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21 de fevereiro de 2013

O que é a Cruz?


A cruz é um dos símbolos mais antigos. Sua presença é reconhecida já nas antigas civilizações, como no Antigo Egito, na Ásia, na Europa, na Índia e em Israel. Na Ilha grega de Creta, em Cnossos, foi achada uma cruz de mármore do séc. XV a.C.
Ela representa uma divisão do mundo, indicando os pontos cardeais, tornando-se a base de todos os símbolos de orientação (bússolas, rosa dos
ventos, horizontal x vertical etc.).

O cristianismo enriqueceu o simbolismo da cruz, sintetizando nela a história da salvação, tornando-a mais que uma representação de Cristo. Jesus lhe institui um novo e definitivo significado, com sua paixão redentora.
No Novo Testamento, Jesus afirma que, para segui-lo, devemos tomar nossa própria cruz, perdendo a vida para salvá-la (Marcos 8, 34-35).

A Cruz é o triunfo de Cristo, pois nela aconteceu o derramamento do seu sangue, como prenunciado nos sacrifícios do Antigo Testamento: “sem derramamento
de sangue não há remissão” (Hebreus 9,22). Na cruz de Cristo, também experimentamos a nossa morte, para então podermos experimentar “o poder da
sua ressurreição” (Filipenses 3,10-11).

Aquele que não morre com Cristo não pode viver com Ele, haja vista ser a cruz um sinal para a nova existência na fé, na qual somos conduzidos pelo espírito
de Jesus e não mais por nossas paixões. Talvez seja por isso que o símbolo da Cruz incomode algumas pessoas que não se sentem prontas para assumir a proposta de Cristo. Por isso, tentam retirá-la dos lugares públicos.

A cruz com o Crucificado é uma presença silenciosa (nas igrejas, casas, escolas, escritórios, tribunais, bancos, lojas) que, mesmo ignorada por muitos de nós, remete à dor humana, à solidão da morte, gritando a cada instante em milhares de pessoas que sofrem. Olhar para a cruz com o Crucificado nos intima a responder o lamento “povo meu, que te fiz eu, ou em que te contristei?” (Miqueias 6,3). Se conseguirmos chegar a essa resposta, encontraremos a razão pela qual devemos carregar nossa própria cruz, seguindo a Cristo com nossas dores e nossas lutas.

A vida cristã nos convoca a renunciar ao pecado. Porém, só conseguiremos fazê-lo quando amarmos a cruz e iniciarmos uma luta constante pela fidelidade a Nosso Senhor e aos nossos irmãos. Assim, poderemos cantar: “Vitória, tu reinarás; ó cruz, tu nos salvarás”.


Fonte: Padre. Heitor de Menezes, cmf

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