“Anunciamo-vos a Boa Nova: a promessa, feita a nossos pais, Deus a realizou plenamente para nós, seus filhos, ressuscitando Jesus” (At 13,32-33).
A Ressurreição de Jesus é a verdade culminante de nossa fé em Cristo, crida e vivida como verdade central pela primeira comunidade cristã, transmitida como fundamental pela Tradição, estabelecida pelos documentos do Novo Testamento, pregada, juntamente com a Cruz, como parte essencial do Mistério Pascal. (Cat §638) Essa é a Boa Nova que vos anunciamos: Jesus Cristo está vivo! Ele venceu a morte e nos resgatou. Nele somos novas criaturas!
A grande verdade da nossa fé é essa:
A ressurreição de Cristo. Essa boa nova tem sido transmitida a todos os cristãos ao longo dos séculos.
A morte de Cristo na Cruz e a sua ressurreição são doutrinas fundamentais da fé cristã. Nosso Deus não é passivo. Isso nós já vimos aqui.
Mas Ele também não é um Deus morto.
Como diz uma velha canção:
Meu Deus está vivo! Ele não está morto! Podemos senti-lo! Alguns chegaram a vê-lo e tocá-lo.
A palavra de Deus nos conta isso, e a Sagrada Tradição seguiu nos narrando essa palavra de fé.
O mistério da Ressurreição de Cristo é um acontecimento real que teve manifestações historicamente constatadas, como atesta o Novo Testamento.
Já São Paulo escrevia aos Coríntios pelo ano de 56:
“Eu vos transmiti… o que eu mesmo recebi: Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras.
Foi sepultado, ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. Apareceu a Cefas, e depois aos Doze” (1Cor 15,3-4). O apóstolo fala aqui da viva tradição da Ressurreição, que ficou conhecendo após sua conversão às portas de Damasco. (Cat §639) Um dos maiores obstáculos para estudarmos a vida de Jesus, são as fontes que a historiografia dispõe.
A Bíblia é uma preciosa fonte de pesquisa. Também nela podemos analisar muitos fatos históricos, embora ela seja uma coletânea de livros de fé.
Nela também encontramos muitos textos que retratam a vida de Jesus, além de registros posteriores a sua morte (Atos dos Apóstolos, Apocalipse e as Epístolas). De acordo com a historiadora Eliane Moura Silva, da Unicamp, os fatos da vida de Cristo são relatados de passagem em alguns textos antigos, como a Vida dos Judeus, de Flávio Josefo, que viveu entre os anos 37 d.C. e 103 d.C., porém de forma pontual e não muito extensiva. Segundo ela, há estudos que revelam ser verdadeiras muitas das referências históricas contidas nos Evangelhos do Novo Testamento, que tratam da vida de Cristo, mas que também foram escritos posteriormente.
“Trata-se de período conhecido da história do Império Romano, embora a Judéia [onde Jesus viveu] não fosse a principal preocupação nem a província romana mais importante na época”, afirma. Leia esse trecho dos escritos de Flávio Josefo. É dele grande parte dos escritos daquela época. Ele nasceu em Jerusalém e conheceu a primeira comunidade cristã.
Como não era cristão, e sim da nobreza judaica, seu olhar para o cristianismo também não era lá essas coisas.
Mas ele cita a ressurreição de Jesus em seus escritos:
“Foi naquele tempo (por ocasião da sublevação contra Pilatos que queria servir-se do tesouro do Templo para aduzir a Jerusalém a água de um manancial longínquo), que apareceu Jesus, homem sábio, se é que, falando dele, podemos usar este termo – homem. Pois ele fez coisas maravilhosas, e, para os que aceitam a verdade com prazer, foi um mestre. Atraiu a si muitos judeus, e também muitos gregos.
Foi ele o Messias esperado; e quando Pilatos, por denúncia dos notáveis de nossa nação, o condenou a ser crucificado, os que antes o haviam amado durante a vida persistiram nesse amor, pois Ele lhes apareceu vivo de novo no terceiro dia, tal como haviam predito os divinos profetas, que tinham predito também outras coisas maravilhosas a respeito dele; e a espécie de gente que tira dele o nome de cristãos subsiste ainda em nossos dias”.
(Flávio Josefo, História dos Hebreus, Antiguidades Judaicas, XVIII, III, 3, ed. cit. p. 254).(1, pg. 311 e 3).
Santo Sudário de Turim
Outro aspecto que nos dá a certeza da Ressurreição de Cristo é o Santo Sudário de Turim que aos olhos da ciência é algo inexplicável.
Certamente irei postar aqui com calma sobre o Santo Sudário. Este é um assunto que muito me anima a escrever. Mas o fato de termos em um lençol da época de Cristo (sim amigos, o teste do carbono 14 falhou) as marcas do corpo chagado de Cristo em forma tridimensional nos dá a certeza que Ele ressuscitou.
Não tenha receio de afirmar que o Deus que você crê está vivo e está no meio de nós!
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