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8 de junho de 2012

Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo

 A festa de Corpus Christi dentro do ano litúrgico cristão se insere no ciclo do tempo comum e faz parte do grupo das quatro grandes festas do Senhor, quer sejam a Santíssima Trindade, Corpus Christi, Sagrado Coração de Jesus e Cristo Rei. São celebradas com o título de solenidade dentro das celebrações eucarísticas.

 Diferentemente das demais festas cristológicas e marianas que se relacionam e dependem do núcleo central do mistério pascal, estas solenidades completam e explicitam o mistério pascal da fé cristã.
Muitos cristãos não compreendem o significado teológico desta festa e acabam por atribuir-lhe um significado mágico ou meramente devocional.

Além disso, esta festa exige necessariamente a profissão de fé na presença real de Jesus na Eucaristia, que confirma a presença de Deus na vida humana e sua participação na história do mundo.
São belíssimas e formosas as procissões de ruas, que se realizam em nossas comunidades.
Algumas são muito famosas e vale a pena visitar e participar destes eventos, que manifestam a grande religiosidade popular. Antes de tudo, manifestam a devoção do povo à Eucaristia, mas revela também a alma mística de nossas comunidades, que quer se comunicar com Deus por meio de seus ritos.
O sentido teológico mais atual desta celebração, com a reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, é a unidade do povo ao redor do seu Senhor, presente na Eucaristia, sua força na caminhada do povo em marcha e o compromisso com os irmãos mais sofridos de nossa sociedade.

A celebração de Corpus Christi tem assumido dimensões muito solenes na vida litúrgica nos últimos tempos. Algumas vezes, revelam um grande devocionismo e isto deve ser trabalhado com delicadeza.
Corre-se o risco de exacerbar os elementos míticos e criar uma relação fascinada entre o fiel e a hóstia sagrada, deteriorando o sentido social e da partilha do ritual eucarístico.

Deve-se cuidar para que o Corpus Christi seja a manifestação da fé do povo que crê num Deus onipresente na história e presente em nossas vidas, profetizando a fraternidade universal e a unidade cósmica.
Cristo está vivo e o seu corpo é uma forma de sua presença ser real entre nós. Isso nos deve levar ao compromisso verdadeiro, pois ninguém revela melhor o Pai, senão o Cristo e não há melhor revelação de Cristo que a vida dos irmãos e irmãs, sobretudo os que sofrem.


Fonte:  Eduardo Rocha Quintella Bacharel em Teologia pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora Minas Gerais

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