Jesus nos ensina a celebrar e a viver a partir das dores do povo.
Tomando os doentes pela mão e ajudando-os a se levantar, estaremos libertando as pessoas e possibilitando-lhes servir, na liberdade, à causa do Reino.
Marcos indica que Jesus abandona a sinagoga e seu ministério se dá em um novo espaço, na casa.
É a casa o lugar onde se reúne a nova comunidade e que se torna o centro de irradiação da missão.
A presença de Deus, agora, não está aprisionada, no único templo em Jerusalém, nem nos espaços de culto das sinagogas que acompanhavam os judeus no interior da Judeia, ou dispersos fora dela.
Com Jesus, Deus está presente no coração da vida, na casa, onde se reúne a Família e que é o centro de produção artesanal ou agrícola para as trocas necessárias para a sobrevivência.
A casa é lugar de encontro vital, de iniciativas, de irradiação e comunhão de vida, em qualquer região, em qualquer povo.
A comunicação da vida plena, por Jesus, se dá no convívio diário, nas relações fraternas cheias de amor, seja no ambiente familiar, seja em uma comunidade mais abrangente.
O evangelista, ao insistir em muitas curas e exorcismos, tem a intenção de remover do leitor à visão de Jesus como um milagreiro.
O leitor começa a perceber, nas narrativas de milagres, o seu sentido simbólico.
Em sua essência, elas indicam o contraste maior entre a proposta libertadora e vivificante de Jesus e a proposta opressora e excludente da sinagoga e da tradição do Templo, em um contexto de carências e sofrimentos do povo. O povo acorre a Jesus que, depois de atendê-lo, retira-se de madrugada para orar. Jesus quer nos mostrar que Deus tem o poder sobre a doença e que, tendo fé n’Ele, saberemos enfrentar todos os males que possam se abater sobre nós.
Fonte: Por: DOM EURICO DOS SANTOS VELOSO
ARCEBISPO EMÉRITO DE JUIZ DE FORA,
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