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11 de fevereiro de 2013

Vocação: pescadores de homens

O Evangelho do quinto domingo do Tempo Comum conta-nos uma história real. Algo que aconteceu em nosso mundo.

Aquele Deus que, às vezes aparece representado em todo o seu poder e majestade desceu do seu trono e aproximou-se de nós, tornou-se um de nós. Caminhou pelas nossas ruas e falou a nossa língua. Sentiu frio e calor. Chorou e riu como nós. Em Jesus, Deus se faz carne, encarna-se. Esta é a história, a grande história que nos conta o Evangelho.

O Evangelho de hoje nos aproxima de um momento da vida de Jesus. Próximo a um lago, Jesus fala ao povo sobre Deus. A multidão é grande e Jesus solicita a Pedro que o deixe subir na embarcação para que daí falar ao povo.

Quando termina, Jesus convida a Pedro para remar mar adentro e lançar as redes. É então que acontece a confusão. Já haviam trabalhado a noite toda e nada pescado. Mas, em nome de Jesus, voltam a lançar as redes. Acontece um milagre. E, curiosamente, a reação de Pedro é semelhante à do profeta Isaias: “Afaste-se de mim, Senhor, eu sou um pecador”.

Pedro percebe que Jesus é mais que um simples pregador ou profeta. Jesus é o próprio Deus. Não é o Deus poderoso da primeira leitura mas é Deus. É um Deus próximo, feito homem, amável, cheio de compaixão e de misericórdia. Curiosamente, também, Deus age da mesma maneira, tanto na primeira leitura como Evangelho: salva, purifica, perdoa e envia.

O profeta se sentia perdido e impuro. Pedro se sentia pecador. Ambos são acolhidos por Deus que os levanta e os transforma em colaboradores de seu plano de salvação. “Não temas, a partir de agora, serás pescador de homens”. Para Isaías e para Pedro e também para nós que ouvimos hoje estas leituras, abre-se um novo futuro para além de nossas limitações e de nossos pecados.

Deus nos chama para colaborar com Ele, para sermos mensageiros e testemunhas de seu amor e de sua misericórdia para com todos os homens e mulheres. E tudo isso por pura graça e amor de Deus. O texto deste domingo deve levar-nos a refletir.
Quando nos pomos na presença de Deus, sentimo-nos perdidos como Isaías ou pecadores como Pedro? Ou, ainda, experimentamos que Deus nos perdoa, nos levanta e nos faz seus colaboradores?
O que significa verdadeiramente em nossa vida ser mensageiro do amor e da misericórdia de Deus?
O que significa para nós o chamado de Deus para sermos pescadores de homens?

Fonte: Padre Wagner Augusto Portugal Colunista do Portal Ecclesia. Sacerdote da diocese de Campanha, graduado em direito pela Faculdade de Direito de Varginha, estudou filosofia e teologia no Centro de Estudos Superiores da Companhia de Jesus, mestre em Direito Canônico.

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