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4 de outubro de 2015

Sínodo da Família 2015: quem participará e como funcionará



A Santa Sé apresentou hoje o Sínodo Ordinário da Família 2015 que tem como tema “A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”. Começará no próximo domingo, 4, com uma Missa solene presidida pelo Papa Francisco na Basílica de São Pedro e o encerramento será no dia 25 de outubro.

Nesta ocasião, o funcionamento será um pouco diferente devido a uma nova metodologia aprovada pelo Santo Padre na reunião do Conselho Ordinário da Secretaria do Sínodo realizada em 25 e 26 de maio deste ano, a qual contém algumas novidades em comparação com o do ano anterior.

Na coletiva de imprensa de apresentação, participaram o Cardeal Lorenzo Baldisseri, Secretário Geral do Sínodo dos Bispos, assim como o porta-voz do Vaticano, Pe. Federico Lombardi.

Quem participará

A Assembleia deste Sínodo de 2015 estará composta por 270 Padre sinodais de ex-officio (por seu cargo), 183 ex-electione (por eleição) e 45 ex-nominatione pontificia (por nomeação pontifícia).

Entre os membros ex-officio estão os líderes de 15 Sínodos de Bispos das Igrejas Orientais Católicas, os chefes de 25 dicastérios da Cúria Romana; o Secretário Geral (Dom Lorenzo Baldisseri) e o Subsecretário, Dom Fabio Fabene.

Entre os 270 Padre sinodais, 74 são cardeais (1 Patriarca Cardeal e 2 Arcebispos Maiores), 6 Patriarcas, 1 Arcebispo Maior, 72 Arcebispos (entre os quais há 3 titulares), 102 Bispos (entre os quais há 6 Bispos Auxiliares, 3 Vigários Apostólicos e 1 emérito), 2 sacerdotes que são párocos e 13 religiosos.

Por procedência, 54 são da África, 64 da América, 36 da Ásia, 107 da Europa e 9 da Oceania.

Também participarão outros convidados de diversas culturas e nações: 24 especialistas ou colaboradores do secretário geral, 51 auditores e 14 delegados fraternos.

Intervirão no total 18 casais, assim como pais e mães de família (17 entre os auditores e uma entre os especialistas).

Metodologia

O Cardeal Baldisseri explicou que a maioria dos Padre sinodais pediu um Sínodo mais dinâmico e participativo através da distribuição dos discursos pronunciados pelos membros em tempo breve, para poder dedicar mais atenção a cada contribuição. Portanto, os chamados Círculos Menores terão uma participação mais ativa na discussão, assim como uma relação mais direta e imediata entre os Padre sinodais em sua própria língua.

O Sínodo se desenvolverá da seguinte maneira:

- Em cada semana de duração será refletido sobre: “A escuta dos desafios sobre a família”; “O discernimento da vocação familiar” e “A missão da família hoje”.

- Na inauguração, na próxima segunda-feira, 5, o Papa Francisco poderá saudar a Assembleia (não está confirmado). Intervirão o Secretário Geral e o Relator Geral (Cardeal Arcebispo do Budapeste, Dom Péter Erdo), que apresentará o primeiro tema. Depois intervirá um casal Auditor e, em seguida, os Padres sinodais nas Congregações Gerais, cuja a contribuição constitui um desenvolvimento integral do texto base.

- Depois começarão as sessões dos Círculos Menores, nas quais os Padres sinodais refletirão a respeito do texto base a fim de enriquecê-lo e fazê-lo amadurecer. No final, o relator de cada Círculo apresentará na sala uma breve análise do seu trabalho. Estes textos serão públicos. Cada Círculo estará formado por 20 pessoas e agrupados segundo seus idiomas: um em alemão, 3 em espanhol, 4 em inglês, 2 em italiano e 3 em francês.

- Os responsáveis pela elaboração da Relação Final nomeados pelo Santo Padre e que representam os cinco continentes são: Cardeal Péter Erdo, Arcebispo de Budapeste (Hungria) e Relator Geral; o Secretário Geral, Dom Bruno Forte, Arcebispo de Chieti-Vasto; o Cardeal Oswald Gracias, Arcebispo de Bombai (Índia); Cardeal John Atcherley Dew, Arcebispo de Wellington (Nova Zelândia); o Cardeal Donald William Wuerl, Arcebispo de Washington (Estados Unidos); Dom Víctor Manuel Fernández, Reitor da Pontifícia Universidade Católica da Argentina; Dom Mathieu Madega Lebouakehan, Bispo da Mouila (Gabão); Dom Marcello Semeraro, Bispo de Albano (Itália), e Pe. Adolfo Nicolás Pachón, Prepósito Geral da Companhia de Jesus.

- No final das três etapas de trabalho semanal, esta Comissão elaborará a Relatório Final, que será apresentada à Assembleia e entregue ao Papa no dia 24. O Santo Padre decidirá então se esta será pública (como no ano anterior) ou não.

- A intervenção de cada orador na Assembleia será de três minutos e os Padres sinodais poderão falar livremente com os meios de comunicação.

- O Santo Padre terá a última palavra, uma vez recebido o Relatório Final.

Com esta Assembleia finaliza o percurso sinodal iniciado há dois anos com o envio do primeiro questionário com perguntas sobre a família a todas as conferências episcopais do mundo.

A Assembleia Geral Extraordinária de 2014 elaborou um Relatório (Relatio Synodi) a partir do qual surgiram algumas questões e perguntas, o qual recebeu por nome ‘Instrumentum Laboris’. Com estes documentos os Padres sinodais começarão a abordar os diversos desafios que afetam a família.



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