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25 de maio de 2012

A Missa explicada por padre Pio


Do sinal da cruz inicial até o ofertório, é preciso encontrar Jesus Padre Pio era o modelo de cada padre... Não se podia assistir "à sua Missa", sem que nos tornássemos, quase sem perceber, "participantes" desse drama que se vivia a cada manhã sobre o altar.
Crucificado com o Crucificado, o Padre revivia a paixão de Jesus com grande dor, da qual fui testemunha privilegiada, pois lhe ajudava, na missa.
Ele nos ensinava que nossa Salvação só se poderia obter se, em primeiro lugar, a cruz fosse plantada na nossa vida. Dizia:
"Creio que a Santíssima Eucaristia é o grande meio para aspirar à Santa Perfeição, mas é preciso recebê-La com o desejo e o engajamento de arrancar, do próprio coração, tudo o que desagrada
Àquele que queremos ter em nós".(27 de julho 1917).
Pouco depois da minha ordenação sacerdotal, explicou-me ele que, durante a celebração da  Eucaristia, era preciso colocar em paralelo a cronologia da Missa e a da Paixão.
Trata-se, antes de tudo, de compreender e de realizar que o Padre no altar É Jesus Cristo.
Desde então, Jesus, em seu Padre, revive indefinidamente a mesma Paixão.
Do sinal da cruz inicial até o Ofertório, é preciso ir encontrar Jesus no Getsemani, é preciso seguir Jesus na Sua agonia, sofrendo diante deste "mar de lama" do pecado.
É preciso unir-se a Jesus em sua dor de ver que a Palavra do Pai, que Ele veio nos trazer, não é recebida pelos homens, nem bem, nem mal.
E, a partir desta visão, é preciso escutar as leituras da Missa como sendo dirigidas a nós, pessoalmente.
O Ofertório:
É a prisão, chegou a hora...
O Prefácio: É o canto de louvor e de agradecimento que Jesus dirige ao Pai, e que Lhe permitiu, enfim, chegar a esta "Hora".
Desde o início da oração Eucarística até a Consagração:
Nós nos unimos (rapidamente!...) a Jesus em Seu aprisionamento, em Sua atroz flagelação, na Sua coroação de espinhos e Seu caminhar com a cruz nas costas, pelas ruelas de Jerusalém e, no "Memento", olhando todos os presentes e aqueles pelos quais rezamos especialmente.
A Consagração nos dá o Corpo entregue agora, o Sangue derramado agora. Misticamente, é a própria crucifixão do Senhor.
E é por isso que Padre Pio sofria atrozmente neste momento da Missa.
Nós nos uníamos em seguida a Jesus na cruz, oferecendo ao Pai, desde esse instante, o Sacrifício Redentor. Este é o sentido da oração litúrgica que segue imediatamente à consagração.
"Por Cristo com Cristo e em Cristo" corresponde ao grito de Jesus:
"Pai, nas Tuas Mãos entrego o Meu Espírito!" Desde então, o sacrifício é consumado pelo Cristo e aceito pelo Pai.
Daqui por diante, os homens não mais estão separados de Deus e se encontram de novo unidos.
É a razão pela qual, nesse instante, recita-se a oração de todos os filhos:
"Pai Nosso..."
A fração da hóstia indica a Morte de Jesus... A Intinção, instante em que o Padre, tendo partido a hóstia (símbolo da morte...), deixa cair uma parcela do Corpo de Cristo no cálice do Precioso Sangue, marca o momento da Ressurreição, pois o Corpo e o Sangue estão de novo reunidos e é ao Cristo Vivo que vamos comungar.
A Benção do Padre marca os fiéis com a cruz, ao mesmo tempo como um extraordinário distintivo e como um escudo protetor contra os assaltos do Maligno...
Depois de ter escutado uma tal explicação dos lábios do próprio Padre e sabendo bem que ele vivia dolorosamente tudo aquilo, compreende-se que me tenha pedido segui-lo neste caminho... o que eu fazia cada dia... E com que alegria!
Pe Jean Derobert. Palavras do padre Pio Jesus me consolou.
Em 18 de abril de 1912, depois de uma luta terrível contra o inferno, a consolação do Senhor me veio depois da Missa:
"Ao final da missa, conversei com Jesus para a ação de graças.
Oh quanto foi suave o colóquio mantido com o paraíso nessa manhã!... O coração de Jesus e o meu se fundiram.
Não eram mais dois que batiam, mas um só.
Meu coração tinha desaparecido como uma gota de água se dissolve no mar...
- Padre Pio chorava de alegria.
- Quando o paraíso invade um coração, esse coração aflito, exilado, fraco e mortal não pode suportá-lo sem chorar..." Ao Pe Agostinho, 18/04/1912, em "Padre Pio, Transparent de Dieu", J.Derobert. Confidências a seus filhos espirituais
"Minha missa é uma mistura sagrada com a Paixão de Jesus.
Minha responsabilidade é única no mundo", disse ele chorando.
"Na Paixão de Jesus, encontrarão também a minha".
"Não desejo o sofrimento por ele mesmo, não; mas pelos frutos que me dá. Ele dá glória a Deus e salva meus irmãos, que mais posso desejar?"
"A que momento do Divino Sacrifício mais sofreis?".
- Da consagração à comunhão."
"Durante o ofertório?.
- É neste momento que a alma é separada das coisas profanas."
 "A consagração?"
- É verdadeiramente aí que advém uma nova admirável destruição e criação." "A Comunhão?
 Na comunhão, sofreis a morte?
- Misticamente, sim. - Por veemência de amor ou de dor?
- Por uma e outra: mas mais por amor." "Sofreis toda e sempre a Paixão de Jesus?" - Sim, por Sua bondade e Sua condescendência, tanto quanto é possível a uma criatura humana.
- E como podeis trabalhar com tanta dor? - Encontro o meu repouso sobre a cruz." "Como nós devemos ouvir a Santa Missa?"
- Como a assistiam a Santa Virgem Maria e as Santas mulheres.
Como São João assistiu ao Sacrifício Eucarístico e ao Sacrificio sangrento da cruz ".


Fonte:  Pe. Tarcísio, Congresso de Udine, 1972.

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