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8 de outubro de 2015

A túnica que Jesus teria usado antes de morrer será exposta ao público



Uma graça especial dentro do Ano da Misericórdia – e dados reveladores sobre o que aconteceu com a túnica após a Revolução Francesa

O bispo de Pontoise e “guardião da Santa Túnica”, Stanislas Lalanne, decidiu fazer uma ostentação excepcional da vestimenta que Jesus de Nazaré teria utilizado em seu caminho rumo ao lugar da sua crucificação, por ocasião do Ano da Misericórdia, que começará no próximo dia 8 de dezembro, por vontade do Papa Francisco.

A última exposição pública aconteceu em 1986, e naquela ocasião atraiu 80 mil peregrinos. No ano que vem, o acontecimento coincidirá com os 150 anos da basílica e com o 50º aniversário da diocese francesa de Pontoise. O responsável pela basílica, Guy-Emmanuel Cariot, prepara-se para receber mais de 150 mil peregrinos em 2016 (de 25 de março a 10 de abril).

A relíquia é venerada na França há um milênio, e já recebeu peregrinos ilustres, como os reis da França Luís VII, São Luís, Francisco I, Henrique III, Luís XIII e as rainhas Maria de Médici e Ana da Áustria.

Essa túnica, originalmente de uma só peça, corresponde à descrição que se faz dela no Evangelho de São João (19, 23-24):

“Depois de os soldados crucificarem Jesus, tomaram as suas vestes e fizeram delas quatro partes, uma para cada soldado. A túnica, porém, toda tecida de alto a baixo, não tinha costura. Disseram, pois, uns aos outros: Não a rasguemos, mas deitemos sorte sobre ela, para ver de quem será. Assim se cumpria a Escritura: Repartiram entre si as minhas vestes e deitaram sorte sobre a minha túnica. Isso fizeram os soldados.”

A túnica foi rasgada durante a Revolução. O pároco de Argenteuil a cortou em vários pedaços e a confiou aos paroquianos, para escapar da confiscação dos bens da Igreja. O sacerdote foi preso durante dois anos e, uma vez libertado, recompôs da melhor maneira possível a relíquia, mas alguns pedaços nunca mais foram encontrados.

A túnica de Argenteuil havia chegado à França em 800, ano da coroação de Carlos Mano, oferecida como presente ao novo imperador, pela imperatriz Irene de Constantinopla.

Foi o próprio Carlos Magno quem confiou a custódia da relíquia ao Mosteiro da Humildade de Nossa Senhora de Argenteuil, do qual sua filha Theodrade era priora.

A túnica passou por inúmeras peripécias desde então: escondida pelos normandos dentro de um muro, reencontrada pelos beneditinos de São Dênis…

Sua última aventura remonta a 1983: roubada por um desconhecido, foi devolvida misteriosamente, com a promessa de jamais denunciar o ladrão.



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