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7 de outubro de 2015

Conheça o bebê que cativou o Papa Francisco e os bispos na Sala do Sínodo

Davide tem três meses, nasceu na Holanda e está fazendo história: é o primeiro bebê que entra na Sala do Sínodo. Seria possível dizer, portanto, que é o “primeiro bebê sinodal”, o que fez com que se tornasse o centro das atenções da imprensa e dos participantes durante o primeiro dia de reuniões.

Seus pais são Massimo e Patrizia Paloni (45 e 41 anos), romanos de nascimento, mas holandeses de adoção. São catequistas itinerantes do Caminho Neocatecumenal (um itinerário de formação católica estendido em todo o mundo), têm 12 filhos (seis meninos e seis meninas) e foram convidados pelo Papa Francisco para ser auditores no Sínodo dos Bispos sobre a Família.

Esta mesma manhã saudaram o Santo Padre antes do começo das sessões. “Apresentamo-nos e ele rapidamente abençoou Davide”. Ao ver o pequeno, “seu rosto se iluminou e via-se muito contente”, relata ao Grupo ACI o pai da criança. “Falamos-lhe também dos outros filhos e lhe contamos que temos que lhe entregar um desenho feito por todos para ele”. O Papa “disse que os desenhos dos meninos sempre são formosos e que ficará encantado em receber o presente”.

A aventura deste matrimônio começou em 2004, quando decidiram oferecer sua disponibilidade a Deus e à Igreja para serem enviados como família missionária a qualquer lugar do mundo a pedido do Bispo da Diocese holandesa do Roermond, Dom Frans Wiertz, fazendo finalmente de Maastricht sua residência atual.

Toda manhã, o casal vai à Sala Nova do Sínodo para participar das sessões levando Davide no carrinho. No primeiro dia, só chorou uma vez, contam seus pais ao Grupo ACI, “e eu saí rapidamente da sala para lhe atender”.

“Tivemos uma ótima acolhida pela Secretaria do Sínodo; fizeram todo o possível para nos ajudar, para nos dar no interior da sala um lugar bom para estar com o menino”, explica a mãe.

“Para nós é uma grande honra podermos estar presentes neste grande evento”, comenta Massimo sobre o Sínodo. “Estamos agradecidos ao Santo Padre por ter nos convidado, também porque isto nos dará a possibilidade de dar nossa experiência e agradecer ao Senhor por tudo aquilo que tem feito em nossas vidas”.

Além disso, “será formoso poder escutar os bispos, os Padres Sinodais e todos os especialistas que falarão sobre a família. Esperemos que saia à luz a beleza da família cristã, porque dela depende o futuro da humanidade”.

A abertura à vida

O casal se sente especialmente agradecido ao Beato Papa Paulo VI pela encíclica Humanae Vitae (sobre a família) que “pessoalmente acolhemos como uma graça”. Com ela, “temos descoberto uma missão fantástica: poder colaborar com Deus na geração dos filhos que são destinados à vida eterna”. Esta “é para nós a paternidade responsável; não tanto decidir quantos filhos ter, mas sim ser conscientes da grandeza de participar do dom da vida”.

Por isso, não têm nenhuma dúvida em sublinhar que “não experimentamos esta encíclica como um peso insuportável, mas sim como um dom”. “Deus venceu nossas debilidades e nos ajudou a acolher todos os filhos que quis nos dar” e isto foi graças a “este caminho de iniciação cristã”.

Por sua parte, Patrizia assegura que “apesar dos combates diários, posso testemunhar que viver a fidelidade conjugal não foi um peso, assim como a abertura à vida”, e “hoje me sinto feliz e realizada como mulher, esposa e mãe”.

“O ‘grande dragão’, o demônio, busca, hoje mais que nunca, atacar a mulher nas três dimensões essenciais, apresentadas na Santa Virgem Maria, ícone da Igreja e da mulher: Virgem, esposa e Mãe”, diz ela.

Além disso, Patrizia conta que “cada dia vemos ao nosso redor muito sofrimento, separações, abortos, muitas pessoas solitárias e sem esperança”. “O mundo – assegura – está esperando uma luz: a beleza da família cristã, porque estamos convencidos de que a salvação da humanidade passa pela família”.

Massimo acrescenta que “no Sínodo muitos nos dizem que estão muito contentes de ver um bebê, todos lhe dão uma bênção e alguns inclusive o carregaram nos braços”.

“Muitos nos disseram: ‘é formoso escutá-los e vê-los porque são a confirmação de que o que nós dizemos na teoria pode ser levado à realidade’. Somos gente muito normal e se Deus pôde fazer isto em nós também pode em outros”.

“Há milhares de famílias no mundo abertas à vida e fiéis ao matrimônio”, conclui Patrizia.


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