506-1552), jesuíta próximo de Inácio de Loyola, fundador da ordem da qual o novo papa faz parte, e que teve importante atuação missionária no Oriente.
Ainda sem justificativa oficial, o nome do sumo pontífice eleito indica um perfil de homem simples e a busca por um pontificado de evangelização.
“O fato de ele escolher esse nome homenageia os dois (santos) pela simplicidade e pelo vigor apostólico”, acredita o padre Pedro Vicente, jesuíta, superior da Residência São Luiz Gonzaga, anexa à Paróquia Cristo Rei. O reitor do Seminário Propedêutico Dom Aloísio Lorscheider, Rafhael Maciel, relaciona a opção do novo papa com São Francisco de Assis por “toda a renovação da Igreja que ele foi convidado a fazer à época”.
Para ele, renovar para evangelizar, a exemplo de são Francisco Xavier. Opinião partilhada pelo padre, historiador e professor da Universidade Estadual do Ceará, Edilberto Reis, para quem a escolha do nome indica que o novo papa está “apostando nessa reconstrução da Igreja”.
Segundo o padre redentorista e assessor da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil- Regional Nordeste, Brendam Coleman Mc Donald, a opção teria sido motivada pela devoção de Bergoglio a São Francisco de Assis. Segundo ele, o sumo pontífice “é conhecido por sua humildade”. Daí ter trocado a residência episcopal por um apartamento em Buenos Aires, preferir o sistema público de transporte ao carro oficial e até preparar as próprias refeições.
Feito o santo de sua devoção, papa Francisco também procurava estar próximo do povo mesmo sendo bispo. Deu mostra disso em 2011, quando lavou e beijou os pés de 12 pacientes com Aids, repetindo o gesto de Jesus pouco antes de sua paixão e seguindo o exemplo de Francisco de Assis, que se cuidava de leprosos durante a Idade Média. “Ele é muito dedicado, especialmente aos mais pobres. O forte dele vai ser a justiça social”, aposta Brendam.
Para os freis franciscanos do Santuário do Sagrado Coração de Jesus, no Centro, a escolha do papa pelo nome Francisco surpreendeu e enseja, além de atenção à questão da pobreza, a vivência radical do Evangelho. “A convocação fundamental do nome é a radicalidade evangélica e ela vai se expressar por meio da oração, da fraternidade e da evangelização”, complementa o padre Sílvio Scopel, sacerdote da Comunidade Católica Shalom.
Os papas usavam os nomes de batismo até o ano 532. Também eram conhecidos pelo lugar de origem;
A mudança se deu quando foi eleito o papa de nome considerado pagão, Mercúrio. Ele mudou o nome para João.
Desde então, o nome mais escolhido entre os papas
foi João.
Entre as apostas de nome para o novo papa, ganhavam Bento, Pio e João Paulo. O único que não figurava como possibilidade era Pedro, pois até agora, nenhum sucessor teve coragem de utilizar.
Sinal positivo
O fato de ele escolher o nome Francisco é um sinal muito positivo, porque São Francisco foi o reformador da igreja. Acho positivo também para a América Latina
Fonte: Frei Beto, escritor e frade
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